Inícios

(Estudiosos da lusofonia e da história africana)

Berardinelli, Cleonice – professora de literatura portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Boxer, Charles Ralp  (1904, Ilha de Wight, Sul de Inglaterra - 2000 ). Em 1923, entrou para o regimento de Lincolnshire. Durante 24 anos, serviu nesse regimento, primeiro na Irlanda do Norte, depois de 1930 a 1933, no Japão. A partir de 1936, fica estacionado em Hong Kong, como membro dos serviços secretos americanos. Em 1941, Boxer é feito prisioneiro de guerra pelos japoneses. Condenado a 35 anos de prisão, passa os 3 anos seguintes em regime de “solitária”, em Guangzhou (Cantão). Torturaram-lhe a mão esquerda, mas deixaram-lhe a direita para poder continuar a escrever a História. ( Monsenhor Manuel Teixeira)  De 1947 a 1967, regeu a cátedra de Camões no King’s College de Londres. Em 1969, passa a reger a cadeira de História da Expansão da Europa no Ultramar na Univ. de Yale, cargo que ocupa até 1972, altura em que deixa a actividade docente. Ver Opera Minora, compilação em três volumes de artigos dispersos. Coordenação: Diogo Ramada Curto, Fundação Oriente.

Cahen, Michael – Les Bandits – un historien au Mozambique 1994 ; Paris, 2002.

Carvalhal, Tânia – brasileira

Cavacas, Fernanda – Mia Couto: Brincriação Vocabular

Cristóvão, Fernando – professor da Universidade de Lisboa 

França, Arnaldo – cabo-verdiano

Goulart, Rosa – professora da Universidade dos Açores; tese de doutoramento, em 1989: Romance Lírico – O Percurso de Vergílio Ferreira. 

Hamilton, Russe – fundamental para explicar a “história” da apropriação do português pelos escritores africanos.

Jünger, Ernst  - 

Leite, Ana Mafalda –

Malan, Rian  – escritor afrikaans. Obra: My Traitor’s Heart (1991) ;

M’Bokolo  – África Negra – História e Civilizações (tomo I, tradução de Alfredo Margarido), ed. Vulgata

Rebelo, Luís de Sousa – professor de português no King’s College de Londres

Secco, Carmen Lucia – estudiosa de Mia Couto 

Sepúlveda, Maria do Carmo; Salgado, Maria Teresa – África & Brasil: Letras em Laços , ed. Atlântida, S. Paulo

Silva, Alberto da Costa e  – Presidente da Academia Brasileira de Letras

Silva, Vítor Manuel Aguiar e

Souto, Elvira (escritora galega) – Viagens na literatura (ensaios )

Tali, Jean-Michel Mabeko – Dissidências e Poder de Estado : O MPLA perante si próprio (1962-1977); Ensaio de História Política (Iº vol. 1962-1974 e IIº vol. 1974-1977) 

Simpósios

I Simpósio Luso-afro-brasileiro de Literatura, 1984. Sem tema pré-definido

II Simpósio Luso-afro-brasileiro de Literatura (Univ. de Lisboa), 1994. Temas: nacionalismo, regionalismo, universalismo.

Missões

Chicumbi  ( a 10 km do Andulo, Angola, 1994) – católica: ensina a ler e a escrever em português e umbundu, língua dos povos do Centro de Angola

Chilesso( a 10 km do Andulo, Angola, 1994) – protestante: ensina a ler e a escrever em português e umbundu, língua dos povos do Centro de Angola

Casa dos Estudantes do Império (1944-1965) 

Membros, em Coimbra 1952: Campos Dias, Figueira, Forte Faria, Lúcio Lara, Agostinho Neto, Mac Mahon Pereira, Campino (foto)

A Casa dos Estudantes do Império foi criada por sugestão de um ministro das Colónias de Salazar, Francisco Vieira Machado. Mas acabou por ser apelidada por um inspector da PIDE de «alfobre de elementos anti-situacionistas». O Estado Novo acabou por extingui-la em 1965.

Em 1943, entre um grupo de estudantes oriundos de Angola, surge a ideia de criar, em Lisboa, a Casa dos Estudantes de Angola. Da comissão organizadora fazem parte Alberto Marques Mano de Mesquita e Ângelo José Vidigal Dias, da Faculdade de Direito; Carlos Torres de Sousa Júnior, Manuel Seabra de Azevedo e Emílio Freire Leite Velho, da Escola Superior de Medicina Dentária; Alberto Pereira Diogo e Acúrsio de Sampaio Nunes, do Instituto Superior Técnico. A iniciativa tem o apoio do comissário nacional da Mocidade Portuguesa, o que vale a Marcelo Caetano o título de presidente de honra da Casa.

Os estudantes de outros cantos do Império seguem o exemplo dos angolanos, o que desagrada ao regime, defensor da ideia de «unidade da nação portuguesa».

Assim, numa visita à Casa dos Estudantes de Angola, realizada a 3 de Junho de 1944, o ministro das Colónias Francisco Vieira Machado, na presença de Marcelo Caetano e dos representantes das outras associações ( Aguinaldo Vieira, de Cabo Verde); Vasco Benito Gomes da Índia; Gonçalo de Sousa e Macedo Mesquitela, de Macau; e Francisco Maria Martins, de Moçambique), formaliza a proposta de fusão de todas as Casas na Casa dos Estudantes do Império (CEI).

Em Outubro de 1944, a CEI-sede começa a funcionar, sob a presidência de Alberto Marques Mano de Mesquita, no n.º1 da Rua da Praia da Vitória, ao Arco do Cego. Mas, no mês seguinte, muda-se para o n.º 23 da Avenida Duque de Ávila, onde vai permanecer até à sua extinção. Por essa altura, abre também uma delegação em Coimbra.

Logo em Janeiro de 1945, na abertura de um ciclo de palestras promovido pela CEI, sob o patrocínio da MP , Marcelo Caetano revela aquilo que o regime espera da Casa: que contribua para o «triunfo do espírito português», trabalhando em prol da formação colonial da juventude.

No entanto, quase todos os elementos dos corpos gerentes da Casa para o ano lectivo 1945-46 assinam as listas do Movimento de Unidade Democrática (MUD) e juntam-se a partir de 1946, ao MUD Juvenil.

Em 1948-49, encontramos novamente os estudantes que dirigem a CEI ao lado da oposição, a favor da candidatura de Norton de Matos.

Em meados de 1950, os membros da secção da Índia da Cei recusam-se a subscrever uma declaração de repúdio pelas afirmações de Nehru hostis à política portuguesa na Índia.

Na viragem para os anos 50, a CEI começa a estruturar-se como um espaço de socialização anti-salazarista, de re(descoberta) da cultura africana, de denúncia do colonialismo, onde se formam politicamente alguns dos futuros dirigentes dos movimentos de libertação: Amílcar Cabral, Marcelino dos Santos, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade, Vasco Cabral.

A 30 de Maio de 1952, o Governo nomeia uma comissão administrativa que irá dirigir a Casa até 1957: «Nada contra a nação, tudo pela nação.»

Segundo o novo regulamento, homologado pela Mocidade Portuguesa em 7 de Fevereiro de 1957, a Casa dos Estudantes do Império deixa de se organizar em secções ( consideradas pelo regime focos de nacionalismos) e não pode interferir em assuntos de carácter político.

A secção editorial da CEI, sob o impulso de Carlos Ervedosa, Fernando Costa Andrade, Fernando Mourão e Alfredo Margarido, publica antologia de poetas e contistas angolanos (1959 e 1962), de poetas de Moçambique (1962) e de São Tomé e Príncipe (1963). Obras de Luandino Vieira, Mário António, Viriato da Cruz, António Jacinto, Agostinho Neto e José Craveirinha figuram na Colecção Autores Ultramarinos. Através do seu boletim “Mensagem”, dirigido entre outros por Tomás Medeiros, revela muitos dos mais importantes escritores africanos e põe a circular textos anticolonialistas. 

Por volta de 1960, a CEI tem cerca de 600 sócios, uma cantina que serve uma média de 200 refeições diárias, um lar com 14 residentes, uma biblioteca, um salão de jogos e um posto clínico. Além da sede em Lisboa e da delegação de Coimbra, funciona também uma delegação no Porto (criada em Março de 1959).

Em 1960, na CEI – Coimbra,  surge um manifesto intitulado “Mensagem ao Povo Português” que acusava as acusações feitas na ONU contra a política colonial portuguesa e propunha o imediato reconhecimento do direito dos povos das colónias à auto-determinação.

A delegação da CEI, no Porto, foi encerrada em Janeiro de 1961.

Apesar da vigilância da PIDE e da ingerência da comissão imposta pelo Governo, a CEI é um dos lugares em que se prepara a saída de Portugal de várias dezenas de estudantes africanos que irão juntar-se aos movimentos de libertação.

Em Março de 1962, tendo as comemorações do dia do estudante sido proibidas, a CEI associou-se ao luto académico. Durante a crise a Casa disponibilizou as suas instalações..., levando a PIDE a invadir a sede... A CEI é extinta em Setembro de 1965.

Entretanto, em 1963, tinham sido criados os Estudos Gerais Universitários em Angola e Moçambique

Em 21 de Maio de 1965, o Ministro da Educação Nacional determinou a extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE). Na semana anterior, o Grande Prémio de Novelística fora atribuído a “Luuanda” do escritor José Luandino Vieira.  O premiado era membro do MPLA e estava preso no campo de concentração do Tarrafal, acusado de atentar contra a “segurança do Estado”.  ( ver envolvimento do Jornal do Fundão através de Alexandre Pinheiro Torres, um dos membros do júri).

História (de Angola)

A UNITA foi fundada em 1966. Tony da Costa Fernandes foi o verdadeiro fundador da Unita, autor do hino e da bandeira e que idealizou todo o projecto.

Em 1974, o Exército português controlava territorialmente os três teatros de operações. A Administração funcionava normalmente e a economia estava pujante em qualquer dos territórios... Em 1974, a estratégia global da URSS tinha uma componente fortemente expansionista, que só começou a esbater-se já na década de 80 por efeito dos apuros do Afeganistão. Informados do 25 de Abril, o primeiro pensamento dos sovietes foi a África Austral.

Angola proclama a independência a 11 de Novembro de 1975, 14 dias antes dos acontecimentos do 25 de Novembro... À URSS apenas terá interessado a descolonização (de Angola e Moçambique)... Angola e Moçambique serviram de cobaias de uma experiência sem precedentes do expansionismo soviético em África. Por isso provocaram a partida da comunidade portuguesa para depois ocupar o vazio assim criado. Os próprios angolanos e moçambicanos ficariam também à mercê das novas influências. Mais tarde, em 1979, Agostinho Neto disse, em Bissau, que o pior para Angola tinha sido a partida dos portugueses. Mas, em 1975, Neto comentara displicentemente a debandada dos portugueses, então em curso.  

Na década de 80-90, a guerra paralisou  as regiões agrícolas mais importantes e tornou as comunicações entre as cidades e o campo extremamente difíceis.

Em 1991, o governo lançou um vasto conjunto de reformas – o PAG (programa de acção do governo). Ministro do Plano: Emanuel Cordeiro. Ver peso da desmobilização: 150.000 antigos combatentes; ver também o impacto do retorno de dezenas de milhares de refugiados, além da deslocação forçada de mais de um milhão de camponeses.

Novembro de 1988 – O protocolo de Brazzaville ( assinado por Luanda, Pretória e Havana, sob a égide de Washington) estabelece as condições de retirada das tropas cubanas. A retirada deverá estar concluída em 30 de Junho de 1991.

A chegada dos soldados cubanos, em 1975, permitiu a instalação em Luanda de um governo prosoviético.

A consciência da incapacidade de Luanda em derrotar a UNITA ficou clara a quando da famosa batalha do rio Lomba, em Outubro de 1987, pois não conseguiram conquistar a Jamba, bastião de Jonas Savimbi.

Nos treze anos que separam 1975 de 1988, Luanda consagrava metdade do orçamento à guerra civil.

Os acordos do Estoril de 1991, que permitiram parar a guerra – não foram respeitados pela UNITA: não abriu os territórios controlados, impedindo que a campanha eleitoral decorresse de forma transparente, em 1992.

A UNITA conquistou militarmente Huambo em 6 de Março de 1993. A UNITA instalou a sua direcção política. Constituiu-se como governo, querendo criar num Planalto Central uma economia própria. A etnia umbundu encontrou em Savimbi e na UNITA uma identidade política.

A UPA ( Norte de Angola)

A repressão do 27 de Maio

Simão Cacete ( 1955 - ) foi um dos onze candidatos às presidenciais angolanas de 1992. Ficou em 8º lugar. Foi fundador da “Frente para a Democracia”, em 1991. Muito antes, pertenceu ao MPLA, do qual se afastou em vésperas da independência num contexto de «repressão às correntes de opinião». Integrou posteriormente a recém-constituída Organização Comunista de Angola. Foi perseguido pela polícia política angolana, DISA. Esteve preso dois anos sem ser julgado, em 1978. Anos depois voltou a ser perseguido na campanha em Luanda que levou aos tumultos pós-eleitorais de 1992 porque contactou Savimbi para tentar desanuviar a tensão que se seguiu às denúncias de fraude. Fugiu para Portugal, onde exerce a sua actividade profissional. Foi membro fundador da Associação Cívica Angolana.  

Eleições legislativas em 29 e 30 de Setembro de 1992.

Após ter perdido as eleições ( 34% dos votos, contra 53% do MPLA), durante os meses de Outubro e de Novembro de 1992, Savimbi tentou um golpe de estado. ( ver complacência da UNAVEM2, da Senhora Anstee e da África do Sul (Pik Botha, ministro dos negócios estrangeiros). Esperava tomar Luanda no dia 30 de Outubro.

“ A morte de Savimbi, a 22 de Fevereiro de 2002, abriu o caminho para a paz. Mas não se vêem melhorias na vida da maioria dos angolanos. A única compensação é o fim da guerra.»  

Nzau Puna 

Descendente dos barões de Puna, que assinaram com os Portugueses o célebre tratado de Simulambuco, em 1960, juntou-se às forças nacionalistas e transformou-se em guerrilheiro e general. Em 1992, era “dissidente” da UNITA, título que rejeita pois considera que quem traiu a UNITA foi SAVIMBI.

Nzau Puna acusa ( com Tony da Costa Fernandes) Savimbi de ser o responsável das mortes de Tito Tchingungi, Wilson dos Santos e seus familiares.

Nzau Puna rompe com Savimbi em 1986, acusando-o de fomentar o tribalismo e o divisionismo Norte-Sul. Reage também contra a imposição do umbundu como língua oficial da Unita.

Nzau Puna acaba por revelar também que António Vakulukuta, um dos mais importantes quadros, fora assassinado à pancada pelos guardas de Savimbi, por causa da hegemonia étnica de Savimbi.

Savimbi matou a mulher de Nzau Puna e também Piedoso Kindondo e  a namorada, uma das mulheres de Savimbi.

Nzau Puna revela que o general António Dembo contesta o que se passa na organização. O mesmo acontece com o brigadeiro Sabino, com o Jeremias Chitunda, o Dr. Manaças, antigo médico da Jamba. Raul Danda, director-geral da rádio da UNITA – a VORGAN. 

Nzau Puna define a Jamba como «um campo de concentração, um campo de reféns».

Enclave de Cabinda

O Conselho supremo da coordenação do FLEC foi criado em Novembro de 1991, em Lisboa. Secretário geral: Francis de Assis Peso Bambi. Este Conselho considera que Cabinda nunca foi angolana, sendo um protectorado português e os seus habitantes portugueses. Cabinda nunca terá sido descolonizada. Este ponto de vista é partilhado por Henriques N’Zita Tiago, chefe do LEC-FAC (Forças armadas de Cabinda), embora rejeite o CSC ( bando de intelectuais!)

 

História (de Moçambique) 

Campo de Sakuzo – Centro de reeducação, 1977. O professor de teatro na Casa da Cultura, em Maputo, actor muito popular Leopoldo Fernandes foi parar à “reeducação” em 1977. Conseguiu evadir-se. Aqui também esteve André Matsangaíssa. Em Junho de 1976, fugiu para a Rodésia, tendo sido apoiado por Ian Smith para criar a Resistência Nacional Moçambicana.

Campo de Mwembe, a norte de Lichinga.

Campo de Mutatel, no Niassa.

Campo de M’sawize, inaugurado em finais de 1975; reabriu em 1978 – base da Frelimo durante a guerra colonial –importante posição da frente do Niassa, que a Frelimo abriu em simultâneo com a de Cabo Delgado em 1964, quando desencadeou a guerra anticolonial.

Campo de Unango

Campo de Mongicual, em Nampula

Campo de Milange, na Zambézia interior, para receber as Testemunhas de Jeová.

Campo de Naisseco, no Niassa

Campo de Ruárua, em Campo Delgado (800 pessoas)

Campo de M’tela – o mais tenebroso: dos 1800 prisioneiros que lá entraram, saíram com vida menos de cem... Este campo ocupou as antigas instalações do quartel português de Nova Viseu, em Majune, no Niassa, a Sibéria de Samora Machel. Em 1975, recebeu os prisioneiros políticos da Frelimo, transferidos do centro de instrução da guerrilha em Nachingweia, na Tanzânia... Era o chamado «grupo dos reaccionários» da Frelimo: o reverendo Uria Simango, Joana Simeão, Lázaro Nkavandame, Raul Casal Ribeiro, Arcanjo Kambeu, Júlio Nihia, Paulo Gumane, o padre Mateus Gwengere... Foram todos queimados vivos, enquanto os soldados entoavam hinos revolucionários em redor da vala...

No campo, o “rassemblement ” era o centro do “universo reeducativo”. Quando o polícia soprava o apito, às 5 da manhã, toda a gente ali afluía e formava em redor do mastro da bandeira. Içava-se a bandeira e cantava-se o hino, e o oficial de dia procedia à distribuição de tarefas aos vários pelotões de reeducandos.

Por pressão internacional, Samora Machel, em 1981, suspendeu o «processo reeducativo.»

Nota: o português Virgílio David Faustino foi uma das vítimas da “reeducação”, tendo acabado por suicidar-se, apesar de ter sido libertado em 1976. 

A Human Rights Watch garante que muitas dezenas de milhares de cidadãos foram detidos sem julgamento.

21 de Novembro de 1993: “Hoje há missa em sena na paróquia de S. José da Munhava, na Beira” embora a língua originária da diocese seja o ndau. 

A expansão da RENAMO no território ocorre a partir de 1983/84. A RENAMO (Movimento nacional de Resistência) é constituída por pessoas  com trajectórias pessoais que as levam a odiar a FRELIMO. Não são mercenários, não são bandidos. São pessoas que estão contra. Era o seu único programa.

História (da Guiné-Bissau)

Em 1975, muitos régulos foram fuzilados.

Línguas nativas: fula, balanta, manjaco, mandinga, mancanha 

6% de católicos

30% de muçulmanos

A França instalou um Centro Cultural em 1992.

Estátuas (abandonadas em Cacheu) do Estado Novo: Honório Barreto; Teixeira Pinto; Nuno Tristão; Diogo Gomes

Guiné-Bissau – um PALOP com 5% de luso-falantes.

História (de Cabo Verde)

Governador, durante 4 anos , até Fevereiro de 1974 – Lopes dos Santos , homem “íntegro, sério”. Visitou Cabo Verde em 1995. Comitiva: Maria Isabel Barreno ; Orlanda Amarílis; Alberto Carvalho.

A proclamação da República foi a 5 de Julho de 1975.

Zululândia ( História)

Fica situada no nordeste da província do Natal, junto à fronteira com a Suazilândia e Moçambique. A Zululândia é a terra dos zulus, povo bantu da família nguni, à qual pertencem também os suazis e os xhosas.

Os zulus, que tradicionalmente se dedicavam ao cultivo de cereais e à pastorícia, pertenciam há 180 anos ao império Mtetwa, do qual o seu chefe Dingiswayo era um dos príncipes. Mas depois o sucessor deste, Shaka, que reinou de 1816 a 1828, formou um império próprio e conquistou a maior parte do que é hoje a província do Natal.

Quando Shaka foi assassinado e substituído por Dingane, as terras dos zulus começaram a ser invadidas pelos boers, que se aliaram com o seu irmão Mpande e o depuseram em 1840, tendo aí começado o declínio da “nação” zulu. (...) Em 1879, a Zululândia foi dividida em 13 pequenos reinos.

No fim do século XIX, 2/3 das terras zulus tinham sido confiscadas pelos brancos... das terras que sobraram, o “apartheid”, fabricou o bantustão chamado kwazulu, de que é primeiro ministro (1994)  Mangusuthu Buthelezi, líder do partido Inkatha.

Publicações

Tríptico - Em 1924, João Gaspar Simões  fundou esta  revista com Branquinho da Fonseca.

Presença (1927 a 1940). Fundadores: José Régio; João Gaspar Simões; Branquinho da Fonseca. Adolfo Rocha; Albano Nogueira  (1930); Edmundo Bettencourt. Adolfo Casais Monteiro (1931). Fernando Lopes Graça. A pastelaria Central, na Rua Ferreira Borges (Coimbra) era então o local da tertúlia quer dos presencistas, quer de outras figuras que residiam na cidade: Afonso Duarte ( colaborador da Renascença Portuguesa), Vitorino Nemésio, António de Sousa, Paulo Quintela, Martins de Carvalho, Carlos de Oliveira, Arquimedes Silva Santos...

Seara Nova – colaboração de Albano Nogueira desde 1933.

O Diabo – “Semanário de crítica literária e artística”, aparecido em 1934. Director: Artur Inez. Opunha-se à ditadura salazarista e ao fascismo ascendente na Europa. Ver também colaboração Albano Nogueira,  de Rodrigues Lapa...

Manifesto – dirigida por Miguel Torga e Albano Nogueira. Surge em 1936, ano da deflagração da Guerra Civil Espanhola. Valoriza o “social”, descurado pela Presença. Saíram 5 números. O último foi em 1938. Colaboradores: Bento Jesus Caraça e Eduardo Scarlatti. Não tinham consideração por alguns neo-realistas, pois faziam simples panfletos ( Alves Redol nos primeiros romances). Consideravam: Soeiro Pereira Gomes – fazia verdadeira literatura. Criticaram (A.N.) o José Rodrigues Miguéis. Mais tarde, A.N. vê Miguéis como um homem vencido.

Revista de Portugal - Desde 1937, dirigida por Vitorino Nemésio. Colaboração de Albano Nogueira.

Novo Cancioneiro ( neo-realismo)

Cassiopeia ( 1955) – ver nota de rodapé.

Tempo e o Modo

Foi fundada por Helena Vaz da Silva (3/07/1939-13/08/02) , Alçada Baptista, Bénard da Costa, Nuno Bragança, Pedro Tamen, Alberto Vaz da Silva. Este grupo católico e progressista reunia-se na Livraria / editora Moraes de Alçada Baptista – anos 60. Esta revista combatia o neo-realismo da esquerda da época.

 

Associações

Fórum da Lusofonia ( 1993) – Associação de Solidariedade e de Cooperação. Presidente: Esmeraldo de Azevedo. 

CDs

Lisboa nos Cantares Cabo-Verdianos

Cinema

Fernando Almeida e Silva – “ Carga Infernal”: sobre a imigração clandestina em Portugal.

Ruy Guerra – moçambicano de nascimento e um dos fundadores do cinema brasileiro

José Cardoso – “ O Vento Sopra do Norte”: reporta-se ao tempo da luta armada

------ “ O Tempo dos leopardos”: co-produção jugoslava-moçambicana.

Licínio de Azevedo, um brasileiro: A Árvore dos Antepassados” – a história de uma família de refugiados que regressa a Tete depois de anos no Malawi

Fonseca e Costa (português) – “Música Moçambique”