1ª Leitura: Gênesis 18,1-10a
Salmo Responsorial 14-R- Senhor, quem morará em vossa casa?
2ª Leitura: Colossenses 1,24-28
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”. – Palavra da salvação.
Podemos perceber dois assuntos hoje: a hospitalidade e o modo de estarmos com Jesus.
Na primeira leitura Abraão hospeda o próprio Deus, representado ali por 3 pessoas. No evangelho, Marta e Maria hospedam Jesus.
A hospedagem vem geralmente do costume da família. Pais que recebem bem suas visitas terão filhos igualmente bons hospedeiros.
Minha casa primava por receber bem as visitas. Minha mãe sempre fazia um bolo para receber as visitas vespertinas. Lembro-me sempre disso. E a visita nunca saía sem comer um pedaço de bolo e beber café com leite.
Entre os judeus a hospedagem era coisa sagrada. Receber as visitas era receber o próprio Deus.
O outro assunto é sobre Marta e Maria. Marta, “batendo panelas”, pede para Jesus para falar a Maria que a ajudasse. Maria, aos pés de Jesus como uma discípula (coisa inconcebível naquele tempo. Os discípulos só podiam ser homens. Jesus que inovou esse costume e teve muita discípulas). Ouvir Jesus é a melhor parte.
Mas o trabalho de Marta também é válido e necessário. A sugestão que dou é que sejamos um pouco de Marta (ação no mundo de hoje) e um pouco de Maria (contemplação, dedicação à oração). Só que a oração deve ser feita de momentos tais que se espalhem pelo dia todo, de modo que nunca deixemos de rezar.
Uma coisa depende da outra: sem a oração nunca seremos Marta, ou seja, nunca agiremos de acordo com a vontade de Deus. Sem a ação nunca seremos Maria, pois sem trabalhar pelo Reino a oração perde o sentido.