BURKINA FASO

BURKINA, REPÚBLICA DO (BURKINA FASO)

Dados históricos: em 1904 a região foi incorporada à colónia francesa do Alto Senegal e Níger, separada e ainda como colónia francesa em 1919; em 1932 foi dividida entre as colónias do Sudão Francês, Níger e Costa do Marfim. Em 1947 o Burkina é restabelecido como território único e torna-se Estado autónomo dentro da Comunidade Francesa, como a República do Volta em 1958, no ano seguinte muda o nome para Alto Volta. Em 1960 torna-se independente com Maurice Yameogo na Presidência, afastado em 1966 pelo chefe do Estado maior do Exército, Ten-Cor. Sangulê Lamizana, que se declara chefe de Estado. As eleições e uma nova Constituição (1970-71) determinam a volta à democracia. Em 1974, Lamizana suspende a Constituição, dissolve a Assembleia nacional e proíbe a acção dos partidos políticos, passando a acumular o cargo de Primeiro-Ministro; ao final do ano ocorrem choques com o Mali, no ano seguinte, os dois países assinam um acordo, pondo fim ao litígio pela posse da área fronteiriça. Em 1977 um anteprojecto constitucional é aprovado por referendo. Lamizana é reeleito em 1978 e Joseph Issufu Conombo é indicado Primeiro-Ministro. Em 1980 o presidente é derrubado por um golpe militar encabeçado pelo Cor, Saye Zerbo, que também derrubado no ano seguinte e substituído por um Conselho Provisório de Salvação Nacional (CPSP), sob a chefia de Jean-Baptiste Uedraogo. Em 1984 o Alto Volta passa achamar-se Burkina. Sankara derruba Uedraogo. Em 1984 o Alto Volta passa a chamar-se Burkina. Sankara concede amnistia a vários presos políticos em 1985; resolve adoptar um programa de austeridade, tentando melhorar a situação de pobreza do país; porém as bases desse programa causam descontentamento geral; ao final do ano o Mali e o Burkina reiniciam a guerra pela posse da região fronteiriça de Agacher. Em agosto de 1986 Sankara dissolve o seu gabinete, substituindo-o por três coordenadores gerais: o cap. Blaise Compaorê, o comandante Jean-Baptiste Kukari Lingani e o cap. Henri Zongo. Antigos membros dos governos depostos são reabilitados e passam a colaborar também com o regime. A 15 de Outubro de 1987, o segundo homem-forte do país, Blaise Compaorê, desfecha um golpe militar, assume o poder em nome da Frente Popular, dissolve o Conselho Nacional Revolucionário, e destitui todos os prefeitos e convoca novas eleições. Sankara e cerca de cem pessoas foram presos e fuzilados. Uma revolta contra o novo governo é rapidamente sufocada a 28 de Outubro; porém de um modo geral, o golpe foi bem recebido na região, o Togo e a Costa do Marfim reconheceram publicamente o novo regime. O presidente Campaorê em 1990 e 1991, conseguiu manter o regime, apesar de ter cedido a pressões internacionais e permitindo a elaboração de uma nova constituição que prevê a democratização, mas sem o pluripartidarismo. negociações iniciadas pelo presidente Campaorê pretendem ampliar as relações comerciais com países ocidentais.