John Toland
Toland não foi colocado aqui porque foi um místico. Ele não tinha nenhuma tendência nesta direção. Ele, no entanto, era conhecido como sendo um panteísta e escreveu um livro, que foi publicado postumamente, chamado “Pantheisticon”. Ele foi um homem de leitura e de grande intelecto, mas deficiente na sabedoria ordinária do mundo. A publicação deste livro foi simplesmente um capricho do seu gênio errático. Ele não significou nada, com exceção, quem sabe, de ser causa de confusão e horror para os defensores do cristianismo, que olhavam Toland como sendo um incrédulo da pior espécie. Na introdução ele cita Thomás Aquino, como dizendo que, eles não tinham contradito a lei mosaica, que ensinava que Deus era a eterna causa do mundo eterno e que todas as coisas que vierma de toda eternidade floresceram de Deus “sem um mediador” e que São Jerônimo estava dizendo que “Deus está infundido e circundando em ambos entre e sem o mundo”. “A raiz de todas as coisas”, Toland diz, “começou de um tempo eterno”, foram compostos fora de seus primeiros corpos, ou dos mais simples princípios, os quatro elementos comumente recebidos nem simplesmente nem suficientemente, por uma infinidade, em todas as coisas, são infinitas, não até eternas, como nada poderia ser feito do nada. Para ilustrar isto, a seiva de uma árvore não é uma árvore em mera potencialidade como Aristóteles diria, mas uma árvore real, na qual estão todas as partes integrantes de uma árvore, embora tão logo essas partes não possam ser percebidas pelos sentidos sem microscópios e, mesmo assim, apenas em muito pequenas coisas.” A “Sociedade Socrática” que foi indulgente nessas especulações profundas, é representada como cantoria em partes alternadas, e depois de um convívio esplendoroso numa loja maçônica, e alguns versos em seguida são um exemplo:
Presidente – Mantenha fora daqui o profano vulgar.
Respondentes – A costa está limpa, a porta está fechada. Tudo seguro!
P. – Todas as coisas no mundo são uma,
E um é tudo em todas as coisas.
R. – O que está em todas as coisas, é Deus;
Eterno e imenso –
Nem esquecido ou nunca morto.
P. – Nele nós vivemos, nós nos movemos e temos nosso ser.
R. – Tudo veio dele e dever ser reunido nele.
Ele, em si mesmo, ser, é o começo e o fim de todas as coisas.
P. – Deixe-me cantar um hino.
Entre a natureza do Universo.
P. & R. – O que quer que isto anime em todas as coisas,
Forma, compõe, adiciona, cria,
Queima, e toma nisto mesmo, todas as coisas,
E de todas as coisas é, nisto mesmo, o pai
Do qual todas as coisas que recebem um ser,
No semelhante, são novamente resolvidos.”
Algumas vezes, eles cantam este hino –
“Todas as coisas entre o margear das leis mortais
mudam, tudo se aclimata em anos revolvidos
sem conhecer a si mesmos, nações transfiguram suas faces,
Mas o mundo está seguro, e preserva tudo,
Nem acrescentando pelo tempo, nem perdendo pela idade;
Seu movimento não é instantâneo,
Ele não se fatiga em seu curso, que é sempre o mesmo,
Ele tem sido e sempre deve ser, nossos pais não viram
Nenhuma alteração, nem deverão ver na posteridade,
Deus é imutável para sempre.”
Toland professou refutar as blasfêmias de Espinoza! Ele traduziu para o inglês o Spaccio dela Bestia trionfante de Giordano Bruno, mas sua tradução foi destituída de significado como o original. Ele escreveu um epitáfio em latim para si mesmo no qual se considerava panteísta. Pode ser lido em inglês assim: “ O Espírito está unido com o pai eterno de onde ele veio. O corpo movido na natureza permanece no seio da sua mãe Terra. Deve passar algum período na eternidade, mas nunca será de novo o mesmo Toland.” Um membro da Sociedade Socrática escreveu um poema para seu fundador. Depois de falar do Mestre Toland como sendo agora uma não-existência, suas cinzas tendo retornado às suas cinzas nativas e seus fluídos do corpo tendo voltado a mãe do oceano, e seu eloquente sopro tendo se perdido no inefável éter, ele escreve,
“Os puros poderes de gênio, a flama vital
Que movem e, rapidamente, essa margem mecânica
É um fluir, uma partícula, um raio emprestado,
E re-unido ao Príncipe do Dia.”
Livre tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt . 1884 . Capítulo X . Místicos . Jonh Toland.