DOMINGOS ANOS B

 BATISMO DO SENHOR - ANOA

 

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Primeira Leitura: Isaías 42,1-4.6-7

Salmo Responsorial 28(29) R- Que o

Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!

Segunda Leitura: Atos 10, 34-38

Evangelho: Mateus 3,13-17

"13.Da Galileia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. 14.João recusava-se: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!”. 15.Mas Jesus lhe respondeu: “Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa”. Então, João cedeu. * 16.Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. 17.E do céu baixou uma voz: “Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição”."

Comentário (pegue do outro ano que serve)

BATISMO DO SENHOR - ANO B

 

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Primeira Leitura: Isaías 42,1-4.6-7 

Salmo Responsorial 28(29) R- Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo. 

Segunda Leitura: Atos 10,34-38

Evangelho: Marcos 1,7-11

Naquele tempo João Batista pregava dizendo: “Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de, abaixando-me, desatar a correia de suas sandálias. 8 Eu vos batizei com água. Ele vos batizará com o Espírito Santo”.9 Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João, no rio Jordão. 10 Logo que saiu da água, viu o céu rasgar-se e o Espírito, como pomba, descer sobre ele.  11 E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti está o meu agrado”.

Comentário:

O batismo que Jesus recebeu de João Batista não é o nosso. O nosso batismo, Jesus instituiu quando, já ressuscitado, falou aos apóstolos: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).   

No Batismo de Jesus, a Santíssima Trindade se revelou a nós: o Pai, cuja voz se fez ouvir nas nuvens; o Espírito Santo, pairando sobre Jesus, e Jesus, que é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho. 

O Batismo de João está mais para nosso sacramento da Confissão do que para o Batismo. Era renovado cada vez que a pessoa quisesse mudar de vida, como a nossa confissão. 

Na primeira leitura Isaías fala que o Servo de Deus, que sabemos que é Jesus, “Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega”, ou seja, vai aproveitar qualquer resquício de boa vontade que tenhamos no coração. 

Na segunda leitura, Pedro diz que Deus não faz acepção de pessoas. Todos têm vez diante de Deus, seja o maior santo como o maior pecador. 

Irmãos e irmãs, tenhamos, pois, confiança nesse Deus de Misericórdia que hoje se revela a nós e sob cuja proteção nos colocamos no dia de nosso batismo. Ele é misericordioso porque é todo-poderoso para nos dar a salvação, se lhe pedirmos. Aprendamos a viver sem o pecado! Viver sob as asas de Jesus é bem melhor do que viver sob as asas do pecado.                                            

BATISMO DO SENHOR - ANOC

 

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Primeira Leitura: Isaías 40,1-5.9-11

Salmo Responsorial 103(104) R- Bendize, minha alma, ao Senhor!

Segunda Leitura: Tito 2,11-14;3,4-7

Evangelho: Lucas 3,15-16.21-22

"Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, 16.ele tomou a palavra, dizendo a todos: “Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo." 21-Quando todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o foi. E estando ele a orar, o céu se abriu 22.e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: “Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição”."

 

Comentário:

O batismo que Jesus recebeu de João Batista não é o nosso. O nosso batismo, Jesus instituiu quando, já ressuscitado, falou aos apóstolos: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).

No Batismo de Jesus, a Santíssima Trindade se revelou a nós: o Pai, cuja voz se fez ouvir nas nuvens; o Espírito Santo, pairando sobre Jesus, e Jesus, que é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho.

O Batismo de João está mais para nosso sacramento da Confissão do que para o Batismo. Era renovado cada vez que a pessoa quisesse mudar de vida, como a nossa confissão.

Na primeira leitura Isaías fala que o Servo de Deus, que sabemos que é Jesus, “Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega”, ou seja, vai aproveitar qualquer resquício de boa vontade que tenhamos no coração.

Na segunda leitura, Pedro diz que Deus não faz acepção de pessoas. Todos têm vez diante de Deus, seja o maior santo como o maior pecador.

Irmãos e irmãs, tenhamos, pois, confiança nesse Deus de Misericórdia que hoje se revela a nós e sob cuja proteção nos colocamos no dia de nosso batismo. Ele é misericordioso porque é todo-poderoso para nos dar a salvação, se lhe pedirmos. Aprendamos a viver sem o pecado! Viver sob as asas de Jesus é bem melhor do que viver sob as asas do pecado.

 

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2º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

 

Leia os textos neste link: 

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1ª leitura: 1Samuel 3,3b-10.19

Salmo 39(40) R- Eu disse: eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade!

2ª leitura: 1 Coríntios 6,13c-15a.17-20

Evangelho de João 1,35-42

Naquele tempo, no dia seguinte, João estava lá, de novo, com dois dos seus discípulos. 36          Vendo Jesus caminhando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus”! 37    Os dois discípulos ouviram esta declaração de João e passaram a seguir Jesus. 38    Jesus voltou-se para trás e, vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?” Eles responderam: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?” 39          Ele respondeu: “Vinde e vede”! Foram, viram onde morava e permaneceram com ele aquele dia. Era por volta das quatro horas da tarde. 40          André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido a declaração de João e seguido Jesus. 41 Ele encontrou primeiro o próprio irmão, Simão, e lhe falou: “Encontramos o Cristo!” (que quer dizer Messias). 42 Então, conduziu-o até Jesus, que lhe disse, olhando para ele: “Tu és Simão, filho de João. Tu te chamarás Cefas!” (que quer dizer Pedro).

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos a vocação de Samuel, ainda jovem, que era discípulo de Eli e dormia no templo, em aposento contíguo ao dele. O chamado do Senhor não foi um sonho, pois Samuel acorda várias vezes. Pensando que fosse Eli que o chamara, vai ter com ele, mas numa terceira vez Eli percebe que é Deus quem o chamava e o instrui a atender ao Senhor. “Senhor, fala que teu servo escuta”. 

Será que nós somos corajosos para dar a mesma resposta a Deus: “Senhor, fala que teu servo escuta”? Não seria talvez nossa reação colocar um “mas” naquilo que Deus nos pede, como aqueles vocacionados do evangelho que deram como desculpa terem que fazer isto ou aquilo antes de sequer pensarem em seguir a Deus? Samuel se jogou na sua missão. E foi bem sucedido, pois sempre procurou fazer a vontade de Deus. Assim também seremos felizes, mesmo com todos os percalços, se aderirmos plenamente à vontade de Deus sem reservas, sem condições. 

No evangelho o assunto é o mesmo: a vocação dos primeiros discípulos, que também aderiram plenamente a Jesus, mesmo após verem onde ele morava, ou seja, um lugar simples, pobre. Viram que não iriam ali encontrar poder, sombra e água fresca. Provaram o estilo de vida a que Jesus os chamava. Se quisermos ficar com Jesus na ressurreição e na glória, precisamos, antes, ficarmos com ele na cruz. 

Na segunda leitura São Paulo nos lembra que nossos corpos são membros do corpo místico de Cristo, em que Cristo é a cabeça. Quem aderir ao Senhor, torna-se com ele um só espírito. Portanto, nos incita a fugirmos da imoralidade, pois nosso corpo é o santuário do Espírito Santo, que mora em nós desde o nosso Batismo. O pecado nos separa do Corpo Místico de Cristo, como um membro gangrenado. Tanto a discórdia como a imoralidade rompem a unidade da Igreja e, consequentemente, nossa perdição. 

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3º DOMINGO COMUM-B

 

Leia os textos neste link: 

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1ª leitura: Jonas 3,1-5.10

Salmo 24(25)R- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, vossa verdade me oriente e me conduza!

2ª leitura: 1 Coríntios 7,29-31

Evangelho de Marcos 1,14-20

Naquele tempo, depois que João foi preso, Jesus veio para a Galiléia, proclamando a Boa Nova de Deus: 15      “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa- Nova”. 16 Caminhando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. 17 Então disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 18     E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. 19      Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. 20          Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos a narrativa deliciosa sobre o profeta Jonas, que foi enviado por Deus a proclamar a palavra em Nínive, e dizer que se não se convertessem Nínive seria destruída. 

Esse livro surgiu depois do exílio, quando o povo se fechava num nacionalismo exagerado e exclusivista. Veio para dizer que a única condição para se pertencer ao povo de Deus é crer em Deus e abandonar o pecado. O perdão de Deus é uma realidade, e é mostrado nessa história. A penitência deles foi aceita por Deus, assim como seu arrependimento. Isso nos anima também a pedirmos perdão de nossa vida longe de Deus e nos aproximarmos dele com a renúncia ao mal e o cumprimento de sua vontade. 

Na segunda leitura São Paulo fala aos Coríntios sobre quão passageira é a nossa vida nesta terra. São Paulo dá alguns exemplos de renúncia, mas não devemos levá-los à letra. São apenas figuras. O que ele quer dizer é que devemos viver conscientes de que podemos ser levados para a vida eterna a qualquer momento. Uma vida eterna feliz ou infeliz depende de como estamos vivendo. 

No evangelho Jesus inicia a sua pregação do Evangelho, tendo João sido preso: ”Convertei-vos e crede no Evangelho”! Para cumprir a sua missão, Jesus convocou seus primeiros discípulos, que se tornariam apóstolos. Estava se iniciando sua jornada rumo à meta final, ou seja, a salvação da humanidade, que se realizaria com a sua morte e ressurreição. A pregação, ora iniciada, é a base necessária para que as pessoas pudessem se converter, mudar suas vidas tendo em vista a realização de seu Reino, cuja proximidade Jesus anunciava. 

Como está nossa participação nesse Reino de Deus que já começou, mas ainda não se cumpriu plenamente? 

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4 º DOMINGO COMUM-ANO B

Leia os textos neste link: 

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1ª Leitura: Deuteronômio 18,15-20

Salmo 94(95)R- Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!

2ª Leitura: 1 Coríntios 7,32-35

Evangelho de Marcos 1,21-28 

Entraram em Cafarnaum. No sábado, Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar. 22         Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. 23      Entre eles na sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele gritava: 24   “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!” 25      Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!” 26     O espírito impuro sacudiu o homem com violência, deu um forte grito e saiu. 27        Todos ficaram admirados e perguntavam uns aos outros: “Que é isto? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!” 28      E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galiléia.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Moisés transmite as palavras de Deus prometendo um grande profeta aos judeus, que eles entenderam como o Messias, que seria um novo Moisés, e que seria um homem não comprometido com centros de poder político ou religioso, que pudesse ser um porta-voz de Deus. E Deus disse a Moisés sobre esse profeta: “Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe mandar”.  

Sabemos que essa profecia se realizou em Jesus Cristo, que disse ser esse Messias esperado. E a promessa de Deus ainda está em pé, ou seja, de pedir contas a quem não acreditar nele. Acreditar em Jesus, mais do que conhece-lo ou crer em sua divindade, está em ouvir e praticar as suas palavras. 

Na segunda leitura S. Paulo elogia a mulher solteira, que tem mais tempo para “zelar pelas coisas do Senhor” e “procuram ser santas no corpo e no espírito”. A mensagem que vejo aqui é que tanto o casamento como qualquer outro tipo de escolha que fizermos não deve ser empecilho para a prática de nossa fé, mas sim, um incentivo a buscarmos a santidade. As pessoas consagradas, no entanto, têm uma responsabilidade maior no caminhar para a santidade. Serão mais cobradas no final de suas vidas, do que as pessoas que foram vocacionadas a outros caminhos, como o do matrimônio.  

No Evangelho, a cura do homem “possuído” é um sinal da autoridade máxima que Jesus tem sobre o mal. Ao olhar Jesus vencendo o maligno, as pessoas têm que ir além: Jesus é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Deus que se encarnou, e seus ensinamentos devem ser totalmente seguidos, se quisermos nos salvar. 

 

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5º DOMINGO COMUM - B

 

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1ª Leitura: Jó 7,1-4.6-7

Salmo 146 (147) R- Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações 

2ª leitura:- 1 Coríntios 9,16-19.22-23 

Evangelho de Marcos 1,29-39

 

Naquele tempo, logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. 30 A sogra de Simão estava de cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. 31    Ele aproximou- se e, tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los. 32   Ao anoitecer, depois do pôr do sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que tinham demônios. 33        A cidade inteira se ajuntou à porta da casa. 34  Ele curou muitos que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios, e não lhes permitia falar, porque sabiam quem ele era. 35     De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. 36Simão e os que estavam com ele se puseram a procurá-lo. 37 E quando o encontraram, disseram-lhe: “Todos te procuram”. 38        Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, nas aldeias da redondeza, a fim de que, lá também, eu proclame a Boa Nova. Pois foi para isso que eu saí”. 39   E foi proclamando nas sinagogas por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Jó constata que a vida do homem sobre a terra é uma luta, seus dias são poucos, de sofrimento, muitas vezes de escravidão, decepções. Diante de várias saídas, ele escolhe colocar-se diante de Deus : “Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade”. Em nossas lides diárias, cheias de preocupações, devemos também nos lançar nos braços de Deus e pedir-lhe que nos fortaleça para a luta!

Na segunda leitura São Paulo afirma que pregar o evangelho é a coisa principal de sua vida: “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho!”. E o faz gratuitamente, embora pudesse ser remunerado. E termina dizendo: “Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele”. Pergunto: o que nós fazemos para ter parte no evangelho e para anunciá-lo? O Beato Carlos de Foucauld e já, antes, São Francisco de Assis, diziam que, antes de pregar o Evangelho com as palavras, devemos pregá-lo com nossa própria vida. Assim fosse!

No evangelho vemos um dia típico da vida de Jesus, em três quadros. Nos dois primeiros, ele é apresentado por Marcos como o libertador dos males que afligem a humanidade. No terceiro, Marcos nos diz que Jesus veio para todos os povos, e não apenas para os judeus. 

Cabe a nós meditarmos no que temos feito para que o Evangelho seja visto e seguido pelas pessoas, começando por nós próprios. Eu acredito que o principal tropeço nesse assunto é o pecado, mas ele pode ser perdoado pelo sacramento da confissão, e nós podemos sempre reiniciar nossa caminhada. O que não podemos fazer é ficarmos parados no tempo e no espaço. 

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6 º DOMINGO COMUM-B

 

 

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1ª Leitura: Levítico 13, 1-2.44-46 (ou 2Reis 5,9-14)

Salmo 31(32) R- Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio

2ª Leitura: 1 Coríntios 10,31-11,1

Evangelho de Marcos 1,40-45xx

 

Naquele tempo um leproso aproximou-se de Jesus e, de joelhos, suplicava-lhe: “Se queres, tens o poder de purificar-me!” 41      Jesus encheu-se de compaixão, e estendendo a mão sobre ele, o tocou, dizendo: “Eu quero, fica purificado”. 42          Imediatamente a lepra desapareceu, e ele ficou purificado. 43         Jesus, com severidade, despediu-o e recomendou-lhe: 44       “Não contes nada a ninguém! Mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta, por tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés. Isso lhes servirá de testemunho”. 45    Ele, porém, assim que partiu, começou a proclamar e a divulgar muito este acontecimento, de modo que Jesus já não podia entrar, publicamente, na cidade. Ele ficava fora, em lugares desertos, mas de toda parte vinham a ele.

COMENTÁRIO:

O assunto de hoje é a cura da lepra, que representa também o pecado. Ao Jesus curar o homem da lepra, quer dizer também que ele pode nos perdoar de nossos pecados, que são como que uma lepra da alma. 

Na primeira leitura temos a lei do levítico dizendo como deveria portar-se um leproso. Se lermos o texto de Reis, indicado acima, vemos a cura do sírio Naamã, que não acreditava em nosso Deus, mas era pagão. Mesmo ele recebeu a cura. 

A segunda leitura nos fala que devemos em tudo agradecer a Deus, seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa. É Deus quem sustenta a nossa vida em todo tempo e lugar, acreditemos ou não nele. Paulo termina conclamando a todos os coríntios a serem como ele, a imitarem sua conduta. Ora, depois da conversão, Paulo dedicou sua vida a imitar Cristo. Se o imitarmos, estaremos também imitando Jesus Cristo, que deve ser o nosso modelo de vida. Cada coisa que fizermos devemos nos perguntar: “Jesus faria isso”?

No evangelho vemos a cura do leproso. Tocou nele, ou seja, aceitou ficar legalmente impuro para curá-lo. Na verdade, Jesus não só não ficou impuro, mas purificou o leproso de sua doença e de seu pecado. 

Peçamos sinceramente a Deus, hoje, que perdoe todos os nossos pecados. Se for o caso, procure durante esta semana um padre e seja sincero(a), confesse os seus pecados, por piores que sejam, e busque a Deus num recomeço de vida. Pecar não é o empecilho. O empecilho é não pedir perdão, é enraizar-se no pecado. 

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7º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

NÃO TEMOS

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DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE-ANO B

 

“UNIÃO COM CRISTO E O PAI NO ESPÍRITO” 

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Primeira Leitura: Deuteronômio 4,32-34.39-40

Salmo Responsorial: 

32(33)-R- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Segunda Leitura:-Romanos 8,14-17

Evangelho:  Mateus 28,16-20

Os onze discípulos voltaram à Galiléia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando o viram, prostraram-se; mas alguns tiveram dúvida. 18 Jesus se aproximou deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.  20- Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco até o fim do mundo

COMENTÁRIO:

Hoje comemoramos a Santíssima Trindade. Tema muito profundo, pois se trata do próprio Deus. Falar da Santíssima Trindade é falar do verdadeiro Amor, com “A    “ maiúsculo. Não é o pseudo amor que vemos na televisão, em certos livros, na internet, nos recadinhos do What’s App.  

Amor não pode confundir-se com atração. Não tem nada a ver uma coisa com outra. O Amor da Santíssima Trindade se traduz nos meios humanos como doação. Quanto maior for a doação de si próprio (a), maior é o amor. 

Não é por acaso que Jesus mandou-nos amar os inimigos. Ele sabia que amar não é a mesma coisa que gostar. Não é preciso gostar para se amar. Quando Jesus morreu por nós, nós ainda éramos inimigos de Deus. Apenas com a morte e a ressurreição de Jesus, diz S. Paulo na leitura de ontem, Deus reconciliou o mundo consigo. Desse modo, Jesus morreu por amar seus inimigos, que ele queria tornar amigos. E conseguiu, pelo menos no que se refere a uma boa parte da humanidade. 

Entretanto, falta muita gente para arrebanhar. No mundo todo o cristianismo não chega a 40 por cento (33% + ou -). Isso quer dizer que ainda falta evangelizar a maioria da humanidade, os 60 e poucos por cento. Haja missionários! Aliás, todos nós temos a obrigação de evangelizar. 

Voltando à Santíssima Trindade, é difícil entender um Deus único em Três Pessoas. Aliás, o termo não é “difícil”, mas sim, “impossível”. Não cabe na mente humana um mistério desses. Dá, entretanto, para aceitarmos que há Três Pessoas num só Deus. 

Eu costumo comparar com três velas acesas unidas: as três têm uma só chama. Eu tentei fazer isso e fotografei. Não saiu muito bom, mas dá para ter uma ideia.

Antigamente se comparava a um trevo, que tem três folhas iguais numa só flor. 

O Pai, contemplando-se, dá origem ao Filho. O amor do Pai com o Filho dá origem ao Espírito Santo. Isso é feito na eternidade, sem um começo. Todos nós tivemos um começo, por isso não dá para entendermos algo que nunca teve começo, que sempre existiu. Mas nós não vamos ter fim, ou seja, vamos viver na eternidade. Isso a gente entende, algo que não vai ter fim. 

Até agora foi a parte boa. Agora vem a parte terrível: Só quem obedecer a Deus vai chegar a essa vida eterna. Os que não o acolherem vão ter o direito de continuar sem Ele. E a isso chamamos inferno. 

Então, só vai para o inferno quem quiser. Deus nos quer todos no céu, mas para irmos para lá é preciso querer Deus em nossa vida. Também ouvirmos e praticarmos o que Jesus nos ensinou. Uma das coisas que ele nos ensinou é a de nos amarmos com a mesma intensidade com que a Santíssima Trindade se ama: “Que eles sejam um como nós somos um” (João 17,22). Por mais perfeita seja uma pessoa, tem muito chão ainda para ela ser unida aos demais como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são unidos!                                   

Quando Jesus morreu e ressuscitou, ele nos deu a oportunidade de irmos para o céu depois da morte. Estar no céu e estar com Deus. Se não estivermos com ele nesta vida, ele vai permitir que continuemos sem ele na outra. São dois caminhos que estão neste momento à nossa frente e temos que escolher um deles. Qual você vai escolher? 

 

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8º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

NÃO TEMOS (Geralmente cai o domingo de Pentecostes)

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9º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

NÃO TEMOS (Geralmente cai o domingo da Ssma. Trindade)

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DÉCIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

 

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Primeira Leitura: Gênesis 3,9-15

Salmo Responsorial-129(130) R- No Senhor, toda graça e redenção!

Segunda Leitura: 2 Coríntios 4,13-5,1

Evangelho: Marcos 3,20-35 (Jesus em casa ensinando)

 

Jesus voltou para casa, e outra vez se ajuntou tanta gente que eles nem mesmo podiam se alimentar. 21   Quando seus familiares souberam disso, vieram para detê-lo, pois diziam: “Está ficando louco”. 22   Os escribas vindos de Jerusalém diziam que ele estava possuído por Beelzebu e expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios. 23   Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como pode Satanás expulsar Satanás? 24 Se um reino se divide internamente, ele não consegue manter-se. 25   Se uma família se divide internamente, ela não consegue manter-se.

26   Assim também, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, ele não consegue manter-se, mas se acaba. 27  Além disso, ninguém pode entrar na casa de um homem forte para saquear seus bens, sem antes amarrá-lo; só depois poderá saquear a sua casa. 28 Em verdade, vos digo: tudo será perdoado às pessoas, tanto os pecados como as blasfêmias que tiverem proferido. 29  Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será réu de um ‘pecado eterno’”.

30   Isso, porque diziam: “Ele tem um espírito impuro”. 31   Nisso  chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá- lo. 32  Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: “Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram”. 33  Ele respondeu: “Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?” 34  E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos! 35   Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

 

COMENTÁRIO

 

Na primeira leitura vemos a queda do homem e da mulher no paraíso terrestre. No interrogatório de Deus, entre Adão e Eva há confusão tanto entre eles e Deus e entre eles mesmos, causada pelo pecado recém cometido. Nas acusações mútuas (Adão culpa Eva, e esta culpa a serpente), eles não confessam seu pecado e são castigados por Deus, perdendo o paraíso. Admitir as próprias faltas, confessar os pecados, é o primeiro passo para obter o perdão e a companhia de Deus em nossa vida. A oração envolve tudo isso e supera tudo. Ela é necessária para vencermos o pecado e o tentador. Temos dois tentadores: o demônio e nossa concupiscência.

 

A parte mais forte do texto é a promessa do descendente da mulher que iria vencer o pecado e o maligno: “Esta (a descendência da mulher) te ferirá a cabeça e tu (=a serpente, o diabo) lhe ferirás o calcanhar”. Não podemos ignorar nem menosprezar a ação do demônio em nossa vida. Jejum (penitência, renúncias) e oração fazem parte da receita dada pelo próprio Jesus.

 

No Evangelho vemos dois assuntos: a preocupação dos familiares de Jesus por ele, pelo tipo de vida que ele levava, e uma controvérsia com os mestres da lei, que dizia ser pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios, que Jesus expulsava demônios. Jesus mostrou-lhes quão absurda é essa proposição, e que se ele estava expulsando os demônios, a salvação havia chegado à humanidade. Não reconhecer isto é pecar contra o Espírito Santo e excluir-se da salvação.

Pecar contra o Espírito Santo é, em termos simples, não querer ou não aceitar a salvação. Peca contra o Espírito Santo, por exemplo, quem acha que não tem perdão, ou acha que Jesus não tem o poder de perdoar os pecados, ou acha que o pecado é tão grande que não tem perdão.

Quem reconhece Jesus e leva uma vida conforme essa nova realidade que ele trouxe, é fazer a vontade do Pai e entrar em relação de parentesco com ele, como ele afirma no v. 35 (missal dominical).

Na segunda leitura S. Paulo fala aos coríntios que “aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco” (v. 14). A conclusão dessa certeza é que não devemos desanimar. Mesmo que a idade vá nos definhando, nosso espírito (o homem interior) vai-se renovando dia a dia. O que segue é muito profundo e nos enche de alegria: “Voltamos os nossos olhares para as coisas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é passageiro, mas o que é invisível é eterno” (v. 18). Diz também que depois da “tenda” desta vida, Deus vai nos dar outra moradia no céu, que não é obra de mãos humanas (que se estraga, que fica velha, que se definha), mas que é eterna. Tudo isso nos vai ser dado se, como dizem as outras duas leituras, vencermos o pecado.

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11º DOMINGO DO TEMPO COMUM- B

 

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Primeira Leitura: Ezequiel 17,22-24

Salmo Responsorial-91(92)-R- Como é bom agradecermos ao Senhor.

Segunda Leitura: 2Coríntios 5,6-10

Evangelho: Marcos 4,26-34

 

Jesus dizia-lhes: “O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra.

27 Quer ele esteja dormindo ou acordado, de dia ou de noite, a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. 28 A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga. 29Ora, logo que o fruto está maduro, mete-se a foice, pois o tempo da colheita chegou”. 30

Jesus dizia-lhes: “Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus? Com que parábola podemos apresentá-lo? 31 É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. 32   Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças, com ramos grandes a tal ponto que os pássaros do céu podem fazer seus ninhos em sua sombra”. 33  Jesus lhes anunciava a palavra usando muitas parábolas como estas, de acordo com o que podiam compreender. 34   Nada lhes falava sem usar parábolas. Mas, quando estava a sós com os discípulos, lhes explicava tudo.

 

COMENTÁRIO

 

Na primeira leitura vemos que nem tudo está perdido quando as coisas parecem ir mal, pois Deus é fiel à aliança que fez com Davi. O povo tinha sido deportado para a Babilônia, supostamente como um castigo, por Joaquim ter descumprido a aliança com Deus e com o rei da Babilônia. Deus garante que irá reconstruir o reino de Israel, pois ele é misericordioso e cumpre o que prometeu: “Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. (...) Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso”. (v. 22 e 23). De certa maneira, esse assunto prepara o do evangelho:

 

O evangelho comenta o mistério com que as coisas acontecem aqui na terra. Não entendemos direito como é que as sementes germinam, as plantas crescem. Em que parte da planta está o “comando” para que ela “saiba” em que época deve dar as flores e depois os frutos? Que mecanismo existe entre as plantas da mesma espécie para florirem e darem seus frutos na mesma época? Onde, na planta, está a sede(é) de comando?

 

Assim também não sabemos como é que o Reino de Deus está crescendo. Só temos que ter a fé para sabermos que ele está crescendo, que nós também podemos crescer na fé, no amor a Deus e ao próximo. Nós plantamos, mas quem faz crescer é Deus. Ou seja, devemos proclamar a Palavra por nosso bom exemplo e por nossas palavras, tendo a confiança de que Deus está orientando o processo do crescimento e da evolução de sua Palavra e de seu Reino entre nós e na eternidade.

 

Não sejamos, pois, muito curiosos para sabermos como as coisas espirituais acontecem. Basta termos fé e confiança na misericórdia e no poder de Deus.

 

Na segunda leitura S. Paulo fala aos coríntios que não sabe ao certo como será nossa vida futura, pois ainda está caminhando nesta vida em que não há uma visão clara, mas uma coisa certa é a de que só usufruiremos a vida eterna junto a Deus se “nos empenhamos em ser agradáveis a Ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado esta morada” (v. 9). Em outras ocasiões, Paulo diz ser a recompensa do paraíso algo indescritível. Não dá nem para imaginar as maravilhas que Deus está nos preparando no paraíso. Cabe, pois, a “cada um receber a devida recompensa - prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida corporal”. Se vivermos aqui uma vida íntegra, santa, seremos recebidos no céu.

 

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12º. DOMINGO DO TEMPO COMUM -ANO B

 

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Primeira Leitura: Jó 38,1.8-11

Salmo Responsorial 106(107)R- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

Segunda Leitura: 2 Coríntios 5,14-17

Evangelho de Marcos 4,35-41

 

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos discípulos: “Passemos para a outra margem!” 36   Eles despediram a multidão e levaram Jesus, do jeito como estava, consigo no barco; e outros barcos o acompanhavam. 37Veio, então, uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água. 38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que estejamos perecendo?” 39 Ele se levantou e repreendeu o vento e o mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento parou, e fez-se uma grande calmaria. 40   Jesus disse-lhes então:“ Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41   Eles sentiram grande temor e comentavam uns com os outros: “Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?”

 

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura vemos o diálogo de Jó com Deus sobre os mistérios da natureza, que Deus criou com sabedoria e que o homem ignora. Deus é todo-poderoso e pode fazer o que bem entender, mas ama o ser humano e quer sua salvação. Esta primeira leitura nos prepara para o assunto do Evangelho, em que Jesus se mostra ser esse Deus Todo-poderoso, mas por causa disso mesmo ele também é todo-misericordioso, a ponto de nascer na terra para enfrentar a morte de cruz e, ressuscitando, nos dar a vida eterna, fechada para nós desde o pecado dos primeiros seres humanos que aqui viveram.

 

Na segunda leitura podemos resumir o assunto nesta frase de Paulo: “Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (...). Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura”. Nós também devemos aprender a amar plenamente a Deus e fazer refletir esse amor a Deus no amor ao próximo, deixando todo o egoísmo.

 

No evangelho é mostrada uma situação muito atual: parece que Jesus não está “nem aí” com a Igreja e conosco. Parece que ele está dormindo, não está olhando nossos problemas. Entretanto, Jesus é o Deus Todo-poderoso que, por isso mesmo, também é Todo-misericordioso. Ele está sempre em nossa presença.

 

Como os Apóstolos, no texto de hoje, nós também estamos nessa “barca” da Igreja, e, segundo o próprio Jesus, esta continuará em mares revoltos até o Juízo Final.

 

A nossa melhor atitude é confiar na presença de Jesus em sua Igreja e nos dedicarmos à oração, ao jejum pelo menos uma vez por semana, na sexta-feira (Nossa Senhora fala, em Medjugorje, para jejuarmos a pão e água nas quartas e nas sextas), frequentarmos se possível diariamente a Santa Missa, com comunhão, confessarmo-nos uma vez por mês ou sempre que cometemos pecado grave, rezarmos o rosário diariamente e lermos um trecho da bíblia todos os dias e procurar vivenciar esse texto durante o dia. São as famosas “cinco pedrinhas”, comparadas com as de Davi, que venceu o gigante Golias.

 

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13º DOMINGO DO TEMPO COMUM-B

 

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Primeira Leitura: Sabedoria 1,13-15.2,23-24

Salmo Responsorial 29(30)-R-Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!

Segunda Leitura: 2 Coríntios 8,7.9.13-15

Evangelho: Marcos 5,21-43 (ou 5,21-24.35b-43)

Jesus passou novamente para a outra margem, e uma grande multidão se ajuntou ao seu redor. Ele estava à beira-mar. 22   Veio então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Vendo Jesus, caiu-lhe aos pés 23 e suplicava-lhe insistentemente: “Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe as mãos sobre ela para que fique curada e viva!” 24   Jesus foi com ele. Uma grande multidão o acompanhava e o apertava de todos os lados. 25   Estava aí uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragias 26  e tinha padecido muito nas mãos de muitos médicos; tinha gastado tudo o que possuía e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. 27Tendo  ouvido falar de Jesus, aproximou-se, na multidão, por detrás e tocou-lhe no manto. 28 Ela dizia: “Se eu conseguir tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29Imediatamente a hemorragia estancou, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30 Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele e, voltando-se para a multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa”? 31 Os discípulos disseram: “Tu vês a multidão que te aperta, e ainda perguntas: ‘Quem me tocou?’” 32 Ele olhava ao redor para ver quem o havia tocado. 33   A mulher, tremendo de medo ao saber o que lhe havia acontecido, veio, caiu-lhe aos pés e contou toda a verdade. 34   Jesus então disse à mulher: “Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença”. 35   Enquanto ainda estava falando, chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga dizendo:“ Tua filha morreu. Por que ainda incomodas o mestre?” 36   Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo, somente crê”. 37   Ele não permitiu que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38  Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a agitação, pois choravam e lamuriavam muito. 39   Entrando na casa, ele perguntou: “Por que essa agitação, por que chorais? A menina não morreu, ela dorme”. 40 E começaram a zombar dele. Afastando a multidão, levou consigo o pai e a mãe da menina e os discípulos que o acompanhavam. Entrou no lugar onde estava a menina. 41  Pegou a menina pela mão e disse-lhe: “Talitá cum!” (que quer dizer: “Menina, eu te digo, levanta-te”). 42   A menina logo se levantou e começou a andar – já tinha doze anos de idade. Ficaram extasiados de tanta admiração. 43Jesus recomendou com insistência que ninguém soubesse do caso e falou para que dessem de comer à menina.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura o livro da Sabedoria diz que Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza, mas foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, a experimentam os que a ela pertencem. Devemos atualmente entender como a morte espiritual, a morte eterna que é não entrar no paraíso. O diabo faz tudo para que nós não entremos no paraíso, lugar onde ele morava antes de se revoltar contra Deus. Já que ele não mora mais lá, não quer que nenhum de nós entremos. Por isso as tentações, o pecado. Deus nos dá sempre tempo para o nosso arrependimento.

Na segunda leitura Paulo agradece aos Coríntios pela ajuda feita à comunidade de Jesusalém, mas lembra que eles, de Jerusalém, também ajudaram os de Corinto com a evangelização. Eis suas palavras: “A vossa fartura supra a penúria deles e, por outro lado, o que eles têm em abundância venha suprir a vossa carência. Assim, haverá igualdade”. Sempre devemos nos lembrar disso: nunca estaremos sozinhos na caridade. Quando partilharmos, também recebemos. Se não dos homens, receberemos a recompensa divina.

No evangelho Jesus cura a filha do chefe da sinagoga, Sinagoga essa que queria tirar-lhe a vida. No caminho para a casa de Jairo, o chefe da sinagoga, para curar-lhe a filha, ele é tocado por uma mulher que, segundo a lei, não podia tocar nem ser tocada por ninguém, e, segundo a mesma lei, também ficou impuro. Mas ele, em vez de ficar impuro, purificou a mulher de sua doença e, consequentemente, segundo a lei, de sua impureza, e, “por tabela”, ele também ficou puro, já que a mulher não estava mais doente.

Chegando à casa, ressuscitou a filha de Jairo e, coisa que às vezes passa desapercebida, após a ressurreição não ordenou que todos rezassem salmos e agradecessem a Deus, mas simplesmente “mandou dar de comer à menina”. Sempre penso, em tom de brincadeira, que morrer deve dar uma fome danada!

Resumo da ópera: perdoar sempre, nunca ter sentimento algum de vingança, amar até os inimigos. Se o inimigo precisar de alguma coisa e você tem possibilidade de ajudá-lo, ajude-o! Certo dia eu voltava do meu trabalho nas lojas “A Exposição Clipper”, em São Paulo, nos anos 60, quando, no Viaduto do Chá, encontrei uma senhora idosa com uma mala de rodinhas, chorando, debruçada no parapeito da ponte. Perguntei-lhe o que estava acontecendo e ela não me ouviu: era surda. Aí, olhando para mim, ela conseguiu me compreender e disse que fora despedida do emprego, por escutar muito pouco e não conseguir ouvir a campainha. E estava voltando para sua primeira patroa. Saíra de lá porque essa patroa era muito avarenta e, em troca de casa e comida, a aceitaria de volta.

Quer dizer: a única esperança daquela senhora era uma patroa pão-dura, exatamente por ser pão-dura.

A melhor atitude nossa é não dar bola para o que nos fazem de mal. Perdoemos de uma vez por todas e pronto! Ficaremos felizes, sem guardarmos ódio, sem precisarmos fazer planos de vingança, sem dores de cabeça. E, o melhor de tudo, Deus vai nos carregar em seu colo.

Se você quiser saber a história toda da mulher surda, o link é este: https://meuspobresrascunhos.blogspot.com/2012/12/08-avarenta.html

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14º DOMINGO DO TEMPO COMUM – B


07/07/2024


1ªLeitura: Ezequiel 2,2-5

Salmo responsorial 122 (123 -R- Os nossos olhos estão fitos no Senhor: tende piedade, ó Senhor, tende piedade!

2ª Leitura: 2 Coríntios 12, 7-10

Evangelho: Marcos 6,1-6

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isso? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando. – Palavra da salvação.

Comentário:

A primeira leitura se alinha com o Evangelho de hoje. Ezequiel não é ouvido pelos israelitas, assim como Jesus não foi ouvido pelos seus conterrâneos. Deus insiste em dizer: "Quer te escutem, quer não, pois são um bando de rebeldes, ficarão sabendo que houve entre eles um profeta!"


Na segunda leitura S. Paulo continua o assunto de ontem: “Será que preciso gloriar-me? Na verdade, não convém”. Em seguida conta uma experiência que teve da visão do céu e dos dons extraordinários que Deus lhe proporcionou. E para que ele não se gloriasse dessas experiências místicas, Deus lhe permitiu uma provação muito grande, que ele expressa como “um espinho na carne”. Ele rogara ao Senhor por três vezes que o livrasse daquilo, mas Deus negou, dizendo que para Paulo bastava a sua graça (a graça de Deus). 


No evangelho Jesus é rejeitado em sua terra. A falta de fé resultou em muito poucas curas. Não basta ser católico ou cristão para receber a graça de Deus. É preciso crer. A fé é a porta que nos comunica com Deus. Sem uma fé profunda e sincera, pouco conseguiremos de Deus, mesmo sendo ele poderoso. Ele só age na proporção em que confiamos nele.

Muitas vezes nos encontramos com pessoas inspiradas por Deus, que nos falam, mas poucas vezes as levamos a sério. Começando pelos nossos pais, que tantas orientações nos deram. Atualmente ouvimos o padre em suas homilias, o Papa, recebemos montanhas de mensagens, mas eu pergunto: será que nós procuramos ouvir com seriedade aquelas mensagens que mexem com a gente, que sabemos que podem mudar nossa vida? 


Quanto aos irmãos e irmãs de Jesus, já comentei várias vezes: eles eram primos, parentes, e eram chamados por esse povo de irmãos. Jesus é filho único de Maria, e a maior prova é João 19, em que ele pede a João que tomasse conta de sua mãe. Se ele tivesse outros irmãos, eles é que teriam a obrigação, pela lei, de cuidar de Maria.

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15º DOMINGO COMUM -ANO B

 

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1ª Leitura: Amós 7,12-15

Salmo Responsorial 84 (85)R-  Mostrai-nos, ó Senhor, vossa  bondade, e a vossa salvação nos concedei!. 

2ª Leitura: Efésios 1,3-14

Evangelho Marcos 6,7-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. 9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo. – Palavra da salvação.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vamos ver um quiproquó entre o sacerdócio oficial, ligado à instituição, e o ministério profético, consciente de sua independência diante do poder civil e religioso. Amós explica que não é um profeta de profissão, mas foi chamado por Deus par essa missão. Em nossa vida ocorre o mesmo. Deus nos chamou antes de nosso nascimento, e deu-nos uma missão aqui na terra. Se falharmos, talvez por fraqueza, peçamos perdão e recomecemos do zero, se for preciso. Se não der certo de cumprir a primeira missão, Deus nos dará uma segunda. Ele é misericordioso e quer que nós estejamos sempre com ele.

Na segunda leitura São Paulo fala justamente isso que eu dizia atrás: “Em Cristo, ele (o Pai) nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor”. Paulo ainda diz que Deus nos predestinou para sermos seus filhos adotivos. Sabemos que isso ocorre no nosso batismo. E diz mais: “Pelo seu sangue, nós somos libertados, Nele (em Jesus), as nossas faltas são perdoadas, segundo a riqueza da sua graça”. Portanto, não há motivo para pânico. Se pecarmos, peçamos perdão e recomecemos. Com a maior “cara de pau” que nos for possível.

No evangelho Jesus envia os Apóstolos, orientando-os que não levassem nada consigo, a não ser a Palavra que iam anunciar. Instruiu-os que vivessem daquilo que se lhe oferecessem e, portanto, não perdessem tempo se preocupando com as coisas materiais. 

Essa pobreza exigida por Jesus tem o objetivo de despojar-nos das falsas ilusões. Não são os bens materiais que nos vão fazer felizes. Só devemos tê-los para usá-los conforme dele precisarmos, mas não adquirirmos falsas necessidades. Quem se despoja de tudo percebe melhor o quanto Deus nos ama e nos ajuda. Quanto mais usarmos nossos recursos, menos perceberemos a presença de Deus naquilo que estamos fazendo. Quando usamos muita parafernália para a evangelização, achamos que é isso que está fazendo surtir efeito. Na verdade, “Sem Deus a criatura se reduz a nada”. (Gaudium et Spes 36).

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16º DOMINGO COMUM -ANO B

 

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1ª Leitura: Jeremias 23,1-6

Salmo Responsorial 22(23)R-O Senhor é o pastor que me conduz: felicidade e todo bem hão de seguir-me. 

2ª Leitura: Efésios 2,13-18

Evangelho de Marcos 6,30-34 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. – Palavra da salvação.

Comentário:

A primeira leitura nos mostra como Deus se preocupa com os chefes de Israel, os reis do tempo de Jeremias, e os censura pela suas condutas e os ameaça com um castigo, o exílio. Deus suscitará pastores ideais, que o obedecem, e restaurará o povo. Nesse ponto, Deus promete um “descendente de Davi; reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra”. Podemos ver aí o anúncio da futura vinda de Jesus ao mundo, que está na linha de Davi: “Naquele dia, Judá será salvo e Israel viverá tranquilo; este é o nome com que o chamarão: ‘Senhor, nossa Justiça’”.

Na segunda leitura S. Paulo fala aos efésios que Jesus é a nossa paz, e do que era dividido fez uma unidade, separando o muro de separação: a inimizade. Jesus uniu o judeu e o pagão, abolindo a Lei antiga e ultrapassada dos judeus, criando em si um só homem novo, estabelecendo a paz. Jesus reconciliou os dois povos (judeus e pagãos), ambos num só corpo, por meio da cruz. Agora, tanto uns como outros temos, em um só Espírito, acesso junto ao Pai. Agora é pelo Batismo que alguém fica fazendo parte do novo povo de Deus, se torna filho de Deus, e não mais pela circuncisão. É pela fé, por um amor profundo e sincero no coração que as pessoas agora se salvam, e não simplesmente por terem obedecido a centenas de leis externamente.

No evangelho Jesus convida os apóstolos a descansarem um pouco. O descanso é necessário em todas as esferas, em todas as camadas sociais. Descansar não é tanto ficar sem fazer nada, mas fazer algo que nos seja prazeroso e nos tire da engrenagem diária.

Entretanto, as pessoas os procuraram e Jesus teve pena delas, pois pareciam ovelhas sem pastor. Ainda hoje ele nos olha desse modo. Sabe das nossas dificuldades e nos trata tanto como ovelhas de seu pasto como filhos de seu Pai celeste, nós somos seus irmãos.

Jesus é o irmão rico, que já está no céu e possui o universo todo e toda a felicidade possível e inimaginável. Ele nos convida sinceramente a obedecermos às suas palavras, a sermos obedientes, humildes, conhecendo nossa própria fraqueza, pedindo perdão sempre que for necessário, a fim de que possamos todos estarmos com ele no céu.

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17º DOMINGO COMUM -ANO B

 

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1ª Leitura: 2 Reis 4,42-44

Salmo Responsorial 144 (145)R- Saciai os vossos filhos, ó Senhor! 

2ª Leitura: Efésios 4,1-6

Evangelho: João 6,1-15

Naquele tempo: 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: 'Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?' 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: 'Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um'. 8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9'Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?' 10Jesus disse: 'Fazei sentar as pessoas'. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: 'Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!' 13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: 'Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo'. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. Palavra da Salvação.

COMENTÁRIO:

A primeira leitura é verdadeiramente um paralelo ao Evangelho. Eliseu disse ao homem, que lhe trouxera vinte pães de cevada e trigo novo, que os distribuísse ao povo. O Senhor dissera: “Comerão e ainda sobrará”. Quem confia no Senhor nunca passa fome. Deus não promete fortunas, mas quem confia nele nunca será abandonado.

Na segunda leitura vemos como este trecho de Efésios é, segundo o missal cotidiano, o início da parte “moral” da carta. A vocação a que S. Paulo se refere é a vocação à fé. Ele convida todos à humildade e à caridade, virtudes essas absolutamente necessárias para haver a unidade. Há um só Corpo e um só Espírito, um só Batismo, uma só esperança à qual fomos chamados. Essa unidade a que chama S. Paulo não exclui a pluralidade e diversidade de funções e de opiniões. “A unidade na fé e na Igreja não impõe nivelamento de opiniões e expressões”, porém é vivificada pelo espírito de caridade. Devemos sempre respeitar as ideias e expressões dos que não pensam ou agem como nós (missal cotidiano).

No evangelho, muitas vezes somos levados a pensar que não houve propriamente um milagre, mas apenas partilha de pães e peixes que muitos haviam levado consigo.

Vendo mais de perto, entretanto, vemos que o que houve foi, mesmo, um milagre. No início está bem claro que: 'Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?'

Muitos começaram ou continuaram a seguir Jesus por causa desse milagre, talvez por um certo interesse de não passar fome. Jesus, entretanto, foi bem claro, em suas atitudes, que não veio para matar a fome do povo ou curar todo mundo. Ele curou muitas pessoas, mas nem todos. Ele saciou a fome nesse dia, mas nem sempre.

Isso nos ensina que devemos, sim, sempre pedir a ajuda de Deus para o mundo e nossos problemas, mas ao mesmo tempo devemos agir, arregaçar as mangas e saciar por nós mesmos a fome do povo: “Dai-lhes vós mesmos de comer”, disse Jesus aos discípulos, numa outra citação desse milagre. Esse milagre, como vamos ver nos dias seguintes, também evoca muito a Eucaristia. Jesus faz os mesmos gestos que fez depois na última ceia. E não podemos nos esquecer que esse texto só foi publicado uns 60 anos depois da morte de Jesus.

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18º DOMINGO COMUM- ANO B

 

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1ª Leitura: Êxodo 16,2-4.12-15

Salmo Responsorial 77(78)R- O Senhor deu a comer o pão do céu. 

2ª Leitura: Efésios 4,17.20-24

Evangelho de João 6,24-35

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30'Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?' Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer'. 32Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.' 34Então pediram: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'. 35Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Palavra da Salvação.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como Deus nunca desampara o seu povo. Nós somos o povo de Deus em marcha, como o povo hebreu que estava sendo livre da escravidão. Precisamos nos convencer de que Deus nos ama e quer-nos livres de tudo para poder amá-lo como ele nos ama.

Infelizmente muitos não percebem a ação de Deus em suas vidas. Se quisermos ter sempre a ajuda de Deus, tenhamos uma vida de oração, de luta contra o pecado, de misericórdia e caridade. Deus nunca abandona quem age assim. 

Na segunda leitura S. Paulo admoesta os cristãos de Éfeso, e isso serve também para todos nós, que nós, os batizados, não devemos viver como os pagãos, "cuja inteligência os leva para o nada".  O que devemos fazer? "Renunciando à vossa existência passada (de pecado), despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade". Em seguida, S. Paulo diz a frase que, em primeira pessoa, é dita (ou deveria ser dita) por todos os padres quando colocam a batina ou a túnica para a Santa Missa: "Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade". 

No Evangelho, Jesus se oferece a todos como o Pão da Vida, que mata definitivamente a nossa fome e nossa sede: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. E alguns pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”!

Muitas pessoas comungam sempre, mas não se saciam de Jesus: ficam à busca de outras fontes onde matar a sede de felicidade. Não há. Não vão encontrar. Só encontrarão angústias e decepções. Só Jesus mata a nossa fome e a nossa sede de amor, de felicidade. Só ele nos pode dar a paz verdadeira, que não é baseada na tranquilidade, mas na luta por um mundo melhor, por um “eu” melhor, mais santo.

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19º DOMINGO COMUM-ANO B

 

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1ª Leitura: Reis 19,4-8

Salmo Responsorial 33(34)-R- Provai e vede quão suave é o Senhor!

2ª Leitura: Efésios 4,30-5,2

Evangelho de João 6, 41-51

                                                 Naquele tempo, 41-os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42- Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu? 43-Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: `Todos serão discípulos de Deus.' Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo'. Palavra da Salvação.

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura, Elias é fortificado por um pão misterioso que o Anjo colocou ao seu lado, para que comesse e fosse revigorado para poder aguentar a longa caminhada de quarenta dias até o monte Horeb. É o prenúncio da Eucaristia, que alimenta a nossa caminhada em direção não mais ao Horeb, mas ao paraíso.

Na segunda leitura S. Paulo admoesta os cristãos de Éfeso a viverem no amor. E quem vive no amor não admite mais em sua própria vida gritarias, amargura, irritação, cólera, injúrias. Tudo isso deve desaparecer. “Sede bons uns para com os outros, sede compassivos, perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo”. Acredito que não preciso acrescentar mais nada.

No Evangelho de hoje Jesus dá mais um passo para a revelação da Eucaristia, depois de afirmar que realmente desceu do céu. Jesus revelou sua divindade, que não foi acreditada pelas autoridades.  Os passos são estes: crer, receber Jesus, receber suas orientações, receber sua força, receber sua luz.

 Fico triste quando vejo que muitas pessoas, até de boa vontade, não entendem que a presença de Jesus na Eucaristia é real, não é simbólica. Vejo isso, entre outras coisas, pela maneira como se comportam na igreja. Entram diretamente em direção a um banco e sentam-se, sem saudar ou fazer uma oração ao Santíssimo, que é Jesus realmente presente. Nem na sociedade fazemos isso: não entramos nas casas dos outros sem antes saudá-los.

 

Maria, quando apareceu a Santa Catarina Labouré, atravessou a igreja do convento. Ao passar diante do sacrário, inclinou-se profundamente em reverência à presença real de Jesus ali. Ler isso me impressionou muito.

São Pio de Pietrelcina conta que certa vez viu um frade já falecido que lhe disse estar no Purgatório porque em seu trabalho de sacristão nunca saudava Jesus presente no sacrário. 

Temos também vários milagres incontestáveis sobre a presença real de Jesus na Eucaristia, como é o caso de Lanciano, em que a hóstia se transformou em carne e o vinho em sangue, reais, várias vezes comprovados por cientistas. Estão ali desde o século 8º (confira aqui: https://bloguinhocatequetico.blogspot.com/2011/09/milagre-de-lanciano.html).

“E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”, Jesus diz no evangelho. Você acredita de verdade nessa afirmativa?

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20º DOMINGO DO TEMPO COMUM -ANO B

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Provérbios 9,1-6

Salmo Responsorial 33(34) R- Provai e vede quão suave é o Senhor!

2ª Leitura: Efésios 5,15-20 

Evangelho de João 6,51-58

  Naquele tempo Jesus disse às multidões dos judeus: 51“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.  52Os judeus discutiam entre si, dizendo: 'Como é que ele pode dar a sua carne a comer?' 53Então Jesus disse: 'Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre.' Palavra da Salvação. 

 

COMENTÁRIO:  

Ainda falta comentar a primeira e a segunda leituras.  

 

No evangelho chegamos ao cerne da Eucaristia. Jesus é o único alimento que pode nos levar ao céu. A Eucaristia é o próprio Jesus. Muitos parecem não entender isso, pois, como já disse ontem, não saúdam Jesus quando entram na Igreja. 

 

Dom José Lambert, que foi bispo de Sorocaba SP,  acreditava plenamente na frase de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”. Quando estava em questão se alguém tinha ou não se salvado, ele perguntava: “Ele comungava”? Se a resposta fosse positiva, ele dizia: “Então, ele está no céu”!

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21º DOMINGO COMUM-ANO B

 

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1ª Leitura: Josué 24,1-2a.15-17.18b

Salmo Responsorial 33(34)R – Provai e vede quão suave é o Senhor!

 2ª Leitura: Efésios 5,21-32

Evangelho de João 6,60-69

Naquele tempo: 60muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: 'Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?' 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: 'Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem'. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65E acrescentou: 'É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai'. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: 'Vós também vos quereis ir embora?' 68Simão Pedro respondeu: 'A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus'. Palavra da Salvação.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Josué conclama o povo e pede para que escolha: ou servir o único e verdadeiro Deus ou servir e adorar os deuses dos povos pagãos. O povo respondeu que ia adorar e servir apenas o verdadeiro Deus e um dos motivos era a multidão de grandes prodígios que ele realizou no meio deles.

Para nós é feita, hoje, a mesma pergunta: escolhemos servir unicamente a Deus ou vamos servir aos apelos do pecado, dos vícios, do comodismo, de tudo o que é anticristão?

Na segunda leitura S. Paulo fala sobre a união matrimonial, que deve ser santa como a união de Cristo com a Igreja. Há certos conceitos que naquele tempo eram diferentes, como o predomínio do esposo sobre a esposa, mas em linhas gerais ele fala do respeito mútuo que deve haver entre ambos. Conclui dizendo: “Cada um deve amar a sua mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido”. Nos dias de hoje, digo ainda, que deve haver muita compreensão entre marido e mulher, muito perdão de coisinhas do dia a dia. Muitos casais vivem uma vida de brigas, de certas exigências desnecessárias. Por exemplo, em nome da limpeza impecável da casa, muitas mulheres exigem tais coisas que tiram completamente a liberdade do marido e dos filhos. Se a gente não puder ficar à vontade e gostosamente em casa, onde mais? Por isso, muitos maridos procuram os bares e ambientes similares: ali, eles podem ficar mais à vontade...

No evangelho, muitos abandonaram Jesus depois que ele lhes falou que seria necessário alimentar-se de sua carne e de seu sangue para poderem ser recebidos no céu. Para que isso acontecesse, era preciso que Jesus morresse, fosse para o céu pela Ascensão para depois voltar em forma de alimento na Eucaristia. Na verdade, de certa maneira é mais fácil falar isso agora do que quando Jesus ainda estava vivo. Aliás, ele mesmo disse: “Felizes os que acreditam sem ter visto”.

Procuremos acreditar sem pedir a Deus sinais. Simplesmente acreditemos! A Igreja é um instrumento fiel da vontade divina e podemos confiar nela no caminho da fé. Vejo muitas pessoas procurando sinais em tudo: nos acontecimentos, nas nuvens, nas imagens...

Sobretudo peçamos a Deus, ou peçamos a ele pela intercessão de Maria, que nós tenhamos fé, e não exijamos muitas coisas, muitas explicações. Simplesmente acreditemos. E, ao comungarmos, tenhamos confiança de que estamos recebendo verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Cristo.

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22º DOMINGO COMUM-ANO B

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Deuteronômio 4,1-2.6-8

Salmo Responsorial 14(15) R-Senhor, quem morará em vossa casa e no vosso monte santo, habitará?

2ª Leitura: Tiago 1,17-18.21b-22.27

Evangelho de Marcos 7,1-8.14-15.21-23

Naquele tempo: 1Os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: 'Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?' 6Jesus respondeu: 'Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens. 14Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: 'Escutai todos e compreendei: 15o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 21Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem.' Palavra da Salvação.

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura Moisés admoesta o povo a ouvir as leis e os decretos ensinados por Deus e que ele ensinou a cumprir e que ninguém acrescente nada a ela. Lembra, ainda, que Deus é próximo a nós e que nenhum outro povo tem deuses que se assemelhem ao nosso Deus. E também que nenhuma outra nação tem leis e decretos tão justos como essa lei que ele lhes dava. 

Nos nossos dias são muitas as religiões que mudam muito a verdade das Escrituras. Fazem interpretações que não têm nada a ver com o eu os textos dizem. Inventam leis e doutrinas que Deus nunca sequer imaginou em nos dar. Querem um exemplo? Os testemunhas de Jeová. Não sei onde eles encontraram um texto da Bíblia em que se baseiam para dizer que Jesus não é Deus e que não existe a Santíssima Trindade: que Deus existe apenas numa só Pessoa, e que se chama Jeová. O Padre Fernando Cardoso, em seu profundo conhecimento bíblico, diz que o nome de Deus pode ser Javé, mas Jeová não tem nenhuma base. Eles mudaram todos os versículos que afirmam a divindade de Jesus. Ora, se é a Igreja Católica que conservou a verdadeira bíblia desde que foi escrita, como poderia ser entendido outra coisa?

Na segunda leitura Tiago pede aos cristãos que sejam praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando a eles próprios. Pede que eles e, consequentemente também nós, de hoje, recebamos com humildade a Palavra que em nós foi implantada e que é capaz de salvar as nossas almas. Nós todos temos essa responsabilidade de praticar a Palavra que nos foi dada por Jesus. Ele morreu por nós, para nos salvar, e sempre nos dá todas as graças de que necessitamos. Fez este mundo tão bonito para nos abrigar em nossa caminhada rumo ao Paraíso, onde viveremos o restante da eternidade felizes. Tudo isso nos é dado se praticarmos a Palavra. 

No Evangelho, Jesus explica por que ele não concordava na ideia de puro e impuro segundo os fariseus. Lembra que as leis têm por objetivo nos orientar, mas não nos escravizar. Se elas estão escravizando ou impedindo que façamos o bem, então perderam sua razão de ser. Ele explica que é o que sai do homem (más intenções, imoralidades, roubos, assassinatos, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo) é que o deixa impuro, e não como os judeus acreditavam, que o que deixava impuro era, por exemplo, comer sem lavar as mãos, ou ter tocado algum doente etc. 

Será que muitos de nós ainda não estamos com essas ideias malucas na cabeça, de que coisas externas e mesmo o pecado nos impedem de nos aproximar de Deus, e acabamos desistindo de buscar o perdão e, consequentemente, encontrar a paz em nossa vida?

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23º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO B

 

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1ª Leitura: Isaías 35,4-7a

Salmo Responsorial 145(146)-R- Bendize, ó minha alma ao Senhor. Bendirei ao Senhor toda a vida!

 2ª Leitura: Tiago 2,1-5

 Evangelho Marcos 7,31-37

Naquele tempo: 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade,  e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: 'Efatá!', que quer dizer: 'Abre-te!' 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: 'Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar'. Palavra da Salvação.

Comentário:

A primeira leitura começa animando as pessoas a se fortalecerem para a vinda do Senhor: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. (...) seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo”.

Seja qual for a sua condição social, psicológica, econômica, espiritual, confie no Senhor! Ele pode fazer brotar água no deserto, desatar a língua dos mudos, abrir os olhos dos cegos, destravar as pernas dos coxos, transformar a terra árida em lago etc. 

Confiar em Deus não significa ficar parado, mas sim, caminhar trabalhando e orando, fazendo tudo o que pudermos para mudar a situação do mundo em que vivemos, ajudar no que pudermos os que precisam de ajuda, ser a diferença na vida dos que nos rodeiam. Tudo isso tendo à frente a misericórdia e o poder de nosso Deus tão amoroso e que tanto nos quer bem. 

Na segunda leitura São Tiago pede que não desprezemos o pobre, que não lhe façamos injustiça, pede que os amemos e os tratemos bem, sem nenhum desprezo. Quem faz diferença de tratamento entre os ricos e os pobres, despreza e zomba do próprio Jesus, que se fez pobre por nosso amor. 

Os pobres são muito limitados em tudo, desde talvez sua educação, o que limita muito sua atuação na sociedade quando adulto. Há muitas coisas que vemos como resolver com facilidade, mas muitos pobres não percebem isso por causa justamente de sua educação recebida. 

Jesus foi pobre, e devemos amá-los como a todas as outras pessoas, e saber entendê-los, compreendê-los, dar-lhes orientações para que saibam como resolver suas dificuldades. 

Muitas dessas dificuldades só serão resolvidas com a ajuda de outras pessoas. 

No evangelho Jesus curou o surdo-mudo que, podendo começar a falar, foi proibido por Jesus de contar a todos o que Ele lhe fez, Mas ele desobedeceu e falava a todos quanto encontrava que tinha sido curado. Nós também precisamos pregar a palavra, começando na própria casa. Mas como dizia S. Francisco de Assis e o Beato Carlos de Foucauld, precisamos, antes de pregar com a palavra, pregar com o nosso bom exemplo. Se não conseguirmos dar bom exemplo, peçamos essa graça a Deus. Qualquer esforço pessoal será atendido se for acompanhado da humildade, caridade e oração sincera. O esforço desacompanhado dessas três coisas sempre dá em nada. Como diz Gaudium et Spes 36, e eu não me canso de repetir, a criatura, sem o Criador, se reduz a nada. 

 

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24º DOMINGO DO TEMPO COMUM-B

 

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1ª Leitura: Isaías 50,5-9a

Salmo Responsorial 114(115)R- Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos. 

 2ª Leitura: Tiago 2,14-18 

Evangelho Marcos 8,27-35

Naquele tempo: 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: 'Quem dizem os homens que eu sou?' 28Eles responderam: 'Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas.' 29Então ele perguntou: 'E vós, quem dizeis que eu sou?' Pedro respondeu: 'Tu és o Messias.' 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: 'Vai para longe de mim, Satanás!' Tu não pensas como Deus, e sim como os homens.' 34Chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos o terceiro canto do Servo do Senhor, que desenvolve o tema iniciado no segundo canto e prepara o quarto canto (ou poema), em que há a morte e a glorificação.

Eu vejo o versículo 5 como muito importante: “O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás”. Quem procura fazer a vontade do Senhor nunca será decepcionado, mesmo que esse cumprir sua vontade signifique enfrentar o sofrimento e até a morte, como ocorreu com Jesus. Mesmo que enfrentemos tudo isso, a eternidade será muito feliz para nós.

Na segunda leitura São Tiago diz que a fé em as obras é morta. Até o demônio creem em Deus e tremem, mas estão no inferno! Nós mostramos a nossa fé com nossas obras. De nada adianta mandarmos o pobre ir embora com fome e com frio, e apenas lhe falarmos palavras bonitas da bíblia!

Como está a prática de nossa fé? O que fazemos na prática para que mostremos que acreditamos que Deus é Amor? Que acreditamos realmente nele?

No evangelho, Jesus revela aos apóstolos que deveria sofrer e passar por muitas humilhações antes da vitória final. Eles se escandalizaram. O sofrimento e a humilhação sempre escandalizam, sempre nos impressionam e nos amedrontam.

Para nós não será diferente: se quisermos um dia entrar no paraíso, precisamos passar por todas as dificuldades de nossa opção por Jesus Cristo. Aliás, ele nunca prometeu “sombra e água fresca” para os que o seguissem. Prometeu, isso sim, que daria toda a ajuda e a força de que precisaríamos.

Jesus diz claramente que quem quiser segui-lo deve renunciar ao pecado e ao mal. Isso significa, aparentemente, em perder a vida, se compararmos com quem “goza a vida” nos prazeres, tanto lícitos como ilícitos, e colocam nesses prazeres o seu coração.

Quem parece estar, aos olhos do mundo, perdendo a vida porque segue com sinceridade o Evangelho, na verdade está ganhando a vida eterna. Quem aparentemente está gozando a vida, na verdade está perdendo a vida eterna, se esse “gozar a vida” estiver baseado no pecado.

Tenhamos fé e confiança no que Jesus nos apresenta para nossa salvação. É um caminho árduo e difícil, mas nos dá muita paz e alegria no caminho. Quem segue a Cristo vive em paz, apesar das dificuldades.

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25º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

 

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1ª Leitura: Sabedoria 2,12.17-20

Salmo Responsorial 53(54)R- É o Senhor quem sustenta minha vida!

2ª Leitura: Tiago 3,16-4,3

Evangelho Marcos 9,30-37

Naquele tempo: 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará'. 32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: 'O que discutíeis pelo caminho?' 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: 'Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!' 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37'Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou'. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura, o livro da Sabedoria fala que os ímpios procuram armar ciladas aos justos, pois sua presença os incomoda: eles se opõem ao seu modo de agir, os repreende e reprova as suas faltas. E esses ímpios vão colocar o justo à prova porque dizem que se estão falando a verdade, em nome de Deus, Deus os virá salvar. É, aliás, o que os algozes de Jesus lhe falaram: que ele pedisse ao Pai para vir salvá-lo.

Não podemos tentar Deus. Ele nos ajuda, está sempre a fim de nos socorrer, mas nós devemos fazer a nossa parte e nos cuidar. No caso de Jesus, ele deu a vida para nos salvar, mas esquivou-se muitas vezes de ser morto antes do tempo certo. E disse claramente que ninguém conseguiria tirar-lhe a vida. Ele a deu espontaneamente.

São Tiago, na segunda leitura, dá uma orientação para quem deseja ser um cristão autêntico e possuir uma verdadeira sabedoria. A sabedoria que vem do alto é: pura, pacífica, indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia, cheia de bons frutos, isenta de parcialidade, isenta de hipocrisia.

As guerras e as brigas vêm das paixões que estão em conflitos dentro de nós.: “Cobiçais...Matais...Brigais...fazeis guerras...”  E quando pedimos algo a Deus, pedimos mal. “Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres”.

No evangelho, Jesus anuncia sua prisão e morte, seguida da ressurreição. Os discípulos, que estavam a sós com ele, tiveram uma reação negativa. Inclusive, no caminho, tinham discutido quem seria o maior dentre eles. Jesus, sabendo disso, lhes disse :”Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”. E pegou uma criança, colocou-a no meio deles e disse que quem acolhesse em seu nome uma daquelas crianças, era a ele que acolhia. Ou melhor, não a ele, mas aquele que o enviara.

Na verdade, aquela criança não estava representando apenas as crianças, mas os pobres em geral. Uma fé só pode ser provada com o sofrimento, com as contrariedades, se for uma fé comprovada pelas obras.

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26º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

 

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1ª Leitura: Números 11,25-29

Salmo Responsorial 18(19)-R- A lei do /senhor Deus é perfeita, alegria ao coração. 

2ª Leitura Tiago 5,1-6

Evangelho Marcos 9,38-43.45.47-48

"38.João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos”.* 39.Jesus, porém, disse-lhe: “Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim. 40.Pois quem não é contra nós, é a nosso favor. 41.E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. 42.Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! 43.Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível""45.Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível""47.Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo, 48.onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga."

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura o profetismo de Moisés passou também a 70 anciãos, que logo pararam de profetizar. Entretanto, dois homens, Eldad e Meldad, que haviam ficado no acampamento e, portanto, não deveriam receber nada, começaram também a profetizar: haviam também recebido o “espírito” que Moisés possuía. Alguém foi correndo contar a Moisés, pedindo que ele ordenasse que eles parassem. Moisés retrucou, dizendo que gostaria que todo o povo fosse profeta, e que o Senhor lhe concedesse o espírito.

Moral da história: ninguém é dono de nada, e o Espírito sopra onde quer, onde bem entender. Diz o missal dominical: “Nenhuma instituição, mesmo de origem divina, pode monopolizar o Espírito”. Não somos donos da verdade. Temos que ser muito humildes em nosso trabalho de evangelização, mesmo a nível de família: seus filhos, por exemplo, podem dar aos pais muitas lições de moral em muitos acontecimentos.

Na segunda leitura, Tiago prega contra os ricos que deixam apodrecer suas riquezas e não partilham com os pobres: “O salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso”.

Tiago condena também o luxo e a boa vida dos ricos, em detrimento à vida sofrida dos pobres. O que ele diria hoje em dia, em que muitos têm coragem de comprar vinho ou outra bebida por 100, 200 mil reais a garrafa? Isso é um insulto contra os pobres, que com esse dinheiro poderiam comer por várias semanas.

No evangelho o assunto segue o da primeira leitura: os discípulos proíbem um homem de expulsar demônios em nome de Jesus, e dizem isso a Jesus, que os repreende: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, é a nosso favor”. Jesus ensina, aqui, a sermos tolerantes para com os que estão à margem da comunidade.

Em seguida fala da caridade: quem der de beber a eles por serem de Cristo, não ficará sem recompensa. Admoesta, em seguida, que ninguém escandalize nenhum desses pequeninos, sempre os defenda do mal e que vençamos as tentações de modo radical. Claro que ninguém vai arrancar a mão porque deu um soco em alguém. Isso é simbólico e quer dizer, no caso, que se use a mão apenas para fazer o bem. E assim por diante.

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27º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

 

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1ª Leitura: Gênesis 2,18-24

Salmo Responsorial 127(128)-R- O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida. 

2ª Leitura: Hebreus 2,9-11

Evangelho Marcos 10,2-16 (ou 2-12)

"2.Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3.Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?”. 4.Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher”. 5.Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa Lei; 6.mas, no princípio da Criação, Deus os fez homem e mulher. 7.Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; 8.e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9.Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”. 10.Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11.E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12.E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”. (= Mt 19,13ss = Lc 18,15ss) 13.Apresentaram-lhe então crian­ças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. 14.Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. 15.Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma crian­ça, nele não entrará”. 16.Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos a criação da mulher, continuando a narrativa de ontem. No primeiro capítulo há uma outra tradição, em que o homem e a mulher foram criados num mesmo ato criador. Veja Gênesis 1,27: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-os à imagem de Deus, criou o homem e a mulher”.

Como eu já disse nos dias anteriores, essas páginas bíblicas não podem ser lidas ao pé da letra. São simbólicas, e possuem duas tradições unidas. No primeiro capítulo, por exemplo, Deus criou tudo antes do ser humano, e os criou no mesmo ato. No segundo capítulo Deus criou primeiro o homem, depois tudo o mais, e por último a mulher. Devemos entender tudo isso como o fato, verdadeiro, de que Deus é o Criador de tudo o que existe, mas não sabemos exatamente como isso foi feito. No capítulo 3 vemos como o ser humano pecou: não quis ficar submisso a Deus. Como os Anjos que pecaram, também o ser humano quis ser deus. Hoje em dia parece que se está repetindo a mesma coisa. O homem está brincando de deus. Mas só conseguirá ser feliz se submeter-se plenamente a Deus, na pessoa de Jesus. 

Na segunda leitura a carta aos hebreus continua o assunto da superioridade de Jesus, o Filho de Deus, em relação aos anjos e da suposta salvação que eles trariam, na crença dos judeus. Jesus nos salva mediante a solidariedade de natureza conosco (v. 11: Jesus e nós descendemos do mesmo ancestral). Ele se insere na mesma experiência de nossa vida e as sublima, tendo em vista o nosso encontro com Deus. A aceitação do sofrimento como que aperfeiçoa Jesus na sua missão de salvador, porque, através desta, ele pode compreender melhor as nossas deficiências (Missal cotidiano). Pelo batismo tudo isso se realiza em nossa vida, se levarmos adiante a prática de nossa filiação divina e nossa consagração feita no batismo. 

 No evangelho Jesus nos lembra que na vida eterna não teremos as mesmas condições materiais que temos aqui. Lá não nos casamos, não somos dados em casamento, não teremos filhos. 

Jesus deixa bem clara a importância do matrimônio e a preparação que temos que ter para assumi-lo. O adultério é uma praga que corrói o coração humano e o impede de continuar a vida conjugal com o cônjuge. Para que isso não aconteça, diz o missal cotidiano: “É preciso rejeitar o divórcio e o adultério até à raiz, às aspirações mais íntimas e inconfessáveis, conservando livres o olhar e o coração”. 

Lembro que São João Batista morreu por denunciar o adultério de Herodes com Herodíades. Isso é algo sério. Jesus termina seu discurso mostrando que há pessoas que renunciam ao casamento para o bem da comunidade, para estar a serviço das pessoas. Entretanto, esse é um assunto delicado. É preciso para que haja vocação para se deixar o matrimônio em busca de uma vida consagrada ou sacerdotal. Nem todos são chamados a isso. Entretanto, é verdade, que para o casamento é preciso também ter vocação. Nem todos os que contraem matrimônio aceitam essa verdade. Preferem arriscar... e acontece a separação. 

É preciso uma preparação melhor para o casamento. Acho que há muito pega-pega e pouca conversa entre os namorados de hoje. O conhecimento entre ele e ela deve ser muito profundo, pois estão planejando viver a vida toda juntos... Será que todos os que se casam se conhecem mesmo, realmente se aceitam? Estão sabendo os defeitos e as qualidades dos(as) respectivos (as) noivos (as)?

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28º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ano B

 

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1ª Leitura: Sabedoria 7,7-11

Salmo Responsorial 89(90)R- Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!

2ª Leitura: Hebreus 4,12-13

Evangelho:  Marcos 10,17-30 (ou 10,17-27)

"17.Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: “Bom Mestre, que farei para alcançar a vida eterna?”. 18.Jesus disse-lhe: “Por que me chamas bom? Só Deus é bom. 19.Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe”. 20.Ele respondeu-lhe: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha mocidade”. 21.Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: “Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”.* 22.Ele entristeceu-se com essas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens. 23.E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!”. 24.Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: “Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas! 25.É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus”.* 26.Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: “Quem pode então salvar-se?”. 27.Olhando Jesus para eles, disse: “Aos homens isso é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível”. 28.Pedro começou a dizer-lhe: “Eis que deixamos tudo e te seguimos”. 29.Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho 30.que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições – e no século vindouro a vida eterna."

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura o livro da Sabedoria diz que diante da sabedoria, a riqueza é como lama: "preferi a sabedoria aos cetros e tronos.(...) Amei-a mais que a saúde e a beleza". Mas conclui dizendo que, com a sabedoria, ele conseguiu todos os outros bens que foram preteridos a ela. Para nós isso também é válido. A melhor riqueza que os pais podem deixar para os filhos é o estudo. Com o estudo, quando já formados, eles podem correr atrás de outras coisas, como um bom emprego e uma vida melhor. 

Na segunda leitura  vemos como a Palavra de Deus é viva, eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Ou seja, ela penetra totalmente em nossa vida. Não há criatura alguma que possa ocultar-se dela. Pratiquemos, portanto, a palavra de Deus, a fim de que possamos nos aproximar do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de u m auxílio no momento oportuno. Isso é possível porque temos um sumo sacerdote, Jesus, que entrou no céu, é o Filho de Deus, é Deus e homem verdadeiro. E conclui: por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 

No Evangelho Jesus fala de uma vocação especial de renúncia a tudo pelo Reino, mas que também pode orientar a todos nós: vivermos desapegados dos bens materiais e de tudo o que há nesta terra para podermos usar tudo como Deus planejou desde a eternidade. A busca do Reino em primeiro lugar implica também em vivermos em plena comunhão uns com os outros. A caminhada não deve ser marcada pelo individualismo, mas pelo amor mútuo.

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29º DOMINGO DO TEMPO COMUM -  ano B

 

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1ª Leitura: Isaías 53,10-11

Salmo Responsorial 32(33)R- Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois em vós, nós esperamos. 

2ª Leitura: Hebreus 4,14-16

Evangelho Marcos 10,35-45 (ou 42-45)

35 Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir”. 36      Ele perguntou: “Que quereis que eu vos faça?” 37          Responderam: “Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!” 38       Jesus lhes disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?” 39   Responderam: “Podemos”. Jesus então lhes disse: “Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. 40          Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado”. 41 Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com Tiago e João. 42       Jesus então os chamou e disse: “Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. 43         Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve,   44        e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. 45  Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura temos uma parte do 4º cântico do Servo sofredor. Esses três versículos falam mais do cumprimento da vontade divina no sofrimento do Servo. "Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas". O mínimo que podemos fazer para compensar todo o sofrimento a que Jesus se submeteu é pedirmos a ele a graça de podermos nos converter e lutar para fazer plenamente a sua vontade. Por sua morte e ressurreição  ele nos salvou, o deixou 

Na segunda leitura vemos como a Palavra de Deus é viva, eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes (v. 12-13). Ou seja, ela penetra totalmente em nossa vida. Não há criatura alguma que possa ocultar-se dela. Pratiquemos, portanto, a palavra de Deus, a fim de que possamos nos aproximar do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. Isso é possível porque temos um sumo sacerdote, Jesus, que entrou no céu, é o Filho de Deus, é Deus e homem verdadeiro. E conclui: por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 

No Evangelho Jesus estava indo para Jerusalém, onde seria morto, e dizia aos discípulos, que o acompanhavam, que ele iria ser entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas, condenado à morte, entregue nas mãos dos pagãos. Mas eles não estavam entendendo essa conversa. Inclusive, dois deles, Tiago e João, pediram a Jesus lugares de honra em seu reino: um sentar-se-ia à direita de Jesus, e outro, à esquerda. Os outros dez apóstolos se irritaram com eles, pois talvez também quisessem estar à direita ou à esquerda de Jesus. 

A instrução de Jesus aí foi muito profunda: “Quem quiser ser o maior entre vós, seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (vers. 43-45).

Está aí o ensinamento que devemos seguir no nosso dia a dia: estar a serviço. Isso implica muitas coisas, pois para servir é preciso conhecer a Palavra de Deus, é preciso nos imergir numa vida de oração, é preciso muita humildade e, sobretudo, muita caridade: fazer tudo por amor. 

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30º DOMINGO DO TEMPO COMUM -  ano B

 

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1ª Leitura: Jeremias 31, 7-9

Salmo Responsorial 125(126)R- Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

2ª Leitura: Hebreus 5,1-6

Evangelho de Marcos 10,46-52         

Chegaram a Jericó. Quando Jesus estava saindo da cidade, acompanhavam-no os discípulos e uma grande multidão. O mendigo cego, Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. 47 Ouvindo que era Jesus Nazareno, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”. 48  Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. 49          Jesus parou e disse: “Chamai- o!” Eles o chamaram, dizendo: “Coragem, levanta-te! Ele te chama!” 50 O cego jogou o manto fora, deu um pulo e se aproximou de Jesus. 51       Este lhe perguntou: “Que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Rabûni, que eu veja”. 52         Jesus disse: “Vai, tua fé te salvou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho. 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Jeremias exulta de alegria pela volta dos exilados. Tudo de bom os espera, e serão um pequeno resto amado por Deus. Deus nos permite muitas contrariedades e sofrimentos, por causa de nossos pecados, mas está também sempre pronto a nos consolar e a nos fortalecer quando percebemos nosso erro, pedimos-lhe perdão e queremos recomeçar a nossa  vida. 

Na segunda leitura vemos como todo sacerdote deve ser chamado por Deus para cumprir essa função. Não somos nós que escolhermos, é Deus quem nos chama. Foi o que ocorreu com Jesus, que foi chamado pelo Pai a nos salvar: ”Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei” . O sacerdote deve ser plenamente homem. Jesus é plenamente homem, além de ser também plenamente Deus. O sumo- sacerdote da época devia oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios pecados. Jesus, sumo-sacerdote, não tinha pecados, mas ofereceu-se em sacrifício para resgatar-nos de nossos pecados. Mesmo sendo Filho de Deus, aprendeu, com sua vida terrena, o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreu. Mas, consumindo sua vida por nós, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Nós participamos disso tudo quando também obedecemos a Deus naquilo que ele nos pede. No silêncio de uma vida de oração, de humildade e de caridade, aprendemos a ouvir sua voz. 

No Evangelho vemos a cura de um cego, Bartimeu. O cego jogou o manto fora. A única coisa que ele possuía. Não lhe iria mais servir. Ele tinha confiança de que seria curado. E foi. “No mesmo instante ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho” (v. 52). O manto, ele já o tinha jogado fora. Não precisava mais dele. Agora ele tinha Jesus! 

Em nossa vida precisamos muito pedir a Deus a luz da fé para que o sigamos como o ex-cego Bartimeu. Só pela fé esse seguimento é possível. Sem a fé, nossa vida se torna vazia, como aquela fruta que só tem semente e casca (acho que se chama jambo). Sem renunciarmos ao pecado e a muitas outras coisas que nos impedem de crer de modo verdadeiro, nunca jogaremos fora os nossos “mantos”, nunca seguiremos Jesus. 

 

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31º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Deuteronômio 6,2-6

Salmo 17(18) – R- Eu vos amo, ó Senhor, porque sois minha força!

2ª Leitura: Hebreus 7,23-28

Evangelho: Marcos 12,28b-34

Um dos escribas, que tinha ouvido a discussão, percebeu que Jesus dera uma boa resposta. Então aproximou-se dele e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. 30Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força!’ 31 E o segundo mandamento é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’! Não existe outro mandamento maior do que estes.” 32O escriba disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ‘Ele é o único, e não existe outro além dele’. 33   Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios”. 34  Percebendo Jesus que o escriba tinha respondido com inteligência, disse-lhe: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer-lhe perguntas.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Moisés repassa ao povo o primeiro e grande mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. E terás gravadas em teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno”. É uma reposta de amor, de nossa parte, ao amor de Deus. Todos os demais mandamentos são decorrentes desse. Mostram “como se pode, concretamente, em todas as circunstâncias, amar a Deus” (Missal dominical).

 

Na segunda leitura o autor fala que o sacerdócio de Cristo não é como os dos demais, que precisam oferecer sacrifícios pelos seus pecados e pelos pecados do povo, constantemente. “Ele o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo”. Jesus é o Filho de Deus perfeito para sempre. Ele salva para sempre “aqueles que, por seu intermédio se aproximam de Deus. Ele está sempre vivo para interceder por eles” (v. 25).

 

No evangelho Jesus diz que os 248 mandamentos que o povo tinha que seguir, mais as 365 proibições, num total de 613 mandamentos, se resumem em apenas três: amar a Deus, amar ao próximo e amar a si mesmo. Amar ao próximo deve ter a mesma intensidade como amamos a nós próprios. Mas amar a si próprio está colocado no nível de mandamento. 

Nós não nos amamos, por exemplo, quando caímos nos vícios ou fazemos qualquer tipo de pecado, pois estamos nos conduzindo à perdição eterna, ao inferno. 

Às vezes nos preocupamos mais com certas normas e pequenas leis do dia a dia, na igreja, no trabalho ou em família, que nos esquecemos do amor a Deus e ao próximo. 

Devemos aprender a "perder tempo" (perder tempo como os materialistas pensam) com pessoas que precisam desabafar algum problema, precisam de um ombro amigo onde chorar suas mágoas. 

Eu já pedi muitas vezes perdão a Deus por todas as vezes que, por motivos de minhas missas uma atrás da outra, em finais de semana, na juventude, eu deixei de atender uma ou outra pessoa que precisava de mim naqueles momentos. 

Quando você estiver realmente compromissado(a) e não puder atender a alguém que pede sua atenção, marque com ele (ela) um horário o mais próximo possível para ouvi-lo(a). Vale a pena! Eu devia ter aprendido a fazer isso quando era mais jovem!

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32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

GERALMENTE CAI AQUI A FESTA DE TODOS OS SANTOS.

1ª leitura: 1Reis 17,10-16

Salmo Responsorial: 145 (146) R- Bendize, Minh’ alma, bendize ao Senhor!

2ª Leitura: Hebreus 9,24-28

Evangelho: Marcos 12,38-44

 

Naquele tempo, ao ensinar, Jesus dizia: “Cuidado com os escribas! Eles fazem questão de andar com amplas túnicas e de serem cumprimentados nas praças, 39  gostam dos primeiros assentos na sinagoga e dos lugares de honra nos banquetes. 40 Mas devoram as casas das viúvas, enquanto ostentam longas orações. Por isso, serão julgados com mais rigor. 41 Jesus estava sentado em frente do cofre das ofertas e observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam muito. 42 Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas. 43 Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros que depositaram no cofre. 44 Pois todos eles deram do que tinham de sobra, ao passo que ela, da sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha para viver”.

Comentário:

 (SÓ DO EVANGELHO)

 No evangelho, Jesus pede aos discípulos que ouçam o que os doutores da lei  falam, obedeçam às suas orientações, mas não pratiquem o mal que fazem. É um problema, mesmo, unir nossa pregação à nossa prática de vida.

Quem prega deve ter também uma vida de oração intensa, a fim de sempre estar forte para vencer as tentações e para praticar a palavra de Deus que prega.

Na segunda parte do evangelho, Jesus observa e elogia uma pobre viúva que depositou no cofre tudo o que possuía para seu sustento naquele dia. Talvez isso fosse algo que os doutores da lei não cumpriam: a generosidade na ajuda aos necessitados.

Nós estamos num tempo de desemprego e de miséria. Muitos nos pedem ajuda. O critério principal que devemos usar na partilha é, em primeiro lugar, o bom senso: nem todos precisam de ajuda monetária. Muitos precisam de ajuda médica ou de reeducação, como são os dependentes químicos.

Um antigo amigo meu, agora morador de rua, visivelmente embriagado, me pediu um trocado para comprar passe de ônibus. Eu lhe disse: " eu não conhecia essa marca de cachaça, ' passe de ônibus'". Ele riu, pois sabia que eu o conhecia. E aí conversamos um pouco sobre a necessidade que ele tinha de fazer um tratamento para libertar-se da bebida. Sei que aquilo pouco adiantou, mas eu me comprometi a rezar por ele. E digo que nesses casos, não dar dinheiro ajuda mais a pessoa do que dar. Sem dinheiro ele chega a um impasse, em sua vida, e aí talvez haja uma solução.

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33º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

 

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1ª Leitura: Daniel 12,1-3

Salmo Responsorial 15(16)R- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! 

2ª Leitura: Hebreus 10,11-14.18

Evangelho de Marcos 13,24-32

 "24.“Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor; 25.cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. 26.Então, verão o Filho do Homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória. 27.Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu. 28.Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão. 29.Assim também quando virdes acontecerem essas coisas, sabei que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30.Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isso aconteça. 31.Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. 32.A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai."

 

COMENTÁRIO:

A primeira leitura, do profeta Daniel, fala da ressurreição do último dia. "'Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno". Esse texto de Daniel foi aproveitado em vários outros lugares do Novo Testamento. Já em Daniel é um aprofundamento do que diz o capítulo 7º do Segundo Livro dos Macabeus. Jesus deixou mais clara essa doutrina, lembrando-nos que devemos viver sempre na graça de Deus para podermos ressuscitar para a vida eterna.

Na segunda leitura vemos como o sacrifício feito por Cristo é infinito, porque consegue atingir o íntimo do homem, aí operando de dois modos: negativamente, pela destruição radical do pecado. Positivamente, porque a santificação que realiza em nós aproxima-nos realmente de Deus (missal cotidiano). Essa santificação é efetiva e verdadeira: “Não me lembrarei mais dos seus pecados, nem das suas iniquidades” (v. 17) diz o Senhor. 

No Evangelho Jesus fala sobre o fim do mundo, como na primeira leitura. Ora, nós sabemos que o que acontecerá mais facilmente será nossa morte antes de que isso ocorra. Por isso, devemos sempre estar em oração e vigilância, procurando manter-nos no caminho da santificação. Desse modo estaremos sempre preparados para quando tivermos que comparecer ao tribunal divino. 

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34º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO 

DIA DO CRISTÃO LEIGO

 

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1ª Leitura: Daniel 7,13-14

Salmo Responsorial 92(93)R- Deus é rei e se vestiu de majestade, glória ao Senhor! 

2ª Leitura: Apocalipse 1,5-8

Evangelho de João 18,33b-37

"33.Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?” 34.Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?” 35.Disse Pilatos: “Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?”. 36.Respondeu Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”. 37.Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”."

 

COMENTÁRIO:

Jesus é rei, como ele mesmo disse a Pilatos, mas não é um rei como nós conhecemos. É um rei agregador, que reúne seus súditos como filhos e lhes dá todo o conforto possível de uma vida eterna feliz. 

Para isso, quer que livremente escolhamos seu domínio sobre nós. Sua realeza é divina, e por isso plenamente santa. Sendo infinitamente santa, não vai nos fazer mal algum nem vai também nos humilhar ou fazer qualquer coisa que nos prejudique ou magoe. 

Entretanto, muitas vezes permitimos outros tipos de reinado sobre nós, que nos escravizam, como os vícios, invejas, ambições, desejos iníquos. 

Quando nos sentimos fracos para vencermos tudo isso, recorramos a ele pela oração. A oração é o único modo verdadeiro com que nos ligamos a Deus. Viver sem a oração é como estar numa ilha isolada, sem internet, sem alimento, sem nada. Mas muitos de nós nem percebem essa ausência, essa falta de Deus. As coisas às quais estamos apegados nos cega para a verdade. 

Peçamos a Cristo Rei do Universo que reine sobre nós totalmente, sem restrições, e abandonemos o pecado, que é a corrente que nos liga aos falsos reis que nos levam não à eternidade feliz, mas ao abismo da infelicidade.