3 - Terceiro Dia

TERÇA FEIRA 29/11/16

Após o café reiniciamos o pedal, com solo pesado em função da chuva que caiu durante a noite.

Tocos do Moji fica num buraco, a chegada no dia anterior foi só queimando freio, e hoje obviamente já largamos com subida esquentando as canelas. No primeiro vilarejo que se chama Fazenda Velha, já um pouco cansado dos aclives razoavelmente acentuados, paramos para uma água de coco e como de costume, um dedo de prosa com os nativos.

No sobe e desce, chegamos à comunidade conhecida como Pântano dos Teodoros, após uma descida interminável e, na saída consequentemente uma subida matadora para então chegar à Estiva, sempre pedalando sob sol entre nuvens e ouvindo roncos de trovoada. Ali paramos para um lanche na Panificadora Santa Edwiges, pois sabíamos que a próxima meta era encarar a longa e famigerada Serra do Caçador. Do outro lado da serra, na descida, os céus resolveram desaguar.

Refugiamos-nos no beiral de uma casa abandonada até a chuva aliviar. Com a estiada voltamos ao pedal até chegar a Consolação, onde nos hospedamos na Pousada da Dona Elza. Lá já estavam a dupla Áureo e Lucas, além de mais uma dupla de peregrinos que faziam o Caminho a pé.

Fizemos o tradicional giro de reconhecimento da city, passamos no mercado, compramos rapadura e doce de leite com coco, tradicionais das Alterosas.

Antes do jantar lavamos as bikes que se encontravam em estado deplorável. Mangueira era o que não faltava no caminho. Encontramos mangueira árvore frutífera, mangueira de plástico engatadas nas torneiras, e mangueiras para encurralar gado.

Nesse dia percorremos 42 km, numa média de 8,9 km/h.