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2ª FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM


anos ímpares

 

Primeira Leitura: Gênesis 18,16-33 

Salmo Responsorial 102(103)R- O Senhor é indulgente, é favorável.

Evangelho: Mateus 8,18-22

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura Abraão não teve coragem de pechinchar mais com Deus sobre o número de pessoas justas que ali houvesse. Se ele continuasse, talvez Deus não destruísse a cidade por causa daquelas poucas pessoas. 

Em nossa vida também devemos ter mais confiança em Deus com nossos pedidos. Ele pode tudo! Cabe a ele resolver se vai ou não dar-nos as graças que lhe pedimos. Mas, sobretudo, nunca se esqueça de falar aquelas palavras necessárias no final da oração: “Senhor, se for de vossa vontade”!

No evangelho Jesus não engana as pessoas que querem segui-lo: a recompensa será dada no outro mundo. Neste mundo, quem quiser segui-lo terá muito trabalho, tem que ter muita paciência e fé para enfrentar a luta. 

E não podemos esperar para outro dia: temos que começar agora a obra da evangelização das pessoas, sobretudo pelo nosso bom exemplo. Quando o homem lhe pediu tempo para enterrar seu pai, ele quis dizer que ficaria em casa até que o pai morresse e só depois que o pai morresse ele iria seguir Jesus. Nós temos que confiar em Deus. Se ele nos chamou para um trabalho dentro da Igreja, temos também que confiar que ele vai nos dar as condições necessárias para realizá-lo. Não ter medo!

Viver dia a dia, eis o segredo da vitória. Mas quanto aos problemas e cruzes, levar a cruz quando procuramos ficar sem pecado e sem se apegar às coisas, é mais fácil do que levar a cruz de modo obrigado, resmungando e não levando uma vida de oração. A proteção de Deus para quem reza e se esforça na caridade é tremenda, é visível, é palpável. Quem procura seguir os ensinamentos de Jesus é uma pessoa feliz, mesmo que esteja passando por algum sofrimento ou provação.  

3ª FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM

04/07/2023

Santa Isabel de Portugal 

 

Gênesis 19,15-29 

Salmo Responsorial 25(26)- R- Tenho sempre vosso amor ante meus olhos 

Evangelho Mateus 8, 23-27  

Naquele tempo: 23Jesus entrou na barca,  e seus discípulos o acompanharam.  24E eis que houve uma grande tempestade no mar,  de modo que a barca  estava sendo coberta pelas ondas.  Jesus, porém, dormia.  25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram,  dizendo: 'Senhor, salva-nos,  pois estamos perecendo!'  26Jesus respondeu:  'Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?'  Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar,  e fez-se uma grande calmaria.  27Os homens ficaram admirados e diziam:  'Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?'  Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura temos duas lições principais: 1ª- Deus sempre protege quem o busca com amor e sinceridade. Protegeu Lot e sua família. Não destruiu uma outra cidadezinha só para que ela pudesse acolhê-los.

2ª Não abuse de Deus. A mulher que desobedeceu a ordem divina virou estátua de sal. Quem não segue a palavra de Deus fica sozinho (a). Tudo o que fizer vai ser coisa pessoal, não vai ter a ajuda divina. Deus não se intromete na vida de quem não o busca e não sente necessidade dele. 

No Evangelho os discípulos estavam amedrontados mesmo vendo Jesus ali no meio deles. Em nossa vida, muitas vezes parece que Jesus está ausente. Engano nosso. Mesmo na mais árida solidão, Jesus sempre está presente se o convidarmos a ficar conosco, como ele mesmo atesta em Apocalipse 3, 20: “Eis que estou à porta e bato. Quem ouvir a minha voz e me abrir a porta, vou jantar com ele e ele comigo”. Jantar com alguém, naquele tempo, era mais do que uma refeição: era participar de uma comunhão mútua. O jantar era como que um pacto de amizade e de fidelidade às causas um do outro. 

Quando José do Egito recebeu seus irmãos, que ainda não sabiam quem era ele, houve uma refeição em comum (Gênesis 43,32), mas José estava numa mesa, os seus irmãos (que ainda não haviam reconhecido José) numa segunda mesa e os egípcios numa terceira mesa. Ou seja: ali, ninguém estava em comunhão com ninguém. Essa era a importância da refeição naqueles tempos. Lembram-se de que os fariseus viviam censurando Jesus por tomar a refeição junto com os pecadores? Porque a refeição tinha um simbolismo muito além do que uma alimentação. Mostrava que os participantes estavam em profunda comunhão. 

É essa comunhão íntima que vamos ter com Jesus se lhe abrirmos as portas de nossa vida e confiarmos nele, diferentemente dos discípulos, que não confiaram. 

QUARTA-FEIRA DA 

13ª SEMANA COMUM

05/07/2023

Santo Antônio Maria Zacaria

  

Primeira Leitura: Gênesis 21,5.8-20

Salmo Responsorial: 33(34)R-Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Evangelho: Mateus 8,28-34

Naquele tempo 28 Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 Eles então gritaram: “Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” 30 Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. 31 Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos”.  32 Ele disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. 33 Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. 34 A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.

Comentário: 

Na primeira leitura vemos o problema do filho que Abraão teve com Agar, escrava de Sara (isso era um costume normal naquele tempo quando a esposa era estéril). Acontece que Sara também ficou grávida, pouco tempo depois, por graça de Deus, e pediu que Abraão mandasse embora Agar e Ismael. Deus disse a Abraão que atendesse Sara, garantindo que a escrava e seu filho seriam também contemplados com sua bênção: “Do filho da escrava farei também um grande povo, por ele ser da tua raça”. 

A mensagem para nós pode ser exatamente esse sentimento de abandono que sentimos quando as coisas planejadas não dão certo. Agar e Ismael, no deserto, quase morreram de sede, mas um Anjo enviado por Deus os socorreu. Isso também acontece conosco. Quando Deus quer realizar um plano, aproveita até os erros humanos e as suas fraquezas para executá-lo. Não temos motivo para viver atormentados pelas rudezas da vida. Devemos saber que temos Deus por Pai, Jesus é nosso Senhor e nosso irmão que, sendo verdadeiro Deus e homem, sabe cuidar de nós. Não tenham medo, diz S. João no Apocalipse. Se Deus é por nós, diz, S. Paulo, quem será contra nós? Eu digo: só nós mesmos podemos ir contra nós, quando, por exemplo, perdemos a esperança. 

No evangelho vemos algo muito comum atualmente: mesmo conhecendo a divindade de Jesus e a maravilha do reino que ele anunciou, muitos seguem o caminho inverso. Os gadarenos, na época, preferiam ficar com os possessos a aceitar Jesus e se converterem, pois estavam mais preocupados com suas posses, no caso os porcos que perderam com o exorcismo, do que com o bem estar das pessoas.

 Quantas pessoas desprezam os ensinamentos de Jesus por puros interesses materiais e por acharem que serão infelizes se seguirem suas palavras. Não sabem, coitadas, que serão muito mais felizes se seguirem o que Jesus disse. E serão libertadas do demônio, como o coitado aí do evangelho. Isso se outras pessoas não impedirem!

 Muitos preferem se escravizar aos vícios e manias. Jesus adverte que se aderirmos a ele, nosso Deus e Senhor, nossos fardos ficarão leves e perfeitamente suportáveis. E como isso é verdadeiro! Que possamos confiar nas palavras de Jesus e aderirmos a ele incondicionalmente! Nunca iremos nos arrepender dessa sábia escolha!


5ª FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM 

06/07/2023 

Sta. Maria Goretti

 

1ª. Leitura –Gênesis 22,1-19 

Salmo114(115)R- Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

Evangelho Mateus 9,1-8 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!” 3Então alguns mestres da lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? 6Pois bem, para que saibais que o Filho do homem tem, na terra, poder para perdoar pecados” – disse, então, ao paralítico –, “levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens. – Palavra da salvação

 

Comentário:

Na primeira leitura de hoje vemos como a gente pode entender erradamente o que Deus quer de nós. Abraão, vendo que muitos de seus vizinhos pagãos sacrificavam os filhos aos deuses, achou que deveria também oferecer o seu filho único Isaac ao seu Deus único e verdadeiro. Na hora “h” ele viu um carneiro preso pelos chifres e compreendeu que Deus não queria que ele sacrificasse o filho. Esse “insight” que ele teve deu-lhe a oportunidade de provar a Deus que o obedecia e que o queria servir de todo o coração, sacrificando seu filho, se preciso fosse, para mostrar sua fidelidade. Deus, em troca desse empenho, prometeu-lhe uma descendência numerosa (como de fato o é, se levarmos em consideração que nossa fé cristã está baseada nas origens que vem de Abraão) e muitas bênçãos. 

Para nós fica, talvez, a dica: antes de tomar decisões drásticas em nossa vida, vamos pensar muito e tomar conselho com algumas pessoas sábias. Não façamos nada sem sabermos se é, realmente, o certo a fazer.

No evangelho Jesus mostra a todos que pode perdoar os pecados, e faz isso de modo bem pedagógico: utiliza a crença que eles tinham, na época, de que os doentes, como o paralítico, eram assim por causa dos pecados. Quando Jesus perdoou o paralítico e depois o curou, mostrou a todos que realmente havia perdoado, pois caso contrário, segundo a crença vigente, o paralítico não teria sido curado. Só Deus podia fazer isso, e Jesus mostrou a todos sua divindade. Pena que nem todos acreditaram, como ainda hoje, em que muitos não acreditam na divindade de Jesus. Muitos nem sabem disso, mas os Mórmons e as Testemunhas de Jeová não acreditam na divindade de Jesus. 

Para nós fica a dica: vamos sempre pesquisar em nossa vida se não estamos vivendo em pecado. Caso isso ocorra, confessemos a um padre todos os nossos pecados, para que possamos estar na graça de Deus. Como as doenças não provêm do pecado, podemos, sim, continuar ou ficar doentes. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, embora também seja verdade que os sofrimentos oferecidos a Deus podem pagar a dívida que contraímos quando pecamos. Tudo nesta vida pode, com a graça de Deus, transformar-se em coisas positivas para nós. Até os sofrimentos. 


6ª FEIRA DA 13ª SEMANA COMUM

07/07/2023

  

1ª Leitura: Gênesis 23,1-4.19;24,1-8.62-67

Salmo Responsorial 105 (106) Dai graças ao Senhor porque ele é bom! 

Evangelho Mateus 9,9-13 

Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse- lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o. 10Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?” 12          Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 13 Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”. 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Abraão fez o administrador de todos os seus bens jurar que conseguiria pra Isaac uma esposa tirada de sua parentela, em sua cidade natal. Assim  foi feito e Isaac casou-se com Rebeca. O texto de hoje conta essa história. Para nós, vale meditar que Deus sempre tem um plano para nós, como teve para Isaac e Rebeca. Basta que confiemos plenamente nele e em sua Palavra, transmitida pela Igreja. 

No Evangelho vemos a conversão de Mateus e como ele deixou tudo para seguir Jesus, como o fizeram os demais apóstolos. Nossa mania é fazermos uma fichinha da pessoa e nunca mudá-la, mesmo com o progresso espiritual dela. Muita coisa pode acontecer na vida de um ser humano, inclusive a conversão. Quando alguém se converte, muda seu estilo de vida, torna-se uma pessoa humilde, caridosa, piedosa, e às vezes ainda guardamos ressentimento daquilo que a pessoa costumava ser no passado. 

Jesus confiou na conversão de Mateus e foi tomar a refeição com ele e seus amigos, considerados todos pecadores pelos chefes da época. 

Realmente, Mateus era cobrador de impostos, profissão condenada pelos escribas e fariseus. Quem a exercesse era considerado pecador. Na verdade, havia muita roubalheira nessa profissão. Entretanto, ele nos dá o exemplo de como transformar-se de pecador em santo, mediante o arrependimento sincero de nossos pecados. Podemos fazer o mesmo, e recomeçarmos uma vida nova. É essa a vontade de Deus. 


SÁBADO DA 13ª SEMANA COMUM 

08/07/2023 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Primeira Leitura: Gênesis 27,1-5.15-29

Salmo Responsorial 134(135)R- Louvai o Senhor, porque é bom!

Evangelho: Mateus 9,14-17 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” 15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão. 16Ninguém coloca remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. 17Também não se coloca vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se coloca em odres novos, e assim os dois se conservam”. – Palavra da salvação

 Comentário:

Na primeira leitura vemos um caso de polícia. Jacó usurpa o direito de primogenitura do irmão Esaú com a ajuda de sua mãe Rebeca. É um assunto meio delicado, mas vemos como Deus se serve até dos erros humanos para cumprir seus propósitos para a humanidade. Esaú foi o herdeiro da promessa. Eis como o missal cotidiano conta isso: "Na aventura pouco limpa de Jacó, que consegue extorquir do pai, Isaac, a bênção da primogenitura, lemos toda a história da entrada de Deus nos acontecimentos humanos(...) E na nova aliança? A obra de Cristo transforma o mundo; entretanto, o mal se introduz em sua própria Igreja"...

  Essa história de Esaú e Jacó deve nos deixar um pouco mais animados em nossa vida. Podemos recomeçá-la ainda hoje, pedindo perdão de nossos pecados passados a Deus por meio da confissão. Esses pecados talvez tenham nos desviado da vocação inicial que Deus nos deu, mas ele é misericordioso e, como no caso desses dois irmãos, nos dá uma nova vocação. Cabe a nós nos agarrarmos a essa nova oportunidade e recomeçar nossa vida na alegria de sermos aceitos novamente por Deus. 

No evangelho a mensagem principal que vejo é o fato de que precisamos renovar a nossa vida por inteiro, e não apenas parte dela. Se você caiu numa poça de lama, não adianta apenas lavar as mãos. Tem que tomar banho! Assim também na vida espiritual: não adianta uma pessoa ser frequentadora de missas, por exemplo, se dá contratestemunho no dia a dia. 

Quando acontece isso em nossa vida, temos que nos conscientizar dos erros, arrepender-nos e mudar radicalmente de vida. Deus nos receberá e, como diz Miquéias (últimos versículos do livro), “Deus jogará nossas iniquidades no mais fundo do mar”.