( Atualizado em: 20/09/2025 ) rev
ILHAS DA SONDA
Carte de l' Isle Célèbes ou Macassar (Bellin, 1757)
Suite de la Route des Vaisseaux François - Celebes ou Macassar (Prétot, 1787)
I. Timor - Isle et Roiaume d' Anamabao
Timor
Timor et autre Isles qui sont entre elle et la N. Guinée
ILHAS MOLUCAS
Carte Particuliere des Isles Moluques (Bellin, 1757)
Gammalamme (Mallet, 1685)
Carte Particuliere de Isle d' Amboine (Bellin, 1757)
Iles de Banda (Renneville, 1726)
Iles de Banda (Bellin, 1748)
Fort Hollandois de l' Ile de Banda (Bellin, 1748)
Celebes (em indonésio: Sulawesi) é uma das Grandes Ilhas da Sonda, na Indonésia. Está situada entre Bornéu e as Molucas, localizando-se ao sul de Mindanao e do Arquipélago de Sulu.
A ilha de Celebes é dividida em quatro penínsulas: no norte, a Península de Minahassa; a Península Oriental; a Península Austral e a Península do Sudeste. Três golfos separam estas penínsulas, o Golfo de Tomini, entre Minahasa e a Península Oriental; o Golfo de Tolo, entre as Penínsulas Oriental e do Sudeste e o Golfo de Bone, entre as Penínsulas do Sudeste e Austral. O Estreito de Macassar localiza-se ao oeste da ilha, separando-a de Bornéu.
Os primeiros europeus a avistarem esta terra (que acreditou-se ser um arquipélago devido ao seu formato contorcido) foram os navegadores portugueses de Simão de Abreu, em 1523, e Gomes de Sequeira (junto a outros), em 1525, enviados das Molucas em busca de ouro, o qual as ilhas tinham reputação de produzir. Uma base portuguesa foi instalada em Macáçar nas primeiras décadas do século XVI, durando a sua presença até 1665, quando foi tomada pelos holandeses.
Carte de l' Isle Celebes ou Macassar
Jacques Nicholas Bellin (1703 – 1772)
"Histoire Generale des Voyages", de Abbé Prévost d' Exiles, edição francesa de 1757 (Tomo X, nº 4)
Gravura: 147 x 208 mm
Mapa da ilha Celebes ou Macassar que destaca as cidades de Macassar, Turate, Buto e Mandar, um forte holandês, e ainda os rios e montanhas principais.
Suite de la Route des Vaisseaux François - Celebes ou Macassar
Etienne-André Philippe de Prétot (1710-1787)
“Atlas Universel”, 1787
Gravura: 511 x 383 mm
Mapa que traça as explorações de Bougainville nesta região então pouco conhecida da Indonésia (daí as linhas muito incompletas das costas exploradas).
Timor é uma ilha da Insulíndia, politicamente repartida em duas metades: Timor Ocidental (ou Sonda Oriental), que constitui uma província da Indonésia, e Timor-Leste, outrora uma colónia portuguesa.
Timor-Leste, oficialmente República Democrática de Timor-Leste (em tétum: Timor Lorosa'e), é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além do exclave de Oe-Cusse Ambeno, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, ao largo da ponta leste da ilha. A sua capital é Díli, situada na costa norte.
O país foi colonizado pelo Império Português no século XVI e era conhecido como Timor Português até a descolonização do país. O primeiro contato europeu com a ilha foi feito pelos portugueses quando estes lá chegaram em 1512 em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital do Timor Português, apenas nos anos 1960 começou a dispor de luz elétrica, e na década seguinte, de água, esgotos, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas rurais, continuava atrasado.
Até agosto de 1975, Portugal liderou o processo de autodeterminação de Timor-Leste, promovendo a formação de partidos políticos, tendo em vista a independência do território. Quando as forças pró-indonésias atacaram as forças portuguesas no território, estas foram obrigadas a deixar a ilha de Timor e a refugiarem-se em Ataúro, quando se dá início à Guerra Civil entre a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) e as forças da União Democrática Timorense (UDT). A FRETILIN saiu vitoriosa da guerra civil e proclamou a independência a 28 de novembro do mesmo ano, o que não foi reconhecido por Portugal.
A proclamação da independência por um partido da FRETILIN de tendência marxista levou a que a Indonésia invadisse Timor-Leste. Em 7 de dezembro, os militares indonésios desembarcavam em Díli, ocupando brevemente toda a parte oriental de Timor, apesar do repúdio da Assembleia-geral e do Conselho de Segurança da ONU, que reconheceram Portugal como potência administradora do território.
William Dampier
"Voyage aux Terres Australes, A La Nouvelle Hollande", edição francesa, de Jean-Baptiste Machuel, Rouen, 1723
I. Timor - Isle et Roiaume d' Anamabao
Gravura: 76 x 136 mm
A gravura mostra uma série de perfis da costa ocidental de Timor, atual Kupang, então sob o domínio holandês, destacando-se o forte de La Concorde.
Timor
Gravura: 77 x 136 mm
Perfis da costa de Timor.
Timor et autre Isles qui sont entre elle et la N. Guinée
Gravura: 76 x 136 mm
Perfis da costa de Timor e das ilhas vizinhas de Omba, Felter, Terra Alta e Ceram, bem como mapa da baía de Laphao.
Ilhas Molucas, de Maluco (ou Malucas, do árabe Jazirat al-Muluk, "ilha dos reis") são um arquipélago da Insulíndia que faz parte da Indonésia, localizado entre Celebes (Sulawesi) e a Nova Guiné. São limitadas a sul pelo Mar de Arafura, a oeste pelos mares de Banda e das Molucas, a norte pelo Mar das Filipinas e a noroeste pelo Mar de Celebes.
As ilhas Molucas são constituídas por cerca de 1 000 ilhas vulcânicas (com alguns vulcões ativos) localizadas na Placa Euroasiática, mas muito próximas dos limites das placas filipina e australiana. Dividem-se em duas províncias indonésias:
Molucas do Norte (capital em Ternate) - Ternate, Bacan, Halmahera, Morotai, ilhas Obi, ilhas Sula, Tidore, ...
Molucas (capital em Amboíno) - Amboíno (Ambão ou Ambon), Ilhas Aru, Ilhas Babar, Ilhas Banda, Buru, Ilhas Kai, Ilhas Leti, Seram, Ilhas Tanimbar, Wetar, ...
Nos séculos XVI e XVII, as ilhas correspondentes à atual província das Molucas do Norte eram chamadas "Ilhas das Especiarias". Àquela época, a região era a única fornecedora mundial de noz-moscada e cravo-da-índia, especiarias extremamente valorizadas nos mercados europeus, vendidas por mercadores árabes à República de Veneza a preços exorbitantes, com os negociantes a nunca divulgarem a localização exata da origem, pelo que nenhum Europeu conseguia deduzir a sua origem.
Em 1511–1512, os portugueses foram os primeiros Europeus a chegar às Molucas, em procura das afamadas especiarias. Os Holandeses, os Espanhóis e outros reinos locais, como Ternate e Tidore, disputaram o controle do lucrativo comércio de especiarias. As árvores de noz-moscada e cravo-da-Índia foram posteriormente transplantadas no mundo inteiro, o que reduziu a importância internacional da região.
Carte Particuliere des Isles Moluques
Jacques Nicholas Bellin (1703 – 1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbe Prevost d’ Exiles, edição francesa de 1757 (Tomo VIII, nº 5)
Gravura: 155 x 218 mm
O mapa abrange as ilhas Ternate, Tidor, Potterackers, Timur, Machian, Bachlan, e parte da ilha de Gilolo.
Ternate é uma ilha vulcânica do arquipélago das Molucas, na Indonésia. Faz parte da província das Molucas do Norte. A ilha está localizada na costa ocidental da ilha de Halmahera, a maior do arquipélago. A cidade de Ternate é a maior da província.
Até à colonização holandesa no século XVII, os sultões de Ternate dominavam um império que se estendia desde as Celebes até Papua. O seu principal rival era o sultanato vizinho de Tidore.
Os primeiros europeus a chegar a Ternate faziam parte da expedição portuguesa de Francisco Serrão às Molucas (1511). Tendo partido de Malaca, a sua nau, a Sabaia, encalhou próximo a Ceram, recebendo auxílio dos nativos. O sultão de Ternate, Abu Lais, tendo notícia do incidente, e entrevendo uma oportunidade de aliar-se com uma poderosa nação estrangeira, trouxe os tripulantes para Ternate em 1512. Os portugueses foram autorizados a erguer uma fortificação-feitoria na ilha, cujas obras se iniciaram em 1522: o Forte de São João Baptista de Ternate.
Gammalamme
Alain Manesson Mallet (1630-1706)
“Description de l’ Univers”, edição alemã, 1685
Gravura: 102 x 150 mm
O mapa mostra o famoso vulcão de Gamalama, em Ternate, uma ilha em Malaku (Molucas), Indonésia. Este vulcão entra frequentemente em erupção mas está representado aqui num estado muito passivo.
Ambon, às vezes ainda chamada de Amboina, é uma pequena ilha montanhosa e fértil, localizada no arquipélago de Maluku na Indonésia. A rara madeira de Amboina (Pterocarpus indicus) utilizada para folhear é nativa desta ilha. A ilha está localizada no norte do Mar de Banda, a sudoeste de Ceram, e faz parte de uma cadeia circular de ilhas vulcânicas que rodeiam este mar.
Os portugueses descobriram a ilha em 1515 e ocuparam-na em 1564. Em 1546 e 1547, Francisco Xavier, cofundador da Companhia de Jesus com Inácio de Loyola, lançou as bases de uma missão em Ambon, bem como em Morotai e Ternate.
Os holandeses da Companhia Holandesa das Índias Orientais tomaram-na em 1605 e tornaram-na um posto comercial principal antes da fundação da Feitoria da Batávia. Depois os ingleses tiveram lá uma feitoria de 1615 a 1622, antes do Almirante Rainier tomá-la em 1796 e devolvê-la em 1801, com a Paz de Amiens, voltando a tomá-la de 1810 a 1814.
Carte Particuliere de l' Isle d' Amboine - Molucas
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, edição holandesa, 1757
Gravura: 300 x 216 mm
A ilha de Amboine é uma das principais ilhas do mar de Banda, e faz parte das Molucas (Maluku). Destaca-se o pormenor topográfico, e a sua natureza vulcânica. A ilha foi disputada entre ingleses e holandeses como centro do comércio das especiarias.
As Ilhas Banda são um grupo de dez pequenas ilhas vulcânicas no Mar de Banda, cerca de 140 km a sul de Ceram e 2000 km a este da Ilha de Java. Fazem parte da província Indonésia das Ilhas Molucas. A principal cidade e centro administrativo é Bandanaira, localizada na ilha com o mesmo nome.
Até meados do século XIX as ilhas Banda foram a única fonte mundial de noz-moscada uma das mais valorizadas especiarias. As ilhas são hoje um destino para a atividade de mergulho.
Em Agosto de 1511 em nome do rei de Portugal, Afonso de Albuquerque conquistou Malaca, que era ao tempo o centro do comércio asiático. Em Novembro desse ano, após assegurar Malaca e ficando a saber a localização das ilhas Banda, enviou uma expedição de três navios comandados pelo seu amigo de confiança António de Abreu para as encontrar. Pilotos malaios foram recrutados e obrigados, guiando-os via Java, as Pequenas Ilhas de Sunda e da ilha de Ambão até Banda, onde chegaram no início de 1512. Aí permaneceram, como primeiros europeus a chegar às ilhas, durante cerca de um mês, comprando e enchendo os seus navios com noz-moscada e cravinho. Abreu partiu então velejando por Ambão enquanto o seu vice-comandante Francisco Serrão se adiantou para as ilhas Molucas mas naufragou terminando em Ternate. Ocupados com hostilidades noutros pontos do arquipélago, como Ambão e Ternate, só regressariam em 1529.
Iles de Banda - Molucas
Rene Augustin Constantin de Renneville (1650-1723)
"Recueil des Voyages qui ont servi a l‘establissement et progrès de la Compagnie des Indes Orientales, formée dans les Provinces-Unies des Païs-Bas”, publicação de Estienne Roger, Amsterdão, 1726
Gravura: 162 x 134 mm
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, da 8ª edição francesa, 1748
Gravura: 139 x 120 mm
Os mapas mostram 3 das famosas “ilhas das especiarias”, uma vez que são a única fonte de noz-moscada e macis. Parte da região Malaku (Molucas), situada a 2000 kms de Java, nas Índias Orientais Indonésias. De origem vulcânica, não é surpresa que a ilha de Pulau Naira, a norte, esteja representada em plena erupção vulcânica.
Fort Hollandois de l' Ile de Banda - Molucas
Jacques Nicholas Bellin (1703-1772)
“Histoire Generale des Voyages”, de Abbé Prévost d’ Exiles, da 8ª edição francesa, 1748
Gravura: 139 x 120 mm
Mapa do Forte de Banda na ilha do mesmo nome, uma das maiores das famosas ‘ilhas das especiarias’ nas Molucas, única fonte no mundo da noz moscado e macis. O forte foi construído pelos holandeses para salvaguardar a sua preciosa mercadoria.