Micronésia é uma região do oceano Pacífico ocidental localizada entre as Filipinas a oeste, a Indonésia a sudoeste, a Nova Guiné e a Melanésia a sul e a Polinésia a sudeste e leste, formada por centenas de pequenas ilhas agrupadas em vários arquipélagos e divididas por sete territórios:
Ilhas Marianas, divididas entre: Ilhas Marianas do Norte (um Estado Livre Associado aos Estados Unidos)
Território de Guam (uma dependência dos Estados Unidos)
Ilhas Carolinas, que agrupam: Estados Federados da Micronésia
República de Palau
República das Ilhas Marshall, um grupo principalmente de atóis
República de Nauru, um atol elevado, isolado a sul do grupo anterior
República de Kiribati que, por sua vez, agrupa vários grupos de ilhas
Muitas destas ilhas foram ocupadas sucessivamente pelos espanhóis, pelos britânicos, pelos alemães e pelos japoneses. Com a derrota destes últimos na Segunda Guerra Mundial, os primeiros quatro territórios formaram o Protetorado das Ilhas do Pacífico das Nações Unidas, administrado pelos Estados Unidos.
Todos os povos da Micronésia falam línguas austronésias, entre as quais a língua chamorro das Marianas, que tem cerca de 70% de vocábulos do espanhol.
Vue des Deux Isles des Larrons – Vue de la Coste du Nord Ouet de Saypan (Anson, 1748)
Vue du Costé du Sud Ouest de L’ Isle de Tiniam – Vue de la Rade de Tiniam (Anson, 1748)
A View of the Watering Place at Teniam (Anson, 1748)
Nouvelle Carte des Isles Carolines (Bellin, 1750)
As Ilhas Marianas Setentrionais ou Ilhas Marianas do Norte, com a designação oficial de Comunidade das Ilhas Marianas Setentrionais, são um "estado livremente associado" aos Estados Unidos, situado na Micronésia, que compreende 14 ilhas do arquipélago das Marianas.
Faz divisa, ao norte com as ilhas Vulcano e com a ilha Marcus e outros territórios do Japão, ao sul com a dependência norte-americana de Guam e com os Estados Federados da Micronésia.
As ilhas são, de sul para norte: Saipã, Tinian, Rota, Aguijan, Farallón de Medinilla, Anatahan, Sarigan, Guguan, Alamagan, Pagan, Agrihan, Asuncion, Ilhas Maug e Farallón de Pájaros. As únicas com população permanente são Saipã, Tinian e Rota.
As ilhas foram descobertas por Fernão de Magalhães em 1521, que as declarou colónia espanhola e as apelidou de "Las Islas de los Ladrones", (Ilhas dos Ladrões), aparentemente porque os nativos não eram amistosos. Em 1668 o nome das ilhas foi mudado para Las Marianas, em homenagem a Mariana da Áustria, viúva do rei Filipe IV de Espanha.
Bandeira
Selo
Saipã (em inglês: Saipan) é a maior das Ilhas Marianas do Norte, uma cadeia de quinze ilhas tropicais pertencentes ao Arquipélago das Marianas, no oceano Pacífico ocidental. Capital do protetorado norte-americano das Marianas.
Saipã e as suas vizinhas Guam, Tinian e outras pequenas ilhotas que se estendem ao norte do arquipélago, foram habitadas pela primeira vez cerca de 2000 a.C. No século XVI, os espanhóis foram os primeiros europeus a travarem contato com os nativos, os Taotaomonas – hoje chamados de Chamorros, um povo com uma mistura de sangue taotaomona e espanhol – e anexaram Saipã à Espanha como parte das Marianas.
Por volta de 1815, nativos de outras partes das Ilhas Marianas estabeleceram-se em Saipã, enquanto os chamorros se encontravam aprisionados em Guam, o que causou uma grande perda de direitos e de terras destes naturais da ilha.
Vue des Deux Isles des Larrons – Vue de la Coste du Nord Ouet de Saypan
George Anson (1697-1762)
"A voyage round the world", ca. 1750
Gravura: 353 x 198 mm
Tinian é uma das três principais ilhas da Comunidade das Ilhas Marianas do Norte. Juntamente com a vizinha desabitada Aguiguan, forma o município de Tinian, um dos quatro municípios constituintes das Marianas do Norte.
O maior povoado de Tinian é San Jose. Tinian fica ao sul da ilha mais habitada de Saipan, mas ao norte da povoada Rota ao sul. A ilha é o lar de muitos locais históricos da 2ª Guerra Mundial, fazendas de gado e praias.
Tinian faz parte dos Estados Unidos. Juntamente com Guam, são as ilhas mais ocidentais dos EUA no Pacífico (tecnicamente muito a leste).
Vue du Costé du Sud Ouest de L’ Isle de Tiniam – Vue de la Rade de Tiniam
George Anson (1697-1762)
"A voyage round the world, in the years MDCCXL, I, II, III, IV". Publicado em 1748
Gravura: 352 x 199 mm
Tiniã (Tinian) é uma das três principais ilhas do arquipélago das Ilhas Marianas do Norte.
A View of the Watering Place at Tenian
George Anson (1697-1762)
"A voyage round the world, in the years MDCCXL, I, II, III, IV". Publicado em 1748
Gravura: 437 x 222 mm
Vista de um ponto de água em Tiniam, nas Ilhas Marianas do Norte.
As Ilhas Carolinas são um arquipélago no Oceano Pacífico ocidental, localizadas a nordeste da Nova Guiné. Fazem parte da grande região da Micronésia e encontram-se divididas entre os Estados Federados da Micronésia e a República de Palau. O nome é uma homenagem ao rei Carlos II de Espanha.
O explorador português Diogo da Rocha, que foi o primeiro europeu a visitar estas ilhas em 1527, chamou-as de Ilhas de Sequeira, mas os navegadores espanhóis que as conheceram a partir de 1543 chamaram-lhes “Novas Filipinas”; até que o almirante Francisco Lazeano lhes deu o nome de Carolinas, em homenagem ao rei Carlos II de Espanha, em 1686.
No entanto, só em 1875 a coroa espanhola declarou suas estas terras, fazendo algumas tentativas para fazer valer o seu “direito” contra a Alemanha, que tinha ocupado Yap e pediu a arbitragem do Papa Leão XIII em 1885, que decidiu a favor da Espanha, mas permitindo aos alemães direitos de comércio livre. Só então a Espanha começou a ocupar aquelas ilhas, em 1886.
Pelo Tratado Germano-Espanhol de 1899, depois da Guerra Hispano-Americana, a Espanha vendeu as ilhas à Alemanha. O Japão ocupou as ilhas em 1914 e administrou-as por mandato da Liga das Nações a partir de 1920, mas depois da sua derrota na Segunda Guerra Mundial, as ilhas passaram a ser administradas pelos Estados Unidos, como parte do Protetorado das Ilhas do Pacífico das Nações Unidas, até à independência dos dois atuais países, em 1986 e 1994.
Nouvelle Carte des Isles Carolines
Jacques-Nicolas Bellin (1703-1772)
“Histoire Générale des Voyages”, do Abbé Prévost d'Exiles, ca. 1750
Gravura: 387 x 198 mm