PIO XII

Pio XII, Eugenio Pacelli

Papa (1876-1958)

Primeiro filho de um advogado com altas responsabilidades seculares da Santa Sé, iniciou os seus trabalhos apostólicos na igreja de Santa Maria Vallicela, fazendo parte de um grupo juvenil.

Em 2 de Abril de 1899 é ordenado sacerdote, passando a executar funções na Secretaria de Estado de monsenhor Gasparri. Ali, pode dizer-se, o futuro Pontífice aprendeu a escola do Papa Pio X, a quem ele mesmo canonizou meio século depois.

Em 13 de Maio de 1917, em plena I Guerra Mundial, é nomeado núncio na Baviera, onde trabalhará tendo a paz e o auxílio às vítimas do conflito como principal objectivo. Três anos mais tarde ocupa a Nunciatura de Berlim, tarefa que desempenhou até 1929, quando depois de ser investido de cardeal é designado de secretário de Estado da Santa Sé.

Em 2 de Março de 1939, Pacelli é eleito Sumo Pontífice com o nome de Pio XII, em plena preparação de uma nova conflagração mundial. Evitá-la a todo o custo foi a sua primeira preocupação. Em Maio envia aos governos de Inglaterra, França, Polónia, Alemanha e Itália uma proposta para resolver, mediante uma reunião conjunta, os problemas inerentes à comprometida estabilidade política. A 24 de Julho do mesmo ano dirigiu por rádio um apelo à paz no mundo.

Pode dizer-se que Pio XII foi um dos principais protagonistas daqueles dias tão carregados de tragédia, porque procurou, com todas as suas forças, evitar a guerra.

Na Noite de Natal de 42 condenou a perseguição judia na sua famosa alocução de Natal. Igualmente, em 1943 pronunciou um importante discurso aos cardeais, em que reafirmou a sua condenação da política alemã.

Os seus silêncios oficiais durante os primeiros anos da guerra foram reconhecidos por muitos historiadores como úteis para salvar inúmeras vidas humanas. Pio XII organizou a assistência da Santa Sé a favor dos perseguidos.