Benin, República Popular de
Dados históricos: em 1851 a França estabelece um posto comercial em Daomé (actual Benin). A França domina o país (1892-1904) e torna-o parte da África Ocidental Francesa. O Daomé consegue a sua autonomia (1955-59), adopta uma nova Constituição e lege Hubert Maga para o cargo de Primeiro-Ministro. Em 1960 liberta-se totalmente da França e Maga torna-se presidente, até 1963, quando um golpe chefiado pelo então Coronel Christophe Soglo o destitui do poder, formando um governo provisório. No ano seguinte, Suru Migamn Apithy é empossado na presidência com o seu vice e respectivos deputados, todos eleitos. E, 1965, o agora General Soglo desencadeia novo golpe e derruba o presidente e o vice (os desentendimentos entre ambos provocaram a situação). Soglo proclama-se presidente e Primeiro-ministro do regime militar e proíbe todo o movimento político. Todavia, dois anos depois é derrubado. Em 1968 o regime militar devolve a administração a um civil. No início de 1972, processa-se a primeira transição pacífica do poder no daomé, mas em Outubro novo golpe militar garante o poder ao Major Mathieu Kereku, constituindo-se um ministério formado somente por militares. O novo governante suspende a constituição e em 1974 declara que pretende implantar uma sociedade socialista. No ano seguinte o presidente cria um partido na s linhas do PC soviético e muda o nome de daomé para República Popular de Benin. Em 1977 tropas do governo derrotam, ao desembarcarem no aeroporto de Cotonu, mercenários contratados pela Frente de Libertação e reabilitação do daomé, sediada no gabão e apoiada por Togo e Marrocos. Em Agosto desse ano é adoptda a nova Constituição. Em 1978 o Gabão expulsa milhares de operários beninenses, em represália às críticas ao presidente Bongo, feitas por Kereku. Entre os anos de 1979 e 1984 são tomadas várias medidas com a intenção de organizar e tornar mais eficiente a administração pública. as fronteiras com a Nigéria são fechadas (1984-86) para conter o contrabando. Em 1985 os universitários protestam contra apolítica económica do governo e aproximadamente 100 funcionários e professores são presos, acusados de pertencerem ao extinto PC. Em 1986 o prsidente empreende uma série de viagens a diversos países ocidentais, a fim de obter ajuda externa para o país, que atravessa um período de desorganização económica, agravada pela má direcção de empresas estatais, pela corrupção e eplo contrabando. fracassada uma tentativa de golpe contra Kereku em Março de 1988, 150 oficiais são pressos; em Junho ocorre uma nova tentativa; em Julho 5 ministros são demitidos, soba acusação de incompetência. O ano de 1989 transcorre com inúmeros protestos estudantis e greves. O Banco Central dos Estados da África Ocidental (Cotonu) negou ajuda financeira. A abertura política inicia-se em 1990, com a democracia multipartidária e a recuperação económica. Registaram-se mais de vinte novos partidos políticos e em Setembro de 1991 os eleitores aprovaram nova Constituição. Eleições legislativas foram marcadas para 27 de Junho de 1991. A FLN (Frente de Libertação nacional) deixou de ser o único partido legal do país (governamental).