CEILÃO
Isle de Ceylan (Mallet, 1683)
Vue de Pointe de Galle - Costa sul do Ceilão (Bellin, 1747 e 1757) (2)
Carte de la Baye de Trinquemale (Bellin, 1757)
Jaffenapatam (Bellin, 1761)
ILHAS MALDIVAS
Isles des Maldives (Mallet, 1685)
Carte des Isles Maldives (Bellin, 1757)
--- Ceilão Português ---
O Ceilão Português era um território português no atual Sri Lanka, representando um período da sua história entre 1505 e 1658. Os portugueses chegaram primeiro ao Reino de Kotte, com quem assinaram um tratado. O Ceilão Português foi estabelecido através da ocupação de Kotte e da conquista de reinos circundantes. Em 1565 a capital do Ceilão Português foi transferida de Kotte para Colombo. A introdução do Cristianismo pelos portugueses promoveu atritos com o povo cingalês.
Eventualmente, os cingaleses procuraram ajuda do Império Holandês na sua luta pela libertação da Igreja Católica. O Império Holandês, calvinista e anticatólico, inicialmente assinou um acordo com o Reino de Kandy. Após a crise da economia ibérica, em 1627, com a Guerra Luso-Holandesa os portugueses perderam algumas colónias asiáticas, conquistadas pelos holandeses. Foi este o destino dos territórios cingaleses de Portugal, ocupados então pela Holanda. Houve muitos mártires católicos. Existem ainda elementos da cultura portuguesa no Sri Lanka, datando do período colonial.
Isle de Ceylan
Alain Manesson Mallet (1630-1706)
“Description de l’ Univers”, 1ª edição francesa, 1683
Gravura: 103 x 150 mm
O mapa mostra o sul da Índia escondendo-se na linha do horizonte e a Ilha do Ceilão. Estão representados alguns povoados no Ceilão, dos quais Candea, a antiga capital, Colombo, Jafanapatan, Trinquilemale e Punto Galle.
Como elemento decorativo uma cena de dois galeões envolvidos em batalha no Oceano Índico enquanto outro veleja ao norte da ilha.
--- Pointe de Galle ---
O primeiro contato dos portugueses com Galle, o principal porto do Ceilão desde a Antiguidade, ocorreu em 1505 quando aqui aportaram sob o comando de D. Lourenço de Almeida, inaugurando uma nova etapa na história da ilha graças à amizade que estabeleceram com o então soberano da ilha, Dharmaparakrama Bahu (1484–1514).
Uma fortificação portuguesa, em faxina e terra, sob a invocação da Santa Cruz, foi erguida em Galle, em 1541, junto com uma capela franciscana no seu interior (hoje em ruínas). Essa primitiva fortificação foi utilizada mais tarde como prisão para cingaleses que se opuseram ao domínio português.
Os portugueses deslocaram os seus interesses de Galle para Colombo. Entretanto, em 1588, foram ali atacados pelas forças cingalesas do Raja Singha I (1581–1593) do reino de Sitawaka, o que os obrigou a regressar a Galle.
Sob o comando de Matias de Albuquerque conquistaram Galle e reformularam a sua fortificação, erguendo uma torre elevada que dominava o acesso a uma robusta couraça. O conjunto era completado por outros elementos de defesa, ficando a povoação cercada pelo lado de terra por uma muralha com 660 metros de extensão e três baluartes.
O Forte de Galle está localizado na baía de Galle, na costa sudoeste da ilha de Ceilão. Galle é considerada o melhor exemplo de cidade fortificada erguida pelos Europeus no sul e sudeste da Ásia, testemunho da interação entre estilos de arquitetura europeus e tradições do sul da Ásia. Essa combinação assegurou ao conjunto a classificação como Património Mundial pela UNESCO desde 1988.
Vue de Pointe de Galle – Ceilão
Jacques Nicholas Bellin (1703–1772)
"Histoire Generale des Voyages", de L’ Abbé Prévost d'Exiles, 8ª edição, 1748
Gravura: 133 x 109 mm
“Histoire Generale des Voyages”, de L' Abbé Prévost d’ Exiles, edição de 1757
Gravura: 277 x 183 mm
Pormenor da costa sudoeste do Ceilão, com a Fortaleza de Galle e numerosos galeões fundeados no oceano Índico.
Carte de la Baye de Trinquemale – Ceilão
Jacques Nicholas Bellin (1703–1772)
"Histoire Generale des Voyages", de L’ Abbé Prévost d' Exiles,
8ª edição, 1757
Gravura: 355 x 255 mm
Mapa do porto e cidade de Trinquemale, uma das mais antigas feitorias na Ásia antiga, então uma colónia portuguesa, que foi passando pelas mãos de dinamarqueses, holandeses e franceses antes de ser tomada pelos ingleses como parte do Ceilão em 1815. A independência chegou em 1948. Pouco usual pelo detalhe, para mapa de Bellin, mostra a importância na época deste posto comercial, onde no mar se veem vários galeões.
Cidade de Jaffenapatam – Ceilão
Jacques Nicholas Bellin (1703+1772)
“Histoire Generale des Voyages” (Suplemento), de Abbé Prévost d’ Exiles, publicado em Amsterdão, 1761
Gravura: 358 x 265 mm
--- Ilhas Maldivas ---
A história antiga das Maldivas é obscura. Segundo a lenda maldívia, um príncipe cingalês chamado Koimale encalhou com sua esposa, filha do rei do Sri Lanka, numa lagoa das Maldivas e dominou a região como o primeiro sultão. Com o passar dos séculos, as ilhas foram visitadas por marinheiros dos países do Mar Arábico e dos litorais do Oceano Índico, que deixaram a sua marca. Os piratas de MPLA, procedentes da costa do Malabar, atualmente o Estado Indiano de Kerala, arrasaram as ilhas.
No século XVI, entre 1558 e 1573, os portugueses estabeleceram uma pequena feitoria nas Maldivas, que administraram a partir da colónia principal portuguesa de Goa. Por quinze anos dominaram as ilhas, mas a atuação do feitor foi muito impopular. Quinze anos passados um líder local chamado Muhammad Thakurufaanu Al-Azam e seu irmão organizaram uma revolta popular e expulsaram os portugueses das Maldivas. Este acontecimento ainda hoje é celebrado como dia nacional das Maldivas e num pequeno museu e memorial em honra do herói nacional e depois Sultão Muhammad Thakurufaanu Al-Azam na sua ilha natal Utheemu no sul do atol Thiladhummathi.
Isles des Maldives
Alain Manesson Mallet (1630-1706)
“Description de l’ Univers”, edição alemã, 1685
Gravura: 99 x 140 mm
O mapa abrange ainda o sul da Índia e o Ceilão, e possui um título em banda decorada com habitantes e seres marinhos.
Carte des Isles Maldives
Jacques Nicholas Bellin (1706-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles,
edição francesa, 1757
Gravura: 154 x 216 mm
Mapa das ilhas Maldivas, uma cadeia de 26 atóis de corais situados a sudoeste da costa da Índia. Atualmente as ilhas constituem uma nação independente e desenvolveram uma indústria de turismo muito exclusiva baseada no esplendor das suas praias imaculadas.