15-Respigando Alentejo

Amílcar Abreu e o PIM-PAM-PUM! – três

Posted on 3 de Dezembro de 2015

Na intenção de divulgar um nome injustamente esquecido no panorama da ilustração infanto-juvenil nacional, quero hoje abordar a relação pessoal travada com Amílcar Abreu.

Reproduzo abaixo o texto que escrevi, destinado ao catálogo original da exposição itinerante da sua obra plástica, que em muito alarga o universo da ilustração, espraiando-se ainda pela pintura artística, pelo desenho e pela caricatura. Sei que este texto e outros foram entretanto suprimidos, em edições posteriores do catálogo, política editorial que me parece empobrecer a legítima e integral homenagem devida a Amílcar Abreu.

Foi uma personalidade segura e, ao mesmo tempo, discreta. Encontrei-o, era eu ainda um gaiato de 12 anos e ele já um jovem com 25, em tempos onde essa diferença de idades era um abismo quase intransponível. O pretexto foi uma exposição artística organizada em Maio de 1927 por um prestigiado jornal portalegrense de oposição, A Rabeca, onde há uma meia dúzia de anos escrevia de vez em quando José Régio.

Não vou repetir redundantemente o que escrevi há um ano e meio a este propósito, pois pode ler-se a seguir. Mas quero reafirmar a surpreendente admiração pelos meus companheiros nessa mostra, patente na grande e luminosa sala da sede dos Bombeiros, ao lado da Sé Catedral portalegrense. Ainda hoje recordo alguns dos seus quadros, a que fui juntando, ao longo dos anos, a memória dos autores que nos foram deixando. Aconteceu com o Chico Delicado e o Chico Malato, os mais próximos, com Danilo Osório, com Herculano Curvelo, com Raúl Curinha e com quase todos os outros. Como Amílcar Abreu, bem cedo desaparecido, sem que eu tivesse sequer adivinhado que muitos dos bonecos que apreciava no PIM-PAM-PUM! eram devidos ao seu génio criativo e ao seu traço ágil e expressivo.

Soube-o apenas agora, há bem pouco. E como lhe estou grato!

O discreto e competente funcionário do Grémio da Lavoura portalegrense, zelando pelas suas contas, era afinal um parceiro da aventura desencadeada nas páginas de quadradinhos lidas de ponta a ponta neste país à beira-mar plantado! Que surpresa! E que cumplicidade, na rede (social!?) que ligava essa família, a dos que escreviam e desenhavam mais a dos que liam e sonhavam…

Sinto-me hoje mais próximo dele, do que na involuntária jornada que nos ligou, por um mero acaso, traduzida no catálogo onde coleccionei os autógrafos dos companheiros de artística cumplicidade, como o D’Assumpção, o mais célebre e famoso que dali sairia. Foi quase há setenta, setenta!, anos.

Se recordar é viver, então que vivam todos, que viva sobretudo Amílcar Abreu.

António Martinó de Azevedo Coutinho

"Respigando...Alentejo"

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Adriano Bastos

Mulheres na História (XCI) Mariana Alcoforado

Beja

O Convento de Nossa Senhora da Conceição, em Beja, onde viveu e morreu

Sóror Mariana Alcoforado

Photo in http://artelivrosevelharias.blogspot.pt/

Photo in http://aguiaturistica.blogspot.com/

"Em 1810, a nota publicada no jornal L’Empire, de Paris, pelo erudito Boissonade, trouxe para a ribalta o nome, até aí desconhecido; de Mariana Alcoforado como a autora das Lettres Portugaises, cinco cartas de amor dedicadas ao cavaleiro francês Noël Bouton, Marquês de Chamilly.

Mariana Alcoforado foi uma das religiosas da Ordem de Santa Clara, do Convento da Conceição de Beja, local onde actualmente funciona o Museu Regional da cidade. Natural de Beja, nasceu a 22 de Abril de 1640, entrou na clausura com 11 anos, vindo a professar aos 16.

Era irmã de Francisco da Cunha Alcoforado e filha doutro Francisco da Cunha Alcoforado, dos Cortiços, em Macedo de Cavaleiros, Cavaleiro da Ordem de Cristo e de sua mulher Leonor Mendes.

Porteira, Escrivã e Vigária, foram alguns dos cargos que exerceu durante a sua longa vida conventual. Faleceu em 28 de Julho de 1723.

Os amores com o Marquês de Chamilly, a quem vira pela primeira vez do terraço do convento, de onde assistia às manobras do exército, devem ter ocorrido entre 1667 e 1668. Soror Mariana pertencia à poderosa família dos Alcoforados, e o escândalo provavelmente teve repercussões. Receoso das consequências, Chamilly ausentou-se de Portugal, a pretexto da doença de um irmão. Prometera mandar buscá-la. Na sua espera, em vão, Mariana escreveu as supraditas cartas, que contam uma história sempre igual: esperança no início, seguida de incerteza e, por fim, a convicção do abandono. Esses relatos emocionados fizeram vibrar a nobreza de França, habituada ao convencionalismo. Além disso, levaram, para a frívola sociedade, o gosto acre do pecado e da dor, pois, ao virem a lume, divulgaram a informação de que as compusera uma freira.

Seguiram-se as Respostas; entretanto, todas as outras publicações são apócrifas. Rousseau, por achar as cartas belas demais para serem concebidas por uma mulher, negava-lhes a autenticidade; entre os portugueses, também Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco negavam a autencidade das cartas. Há quem as atribua a Lavergne de Guilleragues, apresentado desde início como simples tradutor das mesmas (do português para o francês). Gabriel Joseph de Lavergne, conde de Guilleragues, foi um diplomata e jornalista francês, secretário do príncipe de Conti, e amigo de Madame de Sévigné e do poeta e dramaturgo Jean Racine.

Desde a edição princeps de Claude Barbin, datada de 4 de Janeiro de 1669, com o título de “Lettres Portugaises Traduites en Français”, até hoje, sucederam-se centenas de edições em diferentes idiomas, poemas, peças de teatro, filmes, obras de interpretação plástica e musical." In http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/

Fontes: www.museuregionaldebeja.pt

Wikipédia

O Marechal Noel Bouton, Conde de Saint-Léger e Marquês de Cha

milly

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Adriano Bastos

CASTELO DE SERPA

Fotografia in h_070520130042-574-551808_10151161452827145_2048250883_n[1].jpg

"Dos Castelos se poderá dizer que são autênticas lições de História, Geografia e Arquitectura, testemunhas de um passado com história e o garante intrínseco do espírito da nacionalidade.

Na imponência dos seus cumes roqueiros ou no meio da vastidão das planícies, os Castelos são como uma voz, que é ao mesmo tempo a força e o combate mas também a segurança perante as ameaças e agressões.»

Como vem sendo habitual às sextas-feiras, é tempo de percorrer espaços e tempos de memória e encontrar nesse roteiro pelos Cantos e Recantos de Portugal os - CASTELOS - que são muito da História e da Vida de muitas gerações e ainda, hoje, das regiões onde se encontram.

Na passada sexta-feira, trouxemos aqui o Castelo de Belver - Gavião, no Alentejo, onde permanecemos e, hoje, vamos ao encontro do ...

- CASTELO DE SERPA -

Castelo de Serpa, no Baixo Alentejo, localiza-se na freguesia de Salvador, concelho de Serpa, no distrito de Beja.

Em posição dominante sobre a povoação, integra o território à margem esquerda do rio Guadiana, juntamente com os vizinhos Castelo de Moura, Castelo de Mértola e Castelo de Noudar.

A primitiva ocupação humana de seu sítio remonta à pré-história, posteriormente romanizado, quando já se denominava Serpa, convivendo com a estrada que ligava Beja ao Sul da Hispânia. Acredita-se que aqui tenha existido uma fortificação romana com a função de proteger este trecho do percurso.

À época da Reconquista Cristã da Península Ibérica, a povoação e seu castelo foram inicialmente conquistadas ou por tropas sob o comando de D. Afonso Henriques ou pelo

grupo de Geraldo Sem-Pavor, em incursão promovida em 1166 no território além do rio Guadiana.

O castelo ergue-se no centro histórico da povoação, a duzentos e trinta metros acima do nível do mar. No plano mais elevado, junto à muralha, a norte, implanta-se a alcáçova, de planta quadrangular.

A cerca da vila apresenta planta ovalada, reforçada por Cubelos e torres de planta quadrangular e semicircular, rematada por Merlões prismáticos.

A Muralha da Alcáçova é reforçada pela Torre de Menagem, de planta quadrangular, encostada ao pano sul, de que resta a parte inferior; por um cubelo de planta semicircular pelo mesmo lado e por uma torre de planta rectangular no ângulo sudeste, junto à qual é ainda visível uma parte da Barbacã que a envolvia.

Ali se encontra instalado o Museu Arqueológico de Serpa, expondo os testemunhos recuperados na região do Concelho, do Paleolítico, do Neolítico, da Idade dos Metais e da época romana. "

- CASTELO DE SERPA - Aberto ao Público -"

Artigo de Rui Breda

segunda-feira, 16 de Abril de 2018

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Adriano Bastos

"Alentejo ! Às sopas chamam-lhe açorda À açorda chamam-lhe migas....

"Terra de grandes barrigas

onde só há gente gorda

Ás sopas chamam-lhe açorda

à açorda chamam-lhe migas "

Foi com estes versos que, Vasconcelos de Sá nos anos trinta do século passado cantou a diferença entre

o uso destas palavras no Alentejo e fora dele .(in revista músical Palhas e Moínhas ).

A açorda alentejana tem origem na tharid dos invasores árabes,talvez o seu segredo esteja na

simplicidade da sua confecção,pedaços de pão mergulhados num caldo quente, aromatizado e

enriquecidocom azeite e ervas aromáticas que só o Alentejo nos pode oferecer .

Diz-se ainda que durante o tempo da ocupação romana,se consumia no Alentejo, uma sopa feita de ervas

aromáticas,alho azeite, pão e água quente . Como podemos constatar esta iguaria atravessou, assim, as

culturas dos povosinvasores que se seguiram,tendo sido os árabes que a fixaram e lhe deram a

importância que tiveram não só entre eles como entre nós . A açorda em árabe ath thurda é pois uma

herança da presença muçulmana neste Garb al Andaluz entre os séculos VII e XIII.

As açordas do pobre não têm conduto, para o pobre. São as açordas de mão no bolso , só precisam da mão que

levam a colher à boca.São as açordas peladas, não fazem bem nem mal, é só pão e água ..- caem nas calças e

não põem nódoas, como escreveu Falcato Alves em "Os comeres dos Ganhões 1994".

Mas como tudo na vida, há sempre quem pode e então temos as açordas bem temperadas, com a água de

coser bacalhau, pescada, ou amêijoas, e ainda ovo escalfado ou cozido as azeitonas, e,até nalgumas famílias,

os figos frescos.

Para quem gosta deste prato típico do nosso Alentejo sabe que as açordas são quase sempre de alho , coentros

e poejos . À falta destas ervas há quem as faça com pimento verde esmagado .

Bem Hajam

Carlos Fernandes

in A.ruralidades- http://skywaterland.blogspot.kr

Para os Alentejanos, o termo migas significa um alimento à base de pão migado,embebido num caldo e a

seguiramassado e esmigalhado . Esta confecção noutras regiões é denominado de açorda , são famosas de

marisco que proliferam país .Mas no Alentejo açorda é açorda, e migas são normalmente confeccionadas no

pingo da carne de porco com mais gordura, inclusive dos enchidos, e, ao contrário do aforismo " migas de pão

duas voltas e já estão ", as migas dosnossos antepassados árabes e as que ainda hoje se fazem no nosso

Alentejo são enroladas continuamente até tostarem levemente e ganharem uma casquinha estaladiça .

Este é também um prato principal na mesa de ricos e pobres no Alentejo só se diferenciando na quantidade da

carneconsoante o estatuto social .Sem dúvida uma boa opção a cozinha tradicional alentejana cheia de história

e estórias por desvendar, visite o Alentejo de paixão."

Alentejo

Tabernas de Castro Verde

"Lugares ancestrais de conhecimento e cultura. Rituais sociais, onde o vinho desinibe e fomenta

longas conversas entre as mais variadas culturas. Ali, entre aqueles odores agridoces, entre um

copo e outro, fez-se o menino homem. Ali, enxuga-se a alma e esquecem-se por momentos os

dissabores da vida.

As tabernas são lugares sagrados, religiosos, também compostos por mandamentos, onde o sangue de Cristo é tomado por todos religiosamente. Onde os sermões são dados com sabedoria, utilizando, quase sempre, as palavras certas para o momento.

Fala-se do Ti António que morreu do coração, do Ti João que morreu de cancro, mas, ali, não se ouve falar que alguém morreu por causas do vinho, porque, o vinho é um elixir, um antídoto para todos os males. Diz-se que até mata o bicho.

É um espaço onde não existe stress, entre uma rodela de linguiça e uma lasca de presunto também o colesterol é esquecido.

Por fim, quando as pernas não obedecem e o andar torna-se desequilibrado, culpa-se sempre o último copo. Mas existe sempre um amigo pronto a levar-nos a casa.

As tabernas são escolas de vida, de saberes populares, onde o cante marca o compasso.

Vale a pena fazer-lhes uma visita.

João das Cabeças ( Rua da Aclamação )

Tio Virgílio ( Rua Sacadura Cabral )

João Rosa ( Rua das Cangas )"

José Bravo Rosa

quarta-feira, 28 de Março de 2018

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

SACRÁRIO RENASCENTISTA DE MARVÃO

Face do pouco conhecido sacrário quinhentista da igreja de Castelãos (Macedo de Cavaleiros).

"SACRÁRIO RENASCENTISTA DE MARVÃO. Esta singular peça artística do segundo quartel do século XVI, com três tábuas a óleo e delicada estrutura de marcenaria lavrada de 'grottesche', é um dos raros testemunhos de sacrário anterior ao tempo do Barroco que existem em Portugal. Referida em 1943 pelo inventariante da Academia Nacional de Belas Artes, Luís Keil, como obra de excelência, estava em estado confrangedor de ruína. Em boa hora foi intervencionado e devolvido à comunidade a que pertence, a paróquia de São Tiago de Marvão, oferecendo-se assim aos olhares do turismo cultural. O processo de conservação e restauro científico foi cumprido, por iniciativa do Padre Marcelino Marques e do Doutor Domingos Bucho, pela equipa de ArteRestauro, dirigida por António Salgado. As pinturas são muito interessantes, com colorido luminoso e um desenho influenciado pela linguagem renascentista transalpina (podendo situar-se a sua origem no foco de Badajoz). Acrescento como informação complementar as imagens de dois outros pouco conhecidos sacrários quinhentistas, o de Castelãos (Macedo de Cavaleiros) e o de Custóias (V. N. de Foz Côa), ambos todavia inferiores em qualidade ao que agora foi devidamente resgatado da perda iminente."

Vitor Serrão

terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

MOURA

OS FRESCOS DE FILIPE DE SANTIAGO EM SAFARA (1723)

por Vitor Serrão

"A esquecida Capela gótico-manuelina da Comenda, em ruína inexorável nos belíssimos campos de Safara... ou ainda passível de recuperação ?"

"OS FRESCOS DE FILIPE DE SANTIAGO EM SAFARA (1723). No ano que findou, uma bem sucedida campanha de restauro operada na igreja matriz de Safara (Moura), com apoio da Câmara Municipal de Moura, permitiu resgatar os frescos barrocos que decoram a tribuna e a nave desse singular templo quinhentista. Esses frescos (de que só eram visíveis parcos vestígios, já assinalados pelo sempre atento Túlio Espanca) mostram ousadas simulações cenográficas com trechos de arquitecturas fingidas, aparatosos atlantes e colunas pseudo-salomónicas envolvendo cenas religiosas (‘São Miguel e as Almas’ e ‘A Virgem entregando a casula a S. Simão Stock’). Sabemos, pela documentação contabilística da igreja, o nome do artista: chamava-se Filipe de Santiago Neves, era pintor-dourador, fresquista e brutescador, morava em Évora, cidade onde trabalhou entre 1700 e 1732, data da morte (foi ele quem dourou o retábulo do mosteiro da Cartuxa, por exemplo). Este seguidor dos modelos de António de Oliveira Bernardes interveio na igreja de Safara em 1722-1723, pintando também os brutescos da tribuna e os azulejos fingidos do revestimento.

Frescos maneiristas, sécs XVI-XVII, da Capela da Coroada, Safara. Os 'retábulos fingidos' das paredes da ousia, com santos e cenas religiosas (Adoração dos Magos, p.ex.), lembra-me algumas coisas de frescos bejenses (Vidigueira, Portel).... o Caetano e o Pestana saberão melhor destrinçar os paralelos técnico-estilísticos dessa oficina provincial activa c. 1600.

Pormenor dos frescos com arquitecturas fingidas por Filipe de Santiago Neves (1722-23) na igreja matriz de Safara (Moura). A inspiração em obras como o tecto da igreja de Nª Sª dos Prazeres de Beja, que António de Oliveira Bernardes pintou na data precoce de 1690, é notória: essa cultura de atlantes e outros motivos do classicismo francês surge no Alentejo por via do grande Bernardes...

"A campanha fresquista de Filipe de Santiago pode agora avaliar-se melhor: se é certo que o desenho e a modelação primam pela dureza, já o sentido cenográfico da decoração é apreciável. Estamos perante soluções de Barroco ‘sui generis’, que constituem sempre uma mais-valia dos patrimónios regionais. Assim, esta simpática aldeia sita na Margem Esquerda do Guadiana passa a contar com um novo chamariz turístico-cultural, esperando-se que, com a brevidade que a sua ruína exige, seja também intervencionada e salva a Capela da Coroada, hoje ao abandono, com estrutura gótico-manuelina e frescos do fim do século XVI. Agradeço a Santiago Macías (cujo trabalho autárquico foi notável), ao escultor António Vidigal, e a Francisco Perfeito Caetano, a recente chamada de atenção para estes muito esquecidos micro-patrimónios, que urge resgatar como prioridade das políticas culturais do Alentejo raiano."

Pormenor dos frescos quinto-joaninos da igreja matriz de Safara, por Filipe de Santiago Neves, 1722-1723. Formam uma espécie de altares fingidos com 'palas de altar' simuladas.

Pormenor da decoração de brutescos da tribuna do retábulo da matriz de Safara, 1722-23.

"Azulejos da capela-mor da igreja matriz de Safara, 1º terço do séc. XVIII, obra de MANUEL VAZ, um modesto pintor da vila de Serpa, casado com uma irmã de António de Oliveira Bernardes e seu seguidor."

"No livro 'A Pintura em Moura. Séculos XVI, XVII e XVIII', meu e de Joaquim Oliveira Caetano (CMM, 1999), revelámos a p. 110 a documentação respeitante a esta campanha fresquista da matriz de Safara."

Vitor Serrão

Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Filipe José Galhanas

Évora

Extraído de "As Pedras e o Tempo" de Fernando Lopes, 1961. Seu primeiro filme.

https://youtu.be/WQPyr-L8Xn8

quinta-feira, 1 de Fevereiro de 2018

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Alandroal

Photo in CMA

Lápide em igreja desvenda mistério sobre o cronista Fernão Lopes

" Acaso levou o investigador João Torcato a reparar na inscrição existente à entrada da igreja matriz. Dois anos depois publica, com o historiador José d"Encarnação, os fundamentos da tese que parece resolver enigma histórico

Um mistério com mais de 500 anos na História de Portugal, sobre quem foi o cronista Fernão Lopes, pode ter chegado ao fim com a descoberta desse nome numa lápide à entrada da Igreja Matriz do Alandroal, vila do distrito de Évora.

"Acho que é uma contribuição definitiva para estudar um homem sobre cuja vida não se sabe nada", defende ao DN João Torcato, um investigador que trocou a vida na capital pelo regresso ao Alandroal - "terra pequena e perdida no meio da planície alentejana" onde esta descoberta "é uma mais valia em termos culturais e turísticos".

A descoberta é publicada amanhã na edição online da revista especializada Al-Madan, num artigo coassinado por João Torcato e pelo historiador José d"Encarnação, contactado pelo primeiro enquanto especialista em epigrafia para analisar as inscrições naquela pedra mármore.

"Nunca se tinha pensado nem se sabia onde Fernão Lopes estava sepultado", assinala José d"Encarnação ao DN. Agora, embora com as reservas naturais dos investigadores, este catedrático justifica a conclusão de os restos mortais do quarto Guarda-Mor da Torre do Tombo estarem na Igreja de Nossa Senhora da Graça com o conjunto de factos que até aqui não tinham explicação.

"Apontamos para ser o cronista porque temos uma explicação para o privilégio, para a importância dada a essa zona" por Fernão Lopes nos textos que escreveu, observa José d"Encarnação, enquanto João Torcato evoca os nove capítulos da Crónica de D.João I que o autor dedica ao Alandroal numa época - a crise de 1383-1385 - em que aí "praticamente não houve nada de relevante" e quando "o país estava num estado de guerra absoluto". Exemplos? As batalhas dos Atoleiros, Trancoso, Aljubarrota e Valverde.

Fernão Lopes é considerado o fundador da historiografia portuguesa e até agora apontava-se para Lisboa como local de nascimento (entre 1380 e 1390) e morte (cerca de 1460). Além de responsável pelos arquivos da Torre do Tombo, foi o autor das crónicas sobre os reis D.João I, D.Fernando e D.Pedro, bem como de outros monarcas cujos textos desapareceram. A sua escrita era marcada pela objetividade e fundamentada, que rompia com as tradições da época e onde, lembra João Torcato, os membros do povo passaram a ser protagonistas.

"Ele era um escritor cuidadoso e meticuloso", que procurava "escrever só a verdade", pelo que "é estranho" falar tanto do Alandroal naquele período crítico da independência face a Castela, insiste o artista plástico.

Porta fechada

Foi por acaso que João Torcato, presidente da cooperativa sociocultural Mouro M"Fez, reparou há cerca de dois anos na inscrição ainda legível naquela pedra tumular "quando ia a sair da igreja, que estava fechada para limpezas. "Já tinha estudado várias coisas sobre o Fernão Lopes. Quando percebi que havia um vazio tão grande sobre a vida dele, o que é estranho, comecei a estudar a questão com mais profundidade".

"Tem sido um processo de reflexão" de dois anos e feito com algum secretismo, prossegue João Torcato, em que "começou a fazer sentido" o que ia lendo à luz daquela hipótese. "O facto de ainda ninguém ter identificado a tumba" com a inscrição "Fernão Lopez" é, explica o investigador, "porque a porta tapa o nome" quando se "abre para a direita" - e é esse facto que também terá garantido a legibilidade daquela primeira linha de texto na pedra tumular, quando a generalidade das outras inscrições quase desapareceu devido ao repisar dos crentes desde os meados do século XV.

José d"Encarnação subscreve essa hipótese sobre o "porque é que nunca se tinha visto a inscrição" que, revelam os autores no texto publicado na Al-Madan, "corresponde ao formulário habitual do século XV" e em que o apelido Lopes se escrevia "com Z, como era normal na época". Certo é que até agora, confirma o historiador, "não havia nada escrito sobre a existência da lápide" com o nome do cronista na Igreja Matriz do Alandroal.

Mas poderá aquele nome corresponder a outra personagem que não o famoso cronista? "É uma pergunta perfeitamente legítima", sublinha José d"Encarnação, mas os elementos informativos existentes levam a concluir que só pode ser o autor da Crónica de D.João I.

Além de referir exaustivamente a vila do Alandroal, a única vila do Alentejo cujo brasão de armas é semelhante ao da Casa de Avis (dominante naquela zona fronteiriça), a existência de um convento que funcionava como escola - explica a erudição que o caracterizava e permitiu a alguém de origem humilde chegar a Guarda-Mor da Torre do Tombo - e lhe permitiu ser conhecido pelos responsáveis da Ordem de Aviz, destacam os autores.

Acresce o pormenor, regista ainda João Torcato, de as pessoas nessa época "serem sepultadas na terra natal" para reforçar a tese de que Fernão Lopes é natural da vila do Alandroal.

E agora? O investigador diz estar "fora de questão" pedir o levantamento da urna para investigar se ainda ali estão algumas ossadas e a quem pertencem. "Agora não", assegura, embora admitindo essa possibilidade se a iniciativa "partir do mundo académico". O facto de a Igreja Matriz do Alandroal ter sofrido várias obras de remodelação ao longo destes séculos e de a própria pedra tumular estar partida não dá garantias de que ainda haja algo por baixo, conclui João Torcato." in DN.PT

Manuel Carlos Freire

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Filipe José Galhanas

Moura

Praça Sacadura Cabral e Mercado Municipal

Castelo de Moura Quando era Abitado

Largo do Castelo

Porta que se encontra em exposiçao no Castelo

Photos in FB/ Isaurindo Sempao-Moura

quarta-feira, 7 de Fevereiro de 2018

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

JARDIM PÚBLICO DE BEJA

"O Jardim Público ou Jardim Gago Coutinho e Sacadura Cabral, situa-se no centro da cidade de Beja e foi construído em 1880, onde se podem encontrar 32 espécies de árvores devidamente identificadas.

O jardim é um lugar pleno de simbolismos e de tradição para a sociedade de Beja. A ordem e a proporção dos elementos compõem um espaço de grande atractividade para diferentes utilizadores, que encontram aqui um lugar ao sol ou à sombra, de passeio, recreio, convívio e uma esplanada da mais profunda interacção entre as pessoas.

Fechado por gradeamento de ferro e com duas portas de acesso, desde o interior do Jardim são perceptíveis os seus limites. O Jardim possui forma rectangular caracterizado por uma estrutura formal geométrica de composição rectilínea

Uma das entradas do Jardim Público de Beja é mrcada pela estátua de Gonçalo Mendes da Maria, «O Lidador» (Maia 1079 - Alentejo 1170), enquanto a entrada a Nascente sobressai o «Lago dos Patos» onde convivem os Patos, Gansos e Peixes.

O Parque Infantil constituído pelo montinho alentejano e por diversos equipamentos lúdicos ocupa uma área central definida por sebe. O coreto o chafariz surgem em lugares isolados e ao mesmo tempo em destaque.

- JARDIM PÚBLICO DE BEJA - Aberto todos dos ds

Rui Breda

"O Coreto situado no Jardim Municipal foi inaugurado no ano de 1900.

Apresenta uma planta única no distrito decágono e está a 1,60 do solo, assentando em pavimento de argamassa de cimento e mosaicos.

De construção em alvenaria, cimalha e cunhais em mármore e colunas de ferro fundido, apresenta a cobertura em chapa ondulada com ferro e um rendilhado que se destaca em todo este conjunto.

Tem acesso próprio e, quanto à iluminação, está funcional e mantém-se todo ele em bom estado de conservação. Os bancos que o circulam, as árvores que o rodeiam.

Actualmente é utilizado nas festas de âmbito local, e é sobretudo um espaço de lazer rodeado por um ambiente saudável em envolventes de verde."

Rui Breda

Fotografia de Filipe José Galhanas

SÉ CATEDRAL DE PORTALEGRE

Fotografia de João Rosado

"A Sé de Portalegre localiza-se na freguesia da Sé, cidade e município e distrito de Portalegre.

Foi edificada por iniciativa de João III de Portugal no lugar onde antes se erguera a Igreja de Santa Maria do Castelo, com projecto de Afonso Álvares, foi principiada em 1556. A sua última pedra, do fecho da abóbada, foi colocada em 1575, tendo sido concluída e consagrada no mesmo século.

Photo in https://en.wikipedia.org

Em 1795, por determinação do bispo D. Manuel Tavares, foi restaurada, datando deste período a sua atual feição. Na ocasião, ampliou ainda o Paço Episcopal, ergueu uma edificação própria para o Cartório da Casa Eclesiástica e mandou edificar a Igreja de São Tiago.

Maria II de Portugal ofereceu à Sé de Portalegre um sino fundido em Estremoz.

O edifício apresenta as janelas e a frontaria em elementos dos séculos XVI, XVII e XVIII. A fachada lateral norte é constituída por seis pilastras; a lateral sul é em tudo semelhante, estando, no entanto, virada para o claustro. Cada torre tem quatro olhais com arcos de volta redonda onde se encontram os sinos.

Photo in http://www.dorigemlusa.pt/

O interior é repartido por três naves, com abóbadas de berço, arcos redondos e nervuras. O Altar-Mor compõe-se de um retábulo de oito painéis. À direita fica a Capela do Santíssimo e à esquerda a de São Pedro. Os púlpitos são de pedra mármore, bem como as grades que ficam em frente da capela principal.

Photo in http://www.resilience.orge

É considerada Monumento Nacional desde 1910."

Rui Breda

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Adriano Bastos

Veiros

Pintura mural no Alentejo

"Micro-histórias do nosso património artístico esquecido: o caso dos frescos de uma

profanada capela em Veiros

MEMÓRIAS DE SÍTIO EM VEIROS. Nem todos os dias se estabelece diálogo com boas obras de arte do nosso património que permanecem em estado de esquecimento. Vem isto a propósito dos frescos que ornavam um antigo templo alentejano que foi secularizado no século XIX, razão pela qual as pinturas sobreviveram em estado de total desmemória. A história conta-se em breves palavras: fundada em data incerta do século XV, com hospital ou albergaria adjacente, a igreja do Espírito Santo da vila de Veiros auferiu de certo prestígio social e recebeu apoio mecenático importante, até que a confraria perdeu vitalidade e acabou por se extinguir, passando em 1871 a sede da Sociedade Filarmónica Veirense. Situada a meio da artéria com o mesmo nome, desde há muito se perdeu a sua identidade como lugar de culto, já que foi profanada após a extinção da Confraria do Espírito Santo.

se então obras, com introdução de um piso sensivelmente a meio do alçado, e coube à Sociedade instalar-se no andar superior, tendo o andar térreo servido de café e, ultimamente, do restaurante Ricardo. Quanto ao recheio artístico, tudo se desfez, ainda que houvesse cuidados da parte dos novos donos em preservar o que era mais importante: assim, o retábulo maneirista (com seis pinturas sobre madeira do fim do século XVI, de muito boa qualidade) passou para a Igreja Matriz, onde integra o altar de São Brás, do lado do Evangelho; a pia de água benta quinhentista, com ornatos filo-antropomórficos, passou para o Monte da Guardaria; e a imagem da Santíssima Trindade foi guardada na capela de Santa Isabel, também na Matriz. Apenas resta hoje o portal marmóreo, do fim do século XVI, bem como as paredes, o arco triunfal (truncado devido à aposição do referido piso de separação dos andares) e ainda (surpresa maior) parte dos frescos que ornavam integralmente a abóbada ! Foi muito grato, por isso, saber que ainda se conservam na sala da Sociedade Filarmónica, esses frescos datáveis viragem do século XVI para o XVII (já referenciados por Túlio Espanca em 1975, que os considerou «obra regional, anónima, do ciclo maneirista eborense»).

As pinturas murais que sobreviveram representam as cenas da Adoração dos Magos e da Fuga para o Egipto, envoltas por barras de brutesco e folhagem acântica, profusamente coloridas, num conjunto que revela o gosto tridentino vigente e que devia ser, quando completo, de grande efeito cenográfico. Nota-se que o pintor seguiu com fidelidade os modelos de duas gravuras nórdicas de Adriaen Collaert (c.1560-1618), segundo desenho do famoso Maerten de Vos, o que, juntamente com as características técnicas e de estilo, fixa a época precisa em que estes frescos foram executados. A decoração fresquista deve ter sucedido em alguns anos à factura do belíssimo retábulo, hoje na matriz, por nós atribuído a Giraldo Fernandes de Prado, pintor-fidalgo da Casa de Bragança, com colaboração possível de seu ‘criado’ André Peres.

Apura-se que a Confraria do Espírito Santo de Veiros teve patrocínios de uma benfeitora, D. Joana de Sousa Tavares, pertencente a uma família ilustre de Almada relacionada com D. Manuel de Sousa Coutinho (Frei Luís de Sousa) e com D. Madalena de Vilhena, o que torna as atribuições avançadas para as pinturas mais do que prováveis, já que Giraldo era amigo pessoal dos Sousa Coutinho.

no que toca às seis tábuas do retábulo, o seu mau estado impede ainda de se saber ao certo se se trata mesmo de uma obra de Giraldo e André Peres (mas basta o cotejo da tábua do Pentecostes de Veiros com o da capela do Espírito Santo de Sesimbra, para se perceberem afinidades estilísticas e compositivas). Quanto aos frescos, integram-se num gosto de decoração integral comum nos círculos de Évora e Vila Viçosa no fim do século XVI e início do XVII, sendo plausível a sua filiação numa oficina calipolense. Não são de José de Escovar, um dos mestres mais prolixo nessa linguagem, mas de um pintor da mesma bitola, inspirado em gravuras neerlandesas como as que se referiram. Assim, conclui-se que são muitas coisas a descobrir e a investigar a partir de uma profanada igreja que já teve dias gloriosos e cuja memória praticamente evanesceu… Agradeço ao Dr. Diogo Vivas as facilidades na visita à sede da Sociedade Filarmónica, este fim de semana, para ver os frescos em causa -- mais um testemunho cativante da pintura mural no Alentejo dos séculos XVI e XVII, em que essa modalidade teve foros de principal linguagem decorativa."

in Vitor Serrão/FB

Vitor Serrão

Elvas

CORETO NO PARQUE DA PIEDADE - Elvas

"Coreto é uma estrutura edificada ao ar livre, em praças e jardins, para abrigar bandas musicais em concertos, festas e romarias. Em Portugal, é encontrado praticamente em todas as povoações no seu centro ou junto a igrejas ou capelas. Também é usado para apresentações políticas e culturais."

"O Coreto do Parque da Piedade foi inaugurado em 1957 pela Confraria do Senhor Jesus. Piedade, desconhecendo-se tanto a sua data de construção como o seu primeiro proprietário. Actualmente é propriedade da Câmara Municipal.

Apresenta uma planta única no distrito decágono e está a 1,60 do solo, assentando em pavimento de argamassa de cimento e mosaicos.

De construção em alvenaria, cimalha e cunhais em mármore e colunas de ferro fundido, apresenta a cobertura em chapa ondulada com ferro e um rendilhado que se destaca em todo este conjunto.

Não tem acesso próprio e, quanto à iluminação, está funcional e mantém-se todo ele em bom estado de conservação. Os bancos que o circulam, as árvores que o rodeiam e a aproximação de um lago são um convite ao lazer.

Actualmente é utilizado nas festas de São Mateus, em Setembro."in Rui Breda/FB

Rui Breda

"Respigando...Alentejo"

(Respigando; apanhar aqui e além; recolher; compilar; coligir)

Fotografia de Adriano Bastos

"Conhecer melhor e divulgar os - CORETOS - espalhados um pouco por todo o país, é um objectivo em que se pretende envolver as Autarquias Locais do país e as estruturas que os dinamizam.

Quisemos, para além da divulgação da imagem, recolher alguns dados históricos, que melhor pudessem ajudar a perceber a ligação dos Coretos às localidades onde estão implantados. Saliente-se a propósito a colaboração até aqui evidenciada pelas autarquias contactadas. Igualmente, de amigas e amig...os que se dispuseram colaborar nesta tarefa.

Coretos, isso mesmo ! O que são, ou o que foram !...

Coreto é uma estrutura edificada ao ar livre, em praças e jardins, para abrigar bandas musicais em concertos, festas e romarias. Em Portugal, é encontrado praticamente em todas as povoações no seu centro ou junto a igrejas ou capelas. Também é usado para apresentações políticas e culturais.

Na passada semana, divulgámos o Coreto de Montemor o Novo, e hoje, ainda no distrito de Évora, fomos até ao Redondo para melhor conhecer o Coreto localizado na sede do Município, tendo contado com a disponibilidade e a especial colaboração de, Luís Sesifredo, do Gabinete de Informação do Centro Cultural do Redondo, para assim caracterizar e melhor conhecer o ...

CORETO DO REDONDO

CORETO DO REDONDO

O Coreto encontra-se situado no Jardim Público, na Avenida Antónia Luciana.

Construído – início em 1931 e conclusão em 1936.

Estrutura de granito com construção de betão armado e forma octogonal

O Município não dispõe oficialmente de um roteiro turístico, no entanto o Jardim Público, Coreto e Fonte, é um espaço privilegiado para os turistas e visitantes.

Por vezes o município celebra no Jardim e junto ao Coreto espectáculos para crianças – Dia Mundial da Criança."

Artigo de Rui Breda

<!-- Global site tag (gtag.js) - Google Analytics -->

<script async src="https://www.googletagmanager.com/gtag/js?id=G-X5CKT5FQJZ"></script>

<script>

window.dataLayer = window.dataLayer || [];

function gtag(){dataLayer.push(arguments);}

gtag('js', new Date());

gtag('config', 'G-X5CKT5FQJZ');

</script>