O CONCELHO DE BORBA – Pe. António Joaquim Anselmo, 1907 (1984 e 1997 em facsimile)
O Concelho de Borba – Padre António Joaquim Anselmo, 1907
Pode ser visto e lido na integra em BD Alentejo:
http://bdalentejo.net/BDAObra/BDADigital/Obra.aspx?id=64#
Outra importante de Pe. António Joaquim Anselmo:
BIBLIOGRAFIA DAS OBRAS IMPRESSAS EM PORTUGAL NO SÉCULO XVI.
Lisboa. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1926. [Aliás, Sociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda. 1977].
Ver em http://arquivohistoricomadeira.blogspot.pt/2009/04/bibliografia-das-obras-impressas-em.html
Primeira Parte
Descripção topográfica
Segunda Parte
Apontamentos historicos
APPENDICE
BOBENSES ILUSTRES
Escrevendo esta pequena monografia tive simplesmente em vista ocupar utílmente alguma horas vagas e proporcionar aos meus patrícios uns breves momeníos de leitura sobre causa respeitantes à nossa terra. Não é ella, bem o reconheço, tão completa e documentada como deveria e desejaria fazel-a se circunstâncias diversas, entre as quaes avulta a da minha incompetêncía, m'o não impedissem. Tal como é, porem, lh'a ofereço, certo de que a sua benevolencia me desculpará das mu¡tas faltas que lhe hão de encontrar.
Borba, 25 de Setembro de 1907.
Pe. António Joaquim Anselmo. (n. Borba em 1876; m. Lisboa em 1926). Ver em http://www.bdalentejo.net/conteudo_a.php?id=102
Nota à 3ª Edição
No passado dia 25 de Setembro (1997) passaram 90 anos sobre a la edição desta obra que o seu autor (Pe. António Joaquim Anselmo) apelidou de “pequena monographia”.
Pequena mas importante tem ela sido ao longo de quase um século. Tão procurada que, em 1984, foi reeditada em fac-simile, tendo-se já esgotado essa 2” edição.
É intenção desta Câmara Municipal a publicação de um estudo actualizado sobre o concelho de Borba, que reflicta a realidade deste final de seculo e de milénio. No entanto. Borba. no princípio do seculo vinte, tão bem retratada pelo Pe. Anselmo, continua a merecer a atenção de muitos amigos desta terra. Por isso, com esta 3ª edição, ainda fac-similada, pretendemos respeitar integralmente a visão do seu autor e dar resposta aos muitos pedidos que chegam ao nosso conhecimento.
Borba. Novembro 1997 - O Presidente da Câmara – João Manuel Rato Proença
Capitulo I
‑ O Planalto alemtejano e a serras d’Ossa e de Borba.
– O concelho de Borba. posição, limites, divisões, etc.
‑ Orographia e constituição geológica
‑ hydrographia
‑ Clima
Capitulo II
‑ População por freguesias
‑ Borba e seus arredores
‑ As duas freguesias da villa: o castello, largos, ruas, etc,
‑ As freguesias ruraes
Capitulo III
- Edifícios e monumentos públicos do concelho:
os Paços do Concelho;
a fonte das bicas;
o padrão de Montes-Claros
Capitulo IV
Edifícios religiosos:
Egrejas Matriz,
De Santo António,
S. Bartolomeu
S. Thiago, etc.;
Para exemplo. Igreja de
S. Tiago de Rio de Moinhos
A tradução da INSCRIÇÃO
da LÁPIDE
da FUNDAÇÃO é:
«Eu D. Gonçalo edifiquei esta egreja de S. Thiago, em louvor e honra de Nosso Senhor Jesus Christo e da Bemaventurada Virgem Maria sua Mãe. E o mesmo D. Gonçalo fez aqui vida; e morreu e está sepultado na parte direita da egreja, reinando em Portugal Diniz, sexto rei do mesmo reino. Foi isto feito no mez de Outubro. Era de 1318.»
In ‘O Concelho de Borba’, de Padre António Joaquim aselmo, pp. 41 e 42
Conventos
do Bosque, Servas e Luz;
Hospício,
Recolhimento e
Ordem Terceira.
Capitulo V
Descripção económica do concelho.
‑ Agricultura,
Industria
Commercio
Comunicações,
Impostos, receitas, etc.
Capitulo VI
Complemento da descripção topográfica:
População
Hygiene
Instrução
Beneficência
Misericordia e
Hospital, etc.
Capitulo I
Origem da villa e nome de Borba
Sua conquista aos mouros
Creação do concelho:
O foral e a fundação do castello.
Capitulo II
Borba nos reinados de D. Fernando e de D. João I.
Sua doação a Nuno Alvares.
Prosperidade do Concelho e sua população em 1422.
O primeiro conde de Borba.
O foral de 1512.
Capitulo III
Decadencia de Borba
- de 1580 a 1640
- a guerra da Restauração
- tomada de Borba por D. João d’Auistria e sua ocupação pelo marquez de Caracena.
Capitulo IV
A guerra da Sucessão.
A população de Borba em 1739 e 1792.
As invasões francezas e as luctas liberaes.
Capitulo V
Reformas de 1834.
Annexação de Rio de Moinhos a Borba.
A nossa villa em 1836 e 1846.
Borba desde a Regeneração até à actualidade (1907)
Fr. Diogo de Borba
– franciscano – provincial 3 vezes: 1529 – 1535 - 1543
Mestre Diogo de Borba
– educado pelos frades do Bosque… estudou na Universidade de Salamanca… foi para a Índia em 1538… funda o Collegio da Santa-Fé de Goa em 1514 – tornou-se jesuíta… faleceu 1555 e jaz sepultado na capella-mor do collegio por elle fundado.
Fernão Penteado ou Alvaro Penteado
Natural de Borba… distinguiu-se no primeiro cerco de Diu… onde, ferido por três vezes, voltou à luta sem tempo para ser tratado… morreu em naufrágio, quando, acabado o cerco, regressava a Goa…
Padre Bento Fernandes
Nasceu em 1563… estudou na Universidade d’Évora… entrou na Companhia de Jesus em 20 de Janeiro de 1578… foi professor de humanidades e filosofia… faleceu em 7 de Dezembro de 1639
Padre Bento Pereira
… nasceu em 1605… aos 15 anos (27 de Junho de 1620) entrou na Companhia de Jesus… doutorado e professor em theologia, na univeridade de Évora… escreveu várias obras… Falleceu em Évora em 1681.
Francisco Rodrigues Cheiroso
Viveu provavelmente nos princípios do século XVII… escreveu várias obras, hoje perdidas, sobre história e philosiphia moral…
Fr. Damião de Sousa
Religioso paulista… Professou no convento da Serra d’Ossa, em 17 d’Abril de 1644… Foi reitor nos conventos de Serpa, Setubal e Serra d’Ossa …falleceu em Borba em 16 de Fevereiro de 1684…
Diniz de Mello de Castro, 1º conde de Galveias
Nasceu em Borba na quinta que recebeu dele o nome de Quinta do General em 1624
Foi um dos generais que mais se distinguiu na Guerra da Restauração…
Em 1704 intervem ainda na guerra da –sucessão, com o comando em chefe de toda a cavalaria…
Faleceu em Lisboa em 18 de Janeiro de 1709.
Na Santa Casa da Misericórdia de Borba guarda-se, como relíquia a meza que ete general usava em campanha… circular, 1m80, dividida em 3 partes…
Antonio de Mello de Castro
Irmão de Diniz… foi noemeado em 1662 para o governo decadente da India portugueza… Foi durante o seu vice-reinado que os inglese tomaram posse de Bombaim… Não se sabem as datas de nascimento e morte…
Fernando Vaz Cepa
Viveu em Borba desde os meados de Séc. XVII e princípios de séc. XVIII… realce ao seu valor como bibliophilo… biblioteca que doou aos frades do Bosque e depois saiu para a Biblioteca Pública de Évora… a urna com os ossos está na capella das Almas da Matriz, com a data de 9 de Novembro de 1724.
Fr. Manuel da Apresentação Franciscano… foi lente de theologia do collegio da sua Ordem em Coimbra.. e provincial no Algarve…
Padre Bento de Macedo – Professou na Companhia De Jesus em 23 de Fevereiro de 1692… Em évora foi lente de rhetorica, philosophia e teologia… doutorou-se em 29 d’Outubro de 1724… Foi reitor dos sollegios em Évora e Coimbra… e foi prepósito na casa professa de S. Roque…
Fr. João de Santa Thereza – Religioso paulista… foi qualificador do Santo Officio… lente de Teologia e reitor do convento da Serra d’Ossa… Viveu provavelmente nas princípios do século XVIII…
(Notas do Padre Luiz Cardoso)
Padre Bento Diniz - … que floresceu na lingua latina e na sciencia dos sagrados canones; (Notas do Padre Luiz Cardoso)
Dr. Jeronymo d’Andrade Gatto
…que sendo advogado n’esta vill, de toda esta provincia era consultado;
(Notas do Padre Luiz Cardoso)
Dr. André Cavallo
…que depois de servir a Sua Magestade… se recolheu a casa… deixando a opinião de homem de virtude. (Notas do Padre Luiz Cardoso)
Fr. Domingos da Estrella - Da Orddem do menores… Foi guardião do collegio de Coimbra… p+rovincial no Algarve em 9 de Setembro de 1741… Falleceu em 12 de Maio de 1745. Na Biblioteca Nacional está o retrato deste illustre borbense.
Alexandre Marcellino de Maio Brito
…ilustre militar em Borba em 1778… assentou praça em 1796… capitão em 1810… em 1828 foi compelido a emigrar devido à usurpação da coroa por D. Miguel… tomou parte no desembarque do Mindelo e cerco do Porto… foi marchal de campo e reformaou-se em seguida ao movimento da Regenração. Falleceu em 8 de Janeiro de 1858.
Padre João de Figueiredo Maio e Lima
… prior da _atriz de borba… foi poeta insigne… natural de Galveias, onde nasceu a 10 de Fevereiro de 1779… pertencia à ilustre família dos Maios… professou na Ordem de Avis… estudava na Universidade quando os franceses invadiram Portugal… abandonou os estudos e a batina e alistou-se como cadete em artilharia 3… infantaria 22 como alferes onde fez toda a campanha peninsular… com 35 anos abandonou desgostoso a vida militar… ordenou-se presbytero… efoi nomeado reitor da Martiz d eBorba como freire que era da Ordem de Aviz. … Foi em Borba que compoz a maior parte dos seus versos, muitos dos quaes se conservam em manuscriptos… Veio a fallecer em 15 de Janeiro de 1851… Em Borba ainda é hoje é lembrada com sympathia a memória do illustre e infeliz poeta.
NO Capitulo I - da Segunda Parte, páginas 69 e 70 podemos encontrar o
FORAL de BORBA, de D. Diniz, de 1302
O foral e a fundação do castello:
BORBA – foral de D. Diniz – 1302 da era de J. Christo – 1340 de Cesar
Eis o teôr completo d’este documento, fielmente transcripto do original da Torre do Tombo, unicamente com a differença da orthographia que modernisâmos o indispensável para facilitar a leitura:
«Carta de fôro dos moradores de Borva, em como lhes é outorgado que hajam sina, e hão o fôro de Extremoz.
«Em nome de Deus, amen. Conheçuda cousa seja a quantos esta carta virem que eu Dom Diniz, pela graça de Deus rei de Portugal e do Algarve, ensembra com minha mulher rainha Dona Isabel e com meu filho infante Dom Affonso, primeiro herdeiro, faço carta de foro pera todo sempre aos moradores e pobradores de Borva, assi aos presentes como aos que hão de vir, per tal preito e condiçom que essa villa de Borva haja por termo como parte Borva com Villa Viçosa pelo caminho que vae do Alandroal pera Extremoz áta fonte de Rio de Moinhos hu está a pedreira deque tirarom as mós, e d'essa fonte indo direitamente ao rosto da serra do Barró contra Borva hu sêem uns penedos nadivos, e está hy uma cruz em esse penedo e a par d'elles estão dous penedos juntos e antre elles está um azambujeiro. E des ali indo direitamente ao caminho que vae de Extremoz pera Borva, hu sêe um marco chantado a pé de um sovereiro e na carreira, e des ali indo direitamente a outro marco hu se juntam tres herdamentos, os dous de Estremoz e um de Borva, e des ali a outro marco que está hy a preto antre Dom Bertolameu e o caminho, e des este marco adeante indo atalhando direitamente a um paredeiro pequeno que está no herdamento de Estevam Surdo, e des ali indo direitamente a um penedo nadivo que está na ladeira do cume de sobre las casas da Foupana, e está uma cruz em esse penedo, e des ali direitamente o ribeiro da agua dos Arcos, e indo a sopé pela agua dos Arcos áta hu entra em na agua de Alcaraviça a sopé áta o caminho que vae de Estremoz pera Elvas, e indo por esse caminho áta o termo de Elvas. E dou a esses moradores e pobradores de Borva sina e sello. E que sejam concelho per si. E elles devem a fazer a mim e a todos meus successores tal fôro e tal direito e tal uso qual mi faz o concelho d'Estremoz, e de direito e de costume deve fazer des aqui adeante. E elles hão de fazer á sa custa uma cerca tamanha e tão alta como lhes eu mandar, e que elles fazer possam, em que se defendam.
Dom Diniz
1302
Dom Diniz
1302
Dom Diniz
1302
Em testemunho d'esto dei ende a esses de Borva esta minha carta sellada do meu sello de chumbo. Dante em Santarem. XV dias de Junho. El-rei o mandou, Francisque Annes a fez. Era M.ª CCCª e XR annos.› (1) (1340 de Cesar ou 1302 de J. Christo).
1. Chancellaria de D. Diniz – Doações – Livro 3.º fl 20 – col. 1ª
Dom Diniz
1302
Dom Diniz
1302
FORAL DE DOM MANUEL I, DE 1 DE JUNHO DE 1512
uma tentativa da sua transcrição
Nota de JRG - Para os interessados e mais conhecedores poderem colaborar, aqui fica uma tentativa de transcrição do FORAL MANUELINO de BORBA:
FORAL DE BORBA DADO PER El Rey Dom Denis (TRANSCRIÇÃO COMPLETA DO FORAL)
Dom Manuel ect. (etc. = título do Rey… que se omite por ser extenso e só se encontra na introdução do modelo de foral…)
[IDENTIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES E DIREITOS RÉGIOS]
1 - Decraramos primeiramente que no dito lugar no há ora reguengos nem terras foreiras posto que fosse do termo de Estremoz onde foram as ditas cousas impostas pollo dito foral As quaes ficarão com a dita Villa d’Estremoz quando o dito lugar de BORBA foi apartado do termo delle pollo qual ficou com os outros reaaes do dito lugar d’Estremoz.
2 - Primeiramente as moendas das agoas da dita villa nas quaes agoas ninhuma pessoa de qualquer condição e em qualquer terra que seja proxima fazer as ditas moendas sem licença e avença do senhorio dos ditos ditos locaes e fazenda alhi será logo ametade da renda das taes moendas para o senhorio e portanto o dito das moendas da dita da Villa se pagou atee agora feitas, mandamos que se paguem os ditos das ditas azenhas e por conseguinte assy se fará das que ao diante na dita maneira se fizerem.
3 e 4 - E o senhorio não (h)é nem será obrigado a faz(er) as casas das ditas moendas soomente será obrigado a a composição e paga dos engenhos e aparelhos deles segundo atte agora se custumou.
E por assi não for obrigado ao reparo das ditas azenhas foy julgado por sentença em nossa rollação que se não levasse em Estremoz pollo senhorio nenhuma pena de dinheiro nem coyma por razão dos gaados e bestas que passarem pelas levadas e açudes dos moynhos e pilooes A qual sentença neste nosso foral aprovamos e mandamos que se cumpra para sempre aqui na dita villa de BORBA por seer o dito lugar do foral e termo da dita villa d’Etremoz. E os senhorios das ditas moendas terão avença contra as pessoas ou gados que lhe suas levadas ou açudes danificarem como i for justiça.
5 - E sam três tabeliães na dita Villa silicet (a saber) três do judicial e hum das notas paga cada hum duzentos e quarenta mil reis por anno.
6 - O Sçalayo posto que o dito foral se mandasse pagar de XXX paães huum doze custumasse de muyto tempo na dita villa pagasse de cada 1 amassadura hum paã ora seja mais ora menos E ally farão daqui adiante do pam somente que for para vender e do outro não. E posto que seja para hir vender a Villa Viçosa ou a outro lugar fora do dito e termo não pagarão nenhum dito do dito çalayo nem se pagará do pam d’ofertas ou esmolas nem do que se mandou amassar a pessoas que não forem padeiras per algum oficial ou pessoa que pessoa que para ysso tenha poder nem isso mesmo se pagara do pão das poyas dos fornos.
7 - A ÇOUGAGEM se paga desta maneira silicet (isto é) do boy que se cortar no açougue três mil reis 3 me(i)o e da vaca XI çeitys e ametade do huvre, e do porco hun real e huum dos lombinhos de dentro, e do carneiro me(i)o real e do bode ou cabra dous çeitys e das que vendem fruta ou ortaliça ou pescado dous çeitys por dia o qual dito levara o senhorio reparando os ditos açougues e doutra maneira nam.
8 - Da telha e tijolo que se fizer na dita villa e termo para vender, se pagará dizima e se se levar para fora para homens de fora a dous mil reis por carga mayor e do linho em cabelo Etcc.
9 - alhos e cebolas secas e de scudelas e vasos e louça de paao de forno se levara dizima aos que a trouxerem pera vender se primeiro não fizerem avença com os rendeiros e officiaes da portagem e de tanta parte pagarão o dito dito de quanto venderem e mais não E outro tanto se pagará quem as as ditas cousas comprar e tirar para fora do termo. E da madeira lavrada de serra ou de machado se pagará quatro mil reis por carga mayor. E de outra madeira não lavrada se não pagará ninhuma cousa vindo ou hyndo.
10 - E o pescado fresco ou seco se pagará somente quatro mil reis por carga mayor e isto às pessoas de fora por que os moradores da dita villa não pagarão este nem outro nynhum dito de portagem e quem o dito pescado tirar para fora pagará somente hum real por carga mayor E o dito dito nem outro nenhum de portagem não pagam os moradores da dita villa Nem soldo (soldi?) por não aver hy memoria que tal pagasse.
11 - E Pagar-se-á mais por dito 1 real na dita villa por todollos almocreves e pessoas que com suas bestas acarretarem pão alheio das eiras ou para os moynhos ou azenhas pagarão por bestas muares ou cavalares por cada hum anno cento e oyto mil reis desta moeda ora corrente. E sse trouxerem asnos ao dito tracto pagarão ametade do dito preço que são cinquenta e quanto mil reis. E se de humas e outras trouxerem não pagarão mais que das da mayor conthia e nem pagarão de carretas nem carros posto que com ellas acarretem o dito pão Do qual dito não escusarão nynhumas pessoas por isentas ou privilegiados que sejam salvo se forem cavaleiros ou trouxerem cavalos de marca sem embargo do qual dito poderão fazer avença por menos disso com as pessoas a que pertencer.
12 - E A DIZIMA das sentenças e a pena d’arma e o gaado do vento assy como Estremoz e assy a portagens com todollos capittollos atee o cabo SILICET.
E vay escripto ho original em. XIIy (?) Folhas e sobescripto e assynado pello dito Fernão de Pina, dada na cidade de Lyxboa ao primeiro dia do mês de Junho do ano do nacimento de Nosso Senhor Jesu[s] Christo de mil e quinhentos e doze.