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2ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM

14/08/2023

São Maximiliano M. Kolbe


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Deuteronômio 10, 12-22

Salmo Responsorial 147(147B) – Glorifica o Senhor, Jerusalém! 

Evangelho Mateus 17, 22-27 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” 25Pedro respondeu: “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem, dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”. – Palavra da salvação.

 

Comentário: 

Na primeira leitura Moisés dá uma orientação para o povo: “O que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo, para que sejas feliz”. É justamente isso que também nós devemos fazer. Sem muitas delongas, sem muitas explicações. Apenas isso, que já é um programa para a vida toda: Temer a Deus (=levar Deus a sério e não zombar dele). Andar em seu caminho: ouvir o que Jesus nos disse e praticar sua palavra. Amar e servir ao Senhor.

No Evangelho Jesus faz o segundo anúncio da paixão. São três ao todo. Em seguida mostra que, como Filho de Deus está isento do tributo do templo. Mas paga por si e por Pedro, lembrando que pagar impostos faz parte da convivência humana, desde que seja justo. Se participamos da sociedade, é justo que também contribuamos para o funcionamento dessa sociedade.  


3ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM

15/08/2023 


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Deuteronômio 31,1-8

Salmo: Cântico de Deuteronômio 32: A porção do Senhor é o seu povo.

 Evangelho Mateus 18, 1-5.10.12-14

 Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2 Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3        e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4      Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5-E quem acolher em meu nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo. 10 Cuidado! Não desprezeis um só destes pequenos! Eu vos digo que os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12 “Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à procura daquela que se perdeu? 13    E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá mais alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. 14 Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos.

 

COMENTÁRIO: 

Na primeira leitura Moisés passa seu cargo e seus poderes a Josué, seu substituto e sucessor, a quem e confiada uma investidura essencialmente política: conquistar Canaã e ali instalar as doze tribos. O povo agora é livre para conquistar a pátria prometida. Os homens mudam, as incertezas e os perigos são muitos, mas Deus permanece: ele nunca muda. Eles têm que confiar em Deus, e não nas armas e nos chefes (Missal cotidiano). E nós? Confiamos mais em Deus do que nos nossos atributos e processos tecnológicos? O melhor é usar, sim, a tecnologia, mas nunca se esquecendo de que Deus é quem nos deu a capacidade para progredirmos na ciência e em todos os aspectos da vida. Ele é o Senhor de tudo, e temos que confiar nele para não sermos iludidos e nos decepcionar. 

No Evangelho Jesus nos lembra que se quisermos nos santificar e entrar no céu, deveremos nos tornar simples, disponíveis, humildes, pobres, sem pretensões, confiantes... como as crianças. Então seremos fortes, porque não nos basearemos em nossas próprias forças, mas na força e no amor do próprio Deus, a quem recorremos em nossa pequenez e humildade. As crianças conseguem muitas coisas porque não agem sozinhas, mas sempre confiam e pedem a ajuda dos pais. O mesmo ocorrerá conosco: se formos humildes sempre esperaremos e pediremos a ajuda de Deus em nossas atividades e ações em favor do bem. Os vaidosos e orgulhosos talvez vão tentar conseguir fazer sozinhos, e isso limita muito o que eles vão conseguir realizar. É como a criança que não queira a ajuda de seu pai. É preciso sempre nos lembrar de que Deus respeita a nossa liberdade e não entra em nossa vida se não pedirmos. 

4ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM

16/08/2023

Santo Estêvão da Hungria

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Deuteronômio 34, 1-12

Salmo Responsorial 65(66)R- Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, é ele que dá vida à nossa vida. 

Evangelho Mateus 18,15-20

 15    Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. 16   Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17    Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. 18       Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19    Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. 20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”

COMENTÁRIO: 

 

A primeira leitura narra a morte de Moisés, que foi enterrado num local desconhecido e delineia num quadro geográfico muito bem especificado, os limites da terra que havia séculos Deus prometera aos hebreus e estes, por ocasião da morte de Moisés, estavam prestes a conquistar. 

Poderíamos, nesta leitura, meditar a grandiosidade da pessoa de Moisés como servo de Deus obediente e prestativo. Ele viveu em profunda intimidade com Deus. E nós? Como estamos, em relação a essa intimidade com Deus? Sabemos que é pela oração e por uma vida íntegra que conseguimos essa intimidade. Estamos dispostos a nos converter para podermos gozar desse contato com a divindade?

No evangelho Jesus nos ensina uma regra de convivência, para quando há alguém que peca abertamente e atrapalha a vida da comunidade. A orientação é para ter paciência e cuidar do caso com muita caridade.  

Conheci um padre que sempre dizia, por brincadeira, que Jesus teria na verdade dito: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles, para separá-los nas brigas”. É mesmo difícil a convivência. Nós sempre vemos os defeitos dos outros, mas temos mais dificuldade em ver nossos próprios defeitos. Entretanto, quando realmente ocorrer um problema grave na comunidade causado por uma pessoa, o encarregado desse assunto na comunidade deve procurá-la e sanar o problema gentilmente, dando oportunidade à pessoa para se converter. A expulsão, ou atitude parecida, deve ser em último caso, quando não houver mais recursos.


QUINTA-FEIRA DA 19ª SEMANA COMUM

17/08/2023

Sta. Joana Francisca de Chantal

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Primeira Leitura: Josué 3,7-10a.11.13-17

Salmo Responsorial: 113A(114)R- Aleluia, aleluia, aleluia

Evangelho: Mateus 18,21-19,1

Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22     Jesus respondeu: “Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. 23  O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. 24        Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. 25        Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. 26   O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. 27 Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. 28     Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29  O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’. 30 Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo. 31        Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. 32    Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. 33  Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? 34 O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. 35 É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1- Quando terminou essas palavras, Jesus deixou a Galileia e foi para a região da Judéia, pelo outro lado do Jordão.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura temos a narrativa do trajeto da Arca da Aliança, que atravessou o rio Jordão a seco. As águas que vinham de cima pararam, e as que já haviam passado continuaram o seu caminho. É uma espécie de procissão litúrgica da arca, para nos afirmar que Deus mesmo conduz o povo ao destino que lhe preparou, fazendo-o superar tanto as dificuldades da natureza (a passagem pelo rio Jordão a pé enxuto) como a dos homens (a ameaça que os cananeus representavam).  

Hoje temos, em nossas igrejas, muito mais do que uma arca: temos a Eucaristia. Será que nós estamos conscientes que ali está Jesus em corpo, sangue, alma e divindade?

No evangelho o tema é o perdão. O texto nos dá duas orientações: 

1ª- Deus perdoa sempre, por maiores que tenham sido os nossos pecados, se nós nos conscientizarmos deles. 

2ª- Como somos perdoados por Deus, devemos também perdoar os nossos irmãos. E, comparando as ofensas feitas a Deus com as que os irmãos nos fizeram, a diferença é enorme. No evangelho, o patrão (Deus) havia perdoado uma quantia absurdamente grande, cerca de 3 toneladas de ouro, enquanto o que havia sido perdoado foi incapaz de perdoar o que seria cerca de 400 gramas de ouro. 

No próprio Pai nosso nós colocamos a Deus essa condição: perdoai as nossas ofensas assim como (=do mesmo modo, da mesma forma que ) nós perdoamos aos que nos têm ofendido. 

Dá para encarar Deus e pedir-lhe perdão depois de uma vida em que não perdoamos aos que nos prejudicaram e/ou nos ofenderam?


6ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM 

18/08/2023

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Josué 24,1-13

Salmo Responsorial 135(136)R- Eterna é a sua misericórdia!

 Evangelho Mateus 19,3-12 

3      Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus e, para experimentá-lo, perguntaram: “É permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo?” 4      Ele respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 5      e disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne’? 6    De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. 7   Perguntaram: “Como então Moisés mandou dar atestado de divórcio e despedir a mulher?” 8      Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o princípio. 9        Ora, eu vos digo: quem despede sua mulher – fora o caso de união ilícita – e se casa com outra, comete adultério”. 10  Os discípulos disseram-lhe: “Se a situação do homem com a mulher é assim, é melhor não casar-se”. 11     Ele respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, mas só aqueles a quem é concedido. 12   De fato, existem eunucos que nasceram assim do ventre materno; outros foram feitos eunucos por mão humana; outros ainda, tornaram-se eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda”.


COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Josué diz que “a conquista de Canaã é um dom absoluto de Javé, preparado através das vicissitudes de séculos e séculos, como fios, que a mão provida de Deus recolheu e guiou pacientemente, até fazer deles o tecido-base para o desenrolar do plano da salvação” (Missal cotidiano). Praticamente esse capítulo 24 é um “Credo” do povo de Deus antigo. 

Esse “credo” que Josué está desfiando diante do povo tem, em nossa Igreja, algo semelhante, o nosso próprio “Credo”, nossa profissão de fé, que fazemos todos os domingos quando vamos à Missa. Será que praticamos em nossa vida diária tudo aquilo que nessa recitação do credo dizemos crer?

No evangelho Jesus nos lembra que na vida eterna não teremos as mesmas condições materiais que temos aqui. Lá não nos casamos, não somos dados em casamento, não teremos filhos. 

Jesus deixa bem clara a importância do matrimônio e a preparação que temos que ter para assumi-lo. O adultério é uma praga que corrói o coração humano e o impede de continuar a vida conjugal com o cônjuge. Para que isso não aconteça, diz o missal cotidiano: “É preciso rejeitar o divórcio e o adultério até à raiz, às aspirações mais íntimas e inconfessáveis, conservando livres o olhar e o coração”. 

Lembro que São João Batista morreu por denunciar o adultério de Herodes com Herodíades. Isso é algo sério. Jesus termina seu discurso mostrando que há pessoas que renunciam ao casamento para o bem da comunidade, para estar a serviço das pessoas. Entretanto, esse é um assunto delicado. É preciso para que haja vocação para se deixar o matrimônio em busca de uma vida consagrada ou sacerdotal. Nem todos são chamados a isso. Entretanto, é verdade, que para o casamento é preciso também ter vocação. Nem todos os que contraem matrimônio aceitam essa verdade. Preferem arriscar... e acontece a separação. 

Certa vez um casal muito jovem insistiu em se casar. Eu percebi que não ia dar certo e quase implorei para a mãe da moça pedir mais um tempo para eles decidirem ou não pelo casamento. Não houve jeito. Fiz esse casamento um tanto contrariado, pois estava bem claro que não ia dar certo, pelo que eu conhecia tanto dele quanto dela. Não deu outra: separaram-se um mês depois. A mãe veio, chorando, pedir-me desculpas por não ter-me ouvido... 

É preciso uma preparação melhor para o casamento. Acho que há muito pega-pega e pouca conversa entre os namorados de hoje. Moralismo à parte, acredito que o conhecimento entre ele e ela deve ser muito profundo, pois estão planejando viver a vida toda juntos... mas com o "pega-pega" isso é prejudicado. Será que todos os que se casam se conhecem mesmo, realmente se aceitam? Estão sabendo os defeitos e as qualidades dos(as) respectivos (as) noivos (as)?


SÁBADO DA 19 ª SEMANA COMUM

19/08/2023

São João Eudes

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Josué 24,14-29

Salmo Responsorial 15(16)R- O Senhor é a porção da minha herança!

Evangelho Mateus 19,13-15

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14Então Jesus disse: “Deixai as crianças e não as proibais de virem a mim, porque delas é o reino dos céus”. 15E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali. – Palavra da salvação.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos os últimos atos de Josué. Ele conclamou o povo a abandonar os ídolos e adorar ao verdadeiro e único Senhor. Nossa Senhora em Medjugorje insiste muito no fato de que nada podemos fazer sem Deus. Gaudium et Spes, número 36, diz que "Sem Deus, a criatura se reduz a nada".

 A mensagem é, portanto, bem clara: deixarmos os falsos ídolos atuais: sexo, dinheiro, fama, artistas de tevê, jogadores de futebol, o próprio futebol, a busca insana pelos prazeres culinários etc., e nos colocarmos ininterruptamente diante de Deus, que deve ser o nosso único Deus.

Jesus, no evangelho, recebe a todos, até as crianças, que na época eram “zeros à esquerda” e não tinham valor algum. Para Deus todos nós temos valor, pois custamos o sangue de seu Filho amado.

Agir como criança não é agir sem pensar ou de modo ingênuo, mas ser simples, confiar em Deus como a criança confia no pai, agir de modo gratuito, com sinceridade e sem interesses avarentos.