04- Abril
quinta-feira, 26 de Abril de 2018
26 de abril de 1937
Quadro Guernica de Pablo Picasso
"O Quadro Guernica de Pablo Picasso é uma das mais famosas pinturas do artista espanhol e uma das mais conhecidas do cubismo. Esta obra de arte revela os efeitos da guerra em uma população.
O artista espanhol se inspirou no bombardeamento da cidade Guernica no dia 26 de abril de 1937. Neste dia, aviões alemães da Legião Condor destruíram quase completamente a cidade espanhola. Guernica (ou Gernika em basco) é uma cidade da província da Biscaia, localizada na comunidade autônoma do País Basco.
Por este motivo, este quadro tem também um significado político e funciona como uma crítica à devastação causada pelas forças Nazistas aliadas com o ditador espanhol Franco. Outra possível interpretação indica que o quadro Guernica funciona como um símbolo de paz ou anti-guerra.
Depois de ter sido terminado (demorou aproximadamente um mês a ser terminada), o quadro fez uma digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente reconhecido e atraindo a atenção do resto do mundo para a Guerra Civil Espanhola.
Com o início da Guerra Civil Espanhola (em 1936), o falecimento da sua mãe em 1939 e o princípio da Segunda Guerra Mundial, o artista teve uma fase mais escura. Algumas das suas obras criadas nessa altura revelam o seu estado de espírito mais atormentado, como por exemplo o quadro Guernica e a série de "Dona Maar".
Quando rompeu a Segunda Guerra Mundial, o artista resolveu emprestar a sua pintura ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), onde esteve até 1981, ano em que regressou a Espanha.
Guernica é uma pintura a óleo sobre tela de grandes dimensões, com 7.76 metros de comprimento e 3.49 metros de altura. Atualmente, esta pintura está exposta em Madri, no Museu Reina Sofia.
Leia também: 13 obras essenciais para compreender o gênio de Pablo Picasso
Análise do quadro Guernica
O contexto histórico é essencial para interpretar esta pintura. Neste momento, a Espanha vivia um conflito entre as forças Republicanas e os Nacionalistas, liderados pelo General Francisco Franco. Os Nacionalistas contaram com o apoio do exército Nazista e autorizaram os alemães a bombardearem Guernica, como forma de testarem novas armas e táticas de guerra, que viriam a ser usadas mais tarde na Segunda Guerra Mundial.
Depois do ataque destruidor, Pablo Picasso - que estava morando em França na altura - estava trabalhando numa obra para apresentar numa Exibição em Paris a pedido do Governo Republicano Espanhol, mas decidiu abandonar a sua ideia original para criar uma obra relacionada com o ataque em Guernica.
Cores
O preto e branco foram as cores escolhidas pelo o autor, que servem para intensificar a sensação de drama causado pelo bombardeamento.
Composição
Esta é uma obra cubista, pois inclui figuras geometricamente decompostas, usando elementos surrealistas e técnicas que seriam associadas ao cubismo.
O cavalo e o touro são dois dos elementos mais destacados do quadro, sendo elementos muito populares na cultura espanhola. Uma possível interpretação é que este ataque representa um ataque à cultura espanhola, uma tentativa de destruir os ideais defendidos pelos cidadãos espanhóis.
Além disso, também é possível ver o horror causado em seres humanos, com um soldado morto no chão, uma mãe que chora a morte do filho morto nos seus braços (esquerda do quadro), uma mulher em desespero enquanto a sua casa é destruída em chamas (direita do quadro), uma mulher com a perna ferida que tenta fugir de todo o caos causado (no centro da pintura) e uma mulher com um lampião, que parece iluminar o resto dos elementos (no centro do quadro).
Alguns elementos parece que têm algo escrito dentro, como se fossem formados por folhas de jornal. Isso indica como o pintor foi informado sobre o ataque ocorrido em Guernica.
A espada quebrada representa a derrota do povo, que foi quebrado pelos seus opositores, enquanto os edifícios em chamas indicam a destruição não apenas em Guernica, mas a destruição causada pela Guerra Civil." in quadro-guernica-de-pablo-picasso
quarta-feira, 25 de Abril de 2018
25 de Abril
Cipriano Dourado
Zeca Afonso - Grândola, Vila Morena
https://youtu.be/gaLWqy4e7ls
"Cada um de nós vê o mundo com os olhos que tem, e os olhos vêem o
que querem, os olhos fazem a diversidade do mundo e fabricam as
maravilhas, ainda que sejam de pedra, e altas proas,
ainda que sejam de ilusão."
JoseSaramago
Nobel da Literatura
Vieira da Silva
Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta
Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
Como a voz do mar
Interior de um povo
Como página em branco
Onde o poema emerge
Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação
Sophia de Mello Breyner Andresen
in "O Nome das Coisas" em Cem Poemas de Sophia
"Acreditávamos – era isso. «Porque há-de haver um futuro melhor» (como escrevíamos em dedicatórias nos livros oferecidos), porque era preciso conquistá-lo… e era possível."
Rodrigues da Silva
Portugal antes do 25 de Abril de 1974
https://youtu.be/1zhDk6GjoH8
- Meu Camarada e Amigo -
" Revejo tudo e redigo
meu camarada e amigo.
Meu irmão suando pão
sem casa mas com razão.
Revejo e redigo
meu camarada e amigo
As canções que trago prenhas
de ternura pelos outros
saem das minhas entranhas
como um rebanho de potros.
Tudo vai roendo a erva
daninha que me entrelaça:
canção não pode ser serva
homem não pode ser caça
e a poesia tem de ser
como um cavalo que passa.
É por dentro desta selva
desta raiva deste grito
desta toada que vem
dos pulmões do infinito
que em todos vejo ninguém
revejo tudo e redigo:
Meu camarada e amigo.
Sei bem as mós que moendo
pouco a pouco trituraram
os ossos que estão doendo
àqueles que não falaram.
Calculo até os moinhos
puxados a ódio e sal
que a par dos monstros marinhos
vão movendo Portugal
— mas um poeta só fala
por sofrimento total!
Por isso calo e sobejo
eu que só tenho o que fiz
dando tudo mas à toa:
Amigos no Alentejo
alguns que estão em Paris
muitos que são de Lisboa.
Aonde me não revejo
é que eu sofro o meu país. "
- ARY DOS SANTOS - 1937 / 1984 - Lisboa - Poeta da Revolução / Declamador da Vida -
Poema extraído do Livro - «Resumo» - 1972 - Editora não identificada -
Vieira da Silva
Ary dos Santos - As Portas que Abril Abriu
https://youtu.be/p-Whzw-RA7M
Fotografia de Luis Milhano
terça-feira, 24 abril de 2018
25 de Abril
Vieira da Silva
"O 25 de Abril livrou-nos da opressão do salazarismo (vejam na Enciclopédia o que significa esta palavra) e deu-nos a oportunidade de se instalar, entre nos, a desordem democrática. No tempo do Salazar ninguém sabia nada do que se passava porque ninguém podia falar. Agora, em democracia, ninguém sabe do que se passas, porque todos falam ao mesmo tempo.
Compreende-se o alvoroço que se apossará de um pobre trabalhador quando se vir apontado
pelo dedo de um revolucionário decidido que lhe afirma: “agora quem manda és tu! Quem
manda agora é o povo! O povo é quem mais ordena! Até numa cantiga, logo após a revolução, os “meninos à volta da fogueira”, proclamavam que “as estrelas são do povo.”
O que será o povo? – pergunto eu. Eu serei do povo?"
Rómulo de Carvalho em Memórias
Cipriano Dourado
(...) E só tínhamos uma palavra desconhecida para o que os nossos olhos viam e o nosso coração sobressaltadamente experimentava: «liberdade». Murmurávamo-la para nós mesmos e gritávamo-la uns para os outros como quem revela um segredo longo tempo reprimido, descobrindo alvoraçadamente algo novo e espantoso: não tínhamos medo."
Manuel António Pina
Fotografia de Isabel da Nóbrega
Fotografia de Adriano Bastos
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira terra
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse paįs
Portugal suicidado
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade
disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena
Foi essa força viril
de antes quebrar que torcer
que em 25 de Abril
fez Portugal Renascer
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
O povo de Portugal
deu o poder a quem quis
Ary dos Santos " As portas que Abril abriu
Fotografia de Adriano Bastos
"Acredita em Ti Mesmo
"O homem converte-se aos poucos naquilo que acredita poder vir a ser. Se me repetir
incessantemente a mim mesmo que sou incapaz de fazer determinada coisa, é possível
que isso acabe finalmente por se tornar verdade. Pelo contrário, se acreditar que a posso
fazer, acabarei garantidamente por adquirir a capacidade para a fazer, ainda que não
a tenha num primeiro momento. "
Mohandas Gandhi
in 'The Words of Gandhi'
"A utopia está no horizonte. Caminho dois passos, ela se afasta dois passos
e o horizonte corre dez passos mais além. Então para que serve a utopia?
Para isso, serve para caminhar. "
Eduardo Galeano
P’ra tudo quanto é nascido
dizem que o sol alumeia,
mas uns têm a casa cheia
e outros o chão varrido!
Está isto mal dividido,
o mundo está mal composto,
uns vivendo com desgosto,
outros com muita alegria;
p’ra estes é sempre de dia
p’ra mim é sempre sol-posto!.
José da Graça Cabrita, poeta de Santa Luzia e, segundo Manuel da Fonseca, analfabeto.
Manuel Ribeiro de Pavia
Os Ganhões de Castro Verde, cantam "Grândola, Vila Morena"
https://youtu.be/Tl6yLTtX484
"Digam à minha neta! Digam-lhe que ela tem razão! Um homem só não vale nada!"
Manuel da Fonseca
Manuel Ribeiro de Pavia
"Um homem nunca devia mandar noutro homem, todos juntos é que vamos mandar na terra."
Um transmontano à conversa com Adriano Correia de Oliveira
segunda-feira, 23 de Abril de 2018
23 de Abril de 1936
"A Colónia Penal do Tarrafal, situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago, foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de Abril de 1936."Wikipédia
Photo in visita-ao-campo-concentracao-do-tarrafal
O campo do Tarrafal, inaugurado em Outubro de 1936, foi inspirado nos campos de concentração nazis. Os presos eram submetidos a um regime de morte lenta, por isso ficou conhecido como o «Campo da Morte Lenta». Os maus-tratos e a má alimentação, as doenças sem tratamento e o clima, nesta região de Cabo Verde, mataram 32 dos portugueses que para lá foram enviados. Entre os presos políticos enviados para o Tarrafal encontravam-se: Bento Gonçalves, Arnaldo Simões Januário, Casimiro Ferreira, António Oliveira e Silva, Francisco Miguel, entre outros.
«TESTEMUNHOS», de Francisco Miguel
Na Achada Grande do Tarrafal
«Na Achada Grande do Tarrafal montou o governo fascista o campo de concentração. Na Achada Grande há pântanos, mosquitos e paludismo. A Achada Grande era a zona mais temida pela gente de Cabo Verde. Na ilha que o mar guardava melhor que o arame farpado e as armas dos carcereiros, o mosquito seria um executor discreto.
Francisco Miguel
Photo in visita-ao-campo-concentracao-do-tarrafal
Sem possibilidade de ferver a água inquinada, sem mosquiteiros, sem medicamentos, com má alimentação, trabalhos forçados, espancamentos, semanas na «frigideira», todas as resistências orgânicas se desmoronavam abrindo caminho fácil ao paludismo e às biliosas.»
«As mortes dos antifascistas no Tarrafal foram premeditadas. Tão claro era o objectivo que o director do Campo não o escondeu. Afirmou-o para que todos os presos soubessem a que estavam destinados:“Quem vem para o Tarrafal vem para morrer!”E muitos morreram e lá ficaram no cemitério que tão perto estava do Campo.»«A baía do Tarrafal, entre Julho e Novembro, quando o nordeste não sopra, é zona de paludismo. O mosquito anófele alimenta-se com sangue e é nos glóbulos vermelhos que se reproduz e se completa o ciclo evolutivo do plasmódio, causa do paludismo. O mosquito é o transmissor. Ali morreram dezenas de antifascistas, e muitos outros morreram prematuramente já depois de libertados, em consequência directa das violências e maus-tratos lá sofridos.»
A Frigideira
«A frigideira era uma caixa de cimento, construída perto do aquartelamento dos soldados angolanos. Tinha uma forma rectangular. O tecto era uma espessa placa de betão. Uma parede dividia-a interiormente em duas celas quase quadradas. Tinha cada uma delas a sua porta de ferro, perfurada em baixo com cinco orifícios onde mal se podia enfiar um dedo. Por cima, junto ao tecto, havia um postigo gradeado em forma de meia-lua com menos de cinquenta centímetros de largura por uns trinta de altura. Estava exposta ao sol de manhã à noite. Lá dentro era um forno. Aquela prisão merecia o nome que os presos lhe davam: a frigideira.»
«O sol batia na porta de ferro e o calor ia-se tornando sempre mais difícil de suportar. Íamos tirando a roupa, mas o suor corria incessantemente. A frigideira teria capacidade para dois ou três presos por cela. Chegámos a ser doze numa área de nove metros quadrados. A luz e o ar entravam com muita dificuldade pelos buracos na porta e em cima pela abertura junto ao tecto. Quatro passos eram o percurso de uma parede a outra. Dentro havia uma constante penumbra.»
Fig.1 – Bento Gonçalves
Fig. 2 – Arnaldo Simões Januário
Photo in visita-ao-campo-concentracao-do-tarrafal
O Poço do Chambão
«No Campo do Tarrafal, a água que nos estava destinada vinha de um poço, situado a uns setecentos metros. Ali se juntavam mulheres e crianças. Vinham de bem longe com as suas vasilhas. Carregavam-nas à cabeça e seguiam para suas casas. Era esta a água que bebíamos. Estava contaminada com excrementos de cabras e burros lazarentos que ali iam beber todos os dias. Pelo tempo das chuvas, raras mas torrenciais, as enxurradas que desabavam das montanhas arrastavam consigo burros, cães, aves mortas. O poço ficava no caminho das torrentes e com a sua água bebíamos também a outra, a das chuvadas que corriam para o oceano. Ficava o poço a uns duzentos metros do mar que se infiltrava e tornava integralmente salobra a água que bebíamos. Pelas marés vivas mais salgada era ainda.»
Pedro Venâncio
William Shakespeare
"Sabemos quem somos mas não quem podemos ser."
O Retrato de Chandos; pintura atribuída a John Taylor e com autenticidade desconhecida.
National Portrait Gallery, London.in Wikipédia
Stratford-upon-Avon, Inglaterra
23 de Abril de 1564-23 de Abril de 1616
"Ainda aqui estás, Laertes? para bordo, para bordo, Não te envergonhas? Teu navio só te espera para velejar. Recebe a minha bênção, e grava na tua memória os seguintes preceitos: Guarda par ti o pensamento, e não dês execução apressadamente aos teus projectos; medita-os maduramente. Sê llano sem te esqueceres de quem és. Quando tomares um amigo cuja afeição tenhas experimentado, liga-o a ti por vínculos de aço; mas não dês confiança irreflectidamente. Faz por evitar questões; mas se o não puderes conseguir, conduz-te de maneira que fiques sempre superior ao teu adversário. Ouve a todos, mas sê avaro de palavras; escuta o conselho que te derem, forma depois o teu juízo. No teu trajar sê tão sumptuosos, quanto to permitam os teus meios, mas nunca afectado; rico, mas não ofuscante; o porte dá a conhecer o homem, e nesse ponto, as pessoas de qualidade em França revelam um gosto primoroso, e o mais fino tacto. Não emprestes, nem peças emprestado; quem empresta perde o dinheiro e o amigo, e o pedir emprestado é o primeiro passo para a ruína. Mas sobretudo sê verdadeiro para a tua consciência, e assim como a noite se segue ao dia, seguir-se-á também, que o teu coração jamais abrigará falsidade. Adeus, que a minha bênção sele em teu coração os meus conselhos.."
"Valem mais três horas adiantadas do que um minuto de atraso."
William Shakespeare
23 de Abril
Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor
Pierre-Auguste Renoir
Anualmente a 23 de Abril, comemora-se o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, mais
reconhecido como o Dia Mundial do Livro. Organizado pela Unesco, com o objectivo de promover
simultanêamente o prazer da leitura, a dinamização da publicação de livros e a necessária
protecção dos direitos de autor.
Marie Bashkirtseff
La Liseuse
"A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos
séculos passados."
René Descartes
"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que
lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo."
HERMANN HESSE
"Os governos suspeitam da literatura porque é uma força que lhes escapa."
Émile Zola
A nossa proposta para este Dia Mundial do Livro
5 motivos que mostram que ler antes de dormir é a melhor coisa do mundo!
October 16, 2017Luiz Antonio RibeiroDestaque, Listas, Matérias Literárias
[Via Espalha Factos]
Se você é daqueles que não consegue nem imaginar ter que ir para a cama sem ler algumas páginas de um livro, sem dúvida este artigo é para você. Se, por outro lado, você não tem o hábito de ler antes de dormir, este artigo é mais para você ainda. E você vai saber o porquê!
Como diziam nossos pais “Deus ajuda, quem cedo madruga”. Entretanto, a rotina antes de dormir pode melhorar muito a qualidade do sono. Sabia que ler nestas últimas horas do dia ajuda o corpo a aproveitar melhor as horas de sono?
Se és daqueles a quem nem sequer passa pela cabeça a ideia de ir dormir sem ler mais algumas páginas de um livro, sem dúvida que este artigo é para ti. Se, por outro lado, não tens por hábito ler antes de dormir, este artigo também é para ti.
Estudos já mostraram por diversas vezes que ler ajuda-nos a dormir melhor. Isto porque ler é uma excelente maneira de exercitarmos o nosso cérebro, além de que essa atividade deixa-o “feliz” e satisfeito. Um cérebro feliz e satisfeito está muito menos propenso a sofrer de insônias, e, pelo contrário, habilita-se a desfrutar de uma excelente noite de sono.
O NotaTerapia separou uma matéria incrível do site Espalha Factos com 5 motivos que mostram que ler antes de dormir é a melhor coisa do mundo! Confira:
1- Ler reduz o estresse
Foi descoberto por investigadores da Universidade de Sussex, Reino Unido, que ler durante meia hora reduz o estresse em níveis superiores a outros métodos de relaxamento como ouvir música ou beber chá. Visto que o estresse é o principal fator que conduz às insônias, ler pode ajudar os que mais sofrem com este problema.
2- Ler em papel é melhor que ficar no celular
Segundo os investigadores, a luminosidade proveniente dos celulares, computadores ou tablets, quando é excessiva antes de dormir é bastante prejudicial ao sono. Assim sendo, a última coisa que você deve fazer antes de adormecer é ler um livro ao invés de navegar nas redes sociais.
3- Os livros vão te dar sonhos excelentes
É comum as pessoas sonharem com algo relacionado com o seu dia a dia. Quando você lê, a leitura passa a fazer parte do teu dia a dia, logo pode-se acontecer de você sonhar sobre o seu livro ou simplesmente sobre o mundo em que ele se passa. Mas se você ler antes de dormir, a probabilidade de sonhar sobre o que leu é ainda maior. Não seria excelente sonhar com as personagens e os enredos dos livros?
4- Transformar a leitura um hábito antes de dormir é saudável
A National Sleep Foundation, nos Estados Unidos, recomenda que tenhamos uma rotina antes de dormir, tal como ler ou beber chá. Esta rotina ajuda a “dizer” ao nosso cérebro que está na hora de adormecer.
5- Ler é uma maneira de dormir mais rápido
O nosso corpo precisa se acalmar antes de poder estar “pronto” para dormir. Como tal, os especialistas aconselham que uma atividade calma, relaxante, que faça uma transição entre a correria diária e o sono, tal como ler.
Fonte:
https://espalhafactos.com/2017/10/09/5-razoes-ler-antes-de-dormir/
In 5-motivos-que-mostram-que-ler-antes-de-dormir-e-melhor-coisa-mundo
domingo, 22 de Abril de 2018
Miguel de Cervantes
Photo in Esquina Musical
29 de Setembro de 1547-22 de Abril de 1616
"Miguel de Cervantes Saavedra foi um romancista, dramaturgo e poeta castelhano. A sua obra-prima, Dom Quixote, muitas vezes considerada o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental" in Wikipédia
Photo in books.google.com
"Três coisas em demasia e três coisas em falta são perniciosas aos
homens: falar muito e saber pouco; gastar muito muito e possuir pouco;
estimar-se muito e valer pouco."
Miguel Cervantes
“O sonho é o alívio das misérias dos que as têm acordados.”
Miguel de Cervantes
Pintura de Dom Quixote por Pablo Picasso
Biografia de Miguel de Cervantes
"Miguel de Cervantes (1547-1616) foi um escritor e dramaturgo espanhol. "Dom Quixote" é um dos personagens mais famosos da literatura ocidental. Miguel de Cervantes é o principal nome da literatura espanhola. Com "Dom Quixote de la Mancha", uma sátira aos romances de cavalaria, torna-se o precursor do realismo na Espanha.
Miguel de Cervantes (1547-1616) tem disputada por sete cidades a sua naturalidade. A maioria dos historiadores concorda que o poeta nasceu em Alcalá de Henares, cidade universitária de Castela. Filho do cirurgião Rodrigo e Leonor de Cortinas. Tinha seis irmãos. Em 1563, a família muda-se para Sevilha, onde estuda gramática e latim, com padres jesuítas.
Como pajem a serviço de Felipe II, foi para Roma. A viagem serviu para fortalecer seu talento, diante das grandes obras do renascimento. Em 1571, em Messina, como soldado, junto com seu irmão Rodrigo, sob o comando de João da Áustria, participou da Armada dos Cristãos, preparada para barrar o avanço dos turcos nas águas do Lepanto. Serviu ainda na companhia do capitão Manuel Ponce de Leon, e depois sob o comando de Dom Lope de Figueroa, em viagens que o levou a conhecer toda a Itália.
Miguel de Cervantes, em 1575, no regresso para a Espanha, é preso por piratas argelinos e passa cinco anos em Argel. Em 1580 é resgatado por sua família e por padres trinitários. Passa mais quatro anos como soldado, conhece Portugal e em 1584 volta para a Espanha. Em Madrid edita em 1585, sua primeira novela "La Galatea". Mantem contato com Luís de Gongora e com Lope de Vega, importantes literatos da época. Escreve os poemas dramáticos "Los Tratos de Argel" e "La Mumancia".
Miguel de Cervantes casa-se com Catalina de Palácios Salazar. É encarregado, pelo rei, como coletor de impostos devidos à Coroa. Viaja para Andaluzia e La Mancha. Por causa dos atrasos na prestação de contas com a Coroa, é preso três vezes. Contam os historiadores que a primeira parte do livro "Dom Quixote" foi escrito enquanto estava preso.
Em 1605, foi publicada a primeira parte do livro "Dom Quixote", que foi sucesso imediato e teve seis edições no mesmo ano do lançamento. Escrevendo e tratando de negócios, Cervantes leva uma vida próspera em sua casa em Valladolid, junto com sua família. Em 1606 muda-se par Madrid. Em 1613 publica "Novelas Exemplares" e "El Viaje del Parnaso". Em 1614 surge uma falsa segunda parte de Dom Quixote assinada por Avellaneda. Mas em 1615 Cervantes publica a segunda parte de Dom Quixote "Delingenioso Cavallero Dom Quixote de La Mancha".
Miguel de Cervantes Saavedra morre em Madri, Espanha, no dia 23 de abril de 1616." in e-biografia
"Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito."
Miguel Cervantes
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"José Vianna da Motta GOC • GOSE • GCSE, ou Viana da Mota segundo a ortografia vigente, [São Tomé, São Tomé e Príncipe, 22 de Abril de 1868 — Lisboa, 1 de junho de 1948 (80 anos)] foi um pianista, compositor, maestro e musicógrafo português." in Wikipédia
"No dia 22 de Abril de 1868 nasceu, em São Tomé e Príncipe, o pianista e compositor português José Vianna da Mota. Estudou no Conservatório Nacional, em Lisboa, sendo os estudos patrocinados pelo rei D. Fernando e a Condessa de Edla. Em 1882 parte para Berlim onde, custeado pelos reis mecenas, continua, durante três anos, os estudos de piano e composição. Em 1885 parte para Weimar onde é aluno de Franz Liszt, que, mais tarde, lhe oferece uma fotografia com a dedicatória: "A José Vianna da Mota, saudando os seus futuros sucessos." Dá concertos nos Estados Unidos, Paris, Inglaterra, Espanha, Itália, Dinamarca, Lisboa e Porto, Brasil e Argentina, numa série de recitais que são outros tantos triunfos.
Durante a Primeira Guerra Mundial foi director do Conservatório de Genebra. Em 1917 regressa a Portugal, onde foi director do Conservatório Nacional de Lisboa, de 1918 a 1938. Entre as suas composições mais conhecidas está a sinfonia "À Pátria" e as obras "Evocação dos Lusíadas", "Cenas da Montanha", entre outras. José Vianna da Mota faleceu em 1948, no dia 1 de Junho, em Lisboa, tendo vivido os últimos anos da sua vida na residência de sua filha Inês Vianna da Mota e do seu genro, o psiquiatra Barahona Fernandes." por António Filipe
Vianna da Motta
Três Scenas Portuguezas, Op.9 Nº 1- Cantiga d' Amor
https://youtu.be/Y2kEdz4o6tc
Vianna da Motta - Barcarola Nº 1, Op. 1
https://youtu.be/hqwXl3UKAzg
“
Como tantos outros artistas portugueses dos maiores, Viana da Mota foi uma vítima da incompreensão, da maldade e da pequenez de um meio com o qual a sua invulgar estatura não podia ter medida comum. Negaram-lhe o talento, disputaram-lhe a glória, moveram-lhe campanhas ultrajantes, dificultaram-lhe a vida, regatearam misérias nos seus modestos cachets de concertista, esforçaram-se por fazer cair sobre o seu nome e a sua obra a pedra vil do esquecimento, deixaram-no morrer num isolamento e numa solidão terríveis, e mesmo depois de morto se procurou evitar que a sua vera fisionomia de artista e de intelectual pudesse ser revelada em toda a sua luz.
in https://www.lua.ovh/mundo/pt/Vianna_da_Motta
”
VIANNA DA MOTTA - SYMPHONY "TO THE FATHERLAND" (A Pátria)
https://youtu.be/SDmK_3U-RiE
VIANNA DA MOTTA - SINFONIA " À PÁTRIA", (LÁ MAIOR), OP. 13 ( 1894 )"A Sinfonia "À Pátria" é uma obra-chave da música portuguesa, por vários motivos : primeiro, trata-se da primeira sinfonia escrita no século XIX após o esforço reformista de Domingos Bomtempo (1775-1842) que, infelizmente, não teve continuidade e, por outro lado, representa musicalmente o nacionalismo musical ainda em voga na Europa. Sob o impacto do Ultimatum Inglês de 1890 e do aviltante tratamento de Portugal pelas potências europeias, vários artistas tomaram uma posição inequívoca; Vianna da Motta escreveu esta sinfonia e Alfredo Keil, por exemplo, a marcha militar que seria mais tarde elevada a categoria de Hino Nacional. Parece pois explicado o título da obra e, em particular, as palavras que acompanham o último andamento. Para a composição da Sinfonia "À Pátria", Vianna da Motta inspirou-se em versos de Luís Vaz de Camões para cada um dos andamentos. Em 1896, António Arroyo escreveu um artigo elogiando Viana da Mota para a revista Amphion, onde a composição foi assim descrita: “A Sinfonia em lá maior Á Pátria é uma página de um elevado simbolismo, uma síntese luminosa e profundamente sugestiva dum momento histórico determinado; o autor, representando o momento de crise em que a pátria parece soçobrar, fá-la resurgir de novo para uma vida gloriosa num rejuvenescimento da alma nacional. Ela divide-se em quatro tempos, os da forma clássica do modelo beethoveniano, tendo cada um a sua significação própria”. Isto é, a sinfonia foi saudada como uma síntese entre as “obras mais avançadas do seu tempo” e a “forma clássica do modelo beethoveniano” e como a expressão das circunstâncias históricas que atravessava a Pátria. Um ano depois, em 1897, a mesma revista Amphion publicou a crítica da estreia orquestral da obra, mantendo os elogios e voltando a insistir no significado do programa da obra: “gerada sob o critério da moderna escola alemã, caracterizado pela forma do Poema Sinfónico e por todos os processos da música expressiva; cada um [dos seus] tempos traduz uma página de emoção diversa; no 1º tempo (Allegro heroico) formulou o autor a invocação às Tágides, contida nos versos do nosso Épico; no Adagio simboliza o lirismo português; no Scherzo pinta-nos o nosso povo numa cena de danças e cantigas nacionais; e no Final, a página dramática da obra, descreve-nos a Decadência da pátria, a Luta na crise e o Resurgimento resultante dessa luta”. A estreia da Sinfonia "À Pátria" ocorreu no Porto, num concerto promovido pelo Orpheon Portuense, a 21 de Maio de 1897, dirigido por Bernardo Moreira de Sá, no Palácio de Cristal. Também no ano de 1897, Moreira de Sá dirigiu esta sinfonia no Rio de Janeiro, cidade onde foi editada a partitura em 1908. A título de curiosidade, refira-se que esta sinfonia só foi ouvida em Lisboa no ano de 1911. I. Allegro Eroico ( 00:00:00 - 09:16 ) II. Adagio molto ( 09:22 ) III. Vivace ( 22:55 ) IV. Andante lugubre - Allegro agitato ( 29:01 ) ( Decadência - Luta - Ressurgimento) Mátyás Antal, Conductor Hungarian State Orchestra (Portugalsom,1990)"
in LUSOFOLIAS
sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Pintura
Joan Miró
20 de Abril de 1893
"Se há alguma coisa divertida na minha pintura é algo que não procurei conscientemente.
Este humor vem da necessidade de fugir ao lado trágico do meu temperamento.
É uma reacção involuntária"
Joan Miró
Joan Miró, fotografia de Carl van Vechten, junho de 1936 in Wikipédia
"Hoy Joan Miró cumple 125 años. Con él aprendimos a mirar el cielo como un gran lienzo."
in Galerias Arte Barcelona
"Hoje Joan Miró completa 125 anos. Com Ele aprendemos a olhar para o céu, como um grande
lençol."
Joan Miro
https://youtu.be/I6wtwSPalUA
Joan Miró i Ferrà (April 20, 1893 December 25, 1983) was a Spanish Catalan painter, sculptor, and ceramist born in Barcelona.
Earning international acclaim, his work has been interpreted as Surrealism, a sandbox for the subconscious mind, a re-creation of the childlike, and a manifestation of Catalan pride. In numerous interviews dating from the 1930s onwards, Miró expressed contempt for conventional painting methods as a way of supporting bourgeoise society, and famously declared an "assassination of painting" in favor of upsetting the visual elements of established painting. in arwen 987 (youtube)
Joan Miró
"O Carnaval de Arlequim"
1924-25
Óleo sobre tela, 66x93 cm
Albright-Knox Art Gallery,
Buffalo (Nova Iorque)
Joan Miró
Pintor espanhol
Biografia de Joan Miró
"Joan Miró (1893-1983) foi um importante pintor, gravador, escultor e ceramista espanhol. Um criador de formas, figuras coloridas, imaginárias e símbolos próprios formados por manchas e por linhas carregadas que caracterizou toda sua obra.
Joan Miró
"Personagem atirando uma pedra a um pássaro"
1926
Óleo sobre tela, 73x92 cm
The Museum of Modern Art, Nova Iorque
Joan Miró (1893-1983) nasceu em Barcelona, na Espanha, no dia 20 de abril de 1893. Não completou seus estudos, apesar da insistência da família. Estudou comércio e trabalhou dois anos como balconista em uma farmácia, até sofrer uma crise nervosa. Passou um longo tempo na casa da família na aldeia de Mont-Roig del Camp. Em 1912, de volta à Barcelona, ingressou na Academia de Artes, dirigida por Francisco Gali, que o apresentou às últimas tendências artísticas europeias.
Inicialmente, Miró apresentou uma pintura com um estilo expressionista, com influencias fauvistas e cubistas, com tendências de distorcer formas e usar cores pouco reais que destruíam os valores tradicionais. Entre 1915 e 1919, Miró vivia entre Mont-Roig e Barcelona. Em 1919 foi para Paris, onde conheceu Picasso e Tristan Tzaia, um dos iniciadores do Dadaísmo. Aos poucos sua pintura evoluiu em direção a uma maior definição de forma, eliminando o forte contraste de luz.
Joan Miró
"O sorriso das asas flamejantes"
1953
Óleo sobre tela, 33x46 cm
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid
Em 1924, a pintura de Miró foi influenciada pelo movimento surrealista que surgiu em Paris, apresentando cenas oníricas e paisagens imaginárias. É dessa época a tela “O Carnaval do Arlequim” (1924-25). Em 1928 pintou “O Interior Holandês”, uma das pinturas mais marcantes do artista. Nesse mesmo ano, o Museu de Arte Moderna adquiriu duas telas de Miró. Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, fez ressurgir os elementos figurativos em suas obras.
Joan Miró
"O Ouro do Azul"
1967
Óleo sobre tela, 205x173 cm
Fundação Joan Miró, Barcelona
Na década de 1930, seus horizontes artísticos se ampliaram. Miró tornou-se mundialmente famoso, expondo regularmente em galerias francesas e americanas. Ele fez ilustrações para livros, fez cenários para balé, passou a interessar-se por colagem e murais e seu grafismo se reduziu a linhas, pontos e manchas coloridas. No fim da dessa década, quando eclodiu a Guerra Civil espanhola (1936-1939), Miró estava em Paris, e sua produção artística foi fortemente influenciada pelos horrores da guerra. São dessa época “O Ceifeiro” e “Cabeça de Mulher”.
Joan Miró
" Cão ladrando à Lua"
1926
Óleo sobre tela, 73x92 cm
Philadelphia Museum of Art, Filadélfia
No começo da Segunda Guerra Mundial, Miró volta para a Espanha. Nessa época conclui “Constelação”. A partir de 1944, iniciou uma série de murais para o edifício da UNESCO, em Paris, e para a Universidade de Harvard. Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza. Em 1956, mudou-se para a ilha de Maiorca, onde instalou um estúdio, na cidade de Son Abrines. Em 1959, o mural que realizou para UNESCO ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1975, abriu a Fundação Miró, em Barcelona.
Joan Miró faleceu em Palma de Maiorca, na Espanha, no dia 25 de dezembro de 1983."
in https://www.ebiografia.com/joan_miro/
Joan Miró: The Ladder of Escape
https://youtu.be/87okJMet8qo
Joan Miró
"Bailarina"
1925
Óleo sobre tela, 115,5x88,5 cm
Colecção Rosengart, Lucerna
17 de Abril
Gabriel José Garcia Márquez
8 de Março de 1927 - 17 de Abril de 2014
"A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda e como a recorda para contá-la."
Gabriel Garcia Marquez
"Gabriel José García Márquez[1] (Aracataca, 6 de março de 1927 — Cidade do México, 17 de abril de 2014)[2] foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.[3]
Foi laureado com o Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra que, entre outros livros, inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi o maior representante do que ficou conhecido como realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e viveu até à morte no México. Era pai do cineasta Rodrigo García."
in Wikipédia
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las era preciso apontar com o dedo."
"Chegou à janela, mas o seu rosto não revelou nenhuma emoção-
- Gostaria de plantar rosas – disse ela, de volta ao fogão.
O coronel pendurou um espelho na estaca, para se barbear.
- Se quer plantar rosas, porque não planta?
Procurou identificar os seus movimentos com os da imagem no espelho-
- Os porcos comem-nas todas – disse ela.
- Óptimo – disse o coronel – Porco engordado com rosa deve ser muito bom."
sexta-feira, 13 de Abril de 2018
A B R I L
Dia Mundial do Beijo
O "Beijo" de Gustav Klimt
Klimt.jpg
O "Beijo" de Rodin
Cinema Paradiso: The Montage of Kisses
https://youtu.be/PjtJkBUVFVY
Ettore Tito, 1859 –1941
Con la rosa en la boca, 1895
"Para ti meu amor,
não é só hoje o nosso dia, ele renova-se em cada instante, em cada encontro,
em cada ausência em que a lembrança nunca nos abandona! "
Vitor Lis
Loa amantes
1928
Rene Magritte, 1898-1967
Há Palavras que Nos Beijam
Há palavras que nos beijam ...
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
, in 'No Reino da Dinamarca'
Pablo Picasso
Dia do Beijo
Não há iguais!
Há os que com teus olhos me ofereces,...
Quando, ao longe, me vês de ti aproximar.
Há os que tentas conter em teus lábios,
Que te traem, soletrando o meu nome.
Há os que na boca, levemente, esquecidos,
Longos e sedosos, todo o corpo me arrepiam.
Há os que atrás do pescoço chupados, mordidos,
Húmidos, procuram meus ouvidos
Há os que pelas minhas costas, suavemente, sobem,
Deixando um rasto de ansioso desejo.
Há os que nos seios encontram a sua nascente
E descem o vale, para num mar de desejo desaguar.
Há os que me marcas nas coxas
Em busca do mais quente de mim.
Há os fogosos, que com a língua procuram a minha,
Me invadem, sem preconceitos ou inibições.
Há os de "dorme bem", ainda eufóricos,
Depois de me teres amado sem limites.
Há os que, ao acordar, me desejam "bom dia"
Quentes, preguiçosos, sorridentes, depois d'outros trocados.
Há os que dás, os que te roubo,
os que desejo,
os que tenho e os que sonho.
Mas sejam quando, onde ou como,
São só, e todos eles, os que ambiciono.
Não há beijos iguais, aos teus!
Sara Junqueiro
BEST MOVIE KISSES | Cinema Paradiso tribute
https://youtu.be/-C1sVH7ZJ78
Photo in http://musee.louvre.fr/oal/psyche/psyche_acc_fr_FR.html
13 de A B R I L
Dia Mundial do Beijo
O "Beijo" de Gustav Klimt
Klimt.jpg
O "Beijo" de Rodin
"Para ti meu amor,
não é só hoje o nosso dia, ele renova-se em cada instante, em cada encontro,
em cada ausência em que a lembrança nunca nos abandona! "
André Vide
sábado, 7 de Abril de 2018
Nasceu em 7 de Abril de 1893
Almada Negreiros
Auto-Retrato, grafite sobre papel, 68,3x46cm, 1948
"José Sobral de Almada Negreiros GOSE (Trindade, São Tomé e Príncipe, 7 de Abril de 1893 — Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar português que se dedicou fundamentalmente às artes plásticas (desenho, pintura, etc.) e à escrita (romance, poesia, ensaio, dramaturgia), ocupando uma posição central na primeira geração de modernistas portugueses[1].Almada Negreiros é uma figura ímpar no panorama artístico português do século XX."in Wikipédia
Civilização e Cultura
Almada Negreiros, Autorretrato,1921
“HOMERO É NOS ANTIGOS / A NASCENTE D’ONDE TUDO SAIU.” DELACROIX. “A ARTE / É FEITA PARA PERTURBAR, A CIÊNCIA ASSEGURA.” BRAQUE / NÃO PROCURO, ENCONTRO.” PICASSO / “AQUELE QUE SABE / TEM QUE TER APRENDIDO DE / OUTRO OU ACHADO ELE SÓ / O QUE SABE; A CIÊNCIA QUE / SE APRENDE DE OUTRO É, POR / ASSIM DIZÊ-LO, EXTERIOR: O / QUE NÓS MESMOS ENCON- / TRAMOS, A NÓS / PERTENCE E EM PROPRIEDADE. ENCONTRAR / SEM BUSCAR É COISA DIFÍCIL / E RARA; ACHAR AQUILO QUE / SE BUSCA É CÓMODO E FÁCIL; / IGNORAR E BUSCAR (AQUILO QUE SE IGNORA) É IMPOSSÍ- / VEL.” ARQUITAS DE TARENTO. / “PARECE QUE A DÉCADA É O / NÚMERO PERFEITO.” ARISTÓTELES, “METAFÍSICA” “REDUÇÃO A / NÚMERO PERFEITO, THELEON,” /PLATÃO CITADO POR VITRU- / VIO E ESTE POR LUCA PACI- / OLI DI BORGO, “DE DIVINA PRO- / PORTIONE”, E POR FRANCISCO DA / HOLLANDA, “DA PINTURA ANTIGUA”.
José de Almada Negreiros
Uma mesa cheia de feijões. O gesto de os juntar num montão único. E o gesto de os separar, um por um, do dito montão. O primeiro gesto é bem mais simples e pede menos tempo que o segundo. Se em vez da mesa fosse um território, em lugar de feijões estariam pessoas. Juntar todas as pessoas num montão único é trabalho menos complicado do que o de personalizar cada uma delas. O primeiro gesto, o de reunir, aunar, tornar uno, todas as pessoas de um mesmo território é o processo da CIVILIZAÇÃO. O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilização é o processo da CULTURA. É mais difícil a passagem da civilização para a cultura do que a formação de civilização. A civilização é um fenómeno colectivo. A cultura é um fenómeno individual. Não há cultura sem civilização, nem civilização que perdure sem cultura.
José de Almada Negreiros, in "Ensaios"
"Par nu". Pintura a pastel de óleo sobre tela, 1964. José de Almada Negreiros
“O único verdadeiro amigo que tenho tido é a arte. Ela sim é minha verdadeira amiga. Brincamos juntos todo o santo dia, desde a manhã até à noite. Ela diz-me coisas novas todos os dias e ensina-me coisas lindíssimas. Estou mais bebé do que nunca. Tenho muitos papéis de cores e faço comboios e vapores com muito fumo e que vão viajar muito longe, ao sol. Já conheço quase todas as linhas e todas as cores. Estou verdadeiramente contente. Gosto imenso de estar sozinho com os meus lápis (…) Agora sou todo para a Arte. Estive no inferno durante uns meses; vim de lá muito constipado e aborrecido. Mas já estou salvo. Trabalho com toda a alegria, todo o dia: faço 5 a 6 desenhos por dia e escrevo coisas e também faço negócios para ganhar dinheiro para comprar muito papel branco e muitos lápis e muitos pincéis e muitas cores: Uma riqueza! Faço muitos cavalos de circo com amazonas e bailarinas e palhaços e público e bombeiros. Ontem fiz o retrato de uma menina em cabelo com a perna traçada. Faço coisas muito claras. Estou contente. Fiz uma garrafa tão parecida que o quadro caiu no chão e só a garrafa é que se partiu. Foi uma pena (…). Gosto muito de Portugal mas tenho uma triste ideia dos meus compatriotas. Que longe de mil novecentos e vinte que estão os portugueses! A minha viagem a Portugal é incógnita. Bem quero pensar bem dos meus compatriotas mas eu vejo-os por aqui, coitadinhos, muito bem vestidinhos, muito chiczinhos! Fazem-me um dó! (…) Eu estou cada vez mais eu; tão eu que já me encontrei: gosto de tudo o que está assinado Almada.”
Carta a Maria Adelaide Burnay Soares Cardoso (Lalá), Fevereiro de 1920. (in Identificar Almada)
Primeiro estudo para a decoração do proscénio do Teatro Muñoz Seca de Madrid 1929. Guache sobre papel 68 x 100 cm. Museu do Chiado Lisboa
Há Palavras que Nos Beijam
Há palavras que nos beijam ...
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
, in 'No Reino da Dinamarca'
Dia do Beijo
Não há iguais!
Há os que com teus olhos me ofereces,...
Quando, ao longe, me vês de ti aproximar.
Há os que tentas conter em teus lábios,
Que te traem, soletrando o meu nome.
Há os que na boca, levemente, esquecidos,
Longos e sedosos, todo o corpo me arrepiam.
Há os que atrás do pescoço chupados, mordidos,
Húmidos, procuram meus ouvidos
Há os que pelas minhas costas, suavemente, sobem,
Deixando um rasto de ansioso desejo.
Há os que nos seios encontram a sua nascente
E descem o vale, para num mar de desejo desaguar.
Há os que me marcas nas coxas
Em busca do mais quente de mim.
Há os fogosos, que com a língua procuram a minha,
Me invadem, sem preconceitos ou inibições.
Há os de "dorme bem", ainda eufóricos,
Depois de me teres amado sem limites.
Há os que, ao acordar, me desejam "bom dia"
Quentes, preguiçosos, sorridentes, depois d'outros trocados.
Há os que dás, os que te roubo,
os que desejo,
os que tenho e os que sonho.
Mas sejam quando, onde ou como,
São só, e todos eles, os que ambiciono.
Não há beijos iguais, aos teus!
Sara Junqueiro