Parte 1

Um velho ditado na ilha é: “Esse Avaí faz coisa”.

E nós abraçamos esse lema, também estamos “fazendo coisa”. Dessa vez optamos por um pedal da série: NÃO CONTA PRA MINHA MÃE.

E como surgiu isso?

Foi quando a Terezinha navegando na internet, se deparou com o INCONTRO INTERNAZIONLE DEL CICLOTURISMO ITALIA BRASIL. Analisamos a programação e o investimento, achamos viável e interessante, então resolvemos mudar de ares, e partir para um pedal no Velho Continente, afinal, CADA PEDAL TEM SEU RITUAL.

Compradas as passagens, iniciamos a lista do que deveria ser levado, ainda mais que após o pedal pela Itália, inserimos na programação, um giro pelo Leste Europeu, atravessar o Mar Adriático navegando num Ferry em direção a Croácia, e lá curtir as belezas de um pedaço do oeste da antiga Iugoslávia, deslocando-se da maneira que fosse possível. Lá de mochila nas costas, encararíamos ônibus, catamarã, e eventual-mente alguns trechos de moto ou bike, tudo seria decidido na hora.

Preparamos as mochilas, e dia 06/09/13 voamos Floripa - Rio – Madri – Bolonha. Ao chegarmos lá muitos já estavam na Europa pedalando, uns fizeram o famoso caminho “Via Claudia Augusta”, saindo da Alemanha, passando pela Suíça, Áustria, chegando à Itália, outros estavam pedalando na Toscana, e também teve quem andou pedalando por Roma. Nosso voo não encaixou com o transfer da programação, então ao desembarcar no aeroporto de Bologna, quase que discretamente, falei em português em alto e bom som, enquanto aguardávamos o bus que nos levaria ao saguão do aeroporto:

- Alguém vai para Riccione?

Apresentaram-se dois até então ilustres desconhecidos, e acabaram sendo colegas de pedal, um de Timbó, e outro de Rio dos Cedros, ambos da comissão do “Circuito Vale Europeu” que também iriam participar do encontro. Como eles haviam levado bike do Brasil, para facilitar combinamos em “rachar” um táxi até Riccione, nas margens do Adriático, a aproximadamente 130 Km de Bologna, onde o Hotel Fedora, de porta abertas nos esperava. Enquanto eles aguardavam o despacho das bikes eu acertei com o motorista de uma Van, o traslado até o hotel em Riccione.

Chegamos ao hotel, as 20h50, exatamente quando a raça estava se preparando para ir ao Palazzo del Turismo de Riccione, onde seria realizada a abertura do evento com autoridades locais. Deixamos as tralhas na portaria e fomos direto ao ponto de encontro, onde o coquetel de boas vindas já estava em andamento. Ali pegamos o kit com uma camiseta do evento, crachás, livros, revistas, mapas e as orientações a respeito do ciclo passeio.

Após o encerramento voltamos para o hotel, tomamos aquele banho, e pegamos o berço, sonhando com a expectativa da largada by bike, não “Sob o Sol da Toscana”, mas “Sob o Sol da Emilia-Romagna”.

Vânio e Terezinha