Estação Quatorze

Hoje 09/06/12, dirigimo-nos a estação para tomar o comboio, como se fala em Portugal, o qual saia cedo, então nem tomamos café, fomos a Viana do Castelo, cidade turística e encantadora. Mais uma vez o almoço foi bacalhau. A cidade estava em festa, com encontro de bandas de vários países, falamos com muita gente, entre outros, com pessoal do México, Holanda, Alemanha e Espanha. A praça central estava repleta de barraquinhas, tipo as de nossas quermesses. Vi algo estranho numa barraquinha que vendia derivados suínos e perguntei a senhora atendente o que era aquilo que se parecia com uma copa. Ela me respondeu que era um “pedro”, fiquei na duvida e pedi para repetir, ela então falou “é um pedro, e um pedro vale mais que sete chouriços”. Comecei a rir insinuando que não tinha entendido então ela disse que é um velho ditado português.

Balcão de derivados de suino, na feira de Viana do Castelo

Em Viana do Castelo, subimos de funicular o Morro de Santa Luzia, (esse eu gostaria de subir de bike) onde tem um santuário, e lá de cima se avista o encontro do Rio Lima com o Oceano Atlântico, obstruído por um quebra-mar que forma o porto de Viana.

No funicular de Viana do Castelo, subindo o Morro de Santa Luzia

Vista do alto do zimbório da Igreja de Santa Luzia em Viana do Castelo

Em 10/06/12 voltamos para a Espanha aplicando a mesma logística, da ida, e chegamos a Santiago para a missa dominical das 12:00, e o abraço da despedida. Não se faz necessário falar da reação das pessoas durante a missa, já falei no relato do dia da chegada ao abraço.

Despedindo-se de Santiago

Dia 11/06/12 fomos ao aeroporto de Santiago onde fizemos o check-in para Madrid e de lá para São Paulo.

Édio apreciando os "Pata Negra" em Madri

Dia 12/06/12 amanhecemos em São Paulo, fizemos o check-in para Floripa, pensando agora em outros abraços, desta vez nos familiares.

O sonho acabou, retorna se a realidade.

RESUMO DO DESAFIO

O segredo está em fazer o que se gosta, percorrer lugares estranhos, conhecer aventureiros das mais diversas extirpe, se expor a riscos.

Tudo isso é gratificante. Vencidos os 854 km num passeio cinematográfico que só a bike proporciona, com muita diversão e sacrifício, emoção e realidade, história e cultura, e acima de tudo felicidade e simplicidade, seguindo a máxima do maior cicloludâmbulo que conheço, o Pereira Hulli Hulli, que um dia me lembrou “con pan e vino, el peregrino hace el camino”, só resta agradecer aos amigos que nos incentivaram na jornada, a Santiago que nos incentivou nesse desafio, além de nos dar alguns empurrõezinhos naquelas subidas que a gente apenas de soslaio olhava para cima, e a Deus que além de nos dar essa chance, lá do alto nos protegeu e guiou no desafio .

MEDITAÇÃO DO DIA

Eu venho do Sul e do Norte, do Oeste e do Leste, de todo o lugar.

Estrada da vida eu percorro, levando socorro a quem precisar.

Assunto de paz é meu forte, eu cruzo montanhas e vou aprender.

O mundo não me satisfaz, o que eu quero é a paz o que eu quero é viver. No peito eu levo uma cruz, no meu coração, o que disse Jesus.

Vânio Savi