Há uma variedade suficiente nos nomes e características dos deuses védicos, para que possamos fornecer um número grande de especulações mitológicas.
Um escritor famoso supôs um monoteísmo precedendo o politeísmo, o qual ele chama de crescimento da degenerescência e da corrupção. Outra grande autoridade das divindades védicas divide-as em morais e físicas, supondo que as morais foram preservadas pelos iranianos, enquanto os indianos ficaram só com as físicas. Imagens como essa são facilmente realizadas e cada uma delas é tão boa – quanto falsa – como a outra. A única inferência clara é que, todos esses deuses são personificações de objetos naturais, que tem uma comunhão com o divino e que qualquer um deles pode, há qualquer tempo, tomar o lugar do deus mais poderoso, abarcando todos os outros nele mesmo.
Brahma, a divindade proeminente da mitologia tardia é, raramente, mencionada como o deus supremo dos Vedas. O nome geralmente ocorre como um atributo ou o segundo nome alguma outra divindade. Uma vez, no entanto, em um hino a Skambha, ele aparece como o universo. A terra é sua proporção, a atmosfera é a sua barriga, o céu é sua cabeça, o Sol e a Lua seus olhos e Agni, sua boca. Para ele, todos os deuses estão juntos como ramificações de uma mesma árvore. Em outro hino, a sua figura é variada e os deuses são ditos como sendo de Brahma, como “vacas numa fazenda de criação intensiva”.