2. Os pitagóricos

Os jônicos começaram a sua busca pela verdade do Universo a partir danatureza externa. Os pitagóricos começaram com a matemática. Eradeclarado que tudo é um algo, um infinito, eles não podiam explicar maisaprofundadamente. Pitágoras disse que é simplesmente o um. O queele quis dizer não é fácil de determinar. Na Pérsia, ele pode teraprendido a respeito do um sem nome que criou Ormuzd e Ahriman. Não foiuma mônada criando uma deidade? Não foi o um então o que se tornou o paido mundo e o dois a mãe? O que pode ser a essência de todas as coisas anão ser os números? Tudo não veio da unidade original? Como onúmero um é o fundador das operações básicas da aritmética e da geometria,assim o Divino um, a alma universal, é a fundação do mundo. O Universo éum reflexo do divino. É uma aritmética viva, uma geometriarealizada. Por causa de sua beleza, harmonia e ordem na última instância,ele é chamado de cosmos. Mas a mônada de Pitágoras era uma mente ou simplesmentealguma coisa fora de tudo que estava envolvido? Se a mônada não é oprincípio ativo, ele é idêntico ao caos e sua deidade está contida no começo dopoder ativo que causa o desenvolvimento harmonioso do mundo para surgir docaos. Nessa suposição, a doutrina pitagórica da divindade tem um lugarnão maior do que o da evolução ou emanação do caos, uma substância original daqual procedeu a alma-mundo divina. Mas, se é, como Tememan pensa, amônada pitagórica foi o princípio ativo, o Ser divino, e o produtor, não o produtodo material; enquanto que a matéria é apenas Deus colocado de um lado e sujeitoa ele. Essa última foi a verdadeira doutrina pitagórica, provavelmente dasua colocação por fragmentos de Philolaus, um antigo filósofo da escola dePitágoras. A essência das coisas é dada como surge em dois grandeselementos – o limite ou limitado e o ilimitado. Philolaus mostra que issotem lugar pela oposição do um e do muitos. O um é a unidade do muitos e omuitos é, como era a deidade indefinida, pela limitação dada pela unidadee pela participação na unidade. Mas agora a essência das coisas consistenesses dois elementos originais, consequentemente os princípios ou o número deelementos original, sendo também o princípio das coisas ela mesma. Os pitágoricosencontraram a razão da necessidade nisso, que é apenas sob essa condição que ascoisas poderiam ser objetos do conhecimento humano; por nenhum outro, nem porum, nem por muitos no abstrato, podem ser conhecidos pelo homem. Oproduzido sozinho é conhecível pelo entendimento humano. A união entre olimitado e o ilimitado forma um cosmos. Esse cosmos implica num princípiode harmonia e essa harmonia é uma causa primeira ou autor “que é simplesmenteDeus”. “Não há” diz o professor Böckh, “entre o original um e o muitos,aquele que, como no estágio original de todas as coisas, essas oposições e aunião harmônica, constitua um cosmos, então no sistema da maior parte dospitagóricos religiosos, não haveria traço da cabeça de deus, desde que nem olimitado nem o ilimitado aparecem no sistema como Deus. Mas agora há umtraço e esse traço no sistema pitagórico, Deus é reconhecido e representado naidéia de absoluto total fora e além dos opostos, expressamente como o primeiroe causa original de harmonia, nós achamos ela através do testemunho de muitosantigos.

Deacordo com Aristóteles, é o conhecimento de Philolaus do um original como causados dois princípios – como a realidade absoluta de tudo e então Deus como aunidade maior bem como posicionada acima das outras unidades como diferentesdelas. Os pitagóricos levaram essa primeira causa como o intelecto; issonós consideramos como certo. Mas o limitado, o ilimitado e o cosmosestavam todos claramente alidados à primeira causa. O cosmos consiste emdécadas, cada qual com dez corpos Isso revolve um centro comum aoentorno. Esse centro é a parte mais resplandecente do universo. Éonde se assenta a Divindade Suprema. Dele procede a luz que dá vida egraça à criação. As estrelas nos céus resplandecestes, fora do centro daluz, são olhos dos deuses, senão eles mesmos, divindades. Além deles, emdegraus, estão os demônios ou os bons espíritos; depois o homem e por último, acriação bruta. Através de todos os degraus, vai a divina essência do Um. Tudoestá, de algum modo, aliado a Deus, tudo é divino.