( Atualizado em: 07/12/2025 ) rev
HEMISFÉRIOS TERRESTRES
Carte General (Mallet, 1685)
Hemisfério Oriental (De Fer, 1703)
Der Alte West Begriff (Bodenehr, 1704)
Carte Universelle de Ptolomée (Pluche, 1739)
Hémisphère Oriental (Mornas, ca. 1777)
Stereographic and Orthographic Projections (Harrison, 1783 e 1784) (2)
Mappe Monde - Hémisphère Occidental (Bonne, 1787-88)
PLANISFÉRIOS TERRESTRES
Mappe Monde (Pluche, 1739)
Mappe - Monde (Buffier, 1749)
Mappe Monde (Buffier, 1753) Novo !
Mappe - Monde (Fillassier, 1749)
Mappe Monde (Vaugondy, 1777)
L'Ancien Monde et le Nouveau (Bonne, 1781)
World (Walker, 1795)
The World (Turner, 1814)
MappeMonde (Croix/Crozat/Fresnoy, 1817)
Hemisfério é, em geografia, uma metade do globo terrestre. Essa metade é delimitada por um círculo máximo, que poderá ser ou a linha do equador ou então um par formado por duas semicircunferências: um meridiano e seu respetivo antimeridiano.
Algumas das mais comuns divisões do planeta em hemisférios:
Divisão norte-sul: é feita pela linha do equador. Divide o globo terrestre em hemisfério norte e hemisfério sul.
Divisão leste-oeste: é feita pelo meridiano de Greenwich com o meridiano de 180° (antimeridiano de Greenwich). Divide o globo terrestre em hemisfério ocidental e hemisfério oriental.
Divisão terra-água: divide o globo em hemisfério continental, que é o que possui a maior quantidade de terra do planeta, e hemisfério aquático, que é o que possui a maior quantidade de água do planeta.
Política e culturalmente, costuma-se chamar "hemisfério ocidental" a metade da Terra que inclui a Europa e as Américas.
Carte Generale
Alain Manesson Mallet (1630-1706)
“Description de l’ Univers”, edição alemã, 1685
Gravura: 105 x 145 mm
O mapa mostra o Hemisfério Oriental numa forma bastante simplificada, com um gigantesco continente Antártico e a incompleta costa oriental da Austrália numa forma pouco habitual.
Hemisfério Oriental
Nicholas De Fer (1646-1720)
“Methode pour apprendre geographie”, 3ª edição, 1703
Gravura: 136 x 148 mm
Este bonito mapa do Hemisfério Oriental mostra-o como parte de um globo suportado por pedestais. Da parte oriental do hemisfério muito está por definir refletindo a falta de conhecimento dos europeus sobre a região. Da Austrália é omitida a costa oriental, mostrando a parte ocidental do continente explorada por Tasman, mas a parte oriental era ainda desconhecida.
Der Alte West Begriff
Gabriel C. Bodenehr (1673-1765)
“Atlas Curieux oder neuer und compendieuser”, edição de 1704
Gravura: 130 x 146 mm
Neste mapa do Hemisfério Oriental do mundo, um aspeto interessante a realçar é a representação de um enorme continente antártico (ainda por descobrir) e um continente australiano aguardando a vagem do Capitão Cook quase três quartos de século para preencher a inacabado linha da costa oriental.
Carte Universelle de Ptolomée
Noel-Antoine Pluche (1688-1761)
“Le Spectacle de la Nature”, edição francesa, 1739
Gravura: 190 x 166 mm
Este mapa do mundo antigo ilustra os limites do mundo conhecido de acordo com o geógrafo grego alexandrino do séc. I, Claudius Ptolomeu, com sobreposições fantasmas do que era conhecido nos anos de 1700.
Hémisphère Oriental
Claude Buy de Mornas (17xx-1783)
“Atlas Méthodique et Elémentaire de Géographie et d'Histoire”, ca. 1777
Gravura: 481 x 282 mm
Carta ladeada por duas colunas de texto coladas de cada lado do mapa. Observe-se o contorno fantástico da costa leste da Austrália ligada à Nova Guiné !
Stereographic and Orthographic Projections
John Harrison
Não se trata propriamente de mapas mundo. São figuras obtidas por projeção dum hemisfério terrestre segundo 2 projeções diferentes:
- A projeção estereográfica (ou projeção de Mercator);
- A projeção ortográfica (ou ortogonal).
Publicado como Act direts, por Harrison & Co., a 01.12.1783
Gravura: 200 x 154 mm
Publicado como Act directs, por Harrison & Co., a 01.01.1784
Gravura: 200 x 154 mm
Mappe Monde - Hémisphère Occidental
Rigobert Bonne (1727-1795)
“Atlas Encyclopaedique”, edição de 1787-88
Gravura: 344 x 234 mm
Este mapa do hemisfério ocidental, abrangendo as Américas e a Nova Zelândia na sua projeção, mostra os recentemente independentes Estados Unidos, mas a exploração da costa ocidental de Vancouver e outras ainda não tinha acontecido pelo que não aparece a ilha de Vancouver.
Mapa-múndi, Mapa-mundo, ou Planisfério é uma representação cartográfica plana, em escala reduzida, de toda a superfície do planeta Terra. Este mapa mostra ambos os hemisférios do planeta ao mesmo tempo, evidenciando todos os continentes, que podem ser divididos entre quatro e sete, a depender da classificação escolhida, sendo comum dividi-los em seis.
A projeção do nosso globo mais utilizada até hoje foi a "Projeção de Mercator", feita por Gerardus Mercator em 1569. Essa projeção, porém, é alvo de críticas, tanto por ser eurocentrista - a Europa é o centro do mapa - quanto porque o mapa é bastante distorcido nos extremos norte e sul do globo; por exemplo, a Antártida está bem maior que o continente da África, quando na verdade a África é quatro vezes maior que este.
Uma outra projeção, pouco conhecida mas bastante polêmica, é a Projeção de Gall-Peters. A sua criação suscitou debates acalorados entre os cartógrafos, devido às implicações políticas de suas características realçando países em desenvolvimento, distorcendo e colocando, em segundo plano, os países da porção norte do globo terrestre (Estados Unidos, Europa).
A Projeção de Mercator foi sendo substituída por outras projeções, como a Projeção de Mollweide, a Projeção de Robinson e a Projeção de Winkel Tripel. Essas projeções deformam menos o mapa, e por isso vêm sendo mais adotadas.
Mappe Monde
Noel-Antoine Pluche (1688-1761)
“Le Spectacle de la Nature”, edição francesa, 1739
Gravura: 262 x 142 mm
Este mapa do mundo em duplo hemisfério não se detém nos detalhes do interior, pretendendo mostrar apenas os contornos do mundo conhecido naquela época. As duas grandes áreas desconhecidas são a parte norte e noroeste da América do Norte, e a oriental da Austrália e Nova Zelândia.
Mappe - Monde
Claude Buffier (1661-1737)
“Geographie Universelle”, publicada por Pierre-Francois Giffart, em Paris, 1749
Gravura: 168 x 128 mm, colorido à mão
Este mapa do mundo, de duplo hemisfério, é notável por ser totalmente diferente dos de muitas edições de Buffier. O gravador é desconhecido. Existem configurações não usuais no noroeste da América, mas a Califórnia está representado como uma península, enquanto, totalmente incongruente, em posteriores edições é representada como uma ilha, uma ideia que foi refutada em 1720 ! A Austrália possui uma forma espantosa com extensões bizarras na costa Este ligando a Nova Guiné e a Tasmânia ao continente.
Mappe Monde
Claude Buffier (1661-1737)
"Géographie Universelle", 1753
Gravura: 176 x 138 mm
Neste mapa a Califórnia aparece como uma ilha. Apenas a costa noroeste da Austrália é representada. Um hipotético continente antártico é esboçado. O norte da América do Norte é retratado de forma bastante fantasiosa. A Terra de Van Diemen (Tasmânia) aparece duas vezes.
Mappe - Monde
Abbe Fillassier
“Eraste ou L'Ami de la Jeunesse”, publicado em Paris, 1774
Gravura: 264 x 137 mm
Os finais do século XVIII produziram um número de mapas que se debruçaram numa nova interpretação da geografia, de um parente do grande Guillaume De l'Isle, Joseph de l'Isle, e de Phillipe Buache. Eles pegaram nas 'descobertas' do fictício Almirante de Fonte, no noroeste da América, e colocaram-nas num mapa-mundo, em 1752.
Este mapa do Mundo extremamente bizarro, uma verdadeira curiosidade geográfica, está dividido em dois hemisférios e apresenta grande distorção geográfica em várias regiões. Cook, Vancouver e La Perouse tinham ainda de refutar, no noroeste da América, as fantásticas formas de Didier de Vaugondy e do Almirante de Fonte que foram incluídas, com passagem no Ártico e um grande mar interior na cordilheira ocidental (Mar do Oeste). A Austrália, a Nova Guiné e a Tasmânia aparecem grotescamente ligadas, mas tal iria mudar em poucos anos depois das visitas de Cook e outros.
Mappe Monde
Giles Robert de Vaugondy (1688-1766)
“Methode abregee et facile pour apprendre la Geographie”, dedicado a madame Crozat, edição de 1777
Gravura: 277 x 142 mm
O mapa ilustra que ainda havia muito a explorar pelo mundo. O noroeste da América do Norte era totalmente desconhecido a norte da Califórnia, enquanto a Austrália oriental e grande parte da Nova Zelândia esperava ainda pelas viagens do Capitão Cook.
L'Ancien Monde et le Nouveau
Rigobert Bonne (1727-1795)
“Atlas de toutes les parties connues du Monde”, publicado por Raynal, 1781
Gravura: 408 x 215 mm
Este detalhado mapa, da publicação de Raynal, é um duplo hemisfério do Mundo. A América do Norte e a Austrália são de particular interesse. A primeira apresenta secção noroeste muito indefinida faltando deliberadamente pormenores e uma costa do Ártico em linha reta. Embora decorra ainda a Guerra da Independência, os franceses tinham já garantido independência e assinalado ‘Estados Unidos’. A Austrália contudo ainda mostra a Tasmânia como estando ligada apesar da cedia viagem do Capitão Cook.
World
John Walker
"Elements of Geography, and of Natural and Civil History", 1795
Gravura: 366 x 205 mm
Mapa-mundo onde é de notar o contorno ainda mal conhecido da Austrália e a ausência da Antártida.
The World
Richard Turner (1724-1801)
"A New and Easy Introduction to Universal Geography", 1814
Gravura: 91 x 63 mm
Minúsculo mapa do mundo, de acordo com as últimas descobertas nos Mares do Sul.
Mappemonde
Nicolle de Lacroix (1704-1760), Antoine Crozat (1655-1738) e Lenglet du Fresnoy (1674-1755)
“Nouvel Abrégé des Géographies de Nicole de la Croix, Crozat et Lenglet Dufresnoy par Demandes et par Réponses Précédé d'un Traité de la Sphére d'aprés le Système de Copernic”, 1817
Gravura: 179 x 150 mm