2o Dia de Pedal - Atravessando SC

04/04/2016

Exatamente as 06:00 deixamos a pousada e fomos direto à panificadora da esquina, a qual estava abrindo suas portas naquele momento e paramos para o café revigorador.

Com o café tomado demos inicio ao pedal. Os primeiros 22 km foram em estrada de areia fofa e muita, mas muita costelinha de vaca. O pedal foi em zig zag, sempre procurando o melhor solo, pela estrada ladeada a esquerda, inicialmente pela lagoa, e mais adiante pelo Rio Itapocu e à direita por vegetação rasteira. Foi um pedal de muita paz e tranquilidade, até chegar à comunidade de Barra do Itapocu, no município de Araquari, onde os céus resolveram aspergir água sobre nossas bikes, já que havia chovido à noite e não era necessário baixar a poeira. Paramos para por capas no alforje, mas em seguida verificamos que não fora necessário, logo a chuva cessou. Veio-me em mente que foi água benta provinda dos céus, para benzer minha bike nova.

Na chegada ao município de Barra Velha, paramos na primeira panificadora para reforçar o café.

De Barra Velha, após umas fotos, tocamos em frente, com o manto de Nossa Senhora da Boa Viagem encobrindo o sol que se engraçava de vez em quando, simulando que devíamos nos untar ainda mais de protetor solar.

Ainda de Barra Velha, sempre pelo litoral, o mais próximo do Oceano Atlântico, e o mais afastado possível da BR 101, pedalamos até Itajuba, de lá para Balneário Piçarras, Penha e Navegantes. Nesse trecho percebi o quanto nosso estado cresceu no litoral norte, tudo zona urbana. Se continuar assim teremos que importar um pouco do Oceano Pacífico, vai faltar mar para o pessoal que gosta de praia.

Em Navegantes pegamos o ferry boat para Itajaí, onde paramos para o almoço no Mercado Público Municipal. O prato não podia ser outro, o tradicional, sardinha frita.

Durante o almoço, muitos curiosos, ao verem nossas bikes vieram conversar conosco querendo saber detalhes do nosso pedal. Bem alimentados e satisfeitos, partimos para o pedal em direção a Balneário Camboriú e de lá para Itapema. No trecho da interpraias, que agora passamos a chamar “estrada dos sete morros”, um casal de Curitiba, que descia de carro um daqueles terríveis morros, resolveu voltar fazendo um vídeo de nossa façanha, duvidando que venceríamos a batalha no pedal. Quando chegamos ao topo, pediram para tirar um foto conosco, dizendo que nossa perseverança foi um incentivo para iniciarem na bike. Na chegada a Itapema, fomos direto ao Centro de Informações Turísticas onde nos indicaram um hotel, diga-se de passagem, muito bom, à beira mar e de preço acessível.

Nesse dia nosso pedal foi de 110 km.