DOMINGO DE RAMOS e DA PAIXÃO DO SENHOR - C
TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB
1ª Leitura: Isaías 50, 4-7
Salmo Responsorial 21(22) R- Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
2ª Leitura: Filipenses 2,6-11
Evangelho: Lucas 22,14-23,56
(Por favor, acesse a leitura pelo link acima)
Estamos iniciando a Semana Santa, semana em que comemoramos a nossa redenção e a nossa entrada na Vida Eterna.
Há lugares em que a Semana Santa é celebrada às escondidas, por causa da proibição da prática do cristianismo. Isso, de certo modo, aconteceu na Coréia, em que o cristianismo começou sem padres. Um grupo de rapazes letrados tinham recebido da China um livro de um missionário que despertou neles a sede de conhecer a doutrina cristã. Pediram ao filho do embaixador coreano na China, Yi Sung-Hun, de procurar mais documentos sobre o cristianismo. Ele foi ao bispo de Pekin, que o instruiu e o batizou. Voltando para a Coréia em 1784 ele catequizou os amigos e formaram a primeira comunidade cristã da Coréia, sem nenhum padre. Apenas muitos anos depois, em 1831, chegou o primeiro sacerdote, que entrou clandestinamente. De 1791 até 1866 foram perseguidos e houve cerca de 103 mártires, comemorados no dia 20 de setembro. Isso é que é fé! Eram cristãos sem nunca haverem participado de uma só missa! Por isso, os que não podem frequentar a Santa Missa, lembrem-se da fé desses coreanos que nem conheciam sacerdotes!
Na Semana Santa vemos como Jesus, de rico e Todo-Poderoso, por nosso amor fez-se pobre e frágil e submeteu-se a todas essas humilhações que veremos nesta semana. O Domingo de Ramos mostra o último momento de sua vida, que de certa maneira foi também o único, em que foi aclamado, na entrada de Jerusalém, mas foi também o marco de sua sentença de morte.
Os ramos e os mantos que colocavam à sua passagem poderiam, hoje, talvez serem substituídos pela nossa conversão, oração e pelo jejum, tão pedidos por Maria em Medjugorje e em outras suas aparições.
A comemoração da Semana Santa talvez facilite-nos de refletir sobre a autenticidade de nosso cristianismo. Se ele for feito apenas de atos externos, nossa Semana Santa será vazia. Se nós formos cristãos de verdade, será uma Semana Santa bonita, em que nos uniremos aos demais não apenas virtualmente, mas de coração e alma, já que formamos um só corpo, cuja cabeça é Cristo, também pelo fato de que nosso cristianismo não acaba quando saímos da igreja, mas é uma realidade do nosso dia a dia de fé e de luta contra o mal e contra o pecado.
Nós respondemos a essa generosidade infinita de Jesus, que se deixou matar para nossa salvação, com amor ou com ingratidão? Com um propósito firme de deixarmos o pecado, a vida mansa, e começarmos a lutar contra o mal, contra o pecado em nossa vida, contra tudo o que pode nos separar de Deus, ou com indiferença?
Como diz algumas passagens da Bíblia, há diante de nós dois caminhos: o da vida eterna e o da morte, da perdição. Com nossas ações, estaremos automaticamente escolhendo um ou outro.