GOLFO DA GUINÉ
Gvinea (Mercator, 1625)
Carte de la Haute et de la Basse Guinée (Bonne, 1780-81
REINOS DO CONGO, ANGOLA E BENGUELA
Congi Regni Christiani in Africa nova descriptio (Bertius, 1603)
Congo (Du Val, 1681)
Carte des Royaumes de Congo, Angola et Benguela (Bellin, 1757) (2)
Carte de la Coste d' Angola. Depuis la Riviere de Bengo jusqu'a celle de Quanza (Bellin, 1748)
Carte de la Rade de Benguela et Riviere de Cantonbelle (Bellin, 1757)
La Basse Guinée, contenant les Royaumes de Loango, de Congo, d'Angola et de Benguela; avec la Cafrérie Occidentale et la Méridionale, ou le Pays des Hotentots (Bonne, 1787)
--- GOLFO DA GUINÉ ---
O Golfo da Guiné é uma grande reentrância na costa ocidental de África, fazendo parte portanto do oceano Atlântico. O seu nome provém da denominação que os europeus deram àquela parte do continente africano: Baixa Guiné, sendo que "Guiné" era, provavelmente, uma referência a "Gana", que era o nome pelo qual os nativos chamavam a área anteriormente ocupada pelo Império do Mali. Mas dois dos países africanos que atualmente detêm aquele nome - a República da Guiné e a Guiné-Bissau - não partilham a costa deste golfo; apenas a Guiné Equatorial se encontra nesta região (outro território a que os europeus deram este nome é a Nova Guiné, uma grande ilha no oceano Pacífico).
A costa do Golfo da Guiné (de noroeste para sudeste) é partilhada pelos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial e Gabão (parte norte). Neste golfo encontram-se ainda as ilhas Bioko e Ano Bom, que fazem parte da Guiné Equatorial, e as ilhas de São Tomé e Príncipe. Nele drenam três grandes rios, o rio Níger, o rio Volta e o rio Congo.
No golfo da Guiné, cruzam-se a Linha do Equador (0º de latitude) e o meridiano de Greenwich (0º de longitude).
O Golfo da Guiné é umas das áreas mais perigosas para os marinheiros. Nesta área verificam-se numerosos casos de pirataria violenta nos navios, envolvendo o roubo dos produtos e/ou rapto das tripulações.
Gvinea
Gerard Mercator (1512–1594)
“Atlas Minor”, edição francesa, publicada por Jan Jansson, 1625
Gravura: 184 x 136 mm (de Pieter Van den Keere)
Decorativo mapa da região de África, denominada de Guiné, que inclui um encarte da Ilha de São Tomé. Estão representadas várias cidades e povoações consoante a sua dimensão e importância, bem como pormenores das montanhas e rios.
Carte de la Haute et de la Basse Guinée
Rigobert Bonne (1727–1795)
"Atlas de toutes les parties connues du Monde", publicação de Raynal, 1780-81
Gravura: 315 x 210 mm
Ambos, o 'Atlas de toutes les parties connues du Monde', de 1780-81, e o 'Atlas Encyclopaedique', de 1787-88, de Raynal, devem muito aos imensos recursos de mapas do ministério da marinha francesa. Este mapa da publicação de Raynal, abrange toda a parte Ocidental e Central de África, da Serra Leoa ao sul de Benguela, e mostra excelente pormenor, particularmente dos rios que eram essenciais ao negócio de escravos naquela época.
--- REINOS DO CONGO, ANGOLA E BENGUELA ---
O Reino do Congo ou Império do Congo foi um Estado pré-colonial africano no sudoeste da África no território que hoje corresponde ao noroeste de Angola (incluindo Cabinda), o sudoeste e oeste da República do Congo, a parte oeste da República Democrática do Congo e a parte centro-sul do Gabão. Na sua máxima dimensão, estendia-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Cuango, a leste, e do Rio Ogoué, no atual Gabão, a norte, até ao rio Cuanza, a sul. O reino do Congo foi fundado por Nímia Luqueni no século XIV.
A região era governada por um líder chamado rei pelos europeus, o manicongo. Ela consistia de nove províncias e três regiões (Angoio, Cacongo e Loango), mas a sua área de influência estendia-se também aos Estados independentes, tais como Dongo, Matamba, Cassange e Quissama. A capital era M'Banza Congo (literalmente, Cidade do Congo), rebatizada São Salvador do Congo após os primeiros contatos com os portugueses e a conversão do manicongo ao catolicismo no século XVI, e renomeada de volta para M'Banza Congo em 1975.
O reino era regido por uma monarquia, que por vezes em sua história alternou entre hereditária e eletiva. A linhagem de reis durou desde a fundação do reino em 1390 até a abolição em 1914 pela recém-implantada Primeira República Portuguesa, que diminuiu o título do rei á uma mera figura simbólica na cidade de São Salvador (M'Banza Congo) até 1975, quando o recém instalado governo socialista de Angola termina por abolir os títulos definitivamente.
In Wikipéia -> História
Reino do Dongo, Andongo (em quimbundo: Ndongo) ou Angola (Ngola) foi o Estado pré-colonial africano na atual Angola, criado pelos ambundos, e cujo nome inspirou o nome do atual país. Localizava-se ao sul do Reino do Congo, entre os rios Dande e Cuanza, a leste de Matamba e Lunda, ao norte de Quissama e a oeste do oceano Atlântico. Foi liderado por um rei, cujo título era Angola Quiluanje (ngola a kiluanje).
Pouco se sabe sobre o reino no início do século XVI. "Angola" esteve entre os títulos dos reis do Congo em 1535, pelo que é provável ter estado subordinado ao Congo. As suas próprias tradições orais, recolhidas no final do século XVI, nomeadamente pelo jesuíta Baltasar Barreira, descreviam o fundador do reino, Angola Quiluanje, também conhecido por Angola Inene, como um migrante do Congo, chefe de um grupo étnico de Língua quimbundo.
In Wikipéia -> História
O Reino de Benguela foi uma nação africana, centrada na região da baía das Vacas, que teve como capital a localidade de Ombaca (atual Benguela). O seu território compreendia boa parte da província do Benguela e o sul do Cuanza Sul, sendo uma das quatro grandes entidades nacionais dos ovimbundos.
A formação do reino de Benguela deu-se com a mesma dinâmica dos demais reinos ovimbundos: frentes migratórias de povos caçadores nómades fundiram-se com populações semi-nómades que já habitavam no território (no caso, a baía das Vacas). No caso do reino de Benguela, os povos nómades estavam a deslocar-se das terras sob influência do reino do Dongo em direção ao sul. A formação política do reino deu-se no século XV, instalando capital na localidade de Ombaca, porém ainda um entidade diminuta em tamanho e importância. Possivelmente o primeiro soba (rei) foi Mbegela, reinando entre 1580/1590 até 1620.
Em finais do século XVI e início do século XVII, a costa do reino de Benguela começava a ser cobiçada pelas potências coloniais. Assim, o rei Filipe I de Portugal deu ordem ao governador de Angola para que aí enviasse "uma pessoa de muita confiança e prática das cousas daquelas partes", com a finalidade de averiguar sobre as condições da costa, para ali fazerem escala as naus da Índia.
Em 1615 Portugal estabelece seus primeiros acordos comerciais com o reino de Benguela, tendo Filipe II constituído a capitania de Benguela como entidade portuguesa administrativa, militar e de negócios junto aos governantes tradicionais para aquela porção do litoral angolano. Inicialmente manteve-se longe do centro do reino de Benguela, fixando-se em Benguela-a-Velha (atual Porto Amboim) até que, em 1617, ocupa a capital nativa Ombaca, transformando-a na povoação de São Filipe de Benguela. Tal ato faz com que o reino de Benguela, ainda uma pequena entidade política ovimbunda com domínio sobre a região da baía das Vacas, se torne vassalo de Portugal, anexando várias ombalas do litoral e interior próximo.
Com um curta vida como reino livre e independente, após a vassalagem ao reino de Portugal, torna-se um importante elemento colonial fantoche para o centro e oeste de Angola. O nome "Benguela" deriva de Mbegela, governante daquele reino à altura da chegada portuguesa.
Congi Regni Christiani in Africa nova descriptio
Petrius Bertius (1565-1629)
“Tabularum geographicarum contractarum”, 1ª edição em latim, 1603
Gravura: 122 x 84 mm (de Pieter Van den Keere)
Congo
Pierre Du Val (1618-1683)
"Geographie Universelle", edição alemã, publicada por Johann Hoffman, Nuremberga, 1681. Com tradução de Johann Beer
Gravura: 124 x 103 mm
Este atrativo mapa do Congo mostra o Rio Congo (designado por Zaire) com a mesma origem do Rio Nilo, o fictício Lago Zaire. Estão incluídos uns quantos povoados, entre eles a capital, Salvador.
Carte des Royaumes de Congo, Angola et Benguela
Jacques Nicholas Bellin (1703–1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prevost d’ Exiles, edição francesa, 1757
Gravura: 316 x 239 mm
Mapa dos reinos do Congo, Angola, Benguela, Loango, Matamba, Jagga Kassanji, entre outros. Inclui Luanda e S. Salvador entre as maiores cidades. Mostra bonitos pormenores das montanhas, lagos, maiores rios (Congo e outros), fortes, ilustrações de tendas e ainda comentários nos locais referenciados.
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbe Prevost d’ Exiles, edição holandesa, 1757
Gravura: 310 x 232 mm
Carte de la Coste d' Angola. Depuis la Riviere de Bengo jusqu'a celle de Quanza
Jacques Nicholas Bellin (1703–1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Antoine-François Prévost d’ Exiles, edição de Paris, 1748
Gravura: 267 x 206 mm
Carte de la Rade de Benguela et Riviere de Cantonbelle
Jacques Nicholas Bellin (1703–1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbe Prevost d’ Exiles, edição francesa, 1757 (Tomo V. Nº 2)
Gravura: 275 x 208 mm
O mapa mostra a cidade de Benguela, o Forte de S. Filipe, o Forte Kabuto, uma igreja, e uma aldeia nativa, o Rio Catumbela e a Baía das Vacas. Vêem-se ainda notas de ancoradouros, sondagens de profundidade, e o título num cartucho, com uma escala em milhas marítimas.
La Basse Guinée, contenant les Royaumes de Loango, de Congo, d'Angola et de Benguela; avec la Cafrérie Occidentale et la Méridionale, ou le Pays des Hotentots
Rigobert Bonne (1727-1795)
“Atlas Encyclopédique”, conhecido por Atlas de Bonne-Desmarets, 1787
Gravura: 234 x 346 mm