A questão sobre se um verdadeiro cristão pode perder sua salvação é uma preocupação comum para muitos. Vemos pessoas que estiveram envolvidas com a igreja, pareciam ter uma fé genuína, mas depois se afastaram e abandonaram a fé. Isso levanta a pergunta: essas pessoas eram genuínos cristãos? E, mais importante, é possível que um verdadeiro crente perca a sua salvação? As Escrituras nos ensinam que Deus preserva os Seus verdadeiros filhos até o fim, e que aqueles que deixam a fé nunca foram verdadeiramente convertidos.
A doutrina da Perseverança dos Santos afirma que todos os que foram verdadeiramente regenerados e salvos pela graça de Deus serão preservados até o fim. Isso não significa que os crentes não pecam ou que não têm momentos de fraqueza espiritual, mas que Deus, em Sua fidelidade, preservará os que são Seus.
Jesus nos ensinou essa verdade de forma clara quando disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.27-28). A salvação é garantida porque está nas mãos de Cristo, que é poderoso para guardar os Seus. Aqueles que são verdadeiramente de Cristo nunca perecerão. A salvação deles é uma obra de Deus do começo ao fim.
O apóstolo Paulo enfatiza essa segurança em Filipenses 1.6, quando diz: “Aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”. A salvação é uma obra iniciada por Deus e será concluída por Ele. Isso significa que não depende de nossa capacidade de permanecer fiéis, mas da fidelidade de Deus.
Embora algumas pessoas possam parecer crentes, a Bíblia ensina que nem todos os que se associam externamente com a fé cristã são verdadeiramente convertidos. O apóstolo João explicou isso claramente: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco” (1 João 2.19). Aqueles que se afastam da fé demonstram que nunca foram realmente convertidos.
A Parábola do Semeador (Lucas 8.5-8) ilustra como algumas pessoas podem reagir inicialmente ao evangelho com entusiasmo, mas depois se afastam quando enfrentam dificuldades ou tentações. Isso mostra que nem todos que recebem o evangelho de forma aparente permanecem nele. O coração deles nunca foi verdadeiramente transformado.
É verdade que as Escrituras nos exortam a perseverar na fé. Paulo fala da necessidade de disciplina e cuidado para não nos tornarmos “desqualificados” (1 Coríntios 9.27). Essas advertências são dirigidas aos crentes para que vivam de maneira digna do evangelho, mas elas não contradizem a doutrina de que Deus guarda Seus eleitos. Elas servem como meios de graça para nos manter alertas e dependentes da graça de Deus, e não para sugerir que um verdadeiro crente possa perder a salvação.
A Confissão de Fé de Westminster reflete essa verdade ao declarar: “Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, eficazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, não podem cair do estado de graça, nem total nem finalmente; mas, com certeza, hão de perseverar nesse estado até o fim e estarão eternamente salvos” (XVII.1). Isso significa que, embora os crentes possam ter momentos de fraqueza e pecar, o Espírito Santo os convencerá do pecado e os levará ao arrependimento.
Aqueles que verdadeiramente pertencem a Cristo nunca perderão sua salvação. A verdadeira fé em Cristo leva à perseverança até o fim, não por causa de nossa própria força, mas porque Deus é fiel em completar a obra que Ele começou. Aqueles que parecem abandonar a fé, na realidade, nunca tiveram uma conversão genuína.
Em última análise, nossa segurança está nas mãos de Deus, e é Ele quem nos guarda, nos chama, nos justifica e nos glorifica (Romanos 8.30). Isso nos dá confiança de que nada, “nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura, poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.39).
35 "E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede.
36 Mas já vos disse que também vós me vistes e, contudo, não credes.
37 Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39 E a vontade do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia."
27 "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
28 e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai."
31 "Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro.
37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."
"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo."
14 "Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.
15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
17 E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto,
18 os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade."
11 "Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos os santifica, quanto à purificação da carne,
14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15 E, por isso, é mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna."