6. Hipólito

Hipólito

De Hipólito é dito que foi um discípulo de Irineu. Ele também escreveu contra os heréticos e, em muitas coisas, seguiu seu mestre. Ele atribuía a origem de todas as heresias à sabedoria dos gregos. Os hereges não tomaram nada das escrituras, mas apenas dos mistérios e dos sistemas de filosofia. Os gregos são descritos como sendo ignorantes do Criador e como glorificadores de partes da criação. Hipólito, no entanto, discursando sobre o Logos, concorda mais com Platão do que com Irineu. Deus estava sozinho, em si mesmo, quando com um ato de vontade ou, com outras palavras, por um exercício de reflexão, Ele trouxe o Logos à existência. Esse Logos é explanado como sendo, não a palavra no sentido de voz, mas como o pensamento de tudo na mente de Deus. O Pai constituiu a existência e o Logos executou a vontade de Deus. O mundo foi feito do nada; ele é, no entanto, não divino. O Logos, por outro lado, é da substância de Deus e é Deus. Aqueles que desejarem tornar-se Deus são exortados a obedecer ao Logos que fala pelos profetas. A identidade de Deus e do Logos como colocado por Irineu, desenvolveu-se na heresia patripassiana. Se o Filho foi o mesmo do que o Pai, então o Pai sofreu na cruz. Para refutar essa heresia, Hipólito recorreu aos argumentos de Platão para a distinção entre Deus e a razão de Deus. Dorner diz: “ A ideia fundamental da sua teologia é mutável com aproximações em outro aspecto ao panteísmo enquanto brilha muito numa grande oposição ao patripassianismo.”

Livre tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt, 1884 . Capítulo VI . A igreja . Hipólito