< BRASIL
Brasil, oficialmente República Federativa do Brasil, é o maior país da América do Sul e da região da América Latina. É o único país na América onde se fala maioritariamente a língua portuguesa e o maior país lusófono do planeta, além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas, em decorrência da forte imigração oriunda de variados locais do mundo.
O território que atualmente forma o Brasil foi oficialmente descoberto pelos portugueses em 22 de abril de 1500, em expedição liderada por Pedro Álvares Cabral. Segundo alguns historiadores como Antonio de Herrera e Pietro d'Anghiera, o encontro do território teria sido três meses antes, em 26 de janeiro, pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, durante uma expedição sob seu comando. A região, então habitada por indígenas ameríndios divididos entre milhares de grupos étnicos e linguísticos diferentes, cabia a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas, e tornou-se uma colónia do Império Português. O vínculo colonial foi rompido, de fato, quando em 1808 a capital do reino foi transferida de Lisboa para a cidade do Rio de Janeiro, depois de tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte invadirem o território português. Em 1815, o Brasil torna-se parte de um reino unido com Portugal. Dom Pedro I, o primeiro imperador, proclamou a independência política do país em 1822.
Brasão de Armas
Brasil Nvova Tavola (Ptolomeu/Ziletti, 1599)
Brasilia (Muller, 1692)
Pérou et Brésil (Malte-Brun, 1812)
Brazil with Guiana & Paraguay (Starling, 1834)
Suite du Bresil. Depuis la Baye de Tous les Saints, jusqu'à St. Paul (Bellin, 1757)
Plan et Vue de la Ville de St. Salvador (Bellin, 1758)
Suite du Bresil. Pour servir à l'Histoire Generale des Voyages (Bellin, 1757 e 1774) (2)
Carte du Bresil. Depuis la Riviere des Amazones, jusqu'à la Baye de Tous Saints (Bellin, 1757)
Carte de la Partie Septentrionale du Bresil (Bonne, 1780-81)
Carte de la Partie Méridionale du Bresil. Avec les Possessions Espagnoles voisines qui en sont a l'Ouest (Bonne, 1781)
Royavme des Amazones (Mallet, 1683)
Carte du Cours du Maragnon ou de la Grande Riviere des Amazones (Bellin, c.1750)
Brésil et Pays des Amazones. 1ère Feuille (Bonne, 1787)
Mission des Moxes (Canu, 1727)
Brasil Nvova Tavola
Cláudio Ptolomeu (Claudius Ptolemaeus)
“Ptolemaeus La Geografia”, de Ruscelli, que publicou novos mapas (Tabula Nova) em conjunto com originais de Ptolomeu. Edição de G. Ziletti, publicada em Veneza, 1599 - a única com elementos decorativos
Gravura: 254 x 177 mm
Um dos mapas “novos” do Atlas, uma vez que a América era desconhecida dos europeus até finais do século XV, e não existia obviamente um mapa de Ptolomeu da região. Está orientado com o norte à direita e, naturalmente, o interior não apresenta pormenores, sendo a orla costeira tudo o que era conhecido nesse tempo. Isso não impediu o gravador de adicionar uma cena de canibalismo. O rio Amazonas (Maranhão) aparece delineado por uma pujante cadeia de montanhas ao longo do seu curso.
Brasilia
Johann H. Muller
“Geographia totius orbis compendaria”, publicada por Georg Kuhnen, em Ulm, Alemanha, 1692
Gravura: 63 x 76 mm
O mapa cobre uma pequena área do que hoje é o Brasil. Mostra apenas o sul do Amazonas até à região onde hoje se localiza São Paulo, porque naquele tempo a Amazónia era um território colonial separado. De realçar no seu bordo superior, uma representação do mítico Lago Parime onde nas suas margens se situaria o igualmente mítico “El Dorado” (Cidade de Ouro).
Pérou et Brésil
Conrad Malte-Brun (1755-1826)
“Atlas Complet du Precis de la Geographie Universelle”, Paris, 1812
Gravura: 301 x 222 mm
Mapa do Peru e Brasil que inclui ainda os atuais Equador, Bolívia e norte do Chile. Particularmente impressionantes os pormenores das bacias fluviais.
Brazil with Guiana & Paraguay
Thomas Starling
“Geographical Annual & Family Cabinet Atlas”, publicado por Edward Bull, em Londres, 1834
Gravura: 88 x 145 mm
O “Cabinet Atlas” de Thomas Starling é um trabalho tardio, mas interessante, que foi publicado várias vezes com ligeiras variações no título. Contém 46 mapas miniatura, bem desenhados e finamente gravados em aço por Starling, cujo nome segue os títulos (com agradecimentos a Geoffrey L. King: Miniature Antique Maps p. 188).
Este mapa do Brasil é um perfeito exemplo da perícia de Starling em incorporar uma enorme quantidade de detalhes num pequeno espaço. A clareza do seu desenho é soberba, não importa serem povoados, rios ou montanhas, e o mapa beneficia largamente da sua subtil coloração manual original.
Carte du Bresil. Depuis la Riviere des Amazones, jusqu'à la Baye de Tous Saints
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, edição francesa, 1757
Gravura: 324 x 240 mm
O mapa mostra a costa em pormenor, e do interior, em branco, consta a anotação que é desconhecido, mas que os nativos errantes que o habitam são chamados de “Tapuyas”.
Suite du Bresil. Depuis la Baye de Tous les Saints, jusqu'à St. Paul
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, edição francesa, 1757
Gravura: 168 x 238 mm
Mapa da região entre S. Salvador, a norte, e S. Paulo, a sul, onde o Rio de Janeiro aparece a nordeste de S. Paulo.
Salvador, inicialmente São Salvador da Bahia de Todos os Santos, é um município brasileiro, capital do estado da Bahia e primeira capital do Brasil. Fundada em 29 de março de 1549 por Tomé de Sousa, por conta da implantação do Governo-Geral do Brasil pelo Império Português, a cidade está entre as mais antigas do continente americano e é uma das primeiras cidades planejadas no mundo, ainda no período do Renascimento. A influência africana em muitos aspetos culturais da cidade torna-a o centro da cultura afro-brasileira. Salvador ainda é notável em todo o país pela sua gastronomia, música e arquitetura, reconhecidas também internacionalmente.
A centralização como capital junto à colonização lusitana foram importantes fatores na formação do perfil do município, da mesma forma que certas características geográficas. Situada na costa brasileira e na Zona da Mata da Região Nordeste do Brasil, é parte Recôncavo Baiano. A construção da cidade deu-se acompanhando a topografia acidentada, inicialmente com a formação de dois níveis (Cidade Alta e Cidade Baixa) sobre uma escarpa acentuada de cerca de 85 metros de altura e, mais tarde, com a conceção das avenidas de vale. Rapidamente se tornou um importante porto para o comércio de escravos e indústria da cana-de-açúcar. A cidade alta formava os distritos residenciais administrativos, religiosos e primários, enquanto a cidade baixa era o centro comercial, com um porto e mercado. O Elevador Lacerda, o primeiro elevador do Brasil, liga as duas desde 1873.
Salvador fica numa pequena península aproximadamente triangular que separa a Baía de Todos os Santos, do Oceano Atlântico. A baía é a maior do Brasil e a 2ª maior do mundo. Foi alcançada pela primeira vez por Gaspar de Lemos em 1501, apenas um ano após a suposta descoberta do Brasil por Cabral. Durante a sua segunda viagem a Portugal, o explorador italiano Américo Vespúcio avistou a baía no Dia de Todos os Santos (1 de novembro) de 1502 e, em honra da data e da sua igreja paroquial em Florença, deu-lhe o nome de Baía do Santo Salvador de Todos os Santos. O primeiro europeu a estabelecer-se nas proximidades foi Diogo Álvares Correia ("Caramuru"), que naufragou ao largo do final da península em 1509. Viveu entre os Tupinambá, casando-se com Guaibimpara e outras. Em 1531, Martim Afonso de Sousa liderou uma expedição a partir do Monte de São Paulo (Morro de São Paulo) e, em 1534, Francisco Pereira Coutinho, o primeiro capitão da Bahia, estabeleceu o povoado de Pereira na moderna Ladeira da Barra, em Salvador. Os maus-tratos infligidos aos Tupinambá pelos colonos fizeram com que se tornassem hostis e os portugueses foram forçados a fugir para Porto Seguro por volta de 1546. Uma tentativa de restauração da colónia no ano seguinte terminou em naufrágio e canibalismo.
In Wikipédia -> História
Brasão de Armas
Plan et Vue de la Ville de St. Salvador
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
"Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, edição francesa, 1758
Gravura: 300 x 191 mm
Soberba e detalhada gravura a cobre de plano da cidade de S. Salvador, ao tempo a capital do Brasil. Com extenso índice numérico e alfabético que identifica edifícios importantes e locais, mostra ainda acima deste, uma vista da cidade do lado da baía de Todos os Santos.
Suite du Bresil. Pour servir à l'Histoire Generale des Voyages
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, edição francesa, 1757
Gravura: 172 x 238 mm
Mapa da região sul do Brasil, então restringida a uma estreita faixa costeira junto ao Rio da Prata, sendo o interior denominado de Paraguai. A ilha de Sta. Catarina aparece em destaque ao centro do mapa.
“L’ Histoire dês Establissemens Europeen”, edição de 1774
Gravura: 170 x 25 mm
Carte de la Partie Septentrionale du Bresil
Rigobert Bonne (1727-1795)
"Atlas de toutes les parties connues du Monde”, publicado p/ Raynal, 1780-81
Gravura: 316 x 208 mm
Mapa detalhado do Brasil ao norte da cidade de S. Salvador. A área abrangida é essencialmente a bacia do Amazonas e os seus principais tributários. Os estabelecimentos representados são quase na totalidade costeiros, e o “Território das Missões” mostra ainda a ação dos missionários na região montanhosa e mais remota da Amazónia.
Carte de la Partie Méridionale du Bresil. Avec les Possessions Espagnoles voisines qui en sont a l'Ouest
Rigobert Bonne (1727-1795), engenheiro hidrógrafo da Marinha francesa
"Atlas Encyclopedique", edição de 1781
Gravura: 318 x 219 mm
As regiões marcadas no mapa são S. Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Tucuman, Goyaz, Paraguai, Mato Grosso. Nas cidades maiores estão incluídas S. Sebastien, Rio de Janeiro, Porto Seguro, Ciudad del Rio, Buenos Aires, S. Paulo, Vila Rica; ilustra ainda em pormenor os rios da Prata e Paraná, lagos, e cordilheiras de montanhas.
Icamiabas ou iacamiabas é a designação dada a uma lenda de indígenas que teriam formado uma nação de mulheres guerreiras. Compunham uma sociedade matriarcal, caracterizada por mulheres guerreiras sem homens. O termo designaria também um monte nas cercanias do rio Conuris (no atual território do Equador). Esta lenda teria dado origem, no século XVI, ao mito da presença das lendárias Amazonas na região Norte do Brasil. Em A Amazónia Misteriosa de Gastão Cruls, lê-se:
"Aí existe mesmo, já nas cabeceiras do rio, a serra Itacamiaba, que por muito tempo se quis ter como o habitat da famosa tribo, e cujo nome deturpado para icamiaba, foi também empregado como sinónimo de Amazonas."
Quando o conquistador espanhol Francisco de Orellana desceu o rio pelos Andes em busca de ouro, a vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis, foi narrada ao rei Carlos I, o qual, inspirado nas antigas guerreiras ou amazonas, batizou o rio de Amazonas. Amazonas é o nome dado pelos gregos às mulheres guerreiras. Os relatos de Orellana afirmam que a tropa fora advertida da existência dessas indígenas antes mesmo de entrar em contato com elas. Orellana descreveu-as como mulheres altas, que andavam nuas e portavam apenas o arco-e-flecha, habitavam casas de pedra e acumulavam metais preciosos.
As icamiabas foram vistas pela esquadra de Orellana em 1542, quando os espanhóis passavam pelo Espelho da Lua, região da atual cidade de Nhamundá, no Amazonas.
Por conta de Orellana e o batismo do rio de Amazonas, com a divisão do Grão-Pará, a parte ocidental recebeu o nome de Amazonas em 1850.
Muitos historiadores associam a descrição feita pelos espanhóis como uma confusão fisiológica e sendo moldada nas lendas e visões eurocêntricas dos povos nativos das Américas.
No livro Macunaíma, de Mário de Andrade, as icamiabas presenteavam os seus amantes depois do acasalamento na Festa de Iaci com um muiraquitã, amuleto tradicional indígena. O presente serviria como recordação e tinha como intuito encorajá-los à fidelidade. Segundo a obra Nuevo Descubrimiento, do padre espanhol Pedro Cristóbal de Acuña, que formou parte da expedição do explorador português Pedro Teixeira à Amazónia na década de 1630, os seus amantes são os homens da tribo dos guacarás. As meninas nascidas destas uniões permaneciam junto às amazonas, enquanto que os meninos eram, talvez, entregues aos pais no ano seguinte, mas Acuña acredita mais que elas os matavam.
Royavme des Amazones
Alain Manesson Mallet (1630-1706)
“Description de l’ Univers”, rara 1ª Edição, 1683
Gravura: 95 x 140 mm
Gravura da Amazónia, na metade superior, com uma ilustração das lendárias guerreiras Amazonas, junto ao rio, e na inferior, com um mapa da região.
Carte du Cours du Maragnon ou de la Grande Riviere des Amazones
Jacques Nicholas Bellin (1703–1772)
Edição c. 1750. Copiada da carta inclusa na obra “Relation du Voyage de l’ Amérique Meridionale”, de M. de la Condamine
Gravura: 370 x 172 mm
Carta do rio Maranhão na sua parte navegável depois de Jaen de Bracamoros até à sua embocadura. Compreende a Província de Quito e a costa da Guiana para lá do Cabo Norte até Essequebé. Levantada em 1743 e 1744 e submetida a observações astronómicas por M. de la Condamine de Ac. R.te des Sc. Aumentada do curso do Rio Negro e doutros detalhes tirados de diversas memórias e roteiros manuscritos de viajantes modernos.
Brésil et Pays des Amazones. 1ère Feuille
Rigobert Bonne (1727-1795)
“Atlas Encyclopédique”, conhecido por Atlas de Bonne-Desmarets, 1787
Gravura: 346 x 234 mm
Mission des Moxes
Canu (Samuel Fritz ?)
“Lettres Edificantes et Curieuses”, edição de 1727
Gravura: 130 x 180 mm
A obra “Lettres Edificantes et Curieuses” relata as explorações de missionários jesuítas como Samuel Fritz que passou 42 anos na América do Sul. Durante este tempo cartografou o território missionário no Alto Maranhão entre o Peru e Quito, que se encontrava envolvido numa disputa entre Espanha e Portugal. Este mapa restringe-se apenas à área interior superior da bacia do Amazonas, a oriente da cidade de Cuzco.
Samuel Fernandes Fritz (Trutnov, República Checa, 9 de abril de 1654 - Jeberos, Peru, 20 de março de 1725) foi um padre missionário checo da Companhia de Jesus e cartógrafo ao serviço de Espanha, tendo tido um papel fundamental na catequização de vários povos indígenas nas várzeas do alto rio Solimões, além de ter sido um dos grandes críticos à expansão portuguesa na região amazónica espanhola durante o século XVII.
In Wikipédia - > Biografia