Alberto Magno
Os últimos escolásticos foram os mais ortodoxos. Eles não eram realistas consistentes, embora não seguissem inteiramente Platão. Um vestígio da filosofia experimental de Aristóteles os guardou dos resultados legitimados do realismo puro; e ainda em seus argumentos o elemento platônico é predominante. Pelo método a priori de traçar todas as existências do ser de Deus, eles virtualmente admitiam que a matéria foi apenas fenomenal. Todo poder, sabedoria e bondade no universo, forma emanações do poder, sabedoria e bondade do Ser Divino. Todas as relações terrenas são cópias dos arquétipos de Deus. Paternidade e filiação foram de origem celeste. Deus é o Pai de nosso senhor Jesus Cristo, e dele toda paternidade no céu e na Terra é nomeada. As analogias do universo físico com o divino foram participações positivas da natureza divina. O intelecto purificado que poderia ver Deus na manifestação da criação, sabe dele não em figura, mas em realidade. Tudo que é real em natureza, era Deus realmente.
Alberto Magno é o primeiro dos cinco, com o qual, de acordo com Dean Milman, a era da Escolástica genuína culminou. Ele preparou-se para replicar Almaric de Bena e ainda assim diferia dele apenas em patamares. Ele apreciava reconciliar Platão e Aristóteles; filosofia e cristianismo, ainda que inclinava-se mais para Platão do que para Aristóteles. Na maioria das doutrinas peculiares do cristianismo ele se calou, em algumas delas, como a criação e a redenção, ele expunha à maneira de Erígena. Ele guardava os dogmas da igreja, mas sua filosofia era contra o padrão. Anselmo descansava nos princípios de crença que ele podia entender, mas Alberto excluía todas as doutrinas especiais da revelação da categoria de coisas conhecidas pela razão. O espírito humano pode apenas conhecer o que cada princípio é em si mesmo. Isso é uma essência simples, e, no entanto, não pode ser conhecida exceto pela iluminação divina. Os universais que ele dizia serem realidades, se não fossem reais, não poderiam ser conhecidos. Eles não existem independentemente da mente divina, mas eram emanações eternas dela. O universo tem uma existência formal, não uma existência material. Isso pode ser dado ao ser de uma pluralidade de objetos, mas sua existência atual está no intelecto divino. Deus é verdade simples, não embora sendo identificado com a substância universal. Alberto foi até repetindo a doutrina do desenvolvimento do múltiplo vindo da unidade, e ainda até batalhando para estabelecer uma diferença real entre elas. “Ele aceitava”, diz Dean Milman, “um tipo de emanação platônica de todas as coisas vindo da cabeça de Deus; ainda que ele repudiasse como detestável ou blasfemosa a unidade absoluta da inteligência divina com a inteligência do homem. Ele recolocou o panteísmo como horror religioso.” Ele salvava a si mesmo da doutrina da criação fora do nada, e ele respondia à objeção dos filósofos; do nada, nada vindo pela observação, que seu pensamento de verdade no físico ou em causas secundárias, não eram aplicáveis a Deus na causa primeira. Ele refutava, por ordem do Papa Alexander IV, a disseminação da doutrina dos Averróis que estava em realidade em uma alma, que é a totalidade de todas as almas individuais. Sua própria filosofia, como fundada em Aristóteles, interpretada pelos Averróis, pode ter caído na identificação do universal nos particulares com a doutrina do um com uma alma em todos os homens, mas se filosoficamente o levava a um caminho, a autoridade da igreja o levava para outro.
Livre tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt (1884) . Capítulo 8 . Escolástica