Deus é infinitamente santo e justo, e Sua santidade é tão pura que qualquer coisa que não se alinha ao Seu caráter perfeito é considerada pecado e repugnante aos Seus olhos. Como justo Juiz, Deus exige que o pecado seja punido, pois Sua justiça não pode tolerar a impunidade do mal. Deus é "cheio de amor, gracioso e misericordioso", mas também "justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado" (CFW 2.1).
Nesse contexto de santidade e justiça, compreendemos a importância da expiação, que é a reconciliação entre Deus e o homem pecador, através do sacrifício de Cristo. A expiação é central à fé cristã, pois aborda a solução definitiva para o pecado humano: a morte de Jesus Cristo em nosso lugar.
No Antigo Testamento, Deus instituiu um sistema de sacrifícios para Israel como parte da aliança, em que animais eram sacrificados para remir temporariamente os pecados do povo. Esses sacrifícios não eram a solução final, mas apontavam para o sacrifício supremo que seria realizado por Cristo. Conforme Hebreus 9:22, "sem derramamento de sangue não há remissão de pecados", e Levítico 17:11 reforça que "a vida da carne está no sangue, e eu o dei a vocês para fazer propiciação por si mesmos no altar." O derramamento de sangue simbolizava a substituição da vida do pecador pela morte do animal, mas esses sacrifícios eram apenas figuras que apontavam para o verdadeiro sacrifício de Cristo.
Hebreus 10.4 deixa claro que "é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados". Os sacrifícios de animais na antiga aliança eram temporários e imperfeitos. Eles apenas prefiguravam o sacrifício perfeito de Cristo na cruz, que pagou os pecados de todos os crentes, tanto os que viveram antes de Sua vinda quanto os que viveriam depois. Jesus foi o Cordeiro perfeito, sem pecado, que tomou sobre Si a culpa e a punição de todos aqueles que crerem Nele (1 Pedro 2.22).
Cristo morreu em nosso lugar para satisfazer a justiça divina, recebendo sobre Si a ira de Deus contra o pecado. Isso é conhecido como substituição penal, onde Jesus tomou o lugar do pecador diante de Deus e pagou a penalidade que merecíamos. Sua morte na cruz foi o ato final e perfeito de expiação, reconciliando o homem com Deus. O apóstolo Paulo resume essa verdade ao dizer: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (2 Coríntios 5.19). Não há conflito entre o Pai e o Filho nesse plano de salvação; ambos agiram juntos em amor para nos redimir.
Em Cristo, a expiação é completa e definitiva. Ele é o sacrifício perfeito que nos reconcilia com Deus e nos salva da ira futura. Não somos salvos por nossos próprios méritos ou sacrifícios, mas pela fé em Jesus, que entregou Sua vida por nós. Como resultado de Sua expiação, somos perdoados e temos paz com Deus (Romanos 5.1).
"Mas, agora, se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;"
17 "Porque, se pela ofensa de um só a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por um só — Jesus Cristo.
18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
19 Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos."
"Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,"
8 "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo
9 e seja achado nele, não tendo a minha justiça, que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;"
1 "Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda boa obra;
2 que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda mansidão para com todos os homens.
3 Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.
4 Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
5 não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou, pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
6 que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador,
7 para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna."