Parte 3

Dia 09/09/13.

Após o delicioso café da manhã, e uma inspeção superficial nas bikes, fomos ao Hotel Dory, dessa vez inscritos no Grupo 1. Nosso guia foi o Silvano, um italiano coroa gente boa, inclusive nos ensinou alguns “parolacci durante o pedal.

Saímos as 09h15 e a primeira parada foi logo que chegamos na praia. Quando o guia terminou de informar as nuances do pedal do dia, o nosso “fechador” de grupo gentilmente me autorizou que fosse o tradutor do grupo.

Saímos na direção sul, se os meus professores de geografia do ginásio me ensinaram correto, passando além de alguns lugarejos, por Misano Sur, Porto Verde (que é uma espécie de Jurerê Internacional na Itália), Cattolica (considerada La Regina del Adriático), onde tem um aquário muito famoso. Quando fui traduzir as informações do guia, procurei ser fiel na oratória e repassei a informação de que vale a pena visitar o aquário que tem peixes exóticos. Nisso um colega retrucou dizendo que se tem Pacu, seria peixe erótico.

Na sequência do pedal, com a paisagem dando um banho, de vez em quando tuneis verdes, uns sobes e uns desces, passamos por Gabicce Mare e Gradara. Nessa última visitamos o famoso castelo de Giangiotto e Francesca. Segundo o guia, a história consta nos alfarrábios de Dante Aleghieri, onde a Francesca se apaixonou pelo Paolo, e não deu outra. Mas foi flagrada pelo amo do castelo que a entregou de bandeja ao Giangiotto. Uma das primeiras baiucas que tem no interior do castelo vende espadas afiadíssimas, imaginem o que o Giangiotto ordenou que fosse aplicado ao casal apaixonado. Eu preferi uma baiuca de “’gelattoe a Terezinha aproveitou para comprar um souvenir. Saindo do castelo de Gradara, por sugestão do guia, fizemos um pequeno desvio pela “strada panoramica”, um caminho de visual deslumbrante cortando as montanhas cujas bases são molhadas pelo Adriático. Do outro lado do mar, a aproximadamente uns 170 km está a Croácia. Voltamos ao caminho original e fomos a Fiorenzuola di Focara, onde visitamos mais um castelo, o Casteldimezzo. Desse ponto partimos para uma imensa descida até chegar as planícies de Riccione, após 51 km de pura felicidade em pedalar por essa plagas.

Esse dia o passeio foi “biprovinciale”, um bom trecho foi pedalado pela província de Marche. A chegada ao hotel foi comemorada com sauna e banho de piscina. As 18h00 fomos a palestra: BIOMECÂNICA, O CONFORTO NA BICICLETA, com uns dos maiores especialistas italiano no assunto.

Depois do jantar, para “calibrar” a digestão fomos fazer um giro by bike pelo calçadão da cidade, tal qual o costume dos italianos. Nesse calçadão tem uma pizzaria chamada Porca Miseria. Esse nome me trouxe uma inspiração. Ao passarmos por uma raça de brasileiros que participavam do evento, agora desfilando a pé pelo calçadão, dei uma freada brusca e gritei: “porca miséria, brasiliani tutti in mezzo strada”. O pessoal levou um susto, enquanto os italianos riam sem saber o que se passava. A brincadeira foi logo desmascarada quando tirei o capacete. Mais um giro pela city, e daí para o berço.

Vânio e Terezinha