A oratura

As Formas simples

 

Exemplos de locução ( o tradicional provérbio)[1]

 

« Bem prega Maria em casa vazia»

«Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube»

«Dá Deus as nozes a quem não tem dentes»

«Em casa de ferreiro, espeto de pau»

«O corcunda não vê a sua bossa, e vê a alheia»

«Ralham as comadres, descobrem-se as verdades»

« Quem cospe para o ar na cara lhe cai»

«Mais sabe o tolo no seu que o avisado no alheio»

«Muito riso, pouco siso»

«Bem e mal sempre na face vem» ( séc. XIII)

«Quem torto nasce, tarde se indireita»

«Inda não é feita a lei, já se lhe buscam cautelas»

 «Quem diz a verdade não janta cá hoje»

«Não sejas pobre, morrerás honrado»

« O que o berço dá, a tumba o leva»

«O néscio calado, por sábio é contado»

«Palavras leva-as o vento»

«Até ao lavar dos cestos é a vindima»

«Gato escaldado de água fria tem medo»

«A mulher que muito mira pouco fia»

«Antes que cases, olha o que fazes»

«Quem não se aventurou nunca perdeu nem ganhou»

«Não se ganham truitas a bragas enxutas»

«Mal vai a casa onde a roca manda a espada»

« Melhor é beijar inimigos que pedir a amigos»

«Quem casa por amores, sempre vive em dores»

«O casamento é bom de fazer. Mas quem o há-de manter muito há-de saber»

« Casareis e amansareis»

«Vive a galinha com a sua pevide»

Produção de texto a partir de provérbios:

« A princesa Teresa vivia num majestoso castelo com os seus pais, a Rainha Leonor e o Rei Felipe.

Um dia os seus pais tiveram que fazer uma visita ao reino vizinho pois iam procurar um pretendente já que Teresa estava na altura de casar, tinha 16 anos.

Certo dia Teresa quando fazia o seu passeio diário reparou num rapaz por quem se apaixonou. Ele era o Joaquim filho de um camponês da região.

Então, todos os dias quando a princesa ia dar o seu passeio ia encontrar-se com ele.

Até que os dois decidem casar-se.

Quando Teresa conta ao pai sobre o Joaquim, este fica furioso pois queria que a filha casa-se com um príncipe com uma enorme riqueza.

Ela revoltou-se e dizia que não ia casar com esse príncipe pois estava apaixonada pelo camponês.

Mas o pai zangado disse que se ela casa-se com ele, expulsaria do reino e não teria direito a nada da riqueza do pais.

Mesmo assim Teresa decide casar e o pai faz o cumprido. Eles então fugiram para um lugar onde não se soube mais nada sobre Teresa e Joaquim.»[2] 

 

     Exploração didáctica de Locuções, em turmas do 7º e do 10º Ano.

 

 

§  Exploração didáctica de “locuções” (continuação)

§  Código oral[3]

§  Transformação de uma crónica num conto, segundo a arquitectura clássica do conto popular[4].

Exemplo da transformação de uma crónica num conto:

 

O homem dos tectos falsos

 

Era uma vez um senhor chamado Silva, casado, que tinha como profissão ser montador de tectos falsos.

Certo dia, encontrou um outro senhor que, ao conversarem, convenceu o Silva a deixar o seu emprego, e ir trabalhar para Inglaterra, com a mesma profissão mas ganhando muito mais dinheiro. O Silva que vivia numa casa pobre, aceitou a oferta, e como o senhor também lhe tinha dito que para onde ele iria, os produtos seriam mais caros, o Silva entrou num supermercado e encheu o carrinho de compras. Quando foi a pagar deu ao dono do supermercado, dois cheques de cem contos cada, sem provisão.

Mais tarde, quando ele e mais cinco colegas ( o Silva convenceu uns amigos a irem com ele) se iam embora para irem para o tal lugar não tinham bilhete e por isso não embarcaram.

O senhor Silva que já sonhava com uma vida luxuosa, viu tudo a desaparecer.

O dono do supermercado pôs o Silva em tribunal, visto que os cheques não tinham provisão. A juíza, de acordo com a lei, deu ao senhor Silva um tempo curto (10 dias) para ele pagar as dívidas. O Silva ainda perguntou ao dono do supermercado se este não lhe dava mais tempo. Mas, o comerciante negou, visto que nunca lhe pediu desculpas, nem lhe devolveu a televisão.

O Silva que passou a ajudar o pai na apanha das maçãs, porque teve de deixar a profissão de montador de tectos falsos, visto que é uma profissão onde se paga o material antes de completar a obra, logo precisa-se de cheques, cujos o senhor Silva não poderia passar mais, e estava divorciado via-se agora num grande problema.

Uma aluna do 10º A

 

A lenda de São Martinho

 

            Era uma vez, há muito tempo, um menino chamado Martinho. O pai de Martinho era general e treinava os soldados que defendiam o Imperador. Quando o menino nasceu e foi preciso escolher um nome, o pai lembrou-se de lhe chamar Martinho, em homenagem a “ Marte”, o deus da guerra, protector dos soldados. O grande sonho do pai era que o filho se tornasse em guerreiro valente e cheio de coragem.

            Martinho foi crescendo, crescendo... e, quando ficou um homem, tornou-se ele também soldado do Imperador... e foi em França que nasceu esta lenda.

            Conta-se que uma tarde, ia Martinho no seu cavalo, a caminho de uma cidade chamada Amiens, quando rebentou uma grande tempestade. Ouviram-se grandes trovões, o céu encheu-se de relâmpagos e a chuva começou a cair com toda a força.

Martinho estava a chegar à entrada da cidade quando viu, à beira da estrada, um pobre homem a pedir esmola. Procurou nos bolsos algumas moedas para lhe dar, mas nos bolsos nada encontrou.

- O que hei-de fazer para ajudar este homem? – pensou Martinho – ainda por cima está tanto frio...

Foi, então, que se lembrou da sua capa de soldado. Era o único agasalho que tinha, mas nem assim hesitou, rasgou a capa ao meio e dividiu-a com o homem. Conta a lenda, que naquele mesmo instante, o sol se pôs a brilhar no céu para que nenhum dos homens passasse mais frio. Martinho era um homem tão bom que se tornou santo e hoje todos conhecemos o São Martinho e sobretudo o dia 11 de Novembro.

Como é época de castanhas, é costume neste dia fazer um magusto e aproveitar o Verão de São Martinho... ou seja, os dias de sol que por esta altura nos fazem uma surpresa, a lembrar o sol da lenda de São Martinho.

 

Provérbios populares de São Martinho e do Mês de Novembro

 

            Dia de São Martinho, fura o teu pipinho.

            Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho.

            Do São Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o bornal.

            Dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho.

            Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.

            Pelo São Martinho nem favas nem vinho.

            Pelo São Martinho todo o mosto é bom vinho.

            Se o Inverno não era caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.

            Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo São Martinho.

            Se em Novembro ouvires trovão, o ano que vem será bom.

            Em Novembro põe a secar, que pode o sol não voltar.

            De Todos-os-Santos ao Natal vai um salto de pardal.

            De Todos-os-Santos ao Natal, ou bem chover ou nevar.

            Dos Santos ao Natal, Inverno natural.

           

Santa Helena[5]

 

            Havia um rei que era casado com uma senhora chamada D. Helena, que era muito boa de coração. Tinha o rei por costume ir passar o Verão para uma vila, que se ia para lá por mar, mas era na mesma terra. Vai um fidalgo e apostou com o rei que, quando viesse da viagem lhe havia de dizer os sinais da rainha, e se não os dissesse que perdia todos os seus bens.

         Estava o rei quase a chegar, mas o fidalgo não tinha ainda podido ver os sinais que a rainha tinha no corpo, e andava muito aflito porque perdia a aposta. Chegou-se uma velha a pedir-lhe esmola, e ele muito arrenegado disse que o deixasse. A velha insistiu mais:

         - Conte-me o senhor o que tem, que eu arranjarei remédio para o seu mal. 

         O fidalgo contou-lhe tudo, e ela ofereceu-se para ir ao palácio e ver os sinais da rainha. Foi e levou um cartucho cheio de pulgas; chegou-se perto da rainha a pedir-lhe uma esmola; a rainha mandou-a entrar e como era muito caridosa, disse que dormisse ali aquela noite. A velha, quando todos estavam dormindo, foi à cama da rainha e despejou o canudo das pulgas, e foi para o quarto que lhe deram. Cheia de comichão a rainha tocou uma sineta e logo vieram todas as damas e aias do palácio, e no meio do barulho veio também a velha, e viu enquanto catavam a rainha, que ela tinha um sinal no peito. Pela manhã cedo foi ter com o fidalgo e contou-lhe tudo, e recebeu uma grande esmola. O fidalgo foi ao encontro do rei e lhe declarou o sinal de D. Helena; o rei ficou muito furioso, e quando chegou ao palácio, veio a rainha a abraçá-lo, mas ele afastou-a, dizendo:

         - Traidora, que me foste infiel!

         Ela caiu logo com um flato[6] para nunca mais falar; e o rei mandou fazer uma redoma de vidro, meteu-a dentro e foram-na deitar ao mar. A redoma foi ter à terra onde o rei costumava passar o Verão, e os pescadores de lá a encontraram e trouxeram-na para terra. Na palma da mão tinha escrito: Santa Helena. Fizeram-lhe uma ermida, onde guardaram a redoma. Vindo o rei àquele lugar, pediu para lhe contarem de quem era aquela redoma, e quando se chegou mais perto, conheceu logo que era sua esposa, e muito arrependido ali morreu deixando em lembrança que ninguém fizesse apostas.

( Ilha de S. Miguel – Açores)

 

 Teoria

 

            José R. Machacón y Enrique Barcia Mendo, Los Cuentos de tradición oral como dinamizadores del acto didáctico[7]

 

            Conteúdos

 

-          A área do conhecimento do meio natural, social e cultural: população e actividades humanas (conhecer e respeitar);

-          A organização social: diferentes tipos de relações entre os homens ( a necessidade de participar numa ou noutra sociedade);

-          O jogo dramático ( íntima relação com a narrativa oral);

-          A arte e a cultura ( possibilita a observação de todas as formas de folclore).

 

Compreender:

 

-          As ideias expressas no texto;

-          Discernir as relações que se estabelecem entre as personagens;

-          Descobrir e compreender as relações que se encontram para além do sentido literal.

 

Memorizar, reproduzir e representar textos orais.

Identificar em textos orais as diversas manifestações da língua ( os laços / as relações entre as gerações.

Questionário

 

1.     O que é que acontece na situação inicial que condiciona o desenlace?

2.     Qual é o papel do fidalgo neste conto?

2.1.                    Por que motivo é que o fidalgo não foi castigado pelo rei?

3.     A velha revela ser mais inteligente do que qualquer outra personagem. Explica como.

3.1.                    A que é que podemos atribuir a sabedoria dos “ velhos” nos contos orais (tradicionais)?

4.     Define conto oral (tradicional).

5.     Delimita o início e o fim do nó da intriga.

6.     Indica os traços mais importantes do carácter da rainha.

7.     Em que aspectos é que o comportamento do rei merece ser censurado?

8.     Mostra como é que este conto é uma história de «proveito e exemplo».

9.     Compara este conto com a “História de Uma Porta” de Camilo Castelo Branco  quanto:

9.1.                     à localização da acção (espaço e tempo);

9.2.                    ao desenlace.

10.             Diz de que modo a locuçãoEm toda a parte há um pedaço de mau caminho” pode sintetizar o conto que acabaste de analisar.

 

 

Suporte: ERA UMA VEZ...

 

ERA UMA VEZ um gigante, enorme gigante, que vivia num altíssimo palácio, a meio da pradaria em que os ventos pararam. O gigante tinha pomares e tinha hortas e tinha vinhas. “É demasiada fartura”, pensou, enquanto se aquecia à lareira em que se queimavam robles inteiros. “Falta-me um tanto de sacrifício”. E desde logo decidiu prescindir do braço direito, assim jurou, e para sempre o deixou bambo e pendido. A grande sala do palácio era fria, formavam-se bolores brancos nos ângulos mais altos. De forma que o gigante sentia-se muito só e resolveu cobrir todas as paredes de espelhos. Mas o frio não passava e breve se enfadou daquela grande figura multiplicada que sorria quando ele sorria, falava quando ele falava, mexia quando ele mexia.

Fez por arranjar companhia e teve-a. Primeiro, uma pequena bailarina que rodopiava o dia inteiro sobre a mesa, sobre os móveis. Mas o gigante, por distracção, esmagou-a debaixo do cotovelo. Depois, um pequeno faquir, que levava o tempo a meditar, sereno. Mas o gigante, por distracção, esqueceu-se dele em cima de um aparador e o faquir morreu de fome e ficou-se seco, mumificado. Depois, um pequeno homem alado que revoluteava por toda a parte, em voo grácil de asas verdes. Mas o gigante, por distracção, deixou aberta a bandeira de uma janela e o homem alado nunca mais regressou.

“Não haja dúvidas, não sirvo para companhias”, reflectiu o gigante. E determinou viver só.

Ora, voltava um dia das suas adegas e trazia debaixo do braço esquerdo uma enorme ânfora com vinho, quando ao passar junto às margens do ribeiro que corre pela planície viu vir um jovem, cambaleando, de túnica rota e armadura fendida. Ao longe, tropel de cavalos levantava poeiras. O jovem entrou penosamente até meio da ribeira. O gigante distinguia-lhe a face, coberta de lama e sangue.

- Ei! - bradou o moço. - Leva-me contigo e defende-me, que filho de rei sou!

- Não posso - disse o gigante. - Decidi viver só.

- Então dá-me a tua mão e ajuda-me a passar...

- Não posso, que derramava o vinho.

- A outra mão!

- Não posso, que decidi não a usar.

Exausto, o jovem arrastou-se para a outra margem, onde já um esquadrão de cavaleiros negros o esperava, de lança enristada.

Seguindo o seu caminho, pensava o gigante: “Preocupa-me tanto, aquele mancebo...”

Mário de Carvalho, Fabulário, & etc., 1984

             

            Teoria: A Pedagogia da Comunicação

 

                Antes de tudo, importa reter que pedagogia da língua significa pedagogia da comunicação. Temos assim, claramente enunciado o sentido da aula de língua, em particular da aula de língua materna: o objecto de estudo é na aula de língua materna o próprio elemento materializador da comunicação.

Instituir uma pedagogia da comunicação significa tomar a linguagem como tema, pôr o problema da linguagem como objecto de estudo. Configuram-se assim as tarefas essenciais da aula de língua materna que distribuiremos por dois momentos centrais e complementares : praticar a comunicação e analisar a comunicação.

Praticar a comunicação aponta para o exercício da linguagem em situações concretas  de produção discursiva não dialógica (exposição, narração, argumentação), em situações concretas de recepção (reformulação dos discursos recebidos, sua retransmissão, sua condensação em resumo ou sequência de notas), em situações concretas de intercâmbio ou de produção/recepção discursiva dialógica (debate, entrevista, inquérito, trabalho em equipa).

Analisar a comunicação comporta actividades de elucidação, de reflexão sobre os instrumentos actualizados nos discursos projectados na comunidade, mas em especial nos discursos criados nas referidas actividades de prática da comunicação, sobre os mecanismos, as operações e as condições da execução. Trata-se, pois, aqui de analisar os diversos tipos de discurso, a sua organização interna, a multifuncionalidade e a isofuncionalidade dos instrumentos, a flexibilidade da linguagem, o entrosamento dos códigos verbal e não verbais, o funcionamento dos sistemas da enunciação, da língua e do discurso.

Esta especificidade da aula de língua materna coloca-a naturalmente numa situação particular em confronto com as outras disciplinas  do sistema curricular. É que, por um lado, o objecto de estudo é inseparável do meio de transmissão do conhecimento a realizar na aula, e, por outro, esta transmissão adquire aqui um estatuto igualmente singular: não se transmite uma técnica (no nosso caso, a competência comunicativa) como se transmite o conhecimento de dados, de noções ou mesmo de metodologia. Quer dizer, o tipo e a natureza do conhecimento realizado ou procurado na aula de língua materna são profundamente diversos do realizado ou procurado nas demais disciplinas. Mais que isso: sabemos que a pedagogia moderna procura substituir a transmissão pura de saber adquirido pela indagação, pela autêntica construção do saber pelos alunos. Ora justamente esta é a situação natural para a aquisição da linguagem: é sobre o exercício e sobre a observação da prática linguística em que naturalmente está mergulhado que o aluno constrói o seu saber linguístico. Adquirir linguagem, interiorizar a técnica  linguística é exactamente descobrir com os instrumentos e mecanismos actualizados na comunicação a organização da língua, as suas funções, as condições da execução - o que se fará não pela transmissão do professor para o aluno de conhecimentos metalinguísticos vazados em modelos teóricos e aparelhagens formais mais ou menos complexos saídos da reflexão científica sobre a linguagem, mas na produção real, na acção efectiva, na observação sistemática. Anotemos que, se em algumas disciplinas ainda haverá lugar para alguma transmissão pura de conhecimentos do professor para o aluno, na aquisição do saber linguístico como domínio da linguagem orientado para o agir efectivo que é a comunicação, não haverá semelhante transmissão: haverá sim construção individual, criação, isto e, autêntica apropriação.

Este ponto de vista reforça-se pela consideração da linguagem não como mera transmissão de informações mas como realização da   comunicação e constituição da significação em cujo processo,  está presente um complexo de confluência, de interferências, de consensos e até, não raro, de divergências entre coordenadas várias.  

Esta questão é verdadeiramente central e dela decorre a redefinição inequívoca do lugar e do papel da exploração na aula de língua materna de temas, que a  vem ocupando e que dela vem fazendo mera antecâmara ou simples prolongamento de matérias específicas ou próximas das exploradas nas diversas disciplinas do elenco curricular, particularmente das de índole social e humana. Esta situação tem vindo a perturbar seriamente o sentido e a eficácia da aula de língua materna, que está votada correntemente à abordagem insistente de questões de cultura geral que muito facilmente degenera em aspectos parcelares, mal integrados, de uma sub-cultura, uma sub-história, uma sub-filosofia, uma sub-sociologia... porque, apesar de tudo, se intui que na aula de língua materna não se pode tratar a fundo tais temas, mais propriamente objecto de disciplinas coexistentes no sistema curricular.

A questão é aparentemente difícil, pois que a comunicação envolve sempre um topic. Julgamos, porém, que este topic indispensável tem que constituir apenas o suporte ou a motivação para o arranque e manutenção da comunicação a exercitar e a analisar - e nunca o tema da aula de língua materna, que será, insistimos, inequivocamente a linguagem, a língua, a comunicação.

Fernanda Irene Fonseca e Joaquim Fonseca, Pragmática Linguística e Ensino do Português, Liv. Almedina, Coimbra, 1977

Questionário

 

1.       Quais são as tarefas essenciais na aula de língua materna?

2.       O que é que significa praticar e analisar a comunicação?

3.       Em que é que o ensino da língua materna se diferencia do ensino das outras disciplinas?

4.       Como é que a didáctica da língua pode pôr em prática os princípios da «pedagogia moderna»?

5.       A que princípios pedagógicos é que os autores se referem?

6.       Nesta perspectiva, qual é o papel do professor?

7.       E qual é a fonte de aprendizagem para o aluno?

8.       Como é que os autores definem "linguagem"?

9.       Que lugar é que os «temas» devem ocupar na aula de língua materna?

10.    Deste modo, que "conteúdos" é que são valorizados?

 

Situações de oralidade:

Visionamento da apresentação e de um extracto da tragédia “Castro” de António Ferreira. Realização de Artur Ramos.

Ficha  sinaléctica[8]

 

Condições de realização

situação de comunicação