30ª SEMANA ÍMPAR

2ª FEIRA DA 30ª SEMANA COMUM. -

30/10/2023

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Romanos 8,12-17 

Salmo Responsorial 67(68)R- Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador! 

Evangelho Lucas 13,10-17 

 Jesus estava ensinando numa sinagoga, num dia de sábado. 11        Havia aí uma mulher que, dezoito anos já, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e totalmente incapaz de olhar para cima. 12    Vendo-a, Jesus a chamou e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13     Ele impôs as mãos sobre ela, que imediatamente se endireitou e começou a louvar a Deus. 14 O chefe da sinagoga, porém, furioso porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado, se pôs a dizer à multidão: “Há seis dias para trabalhar. Vinde, pois, nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado”. 15     O Senhor respondeu-lhe: “Hipócritas! Não solta cada um de vós seu boi ou o jumento do curral, para dar-lhe de beber, mesmo que seja em dia de sábado?16       Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não devia ser libertada dessa prisão, mesmo em dia de sábado?” 17       Essa resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura S. Paulo diz que a obrigação que temos de agir e viver bem, de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, é que, pelo batismo, recebemos o Espírito Santo e nos tornamos filhos adotivos de Deus. Podemos, como Jesus, chama-lo de “ABBA”, Pai. Esse modo de chamar a Deus de Pai é o modo como as crianças chamavam seus pais. Seria hoje em dia talvez como “Daddy” em Inglês, ou “Papai”, “paie” em português. Conclui S. Paulo: “E, se somos filhos, somos também herdeiros”. 

No evangelho vemos mais uma página daquelas em que o chefe da sinagoga e os fariseus criticam Jesus por curar em dia de sábado. Jesus argumenta que eles solta do curral o boi ou o jumento em dia de sábado para dar-lhe de beber. Será que aquela mulher doente não vale mais do que um boi ou um jumento para eles, que não pode ser curada no dia de sábado? Precisamos mudar nossa hierarquia de valores não só nesse assunto, mas em todos. Neste caso, o nosso domingo, que equivale ao sábado deles, deve ser usado para o contato com a família, para louvarmos a Deus na comunidade e deve ser um dia alegre, festivo, de descanso. Devemos, sim, evitar o trabalho que pode esperar para ser feito durante a semana, mas caso seja necessário, inadiável, pode ser feito com tranquilidade. O importante é não nos escravizarmos ao lucro e ao dinheiro e devemos tirar o dia de domingo para nosso lazer e encontro familiar. 


3ª FEIRA DA 30ª SEMANA COMUM. - 

31/10/2023 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Romanos 8,18-25 

Salmo Responsorial 125(126) - R- Maravilhas fez conosco o Senhor!

 Evangelho Lucas 13,18-21

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o reino de Deus e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura, S. Paulo nos fala que: “eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós”, ou seja, seja qual for a intensidade de sofrimento que alguém tenha aqui na terra, não tem comparação com a felicidade que nos espera na eternidade. Mas ele lembra que nós já fomos salvos, mas apenas na esperança: esperamos a salvação que não vemos. Mas, se estamos esperando o que não vemos, é porque estamos aguardando a salvação por meio da perseverança. E essa é a palavra-chave: PERSEVERANÇA. 

Jesus dá dois exemplos de perseverança no texto do evangelho de hoje: a semente minúscula de mostarda, do tamanho de um ponto final desta página, mas que brota e fica grande, e a farinha que, com o fermento, cresce na fabricação do pão. 

A característica dos dois elementos é a humildade e o despojamento: sem morrer como semente, a sementinha de mostarda não brota. Sem desaparecer na farinha, o fermento não age. 

Em nossa vida, o mesmo ocorre: o Reino de Deus está entre nós, mas só o percebe quem tem fé e está disposto (a) a perseverar. “Quem perseverar até o fim será salvo”. O cristão deve tirar de seu dicionário pessoal as palavras “Desânimo” e “Desistência”.

4ª FEIRA DA 30ª SEMANA COMUM. - 

01/11/2023 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Romanos 8,26-30 

Salmo Responsorial 12(13) - R- Senhor, eu confiei na vossa graça! 

Evangelho Lucas 13,22-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. 26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas, no reino de Deus e vós, porém, sendo lançados fora. 29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura S. Paulo diz que nós não sabemos o que pedir nem como pedir. Por isso, o Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza e intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. 

Essa intercessão do Espírito Santo é, na verdade, uma elucidação do que realmente precisamos e está “embutido” em nossa oração. Ele conhece profundamente o que estamos precisando de verdade. Gemidos inexprimíveis é um modo de explicar a linguagem que as três Pessoas da Santíssima Trindade usam entre si. Nós não entenderíamos se a ouvíssemos, mas Deus entende. O Missal cotidiano compara com o balbucio da criança: ninguém entende o que ela está pedindo, mas a mãe entende. 

No evangelho Jesus mostra que só o conhecemos verdadeiramente se praticamos sua Palavra, aqui retratada como a porta estreita. Parece uma porta estreita, mas na verdade não é, porque, se nós resolvermos ouvir Jesus e entrar pela porta estreita de sua Palavra, iremos descobrir que o tempo todo ele estará nos ajudando, nos incentivando, nos fortalecendo, e a passagem será feita de modo tranquilo. 

O resumo seria este: não adianta conhecermos Jesus e termos lido dez vezes a bíblia toda. O que importa é se estamos praticando o que Jesus disse, principalmente no que se refere à caridade, ao perdão mútuo, à oração e à misericórdia. Quem der um só copo de água a alguém em nome de Jesus, disse ele, estará na verdade dando esse copo de água a ele. Este é um dos que ele vai conhecer no Juízo Final.  

Nestes próximos domingos, até à festa de Cristo Rei, o assunto vai ser dirigido ao julgamento final. 


5ª FEIRA DA 30ª SEMANA COMUM. -

 

31/10/2019

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


 

1ª Leitura: Romanos 8,31b-39

 

Salmo Responsorial 108(109)-R- Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!

 

Evangelho Lucas 13,31-35

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. 32Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia, terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo, não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: ‘Bendito aquele que vem em nome do Senhor’”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura S. Paulo diz que nada, nem deste nem do outro mundo, nada pode nos separar do amor de Deus. Pois há uma ressalva: há, sim, uma pessoa que pode nos separar do amor de Deus, e não é o demônio: ele não pode fazer nada sem o nosso consentimento. A única pessoa deste ou do outro mundo que pode nos separar do amor de Deus, SOMOS NÓS MESMOS. Só a própria pessoa pode se separar do amor de Deus. Jesus Cristo nos salvou, no sentido de ter limpado a estrada, mas nós temos que seguir essa estrada, que é estreita, para chegar à salvação eterna.

No evangelho Jesus se compara a uma galinha que acolhe seus pintinhos sob as suas asas, para defendê-los do frio e dos animais predadores. Mas a maioria das pessoas não quis entrar debaixo da proteção de Jesus. Preferiram ficar apegados às suas tradições pesadas e desumanas.

E nós, como nos portamos diante da novidade que Jesus vem nos trazer? Será que esse pessoal que está indo contra as decisões do Sínodo da Amazônia não é como esses judeus que não quiseram se adaptar à novidade que Jesus veio trazer? Afinal, acreditamos ou não que Jesus continua conosco na Igreja, por meio de seus representantes?

6ª FEIRA DA 30ª SEMANA COMUM. -

03/11/2023 

São Martinho de Lima 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Romanos 9,1-5

Salmo Responsorial 147(147B)-R- Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Evangelho Lucas 14,1-6

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 2Diante de Jesus, havia um hidrópico. 3Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da lei e aos fariseus: “A lei permite curar em dia de sábado ou não?” 4Mas eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 5Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” 6E eles não foram capazes de responder a isso. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura São Paulo está muito triste com os judeus por não acreditarem em Jesus Cristo e jogarem fora essa tão grande oportunidade de se converterem e aceitarem o cristianismo. Mesmo hoje em dia há dois terços da humanidade que não acredita ainda em Jesus Cristo! Diz o site https://www.gospelprime.com.br : ”Um amplo estudo publicado este mês (dezembro de 2011) aponta que o número total de cristãos em todo o mundo é de 2.180 bilhões, ou 31,7% – da população global, quase um terço dos estimados 7  ​​bilhões de habitantes do planeta”. Em 2050 os muçulmanos vão estar no mesmo número que os cristãos. Se o número tão menor naquele tempo impressionou São Paulo, imaginem se ele vivesse nos dias de hoje! 

No evangelho, Jesus curou um hidrópico no dia de sábado, em que era proibido trabalhar e a fazer muitas coisas. Jesus fica triste com isso, pois a misericórdia é maior do que qualquer outra coisa. E lembra-os de que para fazer coisas de seus interesses, eles quebravam a lei do sábado. Ou seja: muitos acham que as leis e os mandamentos só servem para os outros. Também o fato de que as leis são feitas para serem seguidas, mas sempre devemos ter em vista a caridade cristã, e não um seguimento fanático e mesquinho. O amor a Deus e ao próximo deve ser nosso parâmetro para agir. 

SÁBADO DA 30ª SEMANA COMUM. -

 04/11/2023 

São Carlos Borromeu  

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Romanos 11,1-2ª.11-12.25-29

Salmo Responsorial 93(94)R- O Senhor não rejeita o seu povo

Evangelho Lucas 14,1.7-11

Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. 7  Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante, 9        e o dono da casa, que convidou os dois, venha a te dizer: ‘Cede o lugar a ele’. Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar. 10 Ao contrário, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Quando chegar então aquele que te convidou, ele te dirá: ‘Amigo, vem para um lugar melhor!’ Será uma honra para ti, à vista de todos os convidados. 11   Pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura São Paulo garante aos Romanos que Deus não rejeitou o seu povo de Israel, mas está esperando que as pessoas aceitem o Evangelho. A rejeição do povo de Israel ao Evangelho, de início, na verdade abriu espaço para os pagãos e o acolhimento dos pagãos está nos planos de Deus. Deus não revogou a aliança que fez com os Patriarcas. Ela ainda está de pé. Ele termina com uma frase magnífica, de que eu gosto muito, muito profunda para a nossa vida, no versículo 29: “POIS OS DONS E A VOCAÇÃO DE DEUS SÃO IRREVOGÁVEIS”. Ou seja, em outras palavras, Deus nunca se arrepende de seu chamado e da vocação que nos dá”. 

Para nós, de hoje, essa mensagem traz muita esperança e confiança, pois sabemos que podemos retomar o caminho da santidade, se o deixamos. Para isso, é necessário começar com uma boa confissão e arrependimento de nossos pecados e desvios. 

No evangelho Jesus nos convida a vivermos a humildade, em qualquer ocasião. Quando somos  humildes nossas orações serão atendidas por Jesus, que se sente mais livre para agir a nosso favor. Quando somos orgulhosos e cheios de nós mesmos, não abrimos espaço para que Jesus possa agir. Também em relação aos outros: o humilde abre espaço para corrigir-se diante da admoestação dos seus amigos, e se coloca sempre no caminho do aprendizado para viver melhor e de modo mais santo. O orgulhoso, vaidoso, cheio de si, se fecha a qualquer admoestação, acha-se autossuficiente, e por isso não tem condição alguma de progredir no caminho da virtude.