A fé em Cristo e o nosso conhecimento sobre Ele são indispensáveis para sermos cristãos. Jesus questionou Seus discípulos sobre o que pensavam a respeito dEle:
"Chegando Jesus à região de Cesareia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?’
E eles disseram: ‘Uns, João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas.’
Disse-lhes Ele: ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’
E Simão Pedro, respondendo, disse: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.’
E Jesus, respondendo, disse-lhe: ‘Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.’" (Mateus 16.13-17, ARC)
Jesus chamou Pedro de "Bem-aventurado" por sua convicção correta de que Ele é o Filho de Deus. Da mesma forma, seremos "Bem-aventurados" se tivermos um conhecimento verdadeiro de Jesus.
A divindade de Cristo é essencial na fé cristã. A Bíblia testemunha Sua divindade de várias maneiras. No início de seu Evangelho, João revela a existência do Filho de Deus antes do "princípio" (em referência à abertura da Bíblia em Gênesis 1.1):
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1.1, ARC)
João afirma claramente que Jesus, o Verbo, é Deus, o agente da Criação e a fonte da vida e da luz (João 1.1-5,9). Em outras passagens, títulos, termos e obras atribuídos exclusivamente a Deus são também atribuídos a Cristo:
A palavra "Deus" (Theos), referida ao Pai, é atribuída a Cristo (João 1.1; 1.18; Romanos 9.5; Tito 2.13; Hebreus 1.8; 2 Pedro 1.1);
A palavra "Senhor" (Kyrios), dirigida ao Pai, também é aplicada a Jesus (Mateus 13.27; 21.30; 27.63; João 4.11; Mateus 6.24; 21.40; Lucas 2.28);
Jesus é o Senhor do Sábado (Marcos 2.28), reivindicando ser o Criador (Gênesis 2.1-3).
Além dos títulos e termos, a divindade de Cristo é evidenciada em muitos atos de Sua vida e nas declarações de Seus discípulos e apóstolos:
Onipotência: Mateus 8.26-27; João 5.19
Onipresença: Mateus 28.20; Efésios 1.23
Onisciência: Marcos 2.8; João 16.30; 21.17
Imortalidade: João 2.19
Imutabilidade: Hebreus 1.12; 13.8
Criador: João 1.3; Colossenses 1.16
Sustentador: Colossenses 1.17
Reivindica ser Deus: João 8.58; 10.30; 17.5
Perdoa pecados: Mateus 9.2
Jesus também aceitou adoração, como demonstrado por Tomé, que exclamou: "Senhor meu e Deus meu!" (João 20.28, ARC). Receber adoração é uma prova clara de Sua divindade, pois Deus não divide Sua glória com ninguém (Isaías 48.11) e Sua Palavra condena a adoração a anjos ou a qualquer outra criatura (Colossenses 2.18; Apocalipse 22.8-9).
Mesmo com tantas passagens claras sobre a divindade de Cristo, a igreja enfrentou pessoas que negavam ou distorciam essa verdade. No século IV, Ário, um presbítero de Alexandria, negou que Jesus fosse Deus, afirmando que Cristo era o primeiro e mais elevado ser criado. Para resolver essa questão, a igreja convocou o Concílio de Nicéia, em 325 d.C. Ário foi condenado como herege, e o Concílio de Nicéia declarou:
"Cremos em um só Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai."
"Assim, o Filho do Homem até do sábado é Senhor."
1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele, estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou."
"E Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!"
"Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém."
9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
"Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse."
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."