Parte 4

Dia 10/09/13

Hoje nossa inscrição foi no Grupo 3, cujo guia era o Valter, um italiano “duro na queda”. A programação era “Bi Nacionale”, envolvia Itália e Republica de San Marino. Na palestra de abertura do evento, o pessoal havia alertado sobre as dificuldades de cada dia, e isso fez com que muita gente optasse por fazer compras e ou ir a praia neste dia, devido as subidas Nós aplicamos a velha e tradicional pergunta: viemos aqui para que? É claro, fomos pedalar. Os grupos de um modo geral estavam reduzidos a uma média de uns 15 componentes. Os que se intimidaram com o percurso mais difícil, não sabem o que perderam. As “salidas e dicesas” foram o melhor do pedal neste dia. Todos do nosso grupo venceram as montanhas de San Marino pedalando. - Eu sempre falo para a Terezinha: nas subidas: marcha baixa e não olhar para cima, só manter o ritmo. Nesse dia não me contive, subi aquelas colinas sempre de cabeça erguida, apreciando os castelos. Os contornos pela montanha, geravam uma ilusão de ótica, tinha se a sensação de que quanto mais se pedalava, mais longe os castelos ficavam, o que proporcionava uma ansiedade, a qual se desfazia na próxima curva.

Saímos de Riccione em direção oeste, passando por Coriano, Ospedaletto, onde furou a segunda camara de ar da bike do nosso “fechador” de grupo. Para não atrasar o pedal, o guia chamou a Van de apoio para substituição da bike, e me designou interinamente “fechador” do grupo.

Vesti o colete e passei das posições iniciais como de costume para a última, com muito prazer. Passamos ainda por Castelo di Fartano, Castelo di Domagnano, Borgo Maggiore, após um belo passeio, excelentes fotos, pedalando hora em estradas vicinais, hora sobre os trilhos da antiga estrada de ferro, inclusive curtindo alguns tuneis, onde pedalando cantei o “Volare” só para ouvir o eco, e hora entre os carros que visitavam a Republica. Após um passeio panorâmico pela cidade partimos para a deliciosa aventura morro abaixo.

Na descida minha Scott chegou próximo aos 60 km/h de adrenalina e muita loucura, não obedecendo as regras impostas na palestra de abertura, que limitava a velocidade em 30 km/h. O pelotão todo seguia em fila indiana na mesma velocidade. Ao chegar na planície me veio a cabeça: se fura um pneu?

O odômetro marcava 57 km de pedal quando chegamos ao hotel as 15h00, e direto ao almoço, ainda paramentados de ciclistas.

Após um breve descanso, a maioria foi curtir uma piscina para depois participar da palestra, que contou também com o Ex cônsul de San Marino no Brasil, agora cônsul em Portugal.

Vânio e Terezinha