< ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES (ou Ilhas Ocidentais ou Terceiras)
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( Atualizado em: 22/11/2025 ) rev1
Os Açores são um arquipélago de Portugal, composto por nove ilhas, situado no oceano Atlântico. Política e administrativamente, constituem a Região Autónoma dos Açores, uma das duas regiões autónomas portuguesas, com três capitais localizadas nas cidades de Ponta Delgada (principal e administrativa), da Horta (legislativa) e de Angra do Heroísmo (eclesiástica).
Com quase seis séculos de presença humana continuada, os Açores granjearam um lugar importante na História de Portugal e na história do Atlântico: constituíram-se em escala para as expedições dos Descobrimentos e para naus da chamada Carreira da Índia, das frotas da prata, e do Brasil; contribuíram para a conquista e manutenção das praças portuguesas do Norte de África; quando da crise de sucessão de 1580 e das Guerras Liberais (1828–1834) constituíram-se em baluartes da resistência; durante as duas Guerras Mundiais, em apoio estratégico vital para as forças Aliadas, mantendo-se, até aos nossos dias, num centro de comunicações e apoio à aviação militar e comercial.
Brasão de Armas
Nº III. Carte conjecturable de L’Atlantide. Pour servir aux trois derniers Chapitres des Essais sur les Isles Fortunées. (Saint-Vincent, 1803) Novo !
Insulae Tercerae alias Açores (Du Val, 1679 e 1681) (2)
Isles Açores (Mallet, 1683) (2)
Various Charts of Islands &c, in the Atlantic and Pacific Oceans (von Stahlin, 1778)
Vistas de las Islas de los Azores (Machuca, c.1780)
Vistas de las Islas de Azores ò Terceras (Tofiño, 1789)
Isles Açores (Bonne, c. 1780 e 1787) (2)
Azores or Western Isles - Islet of Sabrina - San Miguel (Weller, 1887)
Tercera (Bertius, 1600 e 1603) (2)
Tercera (Ortelius, 1602 e 1655) (3)
Tercera (Hondius, 1618)
Tercera (Kaerius, c.1630)
Carte u. Ansicht von der Insel Terceira (Tofiño - Litografia 1830)
Terceira (H. Warren, ?)
Nº III. Carte conjecturable de L’Atlantide. Pour servir aux trois derniers Chapitres des Essais sur les Isles Fortunées.
Jean-Baptiste Bory de Saint-Vincent (1778–1846)
“Essais sur les isles Fortunées et l'antique Atlantide" (Ensaios sobre as Ilhas Afortunadas e a antiga Atlântida), 1803
Gravura: 345 x 351 mm (de E. Collin)
Esta fascinante gravura foi criada por Jean-Baptiste Bory de Saint-Vincent e publicada em 1803. Serviu para ilustrar os capítulos finais de sua obra seminal, "Essais sur les isles Fortunées et l'antique Atlantide" (Ensaios sobre as Ilhas Afortunadas e a antiga Atlântida), onde ele teorizou sobre a localização e a história do continente mítico.
O mapa apresenta a Atlântida situada no Oceano Atlântico, ao redor dos atuais Açores, Ilhas Canárias e Madeira, refletindo o interesse científico e filosófico do século XIX pelas civilizações antigas e pela geografia. Como um mapa conjetural, destaca a combinação de investigação científica e pensamento especulativo de Bory de Saint-Vincent, característica dos períodos do Iluminismo e do Romantismo.
De Rotas das Ilhas Terçeiras, & Assores, Madeira, Canárias & de Cabo Verde.
(Manuscrito anónimo: 1601-1650)
A oeste da costa de Portugal estão nove ilhas, as quais chamão os Portuguezes Terçeiras, & dos Assores, as mais dellas estão lançadas de leste oeste, as quais ireis a buscar da barra de Lisboa por -39- gr. & tambe~ vindo do Brazil pela dita altura quereis vista da ilha das Flores, a qual deixareis a parte de Norte, & junto a huã ponta que vos demora ao Nordeste, adiante de huã quebrata tem surgidouro a .25. braças. E demorandovos a dita ponta ao Nordeste, be~ podeis chegarvos a terra que he mui alto. & surgindo nesta ilha da parte Sudoeste della, tereis por sinal deste surgidouro huã Irmida, antre ella & huã levada dagoa, que cai da ilha no mar, podeis surgir, chegando mais a Irmida que a levada, & surgi nas .25. braças ditas: tambem podeis surgir a Leste da ilha no porto da crus, mas não he tão abrigado.
(…)
Insulae Tercerae alias Açores
Pierre Du Val (1500-1558)
"Geographiae Universalis pars prior. ...", Nurnberg, J. Hoffmann, 1679
Gravura: 125 x 104 mm
“Geographiae Universalis pars prior. ...", por J. Hoffmann, Nurnberg, 1681
Gravura: 124 x 105 mm
Isles Açores
Alain Manesson Mallet (1630-1706)
“Description de l’ Univers”, 1ª Edição publicada em 1683 (Rara)
Gravura: 106 x 150 mm
Gravura: 106 x 150 mm
Various Charts of Islands &c, in the Atlantic and Pacific Oceans
John Hamilton Moore (f. 1807)
"A New and Complete Collection of Voyages and Travels", Londres, 1778
Gravura: 200 x 313 mm
Ilustração da obra "A New and Complete Collection of Voyages and Travels", de John Hamilton Moore (f. 1807), publicada em Londres, em 1778, e comercializada por Alexander Hogg. Tem o título "Various Charts of Islands &c, in the Atlantic and Pacific Oceans", e inclui os Açores, Ilhas Canárias, Madeira, Cabo Verde e a região do Estreito de Bering até às Ilhas Curilas. A grande ilha denominada "Alashka", a sul do Estreito de Bering, surge por um mal-entendido entre os cartógrafos da época e é na realidade a extremidade da Península do Alaska.
“É provável que a grande ilha denominada de “Alaschka” no mapa de Von Stahlin, de 1774, fosse entendida como parte do que na realidade é a região continental do Alaska. A área onde se encontra localizada aparece em data anterior no mapa de Gerhard Muller, de 1754, como uma península, uma confusão, parece, entre o continente e as Aleutas, e a interpretação de Muller dos mapas das viagens de Bering e Chirikov.
A configuração geográfica representada no mapa de von Stahlin surgiu pela primeira vez no ano anterior (1773) num mapa russo, mas julga-se que foi von Stahlin o primeiro a atribuir-lhe um nome, Alaschka.
Na “General Chart”, de Henry Roberts /William Faden, de 1784, onde se exibem as descobertas feitas pelo Capt. James Cook, o nome Alaska apenas aparece na Península do Alaska, e não no corpo do continente, o que realmente sugere a sua aplicação apenas a esse local tal como von Stahlin faz. As edições alemã e inglesa do livro de Von Stahlin terão tido, julga-se, franca divulgação pública quando publicadas em 1774, embora hoje sejam relativamente raras. Depreendo que não tenham vendido muito bem !
O nome não aparece na primeira edição (1753) do mapa de Braddock Mead (John Green).
A versão inglesa do mapa de Krenitsyn e Levashev, da sua viagem de 1764-69, foi publicada em 1780, em “An Account of the Russian Discoveries”, de William Coxe, e mostra uma ilha denominada de Alaxa I no mesmo local. Supostamente a sua versão russa mostrava o mesmo mas em russo. Assim este poderá ser o primeiro mapa com a designação Alaska.
[...]”
Derek Hayes
Vistas de las Islas de los Azores
Tomás Lopez de Vargas Machuca (séc. XVIII)
Edição publicada em Madrid, na década de 1780
Gravura: 407 x 366 mm
VISTAS DE LAS ISLAS DE LOS AZORES
Sacado de la Carta reducida, que de estas Islas publico Mr. Bellin, año de 1755.
"Se hallará éste con todas las Obras de sus Autores en Madrid en la Calle de las Carretas."
Rara carta náutica espanhola do arquipélago dos Açores mostrando as ilhas do Faial, Flores, Corvo, Pico, Santa Maria, S. Miguel, S. Jorge, Graciosa, e ilhéus das Formigas. Gravura em papel espesso com marca de água, de Tomás Lopez de Vargas Machuca, o grande cartógrafo espanhol do séc XVIII.
Vistas de las Islas de Azores ò Terceras
Don Vincente Tofiño de San Miguel (1732-1795)
"Atlas Maritimo de Espana", edição de 1789
Gravura: 920 x 590 mm
Isles Açores
Rigobert Bonne (1727-1795), engenheiro hidrógrafo da Marinha francesa.
"Atlas Encyclopedique contenant la geographia ancienne, et quelques cartes sur la geographie du moyen age, la geographie moderne, et les cartes relatives a la geographie phisique …”, edição de 1787
Gravura: 348 x 245 mm
Gravura: 348 x 235 mm
S. Migvel
8. A ilha de S. Miguel, se corre parte della de Noroeste Sueste, & tem pela banda de Leste, huã serra alta, & o mesmo pella parte de Oeste, & no meio destas serras tem huãs quebradas, a ponta de Oeste he raza com o mar, onde tem um farilhão , & hu~ ilheo, que parece a maneira de huã torre antiga. Vista esta ilha de S. Miguel, de mar em fora do Sudoeste ate Susueste, vereis que faz tres serras q/ de longe parecem ilhas, & de meia ilha pera Leste, faz 2. altas, & a quebrada que esta entrambas, não he mui grande, & da parte de oeste, faz outra, & antre ellas faz huã quebrada grande, he mui baixa, que quando a fordes a ver vos parecerão ilheos. & tudo isto vos pareçerá estando 7 ou 8 leg. de terra della querendo surgir nesta ilha será defronte, da çidade, da ponta delgada, da banda do sul, em .18.20. braças ou e~ villa franca, q/ he hu~ porto q/ está çinco leg. da çidade pera Leste, tem este porto hu~ ilheo podeis surgir a terra delle e~ .8. braças da banda do Norte, & podeis dar proes em terra. E este porto de villa franca he milhor q/ o da çidade da ponta delgada. Está esta ilha com o cabo Despichel, Leste Oeste, & tomada quarta do Noroeste Sueste, 246. leg. pouco mais o menos.
Em altura de 39. gr. & hu~ quarto ao Norte quarta ao Nordeste, de S. Miguel, huã baixa sobre mar do tamanho de huã balea, a qual lança dessi huã restinga obra de hu~ tiro de falcão.
Azores or Western Isles - Islet of Sabrina - San Miguel
Edward Weller
Publicação de Henry Holt & Co., New York, 1887
Gravura: 110 x 188 mm - Litografia a cores
A ilha Sabrina foi uma pequena ilha formada em Junho e Julho de 1811 por uma erupção vulcânica submarina que ocorreu ao largo da Ponta da Ferraria, na ilha de São Miguel, Açores. A ilha foi primeiro abordada pelo capitão James Tillard, comandante do navio de guerra britânico HMS Sabrina, que lá hasteou a bandeira britânica e a reclamou como território de Sua Majestade Britânica. A ilha desapareceu no decurso daquele ano.
ILHA TERCEIRA (de Nosso Senhor Jesus Cristo)
(…)
Terçeira
7. A ilha Terçeira he mean alta, lançada de Lesnordeste Oessudoeste, indo a prolongãdo pella banda do Sul, vereis hu~ Morro alto talhado, & negro, a q~ chamão o Brazil, & indo tanto avante como elle descubrireis a cidade d’ Angra & Logo vereis na volta de Leste, os Roquetes & os frailes, que estão ao mar - está esta ilha em altura de -39- gr. & hu~ quarto, p/ ambas as pontas he raza, & pela parte do Norte, he mais raza, tem hu~ piquo muito alto que chamão o Brazil, que fazendo claro se ve muito ao mar, be~ vos podeis chegar a ella, e querendo surgir, deixareis a cidade da banda destibordo, & descubrireis o caes della pella parte do Nordeste, da ilha, & surgi em -25- braças. Se a virdes ao Sudoeste, ou ao SuSudoeste, vereis que vos faz tres Serras altas, & a do Noroeste, mais alta que todas, a do meio mais baixa, & a do Sueste mais baixa q/ todas: nesta está a Villa da Praya, que he huã baya grande, & Limpa, abriga a todos os ventos, tirando a Lesnordeste a SuSueste, mas se a virdes ao Sueste, faz -2- serras altas, a da parte do Oeste, mais alta, & a ponta da ilha de Oeste, mais raza que a do Nordeste, que tem hum monte sobre si, & he mais comprida. Estarâ da Roqua de Lisboa como 272-lg. pouco mais ou menos.
Tercera
Petrus Bertius (1565-1629)
Atlas "Tabvlarvm Geographicarvm Contractarvm", edição de 1600
Gravura: 123 x 86 mm
Tercera
Abraham Ortelius (1527-1598)
Atlas "L’Epitome du theatre de l’ universe", editado em Antuérpia, 1602
Gravura: 119 x 87 mm
Tercera
Petrus Bertius (1565-1629)
Atlas "Tabvlarvm Geographicarvm Contractarvm", edição de 1603
Gravura: 119 x 86 mm (de Pieter van den Keere )
Tão atrativo como o mais famoso e mais decorativo conjunto de Jodocus Hondius Junior, descrito por Geoffrey King em “Miniature Antique Maps” como o “mais elegante conjunto de mapas miniatura jamais impresso”, este mapa da Ilha Terceira ilustra o que Geoffrey King quis dizer. A ilha é representada ao pormenor, e a gravura é soberba, mas é a sua envolvente que fascina com um galeão e um monstro marinho ao largo da costa sudoeste.
Tercera
Petrus Bertius (1565-1629)
Atlas "Tabvlarvm Geographicarvm Contractarvm", edição de 1618
Gravura: 137 x 100 mm (de Jocodus Hondius Junior)
Tercera
Petrus Bertius (1565-1629)
Atlas "Tabvlarvm Geographicarvm Contractarvm", ca. 1630
Gravura: 133 x 95 mm (de Pieter van den Keere - ou Peter Kaerius - 1570-1630)
Tercera
Abraham Ortelius (1527-1598)
“Theatro del Mondo di Abramo Ortelio; nel quale distintamente si dimostrano in tavole, tutte le provincie, regni & paesi del mondo; com la descrizione delle cittá, territori, castelliI, monti, mari, laghi & fiumi, le popolazioni, i costumi, le richezze & ogni altra particolaritá ...”, de Giovanni Maria Turrini, Veneza, 1655. Reedição do clichê de 1598 de Marcheti.
Gravura: 108 x 74 mm
Gravura: 103 x 75 mm
Com um bonito conjunto de detalhes, muitas povoações estão representadas a vermelho por edificações a lembrarem catedrais. No oceano vêem-se figuras de navios e monstros marinhos.
As primeiras impressões deste mapa de Ortelius de finais do século XVI encontram-se com maior frequência, sendo esta edição de Veneza de meados do século XVII conhecida pela sua raridade. Uma comparação rigorosa deste exemplar com a impressão de 1598 revela que os clichês usados eram idênticos.
(Ver Koeman,III, Ort [70]. Burden, Mapping of América, 48-50, menciona esta edição de 1598 de Marcheti.)
Carte u. Ansicht von der Insel Terceira
Don Vincente Tofiño de San Miguel (1732-1795)
Litografia original de 1830, provavelmente reproduzida do "Atlas Maritimo de Espana", edição de 1789
Gravura: 231 x 199 mm - Litografia a preto e branco
TERCEIRA
Gravura inglesa de E. Findem. Desenho de H. Warren baseado em esboço de T. Bacon F.S.A.
Publicação de A. Fullarton & Co. London & Edinburgh. Prova de época
Gravura: 145 x 99 mm - Prova colorida à mão