05-José Manuel Espiga Pinto

José Manuel Espiga Pinto

Vila Viçosa

O Escultor-Pintor José Manuel Espiga Pinto nasceu em 1940 em Vila Viçosa tendo falecido a 1 de Outubro de 2014. Pertenceu à terceira geração de artistas plásticos modernistas portugueses.

Expôs desde os quinze anos de idade, tendo participado em oito dezenas de Exposições individuais e em várias centenas de Exposições colectivas em todo o mundo. Repartiu sua actividade criativa pela pintura, escultura, desenho, moedas, medalhas, troféus, cerâmica, gravura, serigrafia, vitrais, capas para livros, cinema para a RTP, tapeçaria, murais de grandes dimensões para átrios de edifícios, grandes esculturas para espaço urbano e logótipos para muitas empresas.

Em 1973 ganhou o Prémio Bienal de São Paulo Brasil, para cenários do bailado da Gulbenkian, Lisboa, Portugal.

Em 1987 ganha o Prémio de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa, Portugal e em 2000 o Prémio “Coty” – U.S.A. - “Coin Of The Year” – A Melhor Moeda (Comemorativa do Planeta Terra). Reparte igualmente sua actividade pelo ensino, foi professor na Escola Industrial e Comercial de Estremoz (1960-1965) e no IADE (Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, Lisboa (1979-1987).

Sócio da F.I.D.E.M. – Federação Internacional da Medalha. Académico da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa, Portugal.

Tem diversas obras em colecções particulares em Espanha, Inglaterra, França, Estados Unidos e Portugal.

"Espiga Pinto tinha o Alentejo na massa do sangue, pelo que a sua obra reflecte o ambiente natural e social do Alentejo profundo. Para o historiador de arte David Santos, “O campesinato, a vida na aldeia ou nas vilas dessa região marcam uma das imagens mais fortes da sua estética, numa espécie de neorrealismo tardio, já nos anos 1960 e 1970, mas onde era possível vislumbrar uma capacidade de autoironia e mesmo humor sobre essa iconografia”. Mais tarde, quando a abstracção invade o seu trabalho, acontece “uma intensa relação com a simbologia do cosmos”. Espiga Pinto passa então a desenvolver “grandes gestos circulares onde se conjugam figuras aladas (pombas, cisnes), cavalos e pequenos signos que remetem para mapas imaginários invadidos por uma plenitude fantasista que melhor se traduziu no seu trabalho de escultura em bronze ou nos seus conjuntos de volume pintados”. (Hernâni Matos)

Homem com roda

Sem título, de 1962, na colecção do MNAC

Segundo a escritora Manuela Morais, Espiga “Ainda era menino quando chegou à pintura. Homem determinado e invulgar, pinta como quem beija. Entrega-se total e perdidamente. Do Alentejo, onde nasceu, revelador de uma intuição e sensibilidade apuradíssimas, vem afirmando a solidez e singularidade de um percurso que começa e termina na busca e apreensão dos possíveis sentidos da existência”.

Para o historiador de arte, Mário Nunes, “Espiga Pinto, de invulgar poder de criação, utiliza a geometria como estrutura da sua Obra, afirmando que a geometria está nos nossos gestos, na nossa mente, na arquitectura do universo, pois a geometria é a estrutura do universo, tanto no microcosmos como no macrocosmos. E, realmente, a Obra de Espiga fascina pela grandeza, pelo sublime e pela sensibilidade que revela em toda a dimensão do seu conhecimento, no pensamento de que “A Arte é a Vida” e “A Vida é a Arte”.

Espiga Pinto foi professor na Escola Industrial e Comercial de Estremoz (1960-1965) e no IADE (Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, Lisboa (1979-1987). Era sócio da F.I.D.E.M. – Federação Internacional da Medalha e membro da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa.(Hernâni Matos)

'Sinais Oníricos KR',Palácio do Correio Velho,

“Mulheres alentejanas”,