José António da Silva Palolo
Évora
Pintor e operador artístico português, João António da Silva Palolo nasceu em 1946, em Évora, e faleceu a 29 de janeiro de 2000. Autodidata, estreou-se em 1964 numa exposição individual. No final da década de 1960, revelou-se um mestre da estética pop que, posteriormente, evoluiu para a simplificação geométrica das formas. Na década de 1980, passou a trabalhar a figura humana e as relações do Homem com o universo. Está representado no Museu Nacional de Soares dos Reis e no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian.in infopedia.pt
Hórrido o silêncio do teu corpo-1966
Estilo-Pop Art
Género-Figurativo
Sem título-1968
Estilo-Pop Art
Género- Figurativo
Sem título
We all live in a yellow submarine…
por Miguel Matos
"Será esta imagem um frame do psicadélico filme “Yellow Submarine”? Parece que é mas não é. Finalmente acontece uma exposição antológica do pintor António Palolo no Centro de Arte Manuel de Brito, a primeira em doze anos de silêncio, que reúne obras desde os inícios dos anos 60 até 84.
António Palolo é um artista de quem pouco se fala, quase nada se escreve e raramente se expõe. Em portugal há um vazio de crítica e de história de arte que permite estes exemplos de grandes artistas acerca dos quais pouco ou nada se diz. António Palolo morreu cedo em 2000, com 54 anos e deixou atrás de si uma obra desigual que reflecte o seu carácter insaciável. Artista autoditacta nascido em Évora, pulou a vida toda de fase em fase. A necessidade de experimentar será talvez a característica mais marcante do seu trabalho, que acompanhou diferentes movimentos artísticos, passando do informalismo para a transvanguarda, pela arte-pop, pelo abstraccionismo geométrico até à arte conceptual. Num jogo contínuo que estabelece com o olhar, Palolo propõe um sistema integrado de formas orgânicas com estruturas geométricas. Sem nunca abandonar o seu reconhecido apelo ao sensorial do Homem, ele pretendeu conhecer a arte tanto quanto pretendeu conhecer-se como artista.
Palolo foi o destemido artista heterogéneo, pintor, autor de videos, de instalações e diaporamas. A sua insegurança (talvez pela falta de uma formação oficial), levou-o a querer abraçar sempre a corrente artística dominante.“Palolo não havia frequentado as Belas-Artes, e a sua formação autodidacta foi norteada por um forte instinto plástico, por uma necessidade interior que parecia conciliar, não sabe bem, não se sabe como, a fisionomia de uma paisagem alentejana, com a versatilidade de uma paisagem interior. Num primeiro momento foi no real que procurou marcas e signos para depois os transfigurar em surreais alegorias. Estas começaram por revelar uma sensibilidade pop. Mas seguiram depois os imprevisíveis caminhos dos ventos que sopravam nas searas e tudo agitavam à sua passagem, polindo as aparências”, diz Eduardo Paz Barroso, no único livro dedicado ao artista, editado pela Caminho e entretanto praticamente esgotado. Segundo Helena de Freitas diz numa ficha informativa do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, “O desenvolvimento desta vertente geométrica na passagem para os anos 70 conduziu-o a um abstraccionismo de sinalização pop ou psicadélico, através da cuidada articulação de bandas coloridas, num progressivo fascínio pelas possibilidades construtivas da simetria e do ritmo”.
Durante o seu caminho, António Palolo rompe com o que quer que seja, assim como nunca apresentou medos absolutos de abandonar as suas anteriores formas de expressão e redesenhar outras. Martirizava-se na incessante busca do género, técnica e momento para responder às suas questões. Após o 25 de Abril, abandonou bruscamente a figuração de raiz pop, entregando-se a delírios mais característicos do pós-modernismo, tendo participado na mítica exposição “Alternativa Zero”. Na década de 80, quando muitos dos seu colegas apelavam e afirmavam pelas artes visuais que a pintura tinha dias contados, Palolo finca-se na premissa do “não abandono” e das novas linguagens na permanência e autonomia da pintura. Entretanto, neste momento de indefinição nas artes visuais e em que não se pode traçar uma tendência principal, não deixamos de pensar: Como seriam hoje as obras de Palolo se ainda estivesse entre nós?"
Sem Título-1973
Estilo- Color Field Painting
Género-Abstract
Home- 1986
Estilo-Neo-Expressionism
Género-Figurativo
Sem Título
1972
Estilo-Color Field Painting
Género-Abstracto
Sem Título-1986
Estilo-Neo-Expressionism
Género -Figurativo
Sem Título
Estilo-Color Field Painting
Género-Abstract
"Jardim das delícias" no Centro de Arte Moderna
Sem Título-1983
Estilo-Neo-Expressionism
Género- Figurativo
Sem título- Estilo Pop Art- Género-Abstracto
1971-Estilo Pop Art -Género Figurativo
Sem título-1992
Estilo-Color Field Painting
Género-Abstracto
Sem Título-1967
Estilo-Art Informel, Pop Art
Género-Abstract
Figura-1983
Estilo- Neo-Expressionism
Género-Figurativo
Sem Título-1972
Estilo-Color Field Painting
Género-Abstracto