A Geração Y e suas Implicações Estratégicas
Data de postagem: 07/10/2010 16:10:04
Nunca antes uma geração exerceu tanta influência nas estratégias organizacionais e no mercado de trabalho como a Geração Y. Organizações e economias inteiras serão influenciadas de maneira inédita pelas transformações, aspirações e motivações trazidas à medida que essa geração se torna adulta (e ser adulto também significa ser cidadão, consumidor, força de trabalho e líder).
· Já são considerados como o maior segmento em diversos setores da economia mundial (volume de compras e quantidade de consumidores).
· Representam cerca de 20% da população brasileira (40 milhões) e outros 210 milhões no restante do mundo em desenvolvimento.
· Começaram a entrar no mercado de trabalho em 2005 e assim continuarão até 2018. Daqui para frente, as empresas terão cada vez mais membros dessa geração em suas folhas ou contratos de pagamento (e posições de liderança).
· É tida por alguns como a geração na história, e em todo mundo, com o maior nível de escolaridade e formação e com maior flexibilidade de conceitos e, portanto, menor nível relativo de preconceitos.
· Cresceram com disponibilidade tecnológica e acesso instantâneo a informações e foram os primeiros a adotar tecnologias como redes sociais, redefinindo a forma de pessoas se relacionarem entre si e com a tecnologia. São, portanto, o maior grupo de internautas da Web.
· Apresentam expectativas sobre as questões de responsabilidade social corporativa, ambiental e trabalhista mais próximas ao comportamento de membros de uma ONG do que de qualquer outro grupo. Isso se reflete em suas demandas e ações enquanto funcionários, políticos, empresários e consumidores.
Já tem algum tempo que é estudado o comportamento da geração Y por conta de suas particularidades e dentro delas, temos algumas mais expressivas do que outras, tais como:
1. São filhos de pais ausentes: pai que passou a vida se dedicando em demasia a profissão, e mãe que se emancipou e entrou no mercado de trabalho.
2. Sempre tiveram acesso fácil às informações, são muito exigentes e vivem em busca de algo melhor.
3. Não hesitam em brigar pelo que acreditam.
4. Buscam o sucesso, sempre.
5. Possuem um forte sentido de pertencer a um Grupo
6. São empreendedores, inovadores, intuitivos, impacientes, infiéis e desapegados
7. São antenados e globalizados
8. São comprometidos com eles mesmos e com o que acreditam
9. Buscam crescimento rápido e gostam de desafios
10. Buscam sentido de pertencer e vivem o hoje
11. São engajados e preocupados
12. São céticos e desapegados
13. Tem amigos confidentes e procuram se aproximar de quem mais confiam
14. Se identificam com e querem ser profissionais de sucesso
15. São aptos a desenvolver a auto-realização
16. Mantém diariamente um número enorme de interações na web
17. Se mantém conectado por diversos dispositivos
A respeito de seu perfil profissional, também mantém características únicas, como:
1. Não gostam de ser recrutados mas sim iniciar um relacionamento
2. Não gostam de ser treinados mas sim engajados
3. Querem ter diversão no trabalho diferente de falta de comprometimento
4. Não gostam de diferenciar trabalho, colaboração, aprendizado e diversão
5. Não gostam de ser gerenciados mas sim estar dentro de um sistema colaborativo de trabalho
6. Necessitam de acesso as redes sociais
7. E sua política de retenção precisa ser via relacionamento
Apesar dessas características acima, essa geração tem ambições que nos remetem ao passado. São elas:
· 37% da geração Y pretende começar a poupar para a aposentadoria antes de chegar aos 25 anos
· 46% dos 37%, já fariam isso trabalhando
· 49% dos 37% tem o benefício da aposentadoria como fator importante na escolha do emprego
· 63% da geração Y já contribui para o plano de aposentadoria
Essa geração apesar de ter a vantagem de assimilar rápido uma necessidade e ser capaz de conquistar cargos mais altos rapidamente, vem criando um hiato na formação de gestores pois muitas vezes as empresas acabam promovendo rapidamente esses talentos para usar como política de retenção e acaba se esquecendo de que esses novos talentos, não tiveram o tempo ideal para aprender a gerir. Gerir pessoas, gerir situações e principalmente, gerir crises. Isso acaba criando um conflito interno pois não tem a maturidade adquirida com o tempo para atuar como, quase, um psicólogo perante seus colaboradores.
Essa maturidade só se conquista com o tempo e esse tempo eles ainda não tiveram.
Não bastasse todo esse tumulto de entendimento para a Geração Y, agora já temos de nos preocupar também em entender a Geração Z, público com menos de 15 anos. Uma geração que já chega sendo Touchscreen, até porque, já temos a previsão de que 50% dos computadores comprados para crianças em 2015 terão touchscreen.
Crianças cada vez mais novas são constantemente expostas em vídeos jogando jogos ou operando computadores e dispositivos. Mas e se um dia eles preferirem o touchscreen aos gizes de cera e papel? As historinhas da noite serão lidas em dispositivos ao invés do bom e velho livro infantil?
Será que uma criança que irá crescer jogando em um iPad ainda terá vontade de ter uma noite de jogos de tabuleiro e brincadeiras com sua família? Será que ainda irão querer jogar baralho?
De acordo com um estudo recente coordenado pela pesquisadora Caroline Marcon, da consultoria de recursos humanos Hay Group, cerca de 20% dos jovens que trabalham em grandes empresas brasileiras já ocupam cargos de liderança. O levantamento foi realizado com 5 600 profissionais nascidos a partir da década de 80, a chamada geração Y, em empresas dos setores de tecnologia, mineração e industrial.
1) A proporção de pessoas da geração Y em cargos de liderança foi surpreendente?
Já havia uma percepção de que a ascensão da geração Y está ocorrendo mais rapidamente do que a de seus antecessores. Além de quantificar o fenômeno, a pesquisa mostrou que essa evolução está ocorrendo de forma ainda mais veloz do que se imaginava.
2) Por que a trajetória da geração Y é mais acelerada?
Em comparação com os executivos mais velhos, os jovens da geração Y tiveram muito mais acesso a informações mais cedo. Com isso, eles chegam às empresas com uma bagagem diferenciada de formação, domínio de idiomas e uso de novas tecnologias, um conjunto de habilidades que facilita a evolução da carreira.
3) Em quais áreas de negócios a participação de pessoas da geração Y em cargos de liderança é maior?
Em geral, empresas de tecnologia são mais conectadas com os valores dessa geração. No Brasil, companhias como BuscaPé, Nextel e Oi estão entre as que possuem uma quantidade acima da média de funcionários e líderes da geração Y.
Pontos predominantes:
Domínio da tecnologia; eles conseguem facilmente na web informações sobre fornecedores, clientes e tendências de consumo, nas mãos desses novíssimos a tecnologia se tornou uma poderosa e barata ferramenta na busca de clientes.
Mais colaboração e menos hierarquia, diferentes dos empreendedores tradicionais, eles são mais abertos a cooperar com os outros e a dividir e discutir idéias. Eles possuem forte rejeição à hierarquia das empresas. Valorização da autonomia e a qualidade de vida., Inovação é o ponto forte dos empreendedores Y, facilidade em quebrar paradigmas, para conceber novos produtos, serviços ou processos.
Imediatismo; eles buscam velocidade. Costumados a conseguir o que desejam com um click no mouse, fazem varias coisas ao mesmo tempo e não tem o hábito de esperar. Têm dificuldade em entender que esperar é preciso para se obter bons resultados.
Atuação Global e em nichos específicos; Para empreendedores com eles, a exportação não é privilégio de gente grande. Graças as tecnologias os jovens fazem negócios globais por definição. A mesma lógica impulsiona a abertura de empreendimentos focados em nichos específicos, sem mercado suficiente na vizinhança, mas com bom numero de consumidores.
Grande preocupação com a sustentabilidade.
Autor: Diversos Alunos de Pós-Graduação