Num sumário da filosofia grega muito deve depender de conjecturas. Os materiais originais sãoescassos, muitas filosofias foram conhecidas apenas com pequenos escritospreservados de antigos escritores e com significado duvidoso. Laertius diz, que em primeiro lugar, afilosofia concerne a si mesmo apenas com coisas naturais, então com coisasmorais e em última análise com causas racionais. Essa divisão é frequentemente seguida, masmais porque é conveniente do que porque é correto. Isso tem a aparente sanção de Aristóteles,que diz que “aqueles que primeiro filosofaram, a maioria deles assumiu apenasmateriais de princípios ou de elementos.” Mas Aristóteles também diz que “Thalesacreditava que todas as coisas eram permeadas de deuses.” E ele infere queThales acreditava que “a alma é cheia de todas as coisas.” “Nossos ancestrais”, ele diz, “e homens degrande antiguidade nos deixaram uma tradição envolvida em fábulas das quais asprimeiras essências são deuses e que a Divindade compreende o todo da natureza.” Laertius também diz que “Thales ensinou queas coisas inanimadas foram retiradas das almas e prova isso com as virtudes domagneto e da água e que a água é a primeira de todas as coisas, enquanto que omundo é uma criatura viva cheia de espíritos e demônios.”
O infinito de Anaximander parece, à primeira vista, sermeramente material. Essa foi a opiniãode Aristóteles e Plutarco e é a opinião geralmente recebida por historiadoresde filosofia. Mas há amplos degraus paraopiniões contrárias. Ritter entende issocomo uma unidade imperecível, um produtor de energia.
As doutrinas de Pitágoras são as mais incertas e se elas sãolevadas até o fim, as menos compreensíveis. Que Pitágoras tenha estado na Pérsia é apenas uma conjectura. Não há evidência contemporânea que osfilósofos gregos tenham aprendido nada do Oriente. Aristóteles diz que “Os pitagóricos eram daopinião que a existência infinita e o um, ele mesmo, são a essência de todas ascoisas, o que eles afirmavam e doravante eles colocavam que o número é aessência de todas as coisas.” Alexander,o filósofo, discursando a cerca da doutrina pitagórica, diz que “o um é oprincípio formal e causa de todas as coisas, como em todos os homens, há ohomem, em todos os animais, há o animal e em todos os seres, o ser. Ueberweg sintetiza a doutrina pitagórica comoensinada por Philolaeus, em suas palavras: “O mundo é eterno e regulado pelo umque é semelhante a isso e tem supremo poder e excelência.”
O mestre da trindade justifica Xenophanes do débito doPanteísmo. Ele diz, que Xenophanes, “cuidadosamentedistinguiu a deidade do universo exterior de um lado e do Non-ens do outrolado. Foi Parmenides que primeiro imaginoua necessidade de identificar pluralidade com o Non-ens, em outras palavras, de dara realidade ao mundo fenomenal lá fora.”
Dr. Thompson também diz de Heráclito que “seu fogo foidotado com atributos espirituais. Aristóteles chama isso de alma e incorpóreo. É o comum estágio do fenomenal, tanto namente como na matéria. Não é apenas oanimado, mas também a inteligência e o princípio regulador do universo. A palavra universal ou razão que faz todohomem a seguir. Essa interpretaçãoparece materializar a mente mas também espiritualiza a matéria e faz o movívelum de Heráclito, o que vem, tão imaterial quanto o resto da escola eleática aque ele pertence.”
Aristóteles diz: “Sócrates empregou a si próprio com a éticae negligenciou totalmente a especulação a respeito do todo da natureza, namoral, também, investigando os universais e tratando a si mesmo dedefinições. Platão aprovava isso, suainvestigação da moral, adotava muito dessa doutrina, que essas definições dizemrespeito a outras coisas e não são concernentes a nada sensível.”
A conexão, no texto, entre Sócrates e Platão é apenasinferencial e pode ser alvo de disputa. O ‘’conhecimento”, de acordo com o Dr. Thompson, foi um conhecimento deconsequências generalizadas da experiência. Nesse estágio Grote clama Sócrates como um “utilitarista.” Deacordo com Xenophon, considerou a alma do homem como aliada da mente divina,não por sua essência, mas por sua natureza, elevado à razão acima do degrau damera criação animal.
Isso aparece no Phaedo que Sócrates tem a noção budista demiséria da existência presente. Ele buscavauma união do corpo com a alma como uma penalidade. Pela pré-existência da alma, ele parecequerer significar sua identidade com o ser divino. Ele chama a alma de “O que é”. No Gorgias de novo, ele diz: “eu não devoimaginar se Eurípedes fala a verdade quando ele diz – Quem sabe se viver não émorte e, morrer, vida?”
Nossa interpretação de Platão, como todas as interpretaçõesde Platão, pode ser alvo de disputa. Dr.Thompson diz: “O um de Platão é relação, um pensamento contra uma coisa oupercepção, um gênero oposto aos indivíduos, ele rejeita o Um absoluto deParmenides, pelo menos, com esse nome. Amente é, com ele, a doadora do “limite”, não o limite em si mesmo; o eficientemais do que a causa formal, a causa que une o limitado com o ilimitado – em resumo,uma energia criativa, se podemos dizer, um Criador consciente.”
Warburton atribui à noção de derivação das almas dos homensda Divina essência e sua final resolução a isso a todos os filósofos da antiguidade, sem exceção. Archer Butler tem a opinião de que isso não éverificado no caso do platonismo, como veio das mãos de Platão; como ele diz, “Platãopode, em última análise, ter abraçado todas as coisas em alguma misteriosaunidade; uma ideia na qual, “algum” senso vago é impossível para a razão humanaevitar.”
De acordo com o “Timaeus”, o universo foi gerado, foimodelado depois de um padrão eterno. Foium deus abençoado, tendo sua alma no centro e existindo entre o todo. A alma foi feita antes do corpo. Entre a alma e o corpo há um intermediário,feito do indivisível e da divisível essência. Os três são fusionados em um. Ouniverso eterno foi uma existência viva; então a deidade tentou fazer umuniverso sensível, tanto quanto podia, similarmente perfeita. O tempo foi gerado com o universo. A eternidade é a unidade. As estrelas são deuses gerados, existênciasvivas com almas. Fogo, água, etc... nãodeve ser chamado de isso ou aquilo, nem serem coisas. Antes da criação do universo há ser, lugar egeração. A incumbência de produzir naturezasmortais foi cometida pelo Criador a seus deuses juniores.
Platão, diz Archer Butler, chama de matéria o ilimitado;inteligência o limite – um e muitos – único e múltiplo – indivisível edivisível – imutável e mutável – absoluto e relativo – exemplo e cópia – o beme a manifestação do bem – o objeto de ciência, o ser eterno e os objetos deopinião. Dr. Thompson acrescenta, “Amatéria nua ele escassamente distinguiu do lugar.” Ele também diz que Platão dedicou suamaturidade em provar a reconciliação da doutrina de Ephesian como um fluxo e,se tornando o princípio da escola eleática de Parmenides.
Sr. Mackay diz que Platão, como muitos filósofos depois deAnaxagoras, fez do supremo ser, a Inteligência, mas em outros assuntos deixousua natureza indefinida, entre a variedade de definição, a concepção flutuandovagamente entre o teísmo e o panteísmo.
Os historiadores de filosofia que foram seguidos sãoSchwegler, Ueberweg, Brucker, Ritter e Tennemann; com o professor Maurice,George Henry Lewes e especialmente as leituras do professor Archer Butler comnotas do Dr. Thompson.