Relato 3o dia

Dia 09/07/13, tomamos o café da manhã no Centro Cultural e Ecológico, e em seguida iniciamos o pedal. Não demorou muito para chegarmos à Serra dos Cristais. Teve trechos do caminho que deram a impressão de que haviam sido recém patrolados para nós.

Ao fundo, uma vista das Gerais

Na subida da serra quando eu pedalava a 5 km/h, velocidade apenas para equilibrar-me na bike, avistei uma ferradura que descansava à beira da estrada. Neguei-me a parar para recolher, então falei para a Claudia, que também pedalava na mesma velocidade e prontamente desceu da bike, recolheu, e disse que iria jatear e colocar num quadro.

No alto da serra percebi que o tempo estava encrespando, então tirei da sacola o manguito, para duas funções, proteger do frio e diminuir os ferimentos no braço numa eventual queda, pois estava decidido que para compensar o esforço, usaria pouco freio na descida.

O pedal continuou até Carangola onde na entrada da cidade, nos esperava um casal de policiais, também de bike, que fizeram o papel de batedores até a Igreja Matriz, Santuário de Santa Luzia. Ao cruzarmos a ponte sobre o rio Carangola no centro da cidade, o trânsito ficou parado para que nossa caravana não se dividisse, e o primeiro da turma que nos aguardava era um carroceiro, que falou em alto e bom som, enquanto cruzávamos a ponte:

- Cada bicicleta vale mais que um salário!

Escolta montada para visitar Carangola

A estátua ganhou capacete

Ao chegarmos à Igreja Matriz, começou a chover, então fizemos um giro pelo centro da cidade, atrás de um café quente e capa de R$ 1,99. Tocamos em frente, debaixo de uma chuva fina, e uma bruma que não permitia visibilidade de 10 metros, até chegarmos ao leito de uma antiga estrada de ferro, onde, de um lado estava o barranco, e do outro o precipício, esse, porém, com uma “proteção de arame farpado” que nos proporcionava segurança na pedalada. Paramos para o lanche, debaixo de chuva, na Parada General.

Na chuva, semi escondida na bruma

O tempo melhorando

O pedal continuou por esse leito da antiga estrada de ferro, cheio de bostas de boi, fresquinhas do dia, que respingavam por cima do capacete. Passamos pela enigmática Ernestina, em seguida cruzamos uma fazenda de café, onde as bikes ficaram totalmente travadas com o barro, e só foram limpas, com um banho de mangueira na primeira fazenda a beira do caminho.

Visitando uma fazenda

O árduo e ao mesmo tempo prazeroso pedal do dia acabou em Caiana, quando o odômetro marcava 50 km. Hospedamo-nos, carimbamos a credencial e jantamos na Pousada do Cristal. Ali comemoramos o aniversário da Eleonora, que contou com sopro de velinha e tudo mais. Após o cerimonial cada ciclista teve a oportunidade de expressar seus sentimentos, que variaram de profunda emoção a teatro humorístico.

O verdadeiro Mec Ronald's

Aproveito para parabenizar o senhor Milton, que no alto dos seus 70 anos, deu um show de bike nos mais novos. Só se ouvia: quero chegar aos 70 com essa gasolina toda.

Parabéns também a Claudia, que teve a iniciativa de condecorar dois ícones do pedal, mesmo que antagônicos, a Terezinha e Otaviano, com o “TROFÉU RAPADURA”, que veio diretamente de Natal no RN, recordando seu grupo de pedal, o Rapadura Biker.

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