História Econômica

Material Didático de História Econômica (1o ano do curso de Ciências Econômicas).

Nós podemos definir a palavra economia, como as necessidades individuais ou sociais, utilizando para isso recursos naturais limitados. Desde que surgiu o ser humano no planeta, iniciou-se a atividade econômica.

Adão e Eva viviam no paraíso Bíblico, portanto não praticavam atividades econômicas, mas quando foram expulsos e condenados a ganhar o sustento com o próprio suor, trabalhando e transformando o mundo, para se beneficiar, então iniciou-se a atividade econômica.

As sociedades históricas ou pré-históricas usavam como base a atividade econômica, porque os recursos naturais foram sempre menores do que a demanda.

O homem evoluiu lentamente, começou a fazer instrumentos que facilitavam o dia-a-dia, vivendo da colheita, caça, pesca.

Há sete mil anos antes de cristo o homem começou a cultivar plantas, e criar animais, a qualidade de vida melhorou, e iniciou-se a revolução neolítica, daí então surgiram os grandes núcleos populacionais e foram formadas civilizações nas terras da mesopotâmia e rios Nilo e Indo. Com o passar do tempo, a fabricação de instrumentos de trabalho utilizando metais como o ferro, cobre e bronze, deu origem a mudanças na estrutura das sociedades, sendo assim os membros das comunidades humanas se dedicaram à agricultura.

Com a "revolução industrial", iniciada na Grã-Bretanha no século XVIII, houve significativas mudanças nas estruturas econômicas no mundo todo, até então a mão de obra que era voltada para a produção de alimentos foi direcionada para outras atividades.

Com a invenção das maquinas produzia-se mais, os moleiros e artesões usaram a energia do vento, e as quedas d'água, mais tarde a maquina a vapor, tudo isso contribuiu para aumentar a produção, mas não parou, porque a competitividade exigia do homem novas técnicas que reduziam a mão de obra e aumentava a produtividade. A historia nos mostra que a ciência econômica esta relacionada com o capitalismo.

(...anexo 1) Essa visão da economia como a ciência da escassez foi criticada internamente pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, já no início do século XX, em seu livro Teoria do Desenvolvimento Econômico. Após explicar a visão convencional de economia, sua beleza temporal e logicamente coerente, Schumpeter introduz dois conceitos que revolucionarão a visão corrente de economia. O primeiro é a noção de concorrência.

Agindo no interior dos mercados e impulsionando mudanças na organização das firmas, na estrutura produtiva, na tecnologia e em todos os outros aspectos relevantes aí, a concorrência tem uma força de destruição e de criação de todos os aspectos essenciais nas firmas e nos mercados, sejam produtivos, sejam de consumo. Mais tarde, em Capitalismo, Socialismo e Democracia, o autor denomina esse processo de “destruição criadora” e alerta para o fato de que o importante é perceber como o capitalismo cria e destrói suas estruturas e não como as mantém ao longo do tempo.

Outro aspecto importante desse último livro é a percepção, tal qual já feita no pensamento de Marx que o antecede, de que a racionalidade capitalista penetra em outras áreas da vida humana. Nesse sentido, as relações amorosas começam a se pautar por uma lógica de lucro e de vantagem, os filhos são escolhidos em função das atividades produtivas ou outras de cada membro do casal, ao mesmo tempo em que as grandes corporações destroem o mito heróico dos grandes empresários, tão bem protagonizado por John Ford. Isso cria uma tendência à mudança social e política, dando outros aspectos de cunho histórico ao capitalismo.

Mas o capitalismo tem uma força histórica, graças, também, a um elemento ausente nas formulações convencionais, que é o poder das grandes finanças. Naquelas formulações, a moeda tinha um caráter essencialmente neutro, servindo como uma roupagem para atos econômicos que não tinham origem no próprio dinheiro. Com Schumpeter isso muda, pois ele confere um papel de destaque ao crédito criado pelos bancos e fornecido às grandes empresas, quando estas possuem aqueles elementos que estão por trás de todos os processos de destruição criadora. Esse papel inovador do dinheiro antecipa concepções acerca do dinheiro que só serão mais claramente percebidas

com a Teoria Geral do Emprego, de Keynes. As concepções de Schumpeter deram origem, a partir dos anos 1980, a um forte movimento de renovação do pensamento econômico, a saber, as escolas neo-schumpeterianas e evolucionistas, da mesma forma como o pensamento keynesiano se bifurcou rumo à escola clássica ou rumo ao pós-keynesianismo.(...)