"Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou." (Salmo 115.3, ARC)
Quando falamos sobre a vontade de Deus, fazemos isso de pelo menos três maneiras diferentes: 1) Sua Vontade soberana decretiva; 2) Sua Vontade preceptiva; 3) Sua Vontade dispositiva.
A vontade soberana decretiva de Deus é aquela pela qual Ele faz com que tudo o que decreta aconteça. Deus é Soberano, e Sua vontade nunca pode ser frustrada. Podemos ter certeza de que nada acontece sem que Ele esteja no controle. Essa vontade decretiva é oculta para nós; só sabemos dela quando os acontecimentos se desenrolam. Um exemplo dessa vontade é a história de Jó (Jó 1 e 42). Foi da vontade de Deus permitir que Satanás tocasse na vida de Jó. Jó não soube por que aquilo aconteceu com ele, mesmo após Deus ter restaurado tudo em dobro. Se Deus não tivesse permitido, Satanás não poderia ter feito nada contra Jó.
Outro exemplo está em Abraão. Ele estava em Ur dos Caldeus, na terra de seus parentes, quando Deus lhe disse para deixar seus familiares e ir para a terra que Ele lhe mostraria (Gênesis 12:1-4). Ou mesmo na história de Jonas. Deus ainda age e sempre agirá; Ele fala com Seu povo para que faça a Sua vontade, Sua soberana vontade decretiva.
A vontade preceptiva de Deus é revelada por meio de Sua Lei Santa. Os mandamentos da Lei (a Torá e toda a Bíblia) são os preceitos, regras e ensinamentos que expressam essa vontade. Um exemplo da vontade preceptiva de Deus são os Dez Mandamentos (Êxodo 20.2-17). Neles, Sua vontade é que: 1) não adoremos outros deuses (v. 3); 2) não pratiquemos idolatria (v. 4-6); 3) não usemos Seu nome levianamente (v. 7); 4) guardemos o sétimo dia como santo (v. 8-11); 5) honremos nossos pais (v. 12); 6) não matemos (v. 13); 7) não cometamos adultério (v. 14); 8) não roubemos (v. 15); 9) não digamos falso testemunho (v. 16); 10) não cobicemos (v. 17).
Na vontade preceptiva, temos o poder de desobedecer a Deus, mas não o direito de fazê-lo. Nossa obrigação é guardar Sua Lei.
A vontade dispositiva refere-se àquilo que agrada a Deus. Por exemplo, Deus não tem prazer na morte do ímpio: "Acaso tenho eu prazer na morte do ímpio? diz o Senhor Jeová; não desejo eu antes que se converta dos seus caminhos e viva?" (Ezequiel 18.23, ARC). Apesar disso, por Seu caráter justo e santo, no Juízo Final, Deus condenará aqueles que rejeitaram Sua salvação (João 3.16-18), mesmo que Ele não se alegre com a condenação do ímpio.
Para nossa vida espiritual, é essencial fazermos a vontade preceptiva de Deus. Na verdade, isso deve ser o foco principal de nossa vida (leia Salmo 1).
"Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade, que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade."
"Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu."
"Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu."
"O conselho do Senhor permanece para sempre; os intentos do seu coração, de geração em geração."
"Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir e brotar, e dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei."