< ESPANHA
Espanha, oficialmente Reino de Espanha, é um país principalmente localizado na Península Ibérica na Europa. O seu território também inclui dois arquipélagos: as ilhas Canárias, na costa da África, e as ilhas Baleares, no mar Mediterrâneo. Os enclaves africanos de Ceuta e Melilla fazem da Espanha o único país europeu a ter uma fronteira terrestre com um país africano (Marrocos). Várias pequenas ilhas no mar de Alborão também fazem parte do território espanhol. A Espanha continental é limitada a sul e a leste pelo Mediterrâneo, exceto por uma pequena fronteira terrestre com Gibraltar; a norte e a nordeste pela França, por Andorra e pelo Golfo da Biscaia; e a oeste e noroeste por Portugal e pelo Oceano Atlântico.
A capital e maior cidade é Madrid; outras grandes áreas urbanas são Barcelona, Valência, Sevilha, Málaga, Bilbau e Granada.
Os humanos modernos chegaram pela primeira vez à Península Ibérica há cerca de 35 mil anos. As culturas ibéricas, juntamente com antigos povoamentos fenícios, gregos, celtas e cartagineses, desenvolveram-se na península até o início do domínio romano por volta de 200 a.C., quando a região era denominada Hispânia, baseada no antigo nome fenício Spania. Com o colapso do Império Romano do Ocidente, confederações tribais germânicas migraram da Europa Central, invadiram a Península Ibérica e estabeleceram reinos relativamente independentes nas suas províncias ocidentais, incluindo os suevos, alanos e vândalos. No final do século VI, os visigodos tinham integrado à força todos os territórios independentes remanescentes na península ao Reino de Toledo, incluindo as províncias bizantinas, o que de certa maneira unificou politicamente, eclesiasticamente e juridicamente todas as antigas províncias romanas ou reinos sucessores da antiga Hispânia.
No início do século VIII, o Reino Visigótico caiu diante dos mouros, que chegaram a governar a maior parte da península no ano de 726 (com duração de até sete séculos no Reino Nacérida de Granada), deixando apenas um punhado de pequenos reinos cristãos no norte. Isto levou a muitas guerras durante um longo período, o que culminou na criação dos reinos de Leão, Castela, Aragão e Navarra, que se tornaram as principais forças cristãs contra os muçulmanos. Após a conquista mourisca, os europeus iniciaram um processo gradual de retomada da região conhecido como "Reconquista", que no final do século XV fez com que a Espanha surgisse como um país unificado sob o domínio dos Reis Católicos.
No início da Era Moderna, a nação tornou-se o primeiro império mundial da história e o país mais poderoso do mundo, deixando um grande legado cultural e linguístico que inclui mais de 570 milhões de hispanófonos ao redor do mundo, o que tornou o espanhol a segunda língua mais falada no mundo, depois da língua chinesa.
Desde a Constituição de 1978 que a Espanha está dividida em 17 comunidades autónomas e nas duas cidades autónomas de Ceuta e Melilla, gozando estas de estatuto intermediário entre o município e a Comunidade. Das 17 comunidades autónomas, oito delas (Galiza, País Basco, Aragão, Catalunha, Comunidade Valenciana, Andaluzia, ilhas Canárias e ilhas Baleares) possuem condição de "Nacionalidades Históricas" reconhecidas na Constituição, bem como um "Estatuto de Autonomia", o que lhes concede um maior poder e capacidade de decisão e soberania relativamente às outras comunidades (Astúrias, Cantábria, La Rioja, Navarra, Estremadura, Madrid, Castela e Leão, Castela-Mancha e Múrcia).
Brasão de Armas
La Galice, Les Asturies, Le R.me de Léon, La Castille Vieille et La Biscaye (Bonne, 1787-88)
Legio (Descriptio Legiones In Hisp.) (Bertius, 1616)
Royaumes d’ Aragon et de Navarre avec la Principauté de Catalogne (Bonne, 1787-88)
Estremadura (Descriptio Estremadvrae In Hisp.) (Bertius, 1616)
Vüe de la ville de Tolede en Espagne, considerée du côté du Tage (Huquier, c.1760) Novo !
Valentia (Valence) (Bertius, 1603)
Andalvzia (Andalvsia) (Ortelius, 1590 e 1604) (2)
Andaluzia (Descriptio Andalvsiae) (Bertius, 1602)
Baia de Cadiz (Bertius, 1602)
Vüe du detroit et de la Ville de Gibraltar pettite Ville d’Espagne dans ‘Andalousie, appartenant aux Anglais depuis 1704 (Huquier, c.1760) Novo !
MAPAS HISTÓRICOS
Plan of the Country and Camps of Almanar (Tindal & Rapin, 1745)
Plan of Cardona, a strong City and Castle of Catalonia (Tindal & Rapin, 1745) Novo !
Galiza - Comunidade autónoma da Espanha, considerada pelo respetivo estatuto de autonomia e pela constituição espanhola como nacionalidade histórica. Situada no noroeste da Península Ibérica, ocupa uma parte do território histórico da antiga Galécia e do Reino da Galiza (409–1833).
É formada pelas províncias da Corunha, Lugo, Ourense e Ponte Vedra. Geograficamente, limita a norte com o mar Cantábrico, ao sul com Portugal (Minho e Trás-os-Montes), a oeste com o oceano Atlântico e a leste com o Principado das Astúrias e Castela e Leão (províncias de Samora e de Leão). À Galiza pertencem o arquipélago das ilhas Cies, o arquipélago de Ons e o arquipélago de Sálvora, assim como as ilhas de Cortegada, Arouça, as Sisargas ou as Malveiras.
Brasão de Armas
Principado das Astúrias - Comunidade autónoma definida como nação histórica e província de Espanha. O seu território atual corresponde em grande medida ao antigo território das Astúrias de Oviedo, contíguas às de Santillana.
Recebe o nome de principado por razões históricas, já que o herdeiro da coroa espanhola possui o título nobiliárquico de Príncipe das Astúrias, estabelecido por João I de Castela em 1388. A sua capital é Oviedo, enquanto que Gijón é a cidade com mais população.
Brasão de Armas
A Comunidade Autónoma do País Basco ou Euskadi é uma das 17 comunidades autónomas da Espanha e tem nacionalidade histórica reconhecida pela Constituição Espanhola. Está situada no nordeste daquele país, junto aos Pirenéus.
Culturalmente, a comunidade autónoma do País Basco faz parte da região histórica denominada País Basco ou Euskal Herria, que os nacionalistas bascos consideram como território cultural e linguístico do povo basco.
As principais cidades da comunidade autónoma do País Basco são Bilbau, San Sebastián e Vitoria, a capital oficiosa da comunidade autónoma.
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Castela e Leão - Comunidade autónoma espanhola, classificada como «comunidade histórica e cultural» no seu Estatuto de Autonomia. Estabelecida enquanto pré-autonomia, em 1978, e oficializada como comunidade autónoma em 1983, é, segundo o seu Estatuto de Autonomia, a moderna união do antigo Reino de Castela com o Reino de Leão.
Situada no norte da meseta da Península Ibérica, no noroeste de Espanha, corresponde maioritariamente com a parte espanhola da Bacia Hidrográfica do Douro. Compõe-se de nove províncias: Ávila, Burgos, Leão, Palência, Salamanca, Samora, Segóvia, Sória e Valladolid.
Já desde o início do debate federalista em Espanha, no século XIX (no decorrer da Primeira República), surgiram projetos de autonomia para uma região castelhano-leonesa, se bem que com a inclusão das atuais comunidades da Cantábria e a Rioja (Castela-a-Velha).
Brasão de Armas
La Galice, Les Asturies, Le R.me de Léon, La Castille Vieille et La Biscaye
Rigobert Bonne (1727-1795)
“Atlas Encyclopaedique”, publicado por Raynal, em 1787-88
Gravura: 342 x 232 mm
Mapa do noroeste de Espanha, que inclui Galiza, Astúrias e Biscaia, e ao sul, partes de Leão e Castela Velha. As principais cidades são Bilbau, St. Sebastian, Oviedo e Santiago de Compostela.
Legio (Descriptio Legiones In Hisp.)
Petrius Bertius (1565-1629)
“Tabularum geographicarum contractarum", 2ª edição em latim, 1616
Gravura: 135 x 96 mm (de Jocodus Hondius Jnr.)
Magnífico mapa da província de Leon no noroeste de Espanha. O nome desta região foi atribuído depois da Legião romana ter nela acampado há mais de 2000 anos. A cidade do mesmo nome é o povoado principal, mas numerosas outras comunidades foram incluídas por Hondius.
Aragão - Comunidade autónoma espanhola resultante do reino histórico homónimo situada no nordeste da Península Ibérica. Geograficamente compreende o médio vale do Rio Ebro, os Pirenéus centrais e as Serras Ibéricas. Limita a norte com as regiões francesas da Occitânia e Nova Aquitânia, a oeste com Castela e Leão, Castela-Mancha, Rioja e Navarra, e a este com a Catalunha e a Comunidade Valenciana.
O Reino de Aragão, juntamente com o Principado da Catalunha, os reinos de Valência e Maiorca e outros territórios franceses, italianos e gregos formaram, durante séculos, a histórica Coroa de Aragão. Nela, o reino manteve a sua independência, instituições, foros e direitos até ao advento da Guerra da Sucessão Espanhola do século XVIII. Por estas razões, o seu Estatuto de Autonomia inclui a sua classificação enquanto nacionalidade histórica.
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Navarra, oficialmente denominada Comunidade Foral de Navarra - Comunidade autónoma da Espanha, cujo território equivale ao da província do mesmo nome e, historicamente, corresponde ao antigo Reino de Navarra.
O estatuto de comunidade foral reflete a singularidade do seu regime especial de autogoverno pelos direitos históricos que lhe são reconhecidos na Constituição espanhola de 1978. A capital é Pamplona.
Navarra faz fronteira a norte com a França (departamento dos Pirenéus Atlânticos); a este e sudeste, com a comunidade autónoma de Aragão (províncias de Huesca e Saragoça); ao sul, com a de La Rioja e, a oeste, com a do País Basco (províncias de Álava e Guipúscoa). Detém um exclave (Petilla de Aragón) rodeado totalmente pela província aragonesa de Saragoça. O território atual corresponde ao da Alta Navarra do Renascimento (a Baixa Navarra é parte da França).
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Catalunha - Comunidade autónoma da Espanha localizada na extremidade leste da Península Ibérica. É designada como uma nacionalidade pelo seu Estatuto de Autonomia. A Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona. A capital é Barcelona.
A Catalunha compreende a maior parte do território do antigo Principado da Catalunha (com exceção de Rossilhão, agora parte dos Pireneus Orientais da França). Tem fronteiras com a França e Andorra ao norte, o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades autónomas espanholas de Aragão a oeste e Valência ao sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano aranês.
Brasão de Armas
Royaumes d’ Aragon et de Navarre avec la Principauté de Catalogne
Rigobert Bonne (1727-1795)
“Atlas Encyclopaedique”, publicado por Raynal, em 1787-88
Gravura: 342 x 232 mm - em cobre, colorida à mão
Mapa do nordeste de Espanha que inclui Aragão, Navarra e Catalunha, partes da Biscaia a oeste, e Castela a sul. Os principais centros populacionais são Barcelona, Tarragona, Saragoça e Pamplona.
Estremadura - Comunidade autónoma de Espanha, situada no sudoeste da Península Ibérica. Tem a sua capital em Mérida e divide-se em duas províncias, as mais extensas do país: Cáceres (a norte) e Badajoz (a sul). Faz fronteira a norte com Castela e Leão, a leste com Castela-Mancha, a sudeste e a sul com a Andaluzia e oeste com Portugal (regiões do Centro e do Alentejo, incluindo os distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e parte do de Beja).
A capital é uma das duas únicas capitais de comunidade autónoma que não é sede duma província de Espanha. A azinheira é a árvore típica dos estremenhos (está no centro do escudo estremenho). A Estremadura tem passado histórico partilhado com Portugal, desde a antiga Lusitânia até ao reino de Badajoz.
Brasão de Armas
Estremadura (Descriptio Estremadvrae In Hisp.)
Petrius Bertius (1565-1629)
“Thresor de Chartes”, 2ª edição em latim, 1616
Gravura: 137 x 96 mm (de Jocodus Hondius, Jnr.)
Mapa da Estremadura, onde a soberba gravação é demais evidente. Portugal constitui a fronteira ocidental, com Castela a norte, e a Andaluzia a sul. Os dois principais centros populacionais são Badajoz e Mérida.
Toledo é uma cidade e município da Espanha. É a capital da província de Toledo e a sede de jure do governo e do parlamento da comunidade autónoma de Castela-Mancha. Toledo está localizada principalmente na margem direita (norte) do rio Tejo, na região central da Península Ibérica, aninhada numa curva do rio.
Construída sobre um antigo assentamento carpetano, Toledo desenvolveu-se numa importante cidade romana da Hispânia, tornando-se posteriormente a capital do Reino Visigodo e sede de uma poderosa arquidiocese. Frequentemente resistente ao domínio central omíada durante o período islâmico, Toledo, no entanto, adquiriu o status de importante centro cultural, promovendo intercâmbios culturais produtivos entre o mundo islâmico e a cristandade latina, status que manteve após o colapso do califado e a criação da Taifa de Toledo no início do século XI. Após a conquista cristã em 1085, Toledo continuou a desfrutar de um status importante dentro da Coroa de Castela e permaneceu aberta às influências muçulmanas e judaicas pelos dois séculos seguintes. No início da era moderna, a economia manteve-se estável por algum tempo após a perda do poder político para Madrid, graças à indústria da seda, mas Toledo entrou em verdadeiro declínio na década de 1630, no contexto de uma recessão económica geral.
A cidade possui uma catedral gótica e uma longa história na produção de armas brancas, que hoje são comumente vendidas como lembranças. Toledo foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1986 por seu extenso património monumental e cultural.
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Vüe de la ville de Tolede en Espagne, considerée du côté du Tage
Gabriel Huquier (1695–1772)
Publicada por Jaques Gabriel Huquier (1730–1805), Paris, c.1760
Gravura: 380 x 237 mm
Esta gravura oferece uma perspetiva panorâmica de Toledo, uma das cidades mais históricas e arquitetonicamente ricas da Espanha. Erguida sobre o rio Tejo, a paisagem urbana destaca as muralhas fortificadas de Toledo, os edifícios medievais agrupados e as imponentes torres da catedral, evocando a sua importância como um cruzamento religioso e cultural das tradições cristã, muçulmana e judaica. Huquier, gravador e editor francês, era conhecido pelas suas vistas panorâmicas e arquitetónicas que combinavam charme artístico com precisão documental. Esta obra foi impressa em Paris por Huquier filho e vendida na sua loja "chez lui", na rua St. Jacques, como parte de uma série que retrata cidades sob domínio estrangeiro.
Comunidade Valenciana, ou País Valenciano - Comunidade autónoma espanhola e mediterrânica, situada na costa oriental da Península Ibérica.
Geograficamente, estende-se do Rio Sénia até Pilar de la Horadada, para lá da foz do Rio Segura, correspondendo em grande parte com os limites do histórico Reino de Valência. As ilhas da Nova Tabarca, Columbretes e outras ilhas menores adjacentes são também de administração valenciana. Possui um exclave, Rincón de Ademuz, rodeado por municípios aragoneses e manchegos. Limita a oeste com Castela-Mancha e Aragão, a sul com Múrcia e a norte com a Catalunha. A capital administrativa é Valência.
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Valentia (Valence)
Petrus Bertius (1565-1629)
“Tabularum geographicarum contractarum”, edição holandesa, publicada em Amsterdão por Cornelis Claesz, 1603.
Gravura: 122 x 84 mm (de Pieter van den Keere)
Orientado com o norte à direita, e centrado na baía e cidade de Valência, o mapa mostra ainda Alicante entre os numerosos pequenos povoados, enquanto as fronteiras com Múrcia e Castela estão representadas a oeste, e a norte as com Aragão e Catalunha.
Andaluzia - Comunidade autónoma de Espanha, localizada na parte meridional do país, que segundo o seu estatuto autonómico, possui a condição de "nacionalidade histórica".
É limitada, a oeste, por Portugal (regiões do Alentejo e Algarve); a norte pela Estremadura e Castela-Mancha, a este pela Múrcia; e a sul por Gibraltar, pelo oceano Atlântico e mar Mediterrâneo. A capital é a cidade de Sevilha, onde tem, a sua sede, a Junta da Andaluzia, enquanto que o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia tem sede na cidade de Granada.
O nome provém de Al-Andalus, nome que os muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. Tornou-se comunidade autónoma em 1982. O gentílico correspondente é andaluz.
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Andalvzia (Andalvsia)
Abraham Ortelius (1527-1598)
“Theatrum Orbis Terrarum”, edição publicada por Philip Galle, Antwerp, 1590
Gravura: 103 x 75 mm
Mapas da região da Andaluzia, centrados em torno da cidade de Sevilha, com Córdova a nordeste, e Cádis e Jerez de la Frontera, a sul. Vislumbra-se Portugal a ocidente.
A edição de 1604 aparece decorada com um galeão no Oceano Atlântico.
“Theatro del Mondo”, edição alemã, publicada por Levinus Hulsius, Frankfurt, 1604
Gravura: 115 x 85 mm
Andaluzia (Descriptio Andalvsiae)
Petrius Bertius (1565-1629)
“Thresor de Chartes”, edição em latim, publicada por Cornelis Claesz, Amsterdão, 1602
Gravura: 124 x 86 mm
Mapa da Andaluzia que inclui o sudeste de Portugal, sendo os centros populacionais Sevilha, Córdoba, Puerto Real e Cádis.
Baia de Cadiz (Calis Malis)
Petrius Bertius (1565-1629)
“Thresor de Chartes”, edição francesa, publicada por Cornelis Claesz, Amsterdão, 1602
Gravura: 122 x 85 mm
Mapa do porto de Cádis, na Andaluzia, soberbamente gravado por Van den Keere. Cádis foi o local do famoso ataque de Francis Drake, à armada espanhola.
Gibraltar é um território ultramarino britânico e uma cidade localizada na ponta sul da Península Ibérica, na Baía de Gibraltar, perto da saída do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico (Estreito de Gibraltar). Faz fronteira a norte com Espanha (Campo de Gibraltar). A paisagem é dominada pelo Rochedo de Gibraltar, ao pé do qual se encontra uma área urbana densamente povoada.
Gibraltar foi fundada como uma torre de vigia permanente pelos Almóadas em 1160. O controle alternou entre os Nasridas, Castelhanos e Merínidas no final da Idade Média, adquirindo maior influência estratégica após a destruição da vizinha Algeciras por volta de 1375. Tornou-se novamente parte da Coroa de Castela em 1462. Em 1704, as forças anglo-holandesas capturaram Gibraltar da Espanha durante a Guerra da Sucessão Espanhola, e foi cedida à Grã-Bretanha em perpetuidade pelo Tratado de Utrecht em 1713. Tornou-se uma base importante para a Marinha Real Britânica, particularmente durante as Guerras Napoleónicas e a Segunda Guerra Mundial, pois controlava a estreita entrada e saída para o Mar Mediterrâneo, o Estreito de Gibraltar, por onde passava metade do comércio marítimo mundial.
A soberania de Gibraltar é um ponto de discórdia nas relações anglo-espanholas, uma vez que a Espanha reivindica o território. Os gibraltinos rejeitaram esmagadoramente as propostas de soberania espanhola num referendo de 1967 e de soberania partilhada num referendo de 2002. No entanto, Gibraltar mantém laços económicos e culturais estreitos com Espanha, com muitos gibraltinos a falar espanhol, bem como um dialeto local conhecido como Llanito.
Brasão de Armas
Vüe du detroit et de la Ville de Gibraltar pettite Ville d’Espagne dans l‘Andalousie, appartenant aux Anglais depuis 1704
Gabriel Huquier (1695–1772)
Publicada por Jaques Gabriel Huquier (1730–1805), Paris, c.1760
Gravura: 364 x 224 mm
Esta gravura apresenta uma vista panorâmica detalhada da cidade e do estreito de Gibraltar, localizados na Andaluzia, historicamente parte da Espanha, mas sob controle britânico desde 1704. A imagem captura a cidade costeira fortificada com sua imponente fortaleza no topo da colina e navios ancorados na baía, refletindo a importância geopolítica de Gibraltar no século XVIII. Huquier, gravador e editor francês, era conhecido por suas vistas panorâmicas e arquitetónicas que combinavam charme artístico com precisão documental. Esta obra foi impressa em Paris por Huquier filho e vendida na sua loja “chez lui”, na rue St. Jacques, como parte de uma série que retrata cidades sob domínio estrangeiro.
--- MAPAS HISTÓRICOS ---
Plan of the Country and Camps of Almanar
Nicholas Tindal (1687-1774) & Paul Rapin (1661-1725)
"The History of England", 1745
Gravura: 476 x 362 mm
A batalha de Almenar, em 1710, é um episódio da Guerra de Sucessão de Espanha. A carta apresenta a evolução dos dois exércitos, um sob o comando de Carlos III, e o outro do inimigo comandado pelo Duque de Anjou, que foi derrotado por 16 Esquadrões, comandados pelo Tenente-General Stanhope, em 27 de julho de 1710.
Plan of Cardona, a strong City and Castle of Catalonia, upon the River Cardoner as besieged by the French and defended by the Allies
Nicholas Tindal (1687-1774) e Paul Rapin de Thoyras (1661-1725)
Continuação de Nicholas Tindal de "Uma História da Inglaterra", de Paul Rapin. Publicado por John & Paul Knapton, Londres, 1745
Gravura: 476 x 358 mm (de Isaac Basire para Paul Rapin de Thoyras)
Planta altamente detalhada que retrata o cerco de Cardona (1714), perto de Barcelona, durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714), na qual as forças espanholas e francesas se aliaram na luta para unir os seus dois países sob um único monarca.
Este poder combinado potencialmente massivo da Espanha e da França foi contestado por várias forças europeias, incluindo a Grã-Bretanha, a República Holandesa, Portugal, o Ducado de Saboia e forças espanholas contrárias à unificação, geralmente chamadas de "Os Aliados".