Em Alentejo-Pintura
"Alentejo Terra de Artistas"
Borba
Henrique José de Oliveira Ruivo
"Companheiro de geração de Álvaro Lapa e Joaquim Bravo, a carreira dividiu-se entre a
escultura, a pintura e as artes gráficas" in Jornal o Público
(Borba, 2 de Abril de 1935 - 26 de Fevereiro de 2020 ) é um professor e artista plástico português.
Pintor, ilustrador, cenógrafo, Ruivo é autor de um trabalho, invulgar no contexto nacional,
"marcado por uma dominante vontade narrativa onde impera o humor, o confessionalismo irónico e o
comentário crítico ao meio artístico, social e político".
in wikipédia
Companheiro de geração de Álvaro Lapa e Joaquim Bravo, Henrique Ruivo viveu em Évora até 1952, ano em que ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Abandonou medicina quatro anos mais tarde, inscrevendo-se de seguida no curso de Escultura da Escola de Belas-Artes de Lisboa, que frequentaria até 1962, ano em que abandonou Portugal para se fixar em Roma. O regresso ocorreu doze anos mais tarde, depois do 25 de Abril de 1974. Já em Portugal, foi professor do ensino secundário. Além da prática da escultura e pintura, tem realizado atividade gráfica para livros e revistas colaborando com diversas editoras (Bertrand; Iniciativas Editoriais; Prelo; Seara Nova; etc.). Trabalhou ainda para teatro e cinema, podendo destacar-se as cenografias que realizou para o Festival de Teatro de Pescara (1968) e a colaboração artística no filme ORG, de Fernando Birri (apresentado na Mostra Internazionale del Cinema 79 – Biennale di Venezia " in Arte Portuguesa
"Henrique Ruivo O uivo do homem 1985"
por Fonte. Licenciado sob Conteúdo restrito, via Wikipédia -
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Henrique_Ruivo_
O_uivo_do_homem_1985.jpg#/media/File:Henrique_Ruivo_O_uivo_do_homem_1985.jpg
in Casa da Achada
in bosquesonhador.wordpress.com
Deserto com vozes, Urbano Tavares Rodrigues, Seara Nova, 1976
ilustração: Henrique Ruivo
O 25 de Abril e o Problema da Independência Nacional”, António Borges Coelho,
capa de Henrique Ruivo,
Seara Nova, 1975, 63 págs.
Contos e Novelas. Livraria Bertrand, 1971. Capa de Henrique Ruivo
Manuel Ribeiro de Pavia
"Manuel Ribeiro de Pavia nascido em Pavia (Mora), em 19 de Março de 1907,
foi talvez o expoente máximo da ilustração neo-realista portuguesa."
Helena Pato
Sábado, 5 de Dezembro de 2020
Em Alentejo-Pintura
"Alentejo Terra de Artistas"
Manuel Ribeiro de Pavia
Pavia
"Pintor e Ilustrador Português.Manuel Ribeiro de Pavia
1907- 1957
"Todo o verdadeiro artista é um transformador de energias, e como tal a obra de arte nunca poderá ser um acto gratuito. A sua melhor, a mais espinhosa tarefa é reintegrar o homem na dignidade humana. Em arte só o real é verdadeiro-aquilo que se pode verificar pelo comportamento emotivo do homem. Daí sucede, por vezes, que numa arte distanciada do público os primeiros contactos sejam sempre dolorosos e decepcionantes.
"O Alentejo, região mais martirizada durante o meio século da ditadura salazarista, foi o protagonista dos seus trabalhos, principalmente desenhos e aguarelas. A beleza das suas ceifeiras e mondadeiras não impedia a violência com que denunciava a injustiça social. Participou em quase todas as Exposições Gerais de Artes Plásticas.
"Manuel de Pavia
morreu no dia em que completava 50 anos. O poeta Eugénio de Andrade, um dos seus amigos, no seu livro OsImagem2 Afluentes do Silêncio, diz sobre Ribeiro de Pavia: Esta morte, assim sem mais nem menos, que um amigo me comunica, entala-se-me na garganta. Morreu o Manuel Ribeiro de Pavia. Levou-o uma pneumonia que o foi encontrar depauperado por uma vida quase de miséria.
"Manuel Ribeiro de Pavia particularmente famoso pelas ilustrações concebidas para obras de escritores neo-realistas, amigos, foi talvez o mais brilhante artista plástico do movimento. Porém, quem não se submetesse aos ditames do regime tinha dificuldade em sobreviver.
Necessàriamente que o homem comum, entregue aos azares dos seus recursos individuais, não pode ter uma visão excepcional do mundo. Todo o artista deve (e tem) de ser um criador activo, isto é, um colaborador actuante e interessado no conjunto das funções sociais. O que pretende expressar deverá ir além da sua vida afectiva ou intelectual e comparticipar da aventura quotidiana, numa familiaridade constante com os restantes individuos. Uma obra de arte resulta sempre bela e universal, na medida em que foi possível ao artista comunicar ao mundo exterior qualquer parcela da sua profunda emoção das realidades humanas."
Manuel Ribeiro de Pavia
Na segunda, realizada em 1947, algumas das suas obras expostas foram apreendidas pela polícia política. O regime salazarista não dava tréguas aos seus opositores. Para se lutar contra a ditadura ou se era rico ou se morria de fome. Manuel Ribeiro de Pavia era antifascista e pobre. " In Sóarte
Passava fome! Tinha uma única camisa! Não pagava o quarto há imenso tempo! E nós a falarmos-lhe de poesia…» Assim é: passava realmente fome. Todos nós o sabíamos. E ele a falar-nos de pintura, de poesia, da dignificação da vida. É justamente nisto que residia a sua grandeza. Não falava da sua fome – de que, feitas bem as contas, veio a morrer. A fome não consta de nenhum epitáfio…"in Wikipédia
Manuel foi um dos valores sufocados pela hidra salazarista. A existência de homens honrados como Ribeiro de Pavia, homens para quem o ser vem primeiro do que o ter, eram, no entanto, sinais de esperança num futuro diferente." in Sóarte