TC-PAR-13ª-23ª

2ª FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

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 Primeira Leitura: Amós 2,6-10.13-16

 Salmo Responsorial 49(50)-R- Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!

 Evangelho: Mateus 8,18-22

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 Na primeira leitura Amós fala dos pecados do povo de Israel e dos povos vizinhos. Deus não vai mais segurar sua mão contra eles. Dentre os tantos e inúmeros pecados, sobressai a injustiça social, acompanhada dos piores abusos as práticas de culto. Amós anuncia o castigo pensando em convencer todos esses ingratos pecadores a voltarem à prática da aliança, da amizade com Deus, voltarem a uma vida mais santa, sem o abuso tão constante e desumano que faziam aos pobres e pessoas que não tinham possibilidade de se defender. 

Em nossa vida também devemos atender aos pedidos divinos feitos por meio de Jesus e mantidos pela Igreja, além de repetidos por várias vezes e em vários lugares pela própria Nossa Senhora. Estamos, também, dentro de uma pandemia, que muitos acham ser castigo divino. Pode até não ser, mas se não nos convertermos teremos muito a temer. 

No evangelho Jesus não engana as pessoas que querem segui-lo: a recompensa será dada no outro mundo. Neste mundo, quem quiser segui-lo terá muito trabalho, tem que ter muita paciência e fé para enfrentar a luta. 

E não podemos esperar para outro dia: temos que começar agora a obra da evangelização das pessoas, sobretudo pelo nosso bom exemplo. Quando o homem lhe pediu tempo para enterrar seu pai, ele quis dizer que ficaria em casa até que o pai morresse e só depois que o pai morresse ele iria seguir Jesus. Nós temos que confiar em Deus. Se ele nos chamou para um trabalho dentro da Igreja, temos também que confiar que ele vai nos dar as condições necessárias para realizá-lo. Não ter medo!

Viver dia a dia, eis o segredo da vitória. Mas quanto aos problemas e cruzes, levar a cruz quando procuramos ficar sem pecado e sem se apegar às coisas, é mais fácil do que levar a cruz de modo obrigado, resmungando e não levando uma vida de oração. A proteção de Deus para quem reza e se esforça na caridade é tremenda, é visível, é palpável. Quem procura seguir os ensinamentos de Jesus é uma pessoa feliz, mesmo que esteja passando por algum sofrimento ou provação. 

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3ª FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

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Primeira Leitura:-Amós 3,1-8;4,11-12

Salmo Responsorial 5- R- Na vossa justiça guiai-me, Senhor!

Evangelho Mateus 8, 23-27 

Naquele tempo: 23Jesus entrou na barca,  e seus discípulos o acompanharam.  24E eis que houve uma grande tempestade no mar,  de modo que a barca  estava sendo coberta pelas ondas.  Jesus, porém, dormia.  25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram,  dizendo: 'Senhor, salva-nos,  pois estamos perecendo!'  26Jesus respondeu:  'Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?'  Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar,  e fez-se uma grande calmaria.  27Os homens ficaram admirados e diziam:  'Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?'  Palavra da Salvação.

COMENTÁRIO

 

Na primeira leitura Amós transmite a palavra do Senhor que faz os israelitas entenderem que ele, Amós, é o profeta que está avisando sobre as catástrofes que estão para acontecer e que somente a conversão poderia sanar esses acontecimentos terríveis. Para isso, faz algumas comparações com o dia a dia, de coisas que são previstas antes de ocorrerem. "Nada fará o Senhor Deus, que não revele o plano a seus servos, os profetas". 

 

Nós sabemos das consequências de nossos atos. Se não mudarmos nossa vida, pereceremos todos. Quem mudar a própria vida e atender aos apelos de Jesus, mesmo se morrer não sofrerá dano algum, pois irá salvar-se. Aproveitemos, pois, os avisos que Deus nos dá pela Igreja, pela Sagrada Escritura, pelos acontecimentos. Temos nestes meses deste ano o coronavirus. Será que não é um aviso suficientemente macabro para que nós nos convertamos?

No evangelho os apóstolos temem  a tempestade, mesmo sabendo que Jesus está ali, embora adormecido. Estamos numa tempestade e achamos que Deus está "dormindo". Deus está vendo tudo o que está acontecendo conosco e com o mundo. Cabe a nós, seres humanos, recorrermos a ele, mas com muita confiança, com muita paz, pois temos certeza de que ele sabe o que está fazendo. Tudo que Deus permite concorre para o nosso bem. Ele não pode nos obrigar a acolhê-lo e, em consequência, participar da vida eterna feliz no paraíso. Então ele deixa de interferir nos acontecimentos do mundo e as desgraças acontecem. O pecado sempre leva a humanidade à perdição, não apenas no sentido espiritual, mas também material. 

 

QUARTA-FEIRA DA 13ª SEMANA COMUM

 

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Primeira Leitura: Amós 5,14-15.21-24

Salmo Responsorial: 49(50)R- A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação de Deus. 

Evangelho: Mateus 8,28-34

 

Naquele tempo 28 Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 Eles então gritaram: “Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” 30 Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. 31 Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos”.  32 Ele disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. 33 Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. 34 A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.

Comentário:

Na primeira leitura está bem evidente que Deus só aceita nossos louvores, cânticos e cerimônias de culto, quando acompanhadas da sinceridade, da misericórdia, da caridade, da comunhão entre nós. Quando temos um coração impuro, cheio de ódio, preconceitos e maldade, nossas orações e atos litúrgicos não são ouvidos por ele.

 

Uma das coisas que Jesus falou no Sermão da Montanha foi exatamente essa: quando estivermos para oferecer um sacrifício a Deus (liturgia) e nos lembrarmos de que alguém nos odeia, deixemos o sacrifício aos pés do altar e vamos nos reconciliar com essa pessoa. Depois voltaremos para o sacrifício (que naquele tempo era de animais) que, então, será recebido por Deus.

 

No evangelho vemos algo muito comum atualmente: mesmo conhecendo a divindade de Jesus e a maravilha do reino que ele anunciou, muitos seguem o caminho inverso. Os gadarenos, na época, preferiam ficar com os possessos a aceitar Jesus e se converterem. Estavam mais preocupados com suas posses, no caso os porcos que perderam com o exorcismo, do que com o bem-estar das pessoas.

 

Quantas pessoas desprezam os ensinamentos de Jesus por puros interesses materiais e por acharem que serão infelizes se seguirem suas palavras. Não sabem, coitadas, que serão muito mais felizes se seguirem o que Jesus disse. E serão libertadas do demônio, como o coitado aí do evangelho. Isso se outras pessoas não impedirem!

 

Muitos preferem se escravizar aos vícios e manias. Jesus adverte que se aderirmos a ele, nosso Deus e Senhor, nossos fardos ficarão leves e perfeitamente suportáveis. E como isso é verdadeiro! Meu irmão, minha irmã, que possamos confiar nas palavras de Jesus e aderirmos a ele incondicionalmente! Nunca iremos nos arrepender dessa sábia escolha!

 

5ª FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM 

 

 

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1ª. Leitura –Amós 7,10-17

Salmo 18(19)R- Os julgamentos do Senhor são retos e justos igualmente. 

Evangelho Mateus 9,1-8 

Naquele tempo, entrando num barco, Jesus passou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2 Apresentaram-lhe, então, um paralítico, deitado numa maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!” 3 Então alguns escribas pensaram: “Esse homem está blasfemando”. 4 Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5 Que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda’? 6 Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, – disse então ao paralítico – levanta- te, pega a tua maca e vai para casa”. 7 O paralítico levantou-se e foi para casa. 8 Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos seres humanos. Palavra da Salvação

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura, Amós é bem claro ao dizer que ele serve a Deus. Diz com todas as letras que não está ali pregando a palavra de Deus por nenhum interesse que não fosse a salvação do povo. Anunciava o exílio, que iria acontecer em breve, como castigo pelos desmandos do povo. Amasias, sacerdote de Betel,  fez a cabeça de Jeroboão, rei de Israel, contra o Amós, dizendo que estava contra o rei, por vaticinar apenas desgraças sobre desgraças para o povo. Em vez de se converter, preferiram atacar Amós, jogando-lhe na cara que ele fosse ganhar o sustento dele noutro lugar, e não no santuário tão nobre de Betel. Mas Amós não desistiu. 

Nós também, muitas vezes, procuramos ignorar os conselhos que nos dão orientando-nos para a coisa certa a fazer. E nós, achando-nos sábios, ignoramos esses conselhos. Apenas depois da casa desabar é que nos lamentamos de não termos ouvido esses conselhos. Isso já aconteceu muito comigo. 

No evangelho, Jesus aproveita uma crença de então para mostrar a eles que realmente tinha poder de perdoar os pecados. É que eles acreditavam que a pessoa era paralítica ou tinha qualquer outra doença, por causa dos pecados cometidos. Curando a paralisia, Jesus mostrava a eles, baseado nessa crença, que também perdoara os pecados do paralítico. Perdoando os pecados, o doente deveria se curar da paralisia, e isso eles notaram no princípio, o que fez Jesus ir além disso, curando o coitado, além de lhe ter perdoado os pecados. 

A doença geralmente não é castigo pelo mal que praticamos, a não ser que seja consequência direta desse mal. Por exemplo, contrair Aids num relacionamento pecaminoso. Não foi castigo, mas uma consequência natural, por estar a outra pessoa contaminada. 

Na maior parte das vezes Deus deixa que as coisas aconteçam e aproveita o mal cometido ou acontecido para nossa purificação. É o que está ocorrendo com o coronavírus. Provavelmente não é um castigo, mas está causando muitas conversões, muita solidariedade, muitos atos de caridade, muita união entre as pessoas da família, colaboração, conscientização etc. Isso é uma coisa muito boa que está sendo tirada de um mal que está deixando muita gente sozinha neste mundo. Entretanto, com Deus nunca estamos sozinhos. E se viermos a morrer, o que não é assim tão difícil de ocorrer, estejamos preparados para entrarmos na vida eterna!

 

6ª FEIRA DA 13ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Amós 8,4-6.9-12

Salmo Responsorial 118 (119) R- O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus!

Evangelho Mateus 9,9-13

Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse- lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o. 10Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?” 12 Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 13 Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”.

 

Comentário:

Amós, na primeira leitura, fala que é insensato o homem que busca lucros fáceis em detrimento de outros. A insensatez está em que os que só pensam em dinheiro e em bem-estar à custa de outros, vão ficar frustrados porque a vida termina logo e a eternidade nos espera. Se chegarmos lá de mãos vazias, não gozaremos a eternidade feliz que tanto Deus quer nos dar. 

 

É por causa desses desmandos humanos que as coisas más acontecem aos seres humanos. Mesmo as intempéries e catástrofes da natureza as secas, a fome, seriam exterminadas se os seres humanos buscassem mais a Deus. Atualmente nós vivemos num mundo que ser se bastar a si mesmo, que não busca a ajuda divina. Vamos ver até quando conseguiremos. Ainda bem que há muitas pessoas rezando e procurando viver uma vida santa. O bem que as orações e as boas ações que essas pessoas fazem estão amainando um pouco os acontecimentos. Mas o assunto é sério. É preciso que nos convertamos.

 

No evangelho vemos o chamado de Mateus para ser apóstolo, seguido de uma crítica feita pelos fariseus que criticavam Jesus por estar comendo com os publicanos. Jesus lhes responde que são os doentes que precisam de médico, e não os sãos. Os fariseus, de certa forma, eram os que mais precisavam de Jesus, no caso aí da comparação, do “médico”, mas o problema é que eles não achavam isso. Eles se achavam santos e puros, predestinados à glória celeste, e achavam que os publicanos até já estavam perdidos para sempre. Jesus mostra que sempre que há conversão e arrependimento, há esperança e salvação.

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SÁBADO DA 13ª SEMANA COMUM 

 

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Primeira Leitura: Amós 9,11-15

Salmo Responsorial 84(85)R- O Senhor anunciará a paz a seu povo.

Evangelho: Mateus 9,14-17 

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” 15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão. 16Ninguém coloca remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. 17Também não se coloca vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se coloca em odres novos, e assim os dois se conservam”. – Palavra da salvação

Na primeira leitura vemos como Amós leva um raio de esperança ao povo vencido, que, exilado, perdeu tudo o que tinha, até mesmo o Templo, Jerusalém incendiada etc. Amós prevê um tempo de reconstrução e de abundância.

Para quem segue as palavras de Jesus nada está perdido, mesmo se vier aa cair em pecado. Se se arrepender e lutar para mudar de vida, pedindo sempre sua proteção, tudo será perdoado, tudo será renovado. O pecado, ao ser descoberto, ou seja, confessado e dele se tiver pedido perdão, se torna luz, se torna esperança. Como isso é importante nesses dias de coronavírus! Parece que estamos num túnel e não vemos ainda a saída.! Mas a saída está lá, a nos esperar. E pode se abreviar, se nos pusermos em oração.

 

No evangelho a mensagem principal que vejo é o fato de que precisamos renovar a nossa vida por inteiro, e não apenas parte dela. Se você caiu numa poça de lama, não adianta apenas lavar as mãos. Tem que tomar banho! Assim também na vida espiritual: não adianta uma pessoa ser frequentadora de missas, por exemplo, se dá contratestemunho no dia a dia. 

Quando acontece isso em nossa vida, temos que nos conscientizar dos erros, arrepender-nos e mudar radicalmente de vida. Deus nos receberá e, como diz Miquéias (últimos versículos do livro), “Deus jogará nossas iniquidades no mais fundo do mar”. 

 

 

2ª FEIRA DA 14ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Oseias 2,16.17b-18.21-22

Salmo Responsorial 144 (145)R- Misericórdia e piedade é o Senhor 

 

Evangelho Mateus 9,18-26

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela, e ela viverá”. 19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. 23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região. – Palavra da salvação

 

Comentário:

Na primeira leitura o que me chama a atenção é a declaração de amor que Deus faz com Israel, mesmo depois de traído (culto a Baal). "Eis que eu a vou seduzir, levando-a à solidão, onde lhe falarei ao coração".

O deserto é o lugar propício para a escuta de Deus, porque não há ruídos externos. No nosso dia a dia nos entupimos de barulho. Talvez seja para não ouvirmos a voz do nosso coração e a de Deus, falando ao nosso coração.

O deserto, o silêncio, é o lugar da conversão, da oração, do entendimento de nós próprios e da grandiosa misericórdia divina.

Quantas vezes nós achamos que Deus está ausente quando isto ou aquilo nos acontece! No entanto, depois que as coisas acabam melhorando justamente por causa daqueles problemas que enfrentamos, achando que estávamos sozinhos, sem Deus, mas no final da história, acabamos envergonhados, percebendo que as coisas deram certo justamente porque Deus estava trabalhando conosco imperceptivelmente. O pior é quando não conseguimos perceber essa presença invisível de Deus em nossa vida! 

Quando vamos entender que Deus nos ama infinitamente, que nos quer por todo o restante da eternidade? 

Como podemos ser tão apegados às coisas visíveis e sentimos tanta dificuldade para acreditarmos nesse amor de Deus por nós? Não seria isso uma adoração moderna aos "Baals" da vida atual?

Ele é sábio e sabe que às vezes precisamos de uns trancos para sermos ligados nele e nessa felicidade que nos quer oferecer. Só que temos que mostrar que confiamos nele. E é aí que precisamos de toda a fé que podemos achar em nosso coração e é nesse ponto, também, que o maligno entra no jogo.

O evangelho mostra essa fé arraigada na verdadeira esperança mostrada pela hemorroíssa e pelo pai da menina falecida. A fé foi tanta que a mulher se curou e a menina simplesmente foi ressuscitada!  E no caso da hemorroíssa, ela fez algo impensável naquele tempo: sendo considerada impura por causa da doença, tocou em Jesus. No caso, ele também ficaria impuro. Mas deu-se o contrário: em vez dele ficar impuro, foi ela quem se purificou.

Se confiarmos plenamente em Deus, se lhe entregarmos nossa vida, tudo vai acontecer de bom, se não agora, mais tarde. Ele nos leva ao deserto e nos fala ao coração. Cabe a nós deixarmos os ruídos do mundo e acolhermos sua palavra. Em todo o tempo de nossa aflição ele vai nos sustentar com sua mão, quer “saibamos que ele está aqui” ou não. 

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3ª FEIRA DA 14ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Oseias 8,4-7.11-13

Salmo Responsorial 113b (115) Confia, Israel, no Senhor!

Evangelho Mateus 9,32-38

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura Oseias mostra a idolatria do povo com o consequente abandono do Deus verdadeiro e não dão atenção para os mandamentos. Pecam a mais não poder. Será que isso não poderia ser o retrato de nosso tempo? Mesmo muitos dos que seguem a religião estão comprometidos também com tantos outros "deuses" que os separam do verdadeiro Deus. Deus não ouve as orações dos que estão misturados com o pecado e com tantas coisas que os separam dele!

O pecado de Adão e Eva foi justamente o que a maioria dos pecadores fazem: decidir o que é pecado ou não. Não somos nós que escolhemos as leis, os mandamentos: É Deus quem os dá a nós. Cabe a nós simplesmente obedecê-los. E isso não é para o benefício de Deus, que é independente de tudo o que existe, mas para o nosso próprio benefício. Ele sabe o que é bom para nós, e os mandamentos são, na verdade, uma escada para chegarmos um dia à felicidade eterna.

É inútil lutar contra Deus, como fez Jacó. Deus se esconde, muitas vezes, em nossa vida, como comentamos ontem, mas ele continua firme a enfrentar a nossa “luta” contra ele, até que consiga convencer-nos que o plano dele é melhor. Mas Deus é um lutador honesto. Ele não nos força a aceitar a ideia dele para conosco. 

O problema é que nós não nos conhecemos como Deus nos conhece, diz o salmo 139. Deus nos conhece célula por célula. Ele sabe o que é melhor para nós. Peçamos que ele nos revele sempre a sua vontade para podermos cumpri-la e fazê-lo ganhar a luta que travamos contra ele. Na verdade, quando perdemos para Deus, somos nós que estamos ganhando. 

No evangelho Jesus vê o povo abandonado e sente pena. Pede a todos nós que rezemos para que haja muitos operários para a messe. Não podemos entender aqui operários como se fossem apenas os padres. Não. Todos os batizados são operários da messe e todos nós, leigos, clérigos, religiosos, religiosas, estamos convidados por Deus a nos empenharmos na evangelização, que deve, aliás, começar pelo nosso bom exemplo. O bom exemplo arrasta para o bem os que ainda estão titubeantes. 

 

 

4ª FEIRA DA 14ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Oseias 10,1-3.7-8.12

Salmo Responsorial 104 (105)R- Buscai constantemente a face do Senhor!

Evangelho: Mateus 10,1-7

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. 2Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; 3Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4Simão, o zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. 5Jesus enviou esses doze com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O reino dos céus está próximo’”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura Oséias mostra como estar longe de Deus pode nos deixar perdidos no nada. As riquezas e a abundância em que Israel vivia seria devastada porque o povo deixou de lado o culto ao Senhor e preferiu os ídolos que não existem. A abundância só seria readquirida se ouvissem o que o profeta pregava: "Semeai justiça entre vós, e colhereis amor; desbravai uma roça nova. É tempo de procurar o Senhor, até que ele venha e derame a justiça em vós.

O mundo atual está no mesmo caminho: abandonou Deus em seus projetos e acha que vai dar tudo certo. Deus quer que o homem construa o mundo, mas quer também que não se esqueça da palavra sábia do salmo 126: "Se o Senhor não edifica a casa em vão se esforçam os que a constroem".

No evangelho Jesus escolhe doze entre seus discípulos e os envia a pregar a boa nova a todos: o reino de Deus está próximo. Se acolhermos sua Palavra e mudarmos nossa vida, faremos nossa parte para que a implantação do Reino de Deus se faça com sucesso. Se vivermos uma vida de caminho para a santidade, isso se realizará. 

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5 ª FEIRA DA 14ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Oseias 11,1-4.8c-9

Salmo Responsorial 79 (80) R- Sobre nós iluminai a vossa face e, então, seremos salvos, ó Senhor!

Evangelho Mateus 10,7-15

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O reino dos céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. 14Se alguém não vos receber nem escutar vossa palavra, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. 15Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade no dia do juízo”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura Oseias mostra todo o amor que Deus tem pelo seu povo. Já na libertação do Egito mostrou seu amor. Agora, embora o povo tenha sido ingrato e abandonado seu Criador, Deus não responde com a estrita justiça mas responde com seu perdão e seu convite de reconciliação. Ele é Deus, e não tem os mesmos ímpetos vingativos do ser humano.  Essa leitura é um convite para conhecermos todo o amor que Deus nos tem, como Pai amoroso que sempre confia que o filho vai mudar suas atitudes e o aceitar. Deus está sempre pronto para perdoar. Pena que nem sempre temos confiança de lhe pedir perdão!

Já no evangelho Jesus mostra as condições para que a ação de Deus se concretize em nosso meio: a pobreza dos meios: “De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento”.

Ou seja: a pobreza dos meios que usamos para evangelizar deixa livre a ação de Deus. Se utilizarmos muitos mequetrefes para isso, Deus fica como que impedido de agir. Quanto mais colocamos nossa vaidade na pregação e no trabalho dito apostólico, menos teremos a ação de Deus. Será uma pregação apenas nossa, desprovida do poder irradiante da graça divina. 

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6ª FEIRA DA 14 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Oseias 14,2-10

Salmo Responsorial 50 (51) R-Minha boca anunciará o vosso louvor!

Evangelho Mateus 10, 16-23

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados de como falar ou do que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem”. – Palavra da salvação

Comentário:

Na primeira leitura vemos a última profecia de Oseias, transmitindo o convite que Deus faz ao seu povo que se converta, que volte para ele. Essa volta para Deus é necessária também para nós e começa com o reconhecimento sincero de nossas culpas, pois muitas vezes nós também estamos separados de Deus pelo pecado e por uma vida de idolatria moderna, em que damos mais atenção à vaidade, ao dinheiro, às coisas materiais, ao egoísmo, ao individualismo, à avareza, à gula etc.

Se nos convertermos, vamos ouvir Deus nos dizer o que disse ao povo do tempo de Oseias: "Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano. Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-lo, deles afastou-se a minha cólera".

No evangelho, Jesus não nos promete sombra, água fresca e sapato largo se aceitarmos estar ao seu serviço: ele promete, isso sim, que tenhamos confiança nele em qualquer situação, mesmo nas perseguições. 

É inevitável que soframos perseguições se praticarmos o evangelho. Mas, no fim de tudo, vamos ver que valeu a pena nosso sim, valeram a pena todas as horas de oração que fizemos para sermos iluminados por Deus. “Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”. Peçamos a Deus que nos dê a graça da perseverança no bem e no amor dele, haja o que houver em nossa vida. Tudo o que nos acontece pode ser revertido para o nosso bem, se estivermos em constante contato com Deus pela oração e pela caridade. 

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SÁBADO DA 14ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Isaías 6,1-8

Salmo Responsorial 92 (93) Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor. 

 

Evangelho Mateus 10,24-33

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24“O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. 25Para o discípulo, basta ser como o seu mestre; e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares! 26Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado e nada há de escondido que não seja conhecido. 27O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! 29Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. 31Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 32Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos com muita admiração a vocação de Isaías. Para ser profeta, ou ainda qualquer vocação que nos leve a apresentar-se ao povo em nome de Deus, é preciso o chamado de Deus. Ninguém pode se tornar profeta se não for chamado por Deus. E o verdadeiro profeta não mente: aponta o erro onde quer que esteja. O falso profeta mostra que não foi chamado por Deus, principalmente quando promete bem-estar a quem pratica o mal e ele próprio não se preocupa em continuar praticando más ações.

 

Atualmente, no cristianismo, sabemos que todos nós somos chamados a ser profetas, e portanto, santos, pelo Batismo. Apenas as vocações especiais continuam atreladas ao chamamento específico de Deus para esse serviço, como o sacerdócio e a vida consagrada. Aliás, mesmo para o casamento é preciso ter vocação. Muitas pessoas não são chamadas para uma vida conjugal. Nesse caso, devem descobrir ao qual serviço eclesial Deus os está chamando.

 

O evangelho nos diz isso: “Vós valeis mais do que muitos pardais”. “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma”! Ou seja, a vida eterna vale muito mais do que qualquer bem que possa ser adquirido ou alcançado aqui na terra. 

Como já dizia São Francisco de Assis, nós só vamos levar para o céu aquilo que damos aqui na terra. Tudo o que recebemos vamos deixar aqui. Por exemplo: um prato de comida que você receber, você vai deixar aqui, pois a comida vai ser digerida, tornar-se parte de sua carne, que vai se deteriorar após sua morte. Entretanto, toda a comida que você proporcionou aos outros, você vai levá-la ao céu na forma de méritos. Muitos pecados nossos são perdoados por meio da caridade e da misericórdia que exercemos em relação aos demais. 

Jesus iniciou o trecho de hoje dizendo que, se ele foi perseguido, nós também o seremos. Mas temos sua presença em nossa vida, e a garantia de que ele se declarará a nosso favor, no céu, se nós formos fiéis a ele durante a vida. 

 

 

 

 

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2ª FEIRA DA 15 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Isaías 1,10-17

Salmo Responsorial 49(50)R- A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus. 

Evangelho Mateus 10,34-11,1

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der ainda que seja apenas um copo de água fresca a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo, não perderá a sua recompensa”. 11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí a fim de ensinar e pregar nas cidades deles. – Palavra da salvação

 

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos que a oração que fazemos, a oferta que fazemos a Deus, só terá efeito se temos o coração puro. Se não deixarmos o pecado, se estamos arraigados nos nossos vícios e manias, principalmente nos que desagradam a Deus, nossas orações  vão ser infrutíferas. É como no sítio, na festa do padroeiro, em que alguns sitiantes oferecem para o leilão apenas os animais estropiados, inutilizados por algum defeito ou acidente. É preciso oferecer o melhor que temos, e isso também é verdadeiro no que ser refere à oração. Deus sempre ouve, de um modo ou de outro, os que vão a ele com sinceridade de coração, com o desejo sincero de conversão.

 

No evangelho Jesus dá várias orientações. Podemos resumir dizendo que devemos preferir Cristo a tudo o mais, mesmo parentes e amigos. E nos dá um modo de encontrá-lo sempre, quando ajudamos os pobres e pequeninos necessitados. Lembremo-nos sempre de que mesmo uma pessoa rica, quando está abandonada, doente, com problemas aparentemente insolúveis, também é uma pessoa necessitada e ajudá-la nessa ocasião é o mesmo que encontrar Jesus Cristo. 

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3ª FEIRA DA 15ª SEMANA COMUM 

 

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1ª Leitura: Isaías 7,1-9

Salmo Responsorial 47(48)R- O Senhor estabelece sua cidade para

sempre

Evangelho Mateus 11,20-24

 Então Jesus começou a censurar as cidades nas quais tinha sido realizada a maior parte de seus milagres, porque não se converteram. 21 “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Se em Tiro e Sidônia se tivessem realizado os milagres feitos no meio de vós, há muito tempo teriam demonstrado arrependimento, vestindo-se de saco e cobrindo-se de cinza. 22 Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 23 E tu, Cafarnaum! Acaso serás elevada até o céu? Até o inferno serás rebaixada! Pois se os milagres realizados no meio de ti se tivessem produzido em Sodoma, ela existiria até hoje! 24 Eu, porém, te digo: no dia do juízo, Sodoma terá uma sentença menos dura do que tu!”

Comentário:

O plano que Deus tem para nós sempre dará certo. É o que diz a primeira leitura. Devemos confiar no plano de Deus para conosco. Ele nunca nos abandonará, mesmo se nós pecarmos. Ele só fica longe de nós quando o rejeitamos, mas está sempre atento para quando quisermos voltar a sermos seus amigos. Quando não obtivermos o que pedimos, decerto é outra coisa que Deus vai nos dar, que será bem melhor para a nossa salvação, do que a que pedimos.

No evangelho Jesus nos ensina que não podemos desprezar os dons de Deus, nem ignorar suas palavras. Se as ignorarmos, vamos ser muito infelizes, pois Deus nos abandonará às nossas próprias forças. Corazim e Betsaida foram duas cidades que tiveram a oportunidade de crer na Palavra de Deus e recusaram. Vão ficar abandonadas e serão julgadas com rigor no final dos tempos.

Na prática, podemos dizer que não basta termos fé. É preciso vivermos essa fé que dizemos ter. E quando dizemos que temos fé, nisso está implícito que ouvimos Jesus e procuramos seguir suas palavras o mais que possamos. O que falta à nossa força, Jesus completa e nos envolve com seu poder e com sua misericórdia. 

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4ª FEIRA DA 15ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Isaías 10,5-7.13-16

Salmo Responsorial 93(94)R- O Senhor não rejeita o seu povo

Evangelho Mateus 11,25-27

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar".

Comentário:

Na primeira leitura Isaías nos mostra como devemos ser dóceis nas mãos do Senhor, e tudo o que fizermos, façamos pedindo sua ajuda. Quem acha que pode fazer tudo sozinho, independente de Deus, se engana e acaba sendo abandonado por Deus. Não que Deus nos abandone, mas ele respeita a distância que mantemos em relação a ele. Deus não força ninguém a pedir sua ajuda. Entretanto, querer viver distanciado dele e de sua graça é uma conduta errônea, que só nos vai trazer problemas.

No evangelho vemos praticamente o mesmo assunto: se nos mantivermos humildes e sempre contarmos com a ajuda de Deus, muitas coisas conseguiremos fazer para propagar o seu Reino e torná-lo atuante na História, mesmo que seja a nível apenas comunitário e até mesmo apenas a nível familiar. Aos simples e humildes Deus dá sua graça abundantemente, e tudo será realizado. Quanto aos orgulhos e autossuficientes, obterão apenas os minguados resultados de seu próprio esforço.

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5ª FEIRA DA 15ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Isaías 26, 7-9.12.16-19

Salmo Responsorial 101 (102) O Senhor olhou a terra do alto céu.

Evangelho Mateus 11,28-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

A primeira leitura é uma bela oração que reúne vários temas da pregação profética. Os versículos 1 a 6 são um cântico de louvor a Deus por sua vitória sobre os inimigos de Israel. Os versículos 7 a 9 mostram em que consiste a justiça: é a constante procura de Deus, que se manifesta em suas intervenções em favor dos fiéis, é a alegre recordação da proteção divina experimentada no passado, é o reconhecimento da ação divina na história. Os ímpios não conseguem ver isso. Israel soube ver uma punição que não o afastou, mas sim o reaproximou de Deus. Por isso espera agora que a vida da nação volte a florescer por vontade de Deus. Os orgulhosos perseguidores de Israel desaparecerão. (Todo este texto da primeira leitura foi tirado do Missal cotidiano).

No evangelho Jesus se mostra manso e humilde de coração e nos pede que aprendamos com ele a sermos assim também. Termina pedindo que tomemos sobre nós seu fardo, seu jugo, porque segui-lo será muito fácil, pois teremos sua proteção, sua força e seu consolo.

Quem é vaidoso, orgulhoso, arrogante etc., não dá muito valor a Jesus nem à sua ajuda. Quem é humilde sabe que precisa dele para viver. Aí está o segredo do êxito dos humildes: vencem não pelas suas próprias forças, mas com a força e o exército que Deus lhes envia. Ser humilde e se colocar sob a proteção de Deus é a coisa mais inteligente que podemos fazer.

 

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6ª FEIRA DA 15ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Isaías 38,1-6.21-22.7-8

Salmo Responsorial Isaías 38-R- Vós livrastes minha vida do sepulcro, a fim de eu não deixar de existir

Evangelho Mateus 12,1-8

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5Ou nunca lestes na lei que, em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? 6Ora, eu vos digo, aqui está quem é maior do que o templo. 7Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8De fato, o Filho do homem é senhor do sábado”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos como a constância e a confiança na oração conseguem o objetivo desejado. O rei Ezequias consegue a cura de uma doença que o acometera sendo ele ainda jovem. O missal cotidiano comenta que "Só é "boa" a oração que não pretende ligar Deus aos nossos caprichos ou interesses. Devemos rezar com confiança, com o coração puro, numa luta ferrenha contra o pecado, e, mesmo pedindo coisas determinadas, deixar que Deus decida se vai ou não nos atender naquele assunto. É coisa certa que, se Deus não nos atende no que pedimos, vai nos dar condições de enfrentarmos com coragem e amor as dificuldades pelas quais estamos passando.

No evangelho Jesus diz que devemos procurar pôr a misericórdia e não a celebração (=sacrifício) em primeiro plano. Sacrifício, aqui, não é “penitência”, mas a celebração ritual. Devemos sempre buscar em primeiro lugar a caridade, a misericórdia. As leis, o ritual, vem em segundo lugar. 

Outra coisa que aprendemos desse texto é que há vários modos de se respeitar o domingo (eles respeitavam o sábado) além de ficar sem fazer nada. O que se proíbe não é fazer ou deixar de fazer, mas sim, dedicar o domingo para se fazer coisas boas, que agradem a Deus e valorizem o próximo.

Uma terceira coisa que aprendemos nesse texto é a superioridade de Jesus sobre tudo o que há na terra. Esse texto mostra toda a grandiosidade de sua divindade encarnada.

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SÁBADO DA 15ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Miqueias 2,1-5

Salmo Responsorial 9b(10)R-  O Senhor não se esquece do clamor dos aflitos.

Evangelho Mateus 12,14-21

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 14os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. 19Ele não discutirá nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20Não quebrará o caniço rachado nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos Miqueias admoestando os ricos para não explorarem os pobres. Se nós conseguimos enxergar tantas injustiças sendo cometidas, tantos roubos do dinheiro público, quanto mais Deus, que é Todo Poderoso?

E ele vai pedir prestação de contas de nosso gerenciamento dos bens e dos dons que recebemos neste mundo. Quando Jesus diz "felizes os pobres", no sermão da montanha, quer também dizer isso: que os pobres, necessitados, doentes, marginalizados, serão julgados com menos rigor que os ricos e os que tiveram oportunidade de completarem sua educação aqui na terra.

Eu sempre lembro que até os ricos podem, às vezes, serem do grupo dos necessitados, quando, por exemplo, estão doentes e/ou abandonados. Cabe a nós, cristãos, não termos sentimentos de vingança contra eles, mas sentimentos de misericórdia e desejo de que se  convertam. Se Deus se vingasse de nós, de nossas maldades antigas, o que sobraria? É o que quer dizer o Pai-nosso: "Senhor, perdoai os meus pecados se eu estiver perdoando aos que me ofenderam".

O Evangelho mostra Jesus como um Deus misericordioso, que não vai apagar a chama que ainda fumega, não vai quebrar o caniço rachado. Há várias maneiras de entender isso, mas eu prefiro entender deste modo: enquanto houver um mínimo de fé no coração de uma pessoa, há chances dela recomeçar vida nova, pedir perdão e recomeçar a vida. Jesus faz de tudo para que aquela chama fraquinha possa se tornar labaredas de amor.

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2ª FEIRA DA 16ª SEMANA COMUM 

 

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1ª Leitura: Miqueias 6,1-4.6-8

Salmo Responsorial 49(50) R- A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus. 

Evangelho Mateus 12,38-42

 

Então, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal da tua parte”. 39 Ele respondeu-lhes: “Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. 40 De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. 41 No dia do Juízo, os habitantes de Nínive se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão, pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas. 42 No dia do Juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará; pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão.

 

COMENTÁRIO:

Miqueias mostra ao povo o que Deus quer de nós: "praticar a justiça e amar a misericórdia, e caminhar solícito com teu Deus".  Deus não está nem aí com os holocaustos e sacrifícios oferecidos por pessoas que não vivem na graça de Deus, ou seja, que vivem em pecado.

Na leitura Miqueias mostra-nos Deus se queixando do povo, texto, aliás, usado na Sexta-Feira Santa: " Povo meu, que é que te fiz: Em que te fui penoso? Responde-me"!  Deus só fez coisas boas ao seu povo, e em troca só recebeu afrontas, desafios, queixumes, pecados. É o mesmo que está ocorrendo atualmente. "A taça da ira de Deus está quase transbordando", disse Maria em várias de suas aparições, como Garabandal, Fátima, Salette, Lourdes, Medjugorje.

Todos temos um dia que morrer, de modo que seja qual for o castigo enviado, só vai abreviar o tempo de que dispomos nesta terra. Mas alguns anos a menos fazem diferença quando ainda não nos convertemos! E nossa vida eterna está em jogo! Vamos querer arriscar?

No evangelho o assunto praticamente é o mesmo: a Ressurreição de Jesus, que ficou três dias no sepultado, como Jonas ficou três dias dentro do monstro marinho que o engolira, é o único sinal de que precisamos para nos converter. Jesus ressuscitou, venceu a morte, e é Deus e Homem em plenitude.

Nós precisamos tomar consciência de nossa insignificância e de nossa necessidade de Deus. Ele nos criou, nos conhece a cada átomo, e nos quer fazer felizes. Só que não nos obriga a aceitá-lo. Temos muitos sinais além desse dado por Jonas, mas nos recusamos a admiti-los como sinais de esperança, de uma vida feliz no paraíso.

Os que estão imersos no pecado não conseguem ver o Reino de Deus nem perceber sua beleza e a felicidade que é estar dentro dele. Mesmo invisivelmente, nem todos estão dentro do Reino. Quem está, por meio de uma vida de luta pela própria santidade e pela salvação dos demais, está porque confia em Deus, reza e age de acordo com a sua divina e tão maravilhosa vontade. Quem não está, vive uma vida materializada e, em relação ao Reino de Deus, não o vê nem o percebe. Que pena!

 

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3ª FEIRA DA 16ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Miqueias 7,14-15.18-20

Salmo Responsorial 84(85)R- Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

Evangelho Mateus 12,46-50

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

Jesus não quis menosprezar sua mãe e seus parentes, aqui chamados de “irmãos” porque na língua deles não há a palavra “primo”. Em grego há, mas foi empregado apenas uma vez, numa das cartas de São Paulo. Jesus quis ensinar que Deus deve vir em primeiro lugar em nossa vida, e qualquer relacionamento que tivermos com outras pessoas deve estar baseado nesse amor de Deus. Quem fizer a vontade do Pai o agradará e será recebido em sua casa, onde Jesus o espera.

Nunca erraremos nem estaremos desamparados se fizermos a vontade do Pai, manifestada pela Igreja. Note bem que Maria foi a única pessoa no mundo além de Jesus que fez plenamente a vontade de Deus. Por isso, mais do que tudo o mais, ela, com razão, pôde ser a mãe de Jesus Cristo e, consequentemente, do próprio Deus. 

Quanto à primeira leitura, é uma das páginas de que mais gosto do Antigo Testamento. Miqueias está dizendo que Deus nos ama, quer-nos com ele, e está disposto a perdoar todos os nossos pecados para que possamos nos aproximar dele: "lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados" (v. 19).

Deus tem o poder de destruir tudo o que desejar, pois foi ele mesmo quem criou tudo o que existe. Mas ele quer que sejamos seus filhos, herdeiros do Céu, onde só há felicidade. Já é hora de descobrirmos que temos um Pai no Céu que nos ama infinitamente e nos quer juntos a ele.

Maria diz, em suas aparições, principalmente em Medjugorje, que só vai ao inferno quem quer. Deus não manda ninguém para lá. São as pessoas, elas próprias, que escolhem viver longe dele. Ele é bondoso, justo, e não nos contraria, não nos obriga a aceitarmos sua companhia.

Quando começamos a vida escolar, temos que nos adaptar àquela vida, tão diferente de nossa casa, com professores, bedel, diretor(a), horários, regras etc. Para vivermos no Céu, é preciso nos acostumarmos com as coisas santas, pois no céu não existe coisas perniciosas, vícios, coisas negativas. Esse exercício de adaptação já iniciamos aqui na terra, quando renunciamos ao pecado, aos vícios, às coisas perniciosas e que tanto desagradam a Deus como muitas vezes prejudicam tanto a nós mesmos quanto aos nossos semelhantes.

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4ª FEIRA DA 16 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1 Leitura: Jeremias 1,1.4-10

Salmo Responsorial 70 (71) Minha boca anunciará vossa justiça.

 

Evangelho Mateus 13,1-9

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. 4Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. 7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8Outras sementes, porém, caíram em terra boa e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9Quem tem ouvidos ouça!” – Palavra da salvação

 

COMENTÁRIO:

A primeira leitura é fantástica. Narra a vocação do profeta Jeremias: “Antes de formar-te no seio materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de sua mãe, eu te consagrei e te fiz profetas das nações".

Esse texto é, com toda a propriedade, aplicado no combate ao aborto. Antes de nascer Deus já tratava Jeremias como um vocacionado ao profetismo. Jeremias se acha indigno e fraco, mas Deus o encoraja, pois é Todo Poderoso para dar ao profeta toda a força de que ele necessita.

Também nós, em nosso dia a dia, devemos ter sempre essa esperança e confiança em Deus, que nos proverá de tudo o que necessitarmos para a pregação do evangelho, primeiramente com nosso bom exemplo, seguido da pregação de acordo com nossa vocação e estado de vida. Nunca devemos desanimar de nossas fraquezas. Deus nos dá tudo do que precisarmos, se lhe pedirmos e confiarmos nele.

No evangelho, como que completando o que dissemos acima, Jesus mostra como é necessário acolher a semente da Palavra de Deus com amor e com decisão firme de cumpri-la, apesar das dificuldades pessoais. Não podemos recusar a Palavra alegando incapacidade. Deus dá a capacidade a todos, conforme seus limites. Ele nunca nos desampara e nunca vai exigir de nós o que for acima de nossas forças. É preciso, pois, tirar as pedras, os espinhos, as beiras dos caminhos de nossa vida, a fim de que só Deus seja nosso apoio e fortaleza, só em Deus coloquemos nossa confiança e esperança.

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5ª FEIRA DA 16 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Jeremias 2,1-3.7-8.12.13

Salmo Responsorial 35(36)-R- Em vós está a fonte da vida, ó Senhor!

Evangelho Mateus 13,10-17

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O reino dos céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. 14Se alguém não vos receber nem escutar vossa palavra, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. 15Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade no dia do juízo”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO

 

Jeremias transmite ao povo ingrato e infiel as palavras que lhe foram inspiradas por Deus: o Senhor fez grandes coisas para Israel, mas o povo o traiu com outros deuses. Exemplifica isso com duas comparações: 1- O povo abandonou a Deus, fonte de água viva; 2- preferiu cavar cisternas defeituosas, que não podem reter água.

Eu me pergunto se não é exatamente isso que muitos seres humanos estão fazendo hoje em dia: abandonam a fonte de água viva e buscam água em poços que não têm água. Damos murros no ar, como diz em outro lugar da escritura, corremos atrás de fumaça. O abandono de Deus, por nossa parte, nos leva ao caos e ao nada. Diz um documento da Igreja, a Gaudium et Spes (&36), que "Sem Deus, a criatura se reduz a nada".

 

Já no evangelho Jesus mostra as condições para que a ação de Deus se concretize em nosso meio: a pobreza dos meios: “De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento”.

Ou seja: a pobreza dos meios que usamos para evangelizar deixa livre a ação de Deus. Se utilizarmos muitos mequetrefes para isso, Deus fica como que impedido de agir. Quanto mais colocamos nossa vaidade na pregação e no trabalho dito apostólico, menos teremos a ação de Deus. Será uma pregação apenas nossa, desprovida do poder irradiante da graça divina. 

A humildade, portanto, em todas as nossas atividades, vai nos garantir sempre a ajuda de Deus. Quando nos reconhecemos um "nada", Deus se torna o nosso "tudo".

 

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6ª FEIRA DA 16ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Jeremias 3,14-17

Salmo Responsorial Jeremias 31-R- O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Evangelho Mateus 13, 18-23

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados de como falar ou do que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem”. – Palavra da salvação

 

Comentário:

Jeremias: "Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentarão com clarividência e sabedoria". É um convite de Deus para que o povo de Israel se converta e todos os povos possam chamar Jerusalém de "trono do Senhor" e, em torno dela, todos os povos se reúnam em nome do Senhor, e não se deixarão mais levar pelas inclinações de um coração mau.  O mesmo convite é feito para nós: convertamo-nos, pois somente abrindo-nos para o Senhor ele pode nos cumular de graças e bênçãos. Deus é muito justo. Ele não invade nosso coração. Como em Apocalipse 3,20, ele aguarda a oportunidade de que abramos a porta do nosso coração para que ele possa entrar.

 

No evangelho: Jesus não nos promete sombra, água fresca e sapato largo: ele promete, isso sim, que tenhamos confiança nele em qualquer situação, mesmo nas perseguições. 

É inevitável que soframos perseguições se praticarmos o evangelho. Mas, no fim de tudo, vamos ver que valeu a pena nosso sim, valeram a pena todas as horas de oração que fizemos para sermos iluminados por Deus. “Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”. Peçamos a Deus que nos dê a graça da perseverança no bem e no amor dele, haja o que houver em nossa vida. Tudo o que nos acontece pode ser revertido para o nosso bem, se estivermos em constante contato com Deus pela oração e pela caridade. 

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SÁBADO DA 16 ª SEMANA COMUM

 

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

  

1ª Leitura: Jeremias 7,1-11

Salmo Responsorial 83 (84) Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!

Evangelho Mateus 13, 24-30

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O reino dos céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ 28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ 29O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro’”. – Palavra da salvação.

 

    COMENTÁRIO:

Na primeira leitura temos a pregação de Jeremias à porta do templo de Jerusalém, que lhe custou muitas perseguições e sofrimentos. O motivo principal é a necessidade que ele via de que o culto a Javé fosse feito de modo mais sincero, e não de modo superficial, externo, manifestando no culto, um culto vazio porque sem base na prática da fé que diziam ter. Jeremias insiste que eles façam o bem e evitem o mal.

O culto espiritual genuíno, diz Jeremias, consiste na observância das normas morais, especialmente a justiça e o amor fraterno, e não numa construção material, no caso, o templo. Se isso for praticado, o culto no templo terá sentido. (Baseado no missal cotidiano).

No evangelho de hoje vemos Deus tem paciência conosco e aguarda pacientemente que nos convertamos a ele. O joio cresce junto com o trigo, ou seja, o mal e o bem andam juntos e às vezes temos até dificuldade de saber qual é qual. Muitas vezes a diferença não é nítida.

Um rapaz veio, certa vez, me falar de algo que ele fizera e concluiu dizendo: "Padre, eu não sei se pedia perdão a Deus pelo pecado cometido ou o agradecia pela oportunidade ímpar que eu tive".

Acredito que esse é um problema sério. Muitas vezes as pessoas fazem coisas erradas porque não têm consciência da gravidade do que está fazendo, das consequências e do raio de ação do que fez. É por isso que Deus é paciente e não destrói o mal enquanto estamos aqui, pois pode destruir também os que, mesmo tendo boas intenções, ainda não perceberam que estão agindo mal. Foi o próprio Jesus que disse ao Pai antes de morrer: "Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem".

Muitas pessoas ficam admiradas e atônitas quando, em certa altura de suas vidas, percebem o mal que fizeram no passado. Nesse caso, a paciência para consigo mesmas é o caminho certo. Como Deus tem paciência para conosco, tenhamos paciência conosco mesmos e demo-nos uma chance de recomeçarmos um caminho novo, inspirado e abençoado por Deus.

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2ª FEIRA DA 17ª SEMANA COMUM 

 

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1ª Leitura: Jeremias 13,1-11

Salmo Responsorial 32 (33) Esqueceram o Deus que o gerou

Evangelho Mateus 13,31-35

Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. 32 Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos”. 33 E contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado”. 34 Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas,  35 para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”

COMENTÁRIO:

"Eu farei apodrecer a grande soberba de Judá e de Jerusalém", diz Deus, por meio do profeta Jeremias, depois que mandara o profeta deixar um cinto de linho na fenda de uma pedra às margens do rio Eufrates e o mandara retirar, dias depois, tendo o cinto apodrecido.

O motivo do "apodrecimento" do povo é apontado por Deus: “este povo perverso, que se recusa a ouvir minhas palavras, convive com a maldade no coração, e vai atrás de deuses estrangeiros, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles".

Na verdade, quem não se une a Deus como "o cinto se une à cintura" acaba apodrecendo. O pecado faz-nos apodrecer, faz-nos infelizes e dependentes dos "deuses" que infestam nossa vida atual. Muitas pessoas vivem como que cegas aos perigos morais e de ateísmo que as envolvem cotidianamente e não deixam o pecado, a indiferença diante do mal, não deixam a falta de caridade, não rezam, não praticam a religião, não dão a mínima para os necessitados, não vivem uma vida familiar boa, não pensam noutra coisa senão nos bens materiais e nos vícios.

No evangelho o assunto é o mesmo. O Reino dos Céus já está presente, mas só conseguimos começar a vê-lo se aderirmos a Jesus plenamente. Quanto mais nos santificamos, mais percebemos o crescimento dessa sementinha que é ainda é o Reino de Deus, e que só vai se revelar em sua plenitude no dia da volta de Cristo. O segredo disso tudo é a aceitação da palavra de Deus e a oração incessante, a fim de que tenhamos a graça e a força para praticá-la. Só a oração nos torna fortes para começar ou perseverar nesse caminho.

 

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3ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Jeremias 13,1-11

Salmo Responsorial 78(79)R- Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!

Evangelho Mateus 13, 36-43

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao reino. O joio são os que pertencem ao maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos ouça”. – Palavra da salvação.

Comentário:

O contexto da primeira leitura é uma seca que devasta o país de Israel, atormentando sobremaneira o povo, e a guerra que ameaça sua segurança política. Jeremias está entre o povo, que diz estar arrependido, e a cólera de Javé. O monoteísmo é reafirmado pelo povo, contra a idolatria, e lembrado o pacto entre Deus e o povo. A única esperança do povo é o apelo confiante à misericórdia divina (Missal cotidiano). A leitura é a súplica humilde e incessante do profeta em nome do povo.

A leitura nos leva a fazer o mesmo: implorar o perdão de nossos pecados, recomeçarmos uma vida nova. Deus pode, se quiser, eliminar o sofrimento do povo, eliminar qualquer coronavírus, ou as catástrofes climáticas. Para isso é preciso que rezemos sempre e nos convertamos. Diz nossa Senhora em Medjugorje que o jejum e a oração obtêm qualquer graça de Deus, mesmo os milagres. Com o jejum e a oração deve estar também nossa conversão sincera.

No evangelho Jesus explica a parábola do joio, que de certa forma completa o assunto de que falamos acima: se continuarmos “enganando” Deus com falsas promessas, com falsas conversões, ele até pode nos aceitar, mas somos nós que não vamos aceitá-lo quando passarmos para a outra vida. Lá não há como mentir: seremos sinceros e veremos que não temos condição alguma de estarmos com ele. E como não cultivamos a humildade aqui na terra, também não a teremos na vida eterna: não seremos capazes de, como Jeremias e o povo de Israel, pedir perdão. 

 

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4ª FEIRA DA17 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

  

1ª Leitura: Jeremias 15,10.16-21

Salmo Responsorial 58 (59) Sois meu refúgio no meio da aflição.

 Evangelho Mateus 13, 44-46 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O reino dos céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O reino dos céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”. – Palavra da salvação.

 

Comentário: 

Na primeira leitura vemos como Jeremias resume todo o seu sofrimento por ser profeta e proclamar a todos qual é a vontade de Deus a nosso respeito. É desprezado, ridicularizado, agredido. O sofrimento de Jeremias é como o de tantos outros que, como ele, devem anunciar a Palavra de Deus, que não aprovam o mal, não justificam as culpas, são sinceros e diretos. Ele está em crise e discute com Deus sobre essa sua condição, até que percebe que só a confiança incondicional em Deus é a resposta verdadeira aos seus anseios. Deus lhe diz, como diz também a todos os que estão nessa mesma condição de profetismo: “Combaterão contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para te salvar e defender”.

O evangelho completa esse nosso pensamento: quando descobrimos o grande tesouro de nossa vida, que é Deus, quando encontramos tempo de estarmos com ele em momentos fortes de oração e durante todo o dia em pensamento e na luta contra o pecado, nós nos sentimos felizes e prontos para continuarmos nossa caminhada.

Muitos santos que eram desligados da fé se converteram e perceberam que estar sempre com Deus, no contato caridoso e amoroso com os irmãos, é a única verdadeira felicidade que existe. Dinheiro algum no mundo consegue “comprar” a felicidade que obtermos gratuitamente se deixarmos o pecado e mergulharmos na bondade divina.

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5ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM 

 

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1ª Leitura: Jeremias 18,1-6

Salmo Responsorial 145(146)R- Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!

Evangelho Mateus 13, 47-53 

“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo.  48 Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. 49 Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, 50 e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. 51 “Entendestes tudo isso?” – “Sim”, responderam eles. 52 Então ele acrescentou: “Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 53 Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

Comentário:

Na primeira leitura vemos como Deus domina plenamente o que ocorre no universo. Ele não precisa de nós nem de ninguém. Como um oleiro que faz e refaz o vaso de barro, ele pode fazer e desfazer como bem entender. Entretanto, ele nos ama e tudo o que nos faz para estarmos juntos a ele é plenamente gratuito, ou seja, façamos o que façamos nunca vamos acrescentar em nada a felicidade de Deus. Ele nos salva de modo gratuito, pois não precisa de nenhuma de nossas ações. Entretanto, mesmo podendo nada fará para nos prejudicar. Pelo contrário, estará sempre desejando que o ouçamos, o atendamos e mudemos nossa vida a fim de podermos estar com ele no paraíso após a nossa morte.

Deus nos ama de modo infinito e faz tudo o que faz por nós para ver-nos felizes, e quer nos dar a maior felicidade que nos é possível, mas não quer forçar-nos a isso. Jeremias e os profetas procuraram de todos os modos mostrar isso ao povo de Israel, mas nunca foram atendidos por muito tempo. O maior presente que podemos dar a Deus é algo que ele nunca vai ter se não quisermos: somos nós mesmos. E tenhamos certeza de que, se nos arrependermos e pedirmos perdão, ele nos refará quantas vezes tivermos necessidade, como o oleiro faz com o vaso de barro.

No evangelho Jesus explica a parábola do joio: se continuarmos “enganando” Deus com falsas promessas, com falsas conversões, ele até pode nos aceitar, mas somos nós que não vamos aceitá-lo quando passarmos para a outra vida. Lá não há como mentir: seremos sinceros e veremos que não temos condição alguma de estarmos com ele. E como não cultivamos a humildade aqui na terra, também não a teremos na vida eterna: não seremos capazes de, como Moisés, pedir perdão. 

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6ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: Jeremias 26,1-9

Salmo Responsorial 68(69)R- Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor. 

Evangelho Mateus 13, 54-58

Ele foi para sua própria cidade e se pôs a ensinar na sinagoga local, de modo que ficaram admirados. Diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? 55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs não estão todas conosco? De onde, então, lhe vem tudo isso?” 57 E mostravam-se chocados com ele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!” 58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles. 

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos Jeremias alertando as pessoas pelo modo pecaminoso em que vivam e faziam do culto no templo uma mentira. Não adianta cultuar a Deus exteriormente se o coração está podre por causa do pecado. E as autoridades do templo prenderam Jeremias por ter dito isso, que é a verdade. Mas a verdade condena os que promovem o erro e eles acham mais fácil calar as pessoas que falam a verdade do que mudar de vida e segui-la.

No mundo de hoje vemos muito essa atitude de uma religião exterior e pouco vivida na realidade, no dia a dia, e na intimidade da vida de cada um. Quantas pessoas fazem romarias frequentes, por exemplo, e não vão à missa aos domingos, não rezam o terço, não se preocupam com a caridade etc., e se baseiam em superstições para viverem.

O evangelho completa esse nosso pensamento: quando descobrimos o grande tesouro de nossa vida, que é Deus, quando encontramos tempo de estarmos com ele em momentos fortes de oração e durante todo o dia em pensamento e na luta contra o pecado, nós nos sentimos felizes e prontos para continuarmos nossa caminhada.

Muitos santos que eram desligados da fé se converteram e perceberam que estar sempre com Deus, no contato caridoso e amoroso com os irmãos, é a única verdadeira felicidade que existe. Dinheiro algum no mundo consegue “comprar” a felicidade que obtermos gratuitamente se deixarmos o pecado e mergulharmos na bondade divina.

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SÁBADO DA 17 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura:Jeremias 26,11-16.24

Salmo Responsorial 68 (69)R- No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

Evangelho Mateus 14,1-12  

Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do rei Herodes. 2 Ele disse aos seus cortesões: “É João Batista! Ele ressuscitou dos mortos; por isso, as forças milagrosas atuam nele”. 3 De fato, Herodes tinha mandado prender João, acorrentá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4 Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido viver com ela”. 5 Herodes queria matá-lo, mas ficava com medo do povo, que o tinha em conta de profeta. 6 Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7 que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8 Instigada pela mãe, ela pediu: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.” 9 O rei ficou triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10 E mandou cortar a cabeça de João, na prisão. 11 A cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. 12 Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois vieram contar tudo a Jesus.

 

COMENTÁRIO:

 

É aquele assunto um tanto delicado: muitas pessoas encobrem seus pecados ou mau procedimento com missas, ajudas externas aplaudidas por todos, terços, músicas bonitas e “ungidas“, atos externos de pretensa caridade etc.

Jeremias mostra tudo isso aos seus contemporâneos e diz que podem até matá-lo, se quiserem, mas se eles não mudarem seus procedimentos maldosos e camuflados, o castigo vem e vem bem pesado. Deve ser também um aviso para nós.

Mas, como hoje em dia, muitos acreditaram em Jeremias e até o protegeram contra os que queriam matá-lo (é mais fácil matar o profeta do que ouvi-lo), e entre esses que o protegiam estava Aicam, filho de Safã.

No evangelho vemos a morte de São João Batista. Ele morreu por ter denunciado um adultério. Herodes até que gostava de João, mesmo não dando muita atenção ao que ele dizia, mas havia feito uma promessa a Herodíades, que havia dançado e agradado, e preferiu matar João do que não cumprir a promessa.

Esse é um exemplo de como certos atos nossos, tidos como corretos (no caso um juramento) pode ser maligno. É preciso que tenhamos em mente que a caridade é e sempre deve ser o critério para decidirmos nossas ações. Se um juramento nosso for contra a prática da caridade, devemos, sim, quebrá-lo para não se furtar à caridade.

Vou dar um exemplo bem concreto: eu e mais uns cinco padres estávamos de volta de um semana de férias após a Semana Santa, quando paramos num restaurante à beira da estrada para almoçarmos. Era sexta-feira e um dos padres ficou lá fora, nos esperando, porque aquele dia era para ele dia de jejum.

Eu, sinceramente, fiquei chateado. Aqueles dias eram talvez os únicos do ano em que podíamos nos encontrar! Podia ter mudado o dia de jejum, daquela semana, para o dia seguinte, ou outro. Acho que era muito importante nosso encontro naquele último dia de semana de férias. Esse padre faleceu algum tempo depois, deixando muita saudade, pois era um padre muito querido. Acredito que ele teria agradado mais a Deus se fosse almoçar conosco... Fica aí o caso para você meditar. O que você acha?

No caso de Herodes, há também outra cosia para refletir: o adultério. Hoje em dia muitos cometem adultério e continuam normalmente a frequentar a igreja e até a receber os sacramentos. Ea, o pior de tudo, muitas vezes sua atitude é abençoada por algum padre... como um certo casamento (não era casamento de verdade. Apenas „bênção“ de duas pessoas que eram divorciadas dos respectivos cônjuges), feito de modo milionário no estrangeiro. O padre, tendo em vista a ajuda financeira que ia receber para os seus projetos sociais, foi lá dar a tal bênção. Será que isso foi agradável a Deus? Os fins justificam os meios?

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2ª FEIRA DA 18ª SEMANA COMUM

 O EV É SÓ PARA O ANO A

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Jeremias 28,1-17

Salmo Responsorial 118 (119)R-Ensinai-me a fazer vossa vontade! 

Evangelho Mateus 14, 22-36(ANO A)

Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões.  23 Depois de despedi-las, subiu à montanha, a sós, para orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho. 24 O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27 Mas Jesus logo lhes falou: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29 Ele respondeu: “Vem!” Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” 32 Assim que subiram no barco, o vento cessou. 33  Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” 34 Após a travessia, aportaram em Genesaré. 35 Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36 suplicavam que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto. E todos os que tocaram ficaram curados.

 

COMENTÁRIOS:

Na primeira leitura vemos a disputa entre dois profetas: Jeremias, verdadeiro, e Ananias, falso. Jeremias prevê para Israel escravidão e exílio. Ananias prevê a liberdade e o regresso da Babilônia. Quando as coisas aconteceram, todos viram que era Jeremias que tinha razão, mas Ananias morreu naquele mesmo ano.

Nos dias atuais vemos o mesmo quadro: quantos falsos profetas anunciam coisas mirabolantes em seus programas de televisão! E são acreditados por muita gente. Os verdadeiros profetas são esquecidos e até ignorados, pois os costumes pecaminosos de boa parte do povo continuam. Sinal de que os profetas não foram ouvidos.

É muito fácil ouvir as profecias que indicam coisas ruins e dizer que as pessoas precisam se converter, o mundo precisa mudar etc. O difícil é ouvir as profecias, olhar para si próprio (a) e dizer: “As coisas andam mal. Eu preciso urgentemente me converter”...

No evangelho Jesus pede que os discípulos do barco sob a tempestade se acalmassem, que não tivessem medo. Jesus diz o mesmo a nós, neste barco sacolejante da Igreja dos tempos atuais. Aparentemente Jesus parece estar distante de nós. Engano! Ele está mais perto do que nunca, torcendo para que façamos a coisa certa e o acolhamos em nossa vida, na vida do mundo.

Pedro saiu do barco para ir ao encontro de Jesus que caminhava sobre a água, mas sua fé foi fraca demais e ele começou a afundar. Queira Deus que nossa fé não seja fraca como a de Pedro nessas horas terríveis de nossa vida em que tudo parece estar ruindo, mas que confiemos em sua proteção, em sua presença, em sua força. Se Deus está conosco, quem estará contra nós? 

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3ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Jeremias 30, 1-2.12-15.18-22

Salmo Responsorial 101 (102)R-O Senhor olhou a terra do alto céu

Evangelho Mateus 14,22-36

Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões.  23 Depois de despedi-las, subiu à montanha, a sós, para orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho. 24 O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27 Mas Jesus logo lhes falou: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29 Ele respondeu: “Vem!” Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” 32 Assim que subiram no barco, o vento cessou. 33  Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” 34 Após a travessia, aportaram em Genesaré. 35 Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36 suplicavam que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto. E todos os que tocaram ficaram curados.

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura Deus diz, por meio do profeta Jeremias ao povo que estava exilado na Babilônia: “Eu te tratei com rudeza por causa das tuas inúmeras maldades e por causa do teu endurecimento no pecado”. Em seguida diz que terá compaixão do povo depois do castigo imposto. 

 

É claro que esse perdão está baseado na conversão do povo para uma vida que agrade a Deus. 

 

Vejam bem: agradar ou não a Deus é estar no caminho certo ou errado. O caminho errado nos desvia de Deus e por isso o desagrada, pois se continuarmos nele, nos perderemos. Eu gosto muito desta frase de São Tomás de Aquino e a cito muito em meus comentários: “É preferível andar mancando no caminho certo a correr no caminho errado, pois se andarmos no caminho certo, mesmo devagar e mancando, chegaremos ao objetivo, enquanto que correndo no caminho errado, vamos nos distanciar cada vez mais do objetivo”. 

 

Se andarmos no caminho certo, se deixarmos o pecado, estaremos caminhando diante de Deus, que é não só o caminho certo, mas o único caminho e aí ele poderá nos ajudar a alcançarmos o objetivo, que é ele próprio. 

 

Vou resumir assim: Se trilharmos o caminho certo e pedirmos a ajuda de Deus, ele nos fará continuarmos no caminho certo até que, com a morte, estaremos definitivamente juntos a ele sem a possibilidade de o perdermos. 

No evangelho Jesus pede que os discípulos do barco sob a tempestade se acalmassem, que não tivessem medo. Jesus diz o mesmo a nós, neste barco sacolejante da Igreja dos tempos atuais. Aparentemente Jesus parece estar distante de nós. Engano! Ele está mais perto do que nunca, torcendo para que façamos a coisa certa e o acolhamos em nossa vida, na vida do mundo. 

 

Pedro saiu do barco para ir ao encontro de Jesus que caminhava sobre a água, mas sua fé foi fraca demais e ele começou a afundar. Queira Deus que nossa fé não seja fraca como a de Pedro nessas horas terríveis de nossa vida em que tudo parece estar ruindo, mas que confiemos em sua proteção, em sua presença, em sua força. Se Deus está conosco, quem estará contra nós?

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4ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Jeremias 31,1-7

Salmo Responsorial Jer. 31-R- O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho. 

Evangelho Mateus 15,21-28

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então, seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E, desde aquele momento, sua filha ficou curada. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

 

Eu acho de uma ternura incrível o que Deus diz a Jeremias sobre o povo de Israel: “Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia”. Deus nos ama de verdade, e gostaria que confiássemos nele para construirmos este mundo, preparando-nos para o outro.

Se houvesse misericórdia, bondade, se seguíssemos o que Jesus nos ensinou com tanto amor e gratuidade, seríamos felizes já aqui nesta terra.

É o Frei Carlos Mesters que nos diz em seu livro: “Paraíso terrestre: saudade ou esperança?”, que o paraíso terrestre descrito na bíblia não é algo que existiu, mas que pode existir, se nos convertêssemos e nos deixássemos conduzir por Deus.

Deus mostra, por meio de Jeremias, que ele está disposto a esquecer, a perdoar as faltas do povo de Israel: “Encontrou perdão no deserto o povo que escapara à espada; Israel encaminha-se para o seu descanso”. Tudo seria mais fácil para a humanidade se se convertesse totalmente a Deus, que pode nos auxiliar em nossos projetos e realizações não só a nível social e político, mas também a nível pessoal.

O Evangelho mostra que a cananeia, mesmo rejeitada socialmente, confiou na misericórdia de Jesus e foi atendida em seu pedido feito com muita humildade. Humildade essa que deve primar em nossas orações diárias. Não merecemos nada de Deus. Tudo o que recebemos dele é gratuito, é de graça, e talvez por isso receba o nome de “graça”. A cananeia sabia bem disso.

 

Confiemos sempre em Deus, por pior que esteja nossa situação, como neste tempo de pandemia. Ele nunca nos faltará, se formos pessoas de oração constante e perseverante e se estivermos lutando contra nossos vícios, pecados e más tendências. “Eu te amei com amor eterno”, diz Deus na primeira leitura. Ele nos dirá a mesma coisa se pararmos de pecar e pedirmos perdão e sua ajuda.

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5ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Jeremias 31,31-34

Salmo Responsorial 50 (51) Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro! 

Evangelho Mateus 16, 13-23

 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da lei e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” – Palavra da salvação

 

COMENTÁRIO:

 

A primeira leitura mostra o profeta transmitindo aos exilados palavras de conforto provindas de Deus, como uma nova aliança: “imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. (...) Todos me conhecerão(...). Perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado”. 

Como dá para perceber, não só nesse texto, mas em toda a bíblia, Deus quer o nosso bem e sempre está pronto a nos perdoar e a nos receber de volta. Nem sempre as pessoas sabem disso, ou creem nisso. É preciso confiar na misericórdia divina. Por pior que tenha sido o nosso pecado, se pedirmos perdão com fé e resolução de não mais pecar, seremos perdoados.

 

No evangelho se subentende que Israel não é mais a planta de Deus (cap. 15,13) e o discípulo deve abandoná-la (15,14). Aliás, o próprio Jesus a abandona (16,4b). Entretanto, não se concebe um Messias sem um povo. Aí entra o trecho de hoje, em que Jesus anuncia esse seu novo povo fundado sobre a Rocha que, depois de sua morte e ressurreição, será Pedro, a quem dá as chaves, já comentadas na primeira leitura (Missal dominical). 

 

Podemos refletir hoje sobre como está nossa confiança na Igreja. Há muitas pessoas e organizações desmerecendo e até negando a legitimidade da eleição do nosso querido Papa Francisco. Eu acho isso um absurdo. Ele foi eleito legitimamente e hoje é ele quem está com o “poder das chaves”. Se aquela mulher que comentei na primeira leitura chegara toda poderosa com as chaves do departamento nas mãos, e eu tive que esperá-la, muito mais devemos respeitar o cargo que o Papa Francisco ocupa na Igreja, rezar por ele e acatar suas palavras. Ele é o nosso Papa, e Jesus dirige a Igreja por meio dele.

 

A segunda parte do Evangelho mostra como os discípulos estavam ignorando a verdadeira missão de Jesus. Seu reino não é desse mundo. Ele não vai tomar o poder de Herodes, o de César. Ele vai, contrariamente a tudo o que os Apóstolos imaginavam, sofrer e morrer, e depois disso vencer a morte, ressuscitar. O reino que Jesus veio trazer à terra é um reino eterno, em que seremos imortais. Quem se opuser a isto, como Pedro o fez no trecho de hoje, está indo por um caminho errado.

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6ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Naum 2,1.3; 3,1-3.6-7

Salmo Responsorial Deuteronômio 32-R- Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!  

Evangelho Mateus 16,24-28

 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo, alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do homem vindo com o seu reino”. – Palavra da salvação

 

COMENTÁRIO: 

Na primeira leitura, o reino de Judá fica livre da dominação assíria e o profeta Naum canta a vitória de Deus sobre aquele povo pagão, prevendo as desgraças que lhe ia acontecer. 

 

Hoje, porém, sabemos que Deus não se vinga de ninguém, de povo algum. Quando ele permite um coronavírus ou uma desgraça desse tipo, não quer se vingar de nós, mas admoestarmos para aceitarmos o seu amor e, por consequência, confiarmos nele e seguirmos as orientações de vida que nos deu pelos profetas e sobretudo por Jesus Cristo. Hoje essas orientações de vida são dadas pela Igreja. Sigamo-las e estaremos cumprindo, assim, o que Deus planejou para nós. 

 

O evangelho completa esse assunto. Jesus lembra que “que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida”? Por isso, ele nos aconselha a pegarmos nossa cruz do dia a dia e segui-lo. Veja bem: se vamos segui-lo, é porque ele está indo na frente, abrindo caminho. Nós não vamos nos aventurar em lugares desconhecidos: vamos caminhar passo a passo nos passos de Jesus. Não estaremos sozinhos. Não estaremos abandonados. A alegria de estarmos fazendo a vontade de Deus é impagável: “O que poderá alguém dar em troca de sua vida”? 

 

Não é preciso procurar a cruz. Ela vem pelo nosso trabalho, pelas nossas escolhas. Se escolhermos o bem, a cruz virá, na certa. Cabe-nos não desanimar e não abandonar o caminho, pois, como diz São Tomás de Aquino, é melhor mancar no caminho certo do que correr no caminho errado. A recompensa é inimaginável pelo ser humano. 

 

As pessoas que não buscam Deus nem o seu reino podem até viver no luxo, viver bem, mas dificilmente vão descobrir essa felicidade simples e partilhada que temos quando seguimos Jesus. Eu conheci pessoas pobres muito mais tranquilas, alegres e felizes do que tantas outras ricas, bem alimentadas, mas sem religião alguma, divorciadas de Deus. 

 

Além dessa felicidade e paz já nesta terra, temos ainda o Céu à nossa espera. Quer mais do que isso?

 

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SÁBADO DA 18 ª SEMANA COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

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1ª Leitura: Habacuc 1,12-2,4

Salmo Responsorial 9A(9)R- Vós nunca abandonais quem vos procura, ó Senhor!

Evangelho: Mateus 17,14-20

Quando voltaram para junto da multidão, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: 15 “Senhor, tem compaixão do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. 16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” 17 Jesus tomou a palavra: “Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 18 Então Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, que ficou curado a partir dessa hora. 19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” 20 Ele respondeu: “Por causa da fraqueza de vossa fé! Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. Nada vos será impossível.

 

COMENTÁRIO:

(FALTA O COMENTÁRIO DA PRIMEIRA LEITURA)

No evangelho Jesus cura um epiléptico que os discípulos não tinham conseguido curar. Faltou-lhes a fé. Muitas coisas ruins acontecem em nossa sociedade. E nós, cristãos, não estamos conseguindo exterminá-las. Falta-nos a fé? Acho que sim. Só que não estamos entendendo o alcance dessa nossa fé. Fé implica ação concreta, implica um colocar-se a serviço de Deus e de sua Igreja. 

A verdadeira fé implica uma vida santa, sem compromissos com o pecado e com a materialidade. Será que podemos encontrar isso em nossa Igreja Católica e nos católicos?

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2ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

 1ª Leitura: Ezequiel 1,2-5.24-28c

Salmo Responsorial 148(149) – Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.  

Evangelho Mateus 17, 22-27  

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” 25Pedro respondeu: “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem, dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

 

Essas visões de Ezequiel são muito difíceis de serem interpretadas. Baseando-se no que diz o missal cotidiano, podemos entender que a visão de Ezequiel é uma revelação do Deus incognoscível (de certo modo). É o que chamamos de “teofanias”, e têm, como constante, a luz e a nuvem. Os seres, baseados em figurações da Mesopotâmia, significam as prerrogativas divinas: a inteligência, a força, o poder, a rapidez. No Apocalipse são retomados, indicando então os quatro evangelistas (Apocalipse 4,7-8).

 

Para nós, talvez pudéssemos meditar no fato de que Deus está presente e age nos acontecimentos da história, mesmo que não o percebamos. “Onde tudo parece ruína, ele atua para salvar, para libertar o homem em profundidade. Há sempre uma salvação oferecida por Deus”. Tenhamos sempre diante de nós essa presença amiga e misericordiosa de Deus, que nos quer para ele, mas não força ninguém a deseja-lo (algumas dessas ideias estão no missal cotidiano).

 

No evangelho Jesus faz o segundo anúncio da paixão (em Mateus). Jesus sabe aonde vai. Está consciente do perigo que corre, mas sabe também que vai vencer tudo com a Ressurreição. Nós também devemos saber que depois dos sofrimentos aceitos e vencidos com a graça de Deus, nossa felicidade será plena.

 

Na segunda parte do texto Jesus mostra que é Filho de Deus e não precisaria pagar imposto, mas paga para não escandalizar a ninguém e para mostrar que, se convivemos humanamente, se usufruímos do meio comum, é justo também pagar um tributo. No tempo de Jesus, esse imposto tinha também um valor religioso e não apenas político.

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3ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 1ª Leitura: Ezequiel 2,8-3,4

 Salmo Responsorial 118(119)R- Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!

 Evangelho Mateus 18, 1-5.10.12-14

 Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2 Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3        e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4      Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5-E quem acolher em meu nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo. Não causar a queda dos pequenos. 10 Cuidado! Não desprezeis um só destes pequenos! Eu vos digo que os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12 “Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à procura daquela que se perdeu? 13    E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá mais alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. 14 Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos. 

 

COMENTÁRIO: 

 

Na Primeira leitura Ezequiel tem uma visão em que lhe é pedido que coma o rolo extenso com a palavra do Senhor para o povo. O rolo lhe é doce ao paladar, mas em outro lugar diz também que no estômago é amargo. Ou seja: devemos nos impregnar da palavra de Deus, como uma esponja se impregna de água, mas sentiremos muitas dificuldades e imprevistos para praticá-la. Ezequiel deveria estar repleto da palavra de Deus na mente e no coração, a fim de não só pregar, mas também praticar o que pregava. 

 

Temos essa incumbência: conhecermos a palavra de Deus, manifestada a nós pela Igreja, e praticá-la. De nossa prática podem brotar dois tipos de pregações: pela nossa palavra e pelo nosso testemunho. O Beato (já está para ser canonizado) Carlos de Foucauld diz que é para pregarmos a palavra de Deus com a nossa vida. 

 

No evangelho Jesus compara com uma criança a atitude dos que querem segui-lo: totalmente dependente dele, ou seja, confiar plenamente em sua presença e em seu amor, como a criança, que é totalmente dependente dos pais ou de outras pessoas mais velhas. 

 

O que Jesus pede é que nos convertamos, que nasçamos de novo, que nos façamos pequenos: disponíveis, humildes, simples, pobres, sem pretensões, confiantes (missal cotidiano). Se fizermos isso, seremos os “maiores” diante de Deus. Um dos motivos é que, em se fazendo humildes e pequenos, vamos pedir mais sua ajuda, sua presença em nossas ações, e aí tudo se realizará. Se confiarmos em nossas próprias forças, tudo vai sair pesado e amarrado, sem leveza, sem essa docilidade de quem ama a Jesus e ao próximo. 


O carpinteiro que foi agraciado com um milagre do Beato Carlos de Foucauld era não-cristão. Caiu do andaime de uma altura de 16 metros, sobre um banco, e ficou com um pedaço de pau atravessado sob o coração. E não morreu. Levantou-se, com a madeira atravessada no corpo, para pedir ajuda. Depois que já estava recuperado, pediu desculpas ao patrão por não ter tomado cuidado. O patrão o abraçou e lhe disse que nem pensasse em pedir desculpas! Ele saiu ileso dessa queda tremenda! Só mesmo um milagre conseguiu evitar sua morte. O que aconteceu é impossível sem um milagre. Não consta que o rapaz se converteu ao cristianismo. Ainda está pensando no assunto. Eu estou mencionando isso aqui porque, quando nos convertemos, Deus nos perdoa todos os pecados. Não guarda rancor de nenhum deles. Quem quiser saber mais detalhes desse milagre, acesse https://gritaroevangelho.blogspot.com ._________

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4ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

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1ª Leitura: Ezequiel 9,1-7;10,18-22 

Salmo Responsorial 112(112)R-A glória do Senhor vai além dos altos céus

Evangelho Mateus 18,15-20

15      Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão.  16    Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.  17   Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano.   18      Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu , e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.       19          Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. 20        Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”

COMENTÁRIO:

FALTA  O COMENTÁRIO DA PRIMEIRA LEITURA

No evangelho Jesus fala sobre a correção fraterna. Coisa muito difícil, principalmente nos dias de hoje. Qualquer palavra mal colocada ofende as pessoas e não as levam à conversão. 

Na verdade, é preciso muita humildade para se aceitar uma correção, mesmo a fraterna. Sempre achamos ter razão, sempre pensamos estar fazendo a coisa certa. 

No evangelho de hoje uma coisa fica bem visível: não podemos condenar as pessoas sem dar-lhes oportunidade para a conversão. Diz o Missal Cotidiano: “A condenação do irmão (v. 17) só é possível quando ele persevera no mal e recusa qualquer correção e perdão (vv.15-16). Nesse caso, Deus ratifica o que a sua Igreja opera (v.18)”.

Será que fazemos isso em nossa vida diária? Procuramos ouvir as correções que amigos ou superiores nos fazem? Eu vou além: quando ouvimos falar algo sobre nós, temos que ouvir e ponderar se aquilo tem algum fundamento ou não. Muitas vezes as pessoas têm uma ideia de nós que não corresponde, pois elas não sabem de tudo a nosso respeito.  Entretanto, se há uma ideia de nós que não tínhamos percebido, pode ser que nossas atitudes, ou alguma atitude nossa tenha sido mal interpretada e, portanto, temos que repensá-la e ver no que poderíamos mudar.

Deus estará sempre nos abençoando e nos orientando quando aceitamos nos aprofundar nas atitudes que temos que mudar para melhor o agradarmos.

 

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QUINTA-FEIRA DA 19ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Primeira Leitura: Ezequiel 12,1-12

Salmo Responsorial:77(78)R-Das obras do Senhor não se esqueçam

Evangelho: Mateus 18,21-19,1 

Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22     Jesus respondeu: “Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. 23   O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. 24   Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. 25      Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. 26   O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. 27    Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. 28 Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29   O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’. 30 Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo. 31 Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. 32     Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. 33   Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? 34 O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. 35  É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1- Quando terminou essas palavras, Jesus deixou a Galileia e foi para a região da Judéia, pelo outro lado do Jordão.

 

COMENTÁRIO:

Ezequiel diz a Sedecias o final trágico do seu reinado com a deportação do povo para a Mesopotâmia, e para deixar isso bem claro representa a deportação pessoalmente, preparando uma bagagem de exilado em pleno dia, para que todos o vissem, cavou um buraco no muro e saiu por ali, como se fugisse, cobrir a face para não ver o país etc. Isso tudo ocorreu com Sedecias, que foi cegado depois de ver os filhos assassinados pelos invasores e levado como prisioneiro à Babilônia.

Temos que prestar mais atenção aos avisos dos profetas de nosso tempo. Não podemos nos fazer surdos e cegos quando nos pedem a conversão de nossa vida. O fim de cada um pode estar mais próximo do que a gente pensa, ainda mais com a pandemia.

No evangelho o tema é o perdão. O texto nos dá duas orientações: 

1ª- Deus perdoa sempre, por maiores que tenham sido os nossos pecados, se nós nos conscientizarmos deles.

2ª- Como somos perdoados por Deus, devemos também perdoar os nossos irmãos. E, comparando as ofensas feitas a Deus com as que os irmãos nos fizeram, a diferença é enorme. No evangelho, o patrão (Deus) havia perdoado uma quantia absurdamente grande, cerca de 3 toneladas de ouro, enquanto o que havia sido perdoado foi incapaz de perdoar o que seria umas 400 gramas de ouro.

No próprio Pai nosso nós colocamos a Deus essa condição: perdoai as nossas ofensas assim como (=do mesmo modo, da mesma forma que ) nós perdoamos aos que nos têm ofendido.

Dá para encarar Deus depois de uma vida em que não perdoamos aos que nos prejudicaram e/ou nos ofenderam?

 

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6ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM 

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 16,59-63

Salmo Responsorial Is. 12-R- Acalmou-se a vossa ia e, enfim, me consolastes.

Evangelho Mateus 19,3-12

3 Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus e, para experimentá-lo, perguntaram: “É permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo?” 4   Ele respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 5 e disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne’? 6    De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. 7    Perguntaram: “Como então Moisés mandou dar atestado de divórcio e despedir a mulher?” 8      Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o princípio. 9   Ora, eu vos digo: quem despede sua mulher – fora o caso de união ilícita – e se casa com outra, comete adultério”. 10 Os discípulos disseram-lhe: “Se a situação do homem com a mulher é assim, é melhor não casar-se”. 11   Ele respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, mas só aqueles a quem é concedido. 12   De fato, existem eunucos que nasceram assim do ventre materno; outros foram feitos eunucos por mão humana; outros ainda, tornaram-se eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda”.

 

COMENTÁRIO:

Deus está sempre pronto a nos perdoar e deseja que tenhamos uma conversão definitiva, um “retorno” a ele sem novas fugas. Daí em diante seremos sinais, instrumentos de seu amor redentor, como aconteceu com tantos santos e santas que eram pecadores e depois se converteram.

Sempre há esperança para nós de ganharmos o paraíso, enquanto vivermos. Só com nossa morte perdemos o poder de escolher, de mudar de vida. Enquanto há vida em nosso corpo, nossa alma poderá se beneficiar do perdão. É preciso, pois, que resolvamos nos converter logo, antes que a vida termine. Depois não dá mais para reclamar. É como a garantia de algo que compramos. Acabou a garantia, acabou o serviço gratuito.

No evangelho Jesus nos lembra que na vida eterna não teremos as mesmas condições materiais que temos aqui. Lá não nos casamos, não somos dados em casamento, não teremos filhos.

Jesus deixa bem clara a importância do matrimônio e a preparação que temos que ter para assumi-lo. O adultério é uma praga que corrói o coração humano e o impede de continuar a vida conjugal com o cônjuge. Para que isso não aconteça, diz o missal cotidiano: “É preciso rejeitar o divórcio e o adultério até à raiz, às aspirações mais íntimas e inconfessáveis, conservando livres o olhar e o coração”.

Lembro que São João Batista morreu por denunciar o adultério de Herodes com Herodíades. Isso é algo sério. Jesus termina seu discurso mostrando que há pessoas que renunciam ao casamento para o bem da comunidade, para estar a serviço das pessoas. Entretanto, esse é um assunto delicado. É preciso para que haja vocação para se deixar o matrimônio em busca de uma vida consagrada ou sacerdotal. Nem todos são chamados a isso. Entretanto, é verdade, que para o casamento é preciso também ter vocação. Nem todos os que contraem matrimônio aceitam essa verdade. Preferem arriscar... e acontece a separação.

Certa vez um casal muito jovem insistiu em se casar. Eu percebi que não ia dar certo e quase implorei para a mãe da moça pedir mais um tempo para eles decidirem ou não pelo casamento. Não houve jeito. Fiz esse casamento um tanto contrariado, pois estava bem claro que não ia dar certo, pelo que eu conhecia tanto dele quanto dela. Não deu outra: separaram-se um mês depois. A mãe veio, chorando, pedir-me desculpas por não ter ouvido o que eu dissera.

É preciso uma preparação melhor para o casamento. Acho que há muito pega-pega e pouca conversa entre os namorados de hoje. O conhecimento entre ele e ela deve ser muito profundo, pois estão planejando viver a vida toda juntos... Será que todos os que se casam se conhecem mesmo, realmente se aceitam? Estão sabendo os defeitos e as qualidades dos(as) respectivos (as) noivos (as)?

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SÁBADO DA 19 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 18,1-10.13b.30-32 

Salmo Responsorial 50(51)R-Ó Senhor, criai em mim, um coração que seja puro!

Evangelho Mateus 19,13-15

13-  Naquele momento, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreenderam. 14      Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim; porque a pessoas assim é que pertence o Reino dos Céus”. 15    E depois de impor as mãos sobre elas, ele partiu dali.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como Deus instrui o profeta sobre a retribuição ou o castigo para quem faz o bem ou o mal. Havia uma crença de que Deus castigava o erro de uma pessoa até a terceira geração dela. Nessa leitura, ele deixa bem claro que cada um é responsável pelo que faz.

É incrível como muitos têm a mania de achar que algo não dá certo por culpa de outras pessoas.  Poucas são as pessoas que refletem sobre os próprios atos e tenta descobrir se tal coisa não deu certo por causa de seus próprios erros, enganos e desacertos. Há sempre a tendência de se procurar um “bode expiatório”. É sempre preciso se perguntar, ante algo que não deu certo: “Será que foi erro meu? Vou tentar descobrir no quê eu errei...”

Há também a tendência de se culpar Deus, ou o governo, ou a sociedade, ou os “nossos tempos” pelas coisas que não dão certo, ou mesmo o “destino”.  A conversão e a ação de justiça e caridade, diz o missal cotidiano, devem ser pessoais e isso nunca é um ato individualista. É encarar a realidade dos fatos. Se fui eu quem errei, devo refazer a coisa, se puder, ou pedir ajuda. Se foi o outro, em vez de criticá-lo e deixá-lo amargurado, devemos ajudá-lo a sair dessa com dignidade.  Se for necessário haver alguma punição, que seja baseada na justiça verdadeira e na recuperação da pessoa, e não de sua destruição.

No evangelho Jesus procura mostrar ao povo da época que as crianças são importantes na sociedade, pois elas é que vão viver neste mundo e comandá-lo. Naquele tempo a criança era considerada zero à esquerda, ou seja, não tinha valor algum. Jesus tenta ensinar que elas são, sim, importantes na sociedade.

Por extensão, os pequeninos e os marginalizados, os desprezados, tanto como as crianças, devem também serem recebidos na comunidade cristã. Ninguém pode ser desprezado (a), seja adulto, ou criança, ou pobre, ou simples, ou marginalizado etc. Não devemos desprezar ninguém.

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2ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 24,15-24

Salmo Responsorial Deut 32-R- Esqueceram o Deus que os gerou

Evangelho Mateus 19,16-22

 

Alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” 17  Ele respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. – 18     “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19 honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo”. 20 O jovem disse-lhe: “Já observo tudo isso. Que me falta ainda?” 21Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22 Quando ouviu esta palavra, o jovem foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.

 

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura a esposa do profeta Ezequiel morre, mas Deus pediu-lhe que não fizesse o luto costumeiro para mostrar ao povo que ninguém iria ter tempo de fazer luto pela destruição próxima do Templo de Jerusalém, nem dos mortos pela invasão e destruição. As pessoas do povo haveriam de reconhecer nos acontecimentos a ação de Deus que castiga os pecados e, em reconhecendo isso, voltem para Deus e passem a obedecê-lo.

 

Deus não se alegra com os nossos males, mas os usa para evitar-nos um mal maior, que seria a condenação eterna. Nenhum mal que já ocorreu ou que ainda vai ocorrer neste mundo pode sequer comparar-se com os males que as pessoas sofrem no inferno. Jesus mostrou, mais tarde, que Deus se rejubila com a conversão do pecador. Deus nos quer juntos dele, mas não nos obriga a isso. Por isso, quando acontece alguma desgraça, aproveita-a para a nossa conversão. É um modo de nos converter para estarmos juntos dele na eternidade.

 

Quanto ao evangelho, o jovem foi convidado a ser um discípulo mais próximo de Jesus, talvez até um apóstolo. Ele recusou porque era muito rico. Nós podemos até não ser ricos, mas muitas vezes recusamos também o que Deus pede para nós. Vamos nos conscientizar disso, pedir perdão a Deus, se for preciso por meio de um sacerdote no sacramento da Confissão e recomeçar vida nova, de modo a sermos mais atentos à vontade e ao chamado de Deus em nossa vida.

 

Precisamos decidir o que realmente nos é necessário para que tenhamos uma vida santa. Sinceramente, eu, que vos escrevo, aprendi isso a duras penas. Quando nos acontece algum acontecimento que nos faz sofrer, devemos até agradecer a Deus, se esse acontecimento serviu para nos aproximar dele. Eu agradeço todos os percalços que tive que suportar em minha vida. Eles deram um impulso à minha intimidade com Deus.

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3ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 28,1-10 

Salmo Responsorial Deu 32-R- Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

Evangelho Mateus 19,23-30 

 Então Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. 24   E digo ainda: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25  Ouvindo isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: “Quem, pois, poderá salvar-se?” 26 Jesus olhou bem para eles e disse: “Humanamente isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”. A recompensa do Reino 27       Em seguida, Pedro tomou a palavra e disse-lhe: “Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28   Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. 29  E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30      Ora, muitos que são primeiros serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros.

 

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura vemos como o rei de Tiro pensa ser um deus, pensa ser dotado de uma sabedoria sem igual, se faz dono de tudo. Mas Deus diz a Ezequiel para dizer ao rei de Tiro que os acontecimentos que ele vai lhe permitir o deixarão mais baixo do que qualquer outro homem, inclusive uma morte horrenda, sem dignidade alguma.

 

Nos dias de hoje vemos também esses pequenos “deuses” que se acham os maiorais na mídia e na sociedade. As rugas, os cabelos brancos, a flacidez dos antes músculos e formas arredondadas, enche-os de pavor. A atriz Dercy Gonçalves, jocosamente, dizia em suas entrevistas que não podia rir senão sua perna levantava, de tantas operações plásticas que havia feito.

 

Esse declínio natural do ser humano assusta a qualquer um. Eu fiz uma foto minha com montagens de meu rosto em quase todas as épocas de minha vida. É decepcionante! Mas mostra a realidade da vida.

 

Diz o missal cotidiano que devemos reconhecer o domínio de Deus, não presumir de forças que não temos, e recorrer confiadamente a ele, saber pedir ajuda e perdão aos outros. Em suma, devemos ser muito humildes e reconhecer a nossa fragilidade e dependência do auxílio divino. Todas as qualidades e dons que as pessoas têm provêm de Deus. Não somos donos de nada. Devemos deixar Deus ser Deus.

 

No Evangelho Jesus fala de uma vocação especial de renúncia a tudo pelo Reino, mas que também pode orientar a todos nós: vivermos desapegados dos bens materiais e de tudo o que há nesta terra para podermos usar tudo como Deus planejou desde a eternidade. A busca do Reino em primeiro lugar implica também em vivermos em plena comunhão uns com os outros. A caminhada não deve ser marcada pelo individualismo, mas pelo amor mútuo.

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4ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 34,1-11

Salmo Responsorial 22(23)R- O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma

Evangelho Mateus 20,1-16a

Pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2 Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha.3  Em plena manhã, saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4   e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo’. 5    E eles foram. Ao meio- dia e em plena tarde, ele saiu novamente e fez a mesma coisa. 6 Saindo outra vez pelo fim da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados? 7 Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. E ele lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8    Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e faze o pagamento, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9 Vieram os que tinham sido contratados no final da tarde, cada qual recebendo a diária. 10   E m seguida vieram os que foram contratados primeiro, pensando que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu apenas a diária. 11Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. 13  Então, ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? 14   Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. 15        Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?’ 16   Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

 

COMENTÁRIO: 

Na primeira leitura Deus pede a Ezequiel que profetizasse contra os pastores de Israel, incluindo o rei e os chefes da nação hebreia. Na verdade, diz o missal cotidiano que a imagem de Javé, pastor de Israel, figura entre as mais antigas expressões da religião hebraica e liga-se à época de nomadismo dos hebreus, perseverando e enriquecendo-se até o NT.

 

Esses dirigentes do povo eram indignos dos cargos que exerciam, e Deus se compromete ele mesmo tomar conta de seu rebanho. Isso é muito real nos dias de hoje, quando muitos pastores e dirigentes do povo não praticam o que dizem e fazem o que não devem.

 

Devemos aprender a contestar-nos a nós próprios, se temos a incumbência de contestar os outros, pelo nosso ofício. E se falhamos, deixemos isso no passado e recomecemos uma vida nova de santidade. Nunca é tarde para recomeçar. Jesus é o nosso verdadeiro pastor, e talvez esse texto de hoje possa ser até uma profecia sobre Jesus, que veio do céu para resgatar-nos das mãos dos maus pastores. Nas mãos de Jesus, seguindo suas orientações e ensinamentos, nós encontraremos pastagens viçosas para nos alimentar e nos fartar de felicidade.

 

Uma palavra saída da boca de um dirigente que pratica vale mais do que mil saídas de um dirigente relapso, que não pratica o que fala. E precisamos rezar muito pelos nossos padres, bispos e dirigentes!

 

No evangelho Jesus ensina a misericórdia de Deus sobre todos nós, independentemente da época de nossa vida que passamos a buscá-lo. Se pedirmos perdão, mesmo que seja pouco antes da morte, ele nos perdoará. Quem se converter no final da vida vai gozar do paraíso tanto quanto aqueles que são cristãos desde que nasceram. A intensidade de felicidade que vamos ter no céu talvez dependa da intensidade de amor e de comunhão que tenhamos aqui na terra. Isso é ideia minha: se eu estiver no céu ao lado de Santa Teresinha, por exemplo, estaremos juntos, mas o céu que ela está vivendo é muito superior ao que estou vivendo, pois seu amor foi muito maior do que o meu o é. Mas isso é apenas conjectura minha.

 

Para não errarmos na compreensão das palavras de Jesus, tratemos de nos empenhar na própria santificação desde agora, para que não tenhamos problemas mais tarde.

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5ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 36,22-28

Salmo Responsorial 50(51)R- Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

Evangelho Mateus 22,1-14

Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2 dizendo: “O Reino dos Céus é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3   Mandou seus servos chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. 4        Mandou então outros servos, com esta ordem: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’  5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para seu campo, outro para seus negócios, 6   outros agarraram os servos, bateram neles e os mataram. 7 O rei ficou irritado e mandou suas tropas matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em  seguida, disse aos servos: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9       Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. 10    Os servos saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11    Quando o rei entrou para ver os convidados, observou um homem que não estava em traje de festa 12   e perguntou-lhe: ‘Meu caro, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem ficou sem responder. 13  Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e lançai-o fora, nas trevas! Ali haverá choro e ranger de dentes’. 14 Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.

 

COMENTÁRIO: 

Na primeira leitura Deus pede a Ezequiel que diga ao povo que ele, Javé, derramará sobre todos uma água pura, e eles serão purificados. Deus tirará do nosso corpo esse coração de pedra que temos e colocará no lugar um coração de carne, que possa amar.

 

Que palavras bonitas e verdadeiras! Deus pode, realmente fazer isso, se nós o deixarmos fazer. Muitos, infelizmente, ainda não compreenderam que não precisam lutar com as próprias forças (se é que temos alguma força). Eu mesmo descobri isso já adulto, que Deus nos dá toda a força de que precisamos para vencer qualquer tipo de obstáculo. Para fazer em nós maravilhas ele precisa apenas do nosso sim, como precisou do sim de Maria para enviar seu Filho ao mundo. Deus não age em nós sem a nossa permissão. Essa é a única coisa que ele não faz. Não porque não pode, mas porque desde o início da humanidade comprometeu-se consigo mesmo em entrar em nossa vida só com a nossa permissão.

 

Eu vejo isso muito claro no Apocalipse 3,20: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém me ouvir e abrir-me a porta, eu entrarei e cearei com ele e ele comigo”. Jesus não entra em nossa casa sem antes bater, tocar a campainha. Que nós sejamos espertos o suficiente para abrirmos as portas para ele, sejam quais forem as consequências em nossa vida. Sabemos que ele estará sempre conosco e nos dará tudo o que for necessário para vencermos.

 

No evangelho Jesus quis mostrar aos doutores e mestres do Templo e aos fariseus que ele os estava convidando para o banquete do Reino de Deus, mediante uma nova vida, um novo modo de ver as leis e as tradições, mas eles estavam recusando, como o primeiro pessoal convidado. Como eles, os judeus, estavam recusando o convite para essa festa, ele ia convidar e incluir os povos pagãos (aqui representados pelos maus e bons) e todos os que o desejassem. Seriam então descartados e até castigados por não aceitarem o convite para a festa.

 

Mas depois acrescenta que mesmo os pagãos que foram convidados, devem ter o traje de festa, ou seja, mesmo nós, que não somos judeus mas temos a graça de participar dessa festa pelo batismo e pela Eucaristia, devemos trajar a veste especial, que é o Estado de Graça, ou seja, estar sempre no agrado de Deus.

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6ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM 

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 37,1-14

Salmo Responsorial 106(107)R- Dai graças ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

Evangelho Mateus 22,34-40

Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, 35   e um deles, um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: 36 “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37   Ele respondeu: “‘Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!’ 38 Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39     Ora, o segundo lhe é semelhante: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’. 40   Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”.

 

COMENTÁRIO: 

A primeira leitura situa-se depois do ano 586 a.C, ou seja, depois da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor. A nação de Deus, deportada para a Mesopotâmia, perdeu completamente a esperança de retorno à sua terra e mesmo à vida de antes. A visão de Ezequiel quer justamente dar ao povo a esperança da recuperação, simbolizada pela revitalização daqueles ossos e a reconstrução dos corpos de que faziam parte. “Esses ossos são toda a casa de Israel”.

 

Deus quer, com isso, dizer ao povo que ele o reconduzirá à sua terra e fará nele uma transformação por dentro, mais do que por fora.

 

O missal cotidiano é que faz essas considerações e termina dizendo que, quando todos se sentirem “ossos secos”, cansados, descrentes, desesperados, devem “esperar contra toda a esperança” (Romanos 4,18). Não nos esqueçamos de que Deus pode fazer por nós muito mais, infinitamente além do que pedimos ou pensamos (Efésios3,20).

 

No evangelho Jesus resume os 613 artigos da lei judaica em apenas dois: Amar a Deus e amar ao próximo. Na verdade, eu colocaria um terceiro: como a si mesmo. Se quisermos ser perfeitos temos, pois, que amar a Deus, amar ao próximo e amar a si mesmos. Hoje vi a notícia de que o parente próximo de um grande artista já falecido, jovem ainda, cometeu suicídio. O que leva uma pessoa a fazer isso? Pode haver muitas razões. Mas se nós não estivermos com problemas mentais, se nos amarmos a nós mesmos não cometeremos suicídio. Uma pessoa que se entrega a algum vício não ama a si próprio. E se não nos amarmos, dificilmente vamos amar aos outros e muito menos a Deus.

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SÁBADO DA 20 ª SEMANA COMUM 

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Ezequiel 43,1-7a 

Salmo Responsorial 84(85)-R- A glória 

 Evangelho Mateus 23,1-12

Naquele tempo: 1Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2'Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas; 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.  10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.' Palavra da Salvação.

    COMENTÁRIO:

Na primeira leitura, diz o missal cotidiano que o valor dela está “nos anúncios estritamente teológicos e religiosos, e não tanto no pormenor das descrições, muito enfáticas e simbólicas. Deus voltará ao novo templo, do qual se afastara, vindo do oriente, isto é, da terra do exílio. Retomará posse do lugar santo (v.5) e residirá para sempre no meio dos filhos de Israel”. Para nossa vida, eu diria que devemos confiar no perdão divino e na misericórdia divina. Se Deus pareceu se afastar de nossa vida, tenhamos certeza de que com o arrependimento e a resolução de uma nova vida ele nos libertará de nossos pecados, nos perdoará, virar morar novamente conosco. E o católico tem esse privilégio pela Eucaristia e todos os cristãos pelo dom do Espírito Santo.

  No evangelho Jesus dá o mesmo conselho às autoridades do seu tempo, mas que servem para todos os tempos: que pratiquem aquilo que ensinam. 

Uma coisa a notar aqui para nós, do mundo de hoje, é o fato de que, mesmo que os nossos pregadores não pratiquem aquilo que falam, nosso dever é obedecer e praticar, desde que esteja de acordo com o Magistério da Igreja. 

Cada pessoa vai ter que se apresentar diante do tribunal de Deus pelo que fez e falou. A cada um cabe observar o Evangelho que ouviu, o Evangelho apresentado pela Igreja. Se os diáconos, padres, bispos e todos os que pregam não estão praticando o que falam, o problema é deles, de um certo ponto, e nosso, no sentido de que devemos rezar para que se convertam e pratiquem o que falam. 

Todos temos dificuldade em algumas virtudes, mesmo os que as ensinam e pregam. Se não orarmos e fazermos penitência, dificilmente venceremos nossos problemas e más tendências. 

Precisamos descobrir a riqueza que há na oração e na penitência, lembrando na oração principalmente o rosário e a meditação. Fazem verdadeiros milagres. Eu mesmo já comprovei vários.

 

 

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2ª FEIRA DA 21 ª SEMANA COMUM

26/08/2024

LINKS AUXILIARES:

 

1ª Leitura: 2Tessalonicenses 1,1-5.11b-12 

Salmo Responsorial 95(96)-R- Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!

 Evangelho Mateus 23,13-22 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de vós, mestres da lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o reino dos céus aos homens. Vós, porém, não entrais nem deixais entrar aqueles que o desejam.[14] 15Ai de vós, mestres da lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém e, quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. 16Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do templo, então vale!’ 17Insensatos e cegos! O que vale mais, o ouro ou o templo, que santifica o ouro? 18Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ 19Cegos! O que vale mais, a oferta ou o altar, que santifica a oferta? 20Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. 21E quem jura pelo templo, jura por ele e por Deus, que habita no templo. 22E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”. – Palavra da salvação 


Comentário: 

Na primeira leitura vemos uma ótima interpretação do tema da oração: Paulo agradece a Deus por tudo o que há de bom na comunidade e ressalta a firmeza dos cristãos na fé por entre as perseguições. Através da provação, Deus separa os bons dos maus. A permanência da cominidade no bem é obra de Deus, com certeza. Por isso, os fieis devem ser sempre pessoas que praticam o bem, a fim de que "o nome de nosso Senhor Jesus Cristo" seja glorificado neles e eles em Jesus Cristo, "em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo" (missal cotidiano). 

No evangelho Jesus mostra aos mestres da Lei e aos fariseus que são hipócritas e que deveriam pôr em prática as leis que tanto apregoam e não cumprem. O cristã autêntico é aquele que vive a fé que anuncia, que vive a fé que diz ter. O anúncio é feito não apenas por palavras, mas pela vida, por uma vida santa e de luta pela santidade. O cristão deve pelo menos esforçar-se por viver sua fé, mesmo que sinta dificuldades. Todos temos dificuldades. O que torna tudo um pouco mais fácil é uma VIDA DE ORAÇÃO. Sem a oração nada conseguiremos. A oração nos fortalece para praticarmos a nossa fé. 

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3ª FEIRA DA 21 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

Ano par: 

1ª Leitura: 2 Tessalonissenses 2,1-3a.14-17

Salmo Responsorial 95(96)R-O Senhor vem julgar nossa terra. 

 

Evangelho Mateus 23,23-26 

Naquele tempo, disse Jesus: 23Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto, sem contudo deixar aquilo. 24Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. 25Aí de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. 26Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura S. Paulo fala aos tessalonicenses que não se deixem levar por fake News dizendo que a vinda do Senhor está próxima. Que eles não se deixem enganar por ninguém. Pede, em seguida, que conservem as tradições que ele os ensinou, seja de viva voz, seja por carta. Termina pedindo a Deus Pai e a Jesus Cristo, que “animem os vossos corações e vos confirmem em toda boa ação e palavra”.

Atualmente é incrível o número de falsas premonições que encontramos na internet, sobretudo no YouTube, e relatos escabrosos de falsas aparições. Se estivermos empenhados em seguir Jesus Cristo, em lutarmos contra o pecado, em praticarmos assiduamente a oração e a caridade, estaremos num caminho de santidade e não precisaremos temer qualquer coisa que aconteça à humanidade. Se estivermos preparados, não temeremos a morte.

No Evangelho vemos a continuação da admoestação que Jesus está fazendo aos mestres da Lei e aos fariseus: eles ensinavam coisas que não praticavam. Jesus lhes pede que pratiquem aquilo que ensinam, e não ensinem o que é supérfluo como se fosse algo importante, que pode escravizar os fiéis. Sobretudo, devem limpar o seu interior, antes de exigir drasticamente a higiene externa.


 

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4ª FEIRA DA 21 ª SEMANA COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

1ª Leitura: 2 Tessalonissenses 3,6-10.16-18 

Salmo Responsorial 127(128)R-Felizes todos os que respeitam o Senhor!

Evangelho Mateus 23,27-32

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus: 27“Ai de vós, mestres da lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! 28Assim também vós, por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. 29Ai de vós, mestres da lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Completai, pois, a medida de vossos pais!” – Palavra da salvação

Comentário:

FALTA O COMENTÁRIO DA PRIMEIRA LEITURA

Pregar o evangelho até que é fácil. O difícil é praticar o que se prega, ou seja, pregá-lo não apenas com as palavras, mas com a vida. O Beato Carlos de Foucauld depois da conversão sempre procurou fazer isso. Ele dizia que é preciso “gritar”, e não apenas proclamar “o evangelho com a vida”, e não apenas com as palavras.

Jesus continua a colocar em público o problema dos mestres da lei e dos fariseus: eles são hipócritas, no sentido de que fazem túmulos bonitos e bem pintados por fora para os profetas que os próprios antecessores deles mataram. Como um sepulcro contém coisa podre por dentro, embora seja bonito por fora, assim eram eles: “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”, como dizia nossos avós.

É preciso que nosso falar seja tão santo quanto nosso agir. Se alguma vez não fizemos isso no passado, que agora o façamos: sejamos um só, sem nenhuma máscara, sem nenhuma hipocrisia. Sempre é tempo de recomeçar a vida.

 

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5ª FEIRA DA 21ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: 1 Coríntios 1,1-9

Salmo Responsorial 144(1455)R- Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

Evangelho Mateus 24,42-51

42   Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. 43 “Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. 44      Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem.45        “Quem é o servo fiel e prudente, que o Senhor encarregou do pessoal da casa, para lhes dar alimento na hora certa? 46    Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. 47        Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. 48  O servo mau, porém, se pensar consigo mesmo: ‘Meu senhor está demorando’ 49   e começar a bater nos companheiros e a comer e a beber com os bêbados,50      então o senhor desse servo virá num dia inesperado e numa hora imprevista. 51       Ele o excluirá e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.

 

COMENTÁRIO: 

 

Na primeira leitura S. Paulo fala que Deus não deixa faltar nenhum dom aos que buscam Jesus. Todos somos chamados à santidade, por pior que sejamos em nossa vida. A graça de Deus nos enriquece em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento. E se confiarmos a ele, ele nos dará, também, a perseverança em nossos procedimentos, que se tornarão irrepreensíveis até a nossa morte.

 

Em resumo: devemos buscar incessantemente a graça e os dons de Deus em nossa vida, devemos buscar a todo instante a comunhão com Cristo ressuscitado. Isso implica em muitas lutas, muitos tombos dos quais nos levantamos, mas nos leva à felicidade eterna no paraíso.

 

No evangelho Jesus comenta a vigilância que devemos ter sobre nossos atos e nosso dia a dia, a fim de que a morte não nos encontre despreparados. Acredito que nunca pensei tanto na morte como nesta pandemia que estamos vivendo. Num dia estamos vivos, e na semana seguinte podemos estar mortos. Se estivermos preparados, ou seja, se vivemos em estado de graça, sem pecados e preocupados com o próximo, a morte nos será apenas uma passagem desta vida para outra melhor. Entretanto, se não estivermos preparados, a morte nos parecerá pesada e um castigo infernal.

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6ª FEIRA DA 21 ª SEMANA COMUM 

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: 1 Coríntios 1,17-25 

Salmo Responsorial 32(33)R- Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

Evangelho Mateus 25,1-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O reino dos céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo, não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

A primeira leitura nos mostra a antítese rigorosa entre a sabedoria do mundo, que é tolice aos olhos de Deus, e a sabedoria divina, que é considerada como loucura para os homens.

 

E a sabedoria divina está baseada na humildade: seu Filho nasceu pobre, sofreu, morreu numa cruz, a morte mais humilhante que havia. E nessa morte de cruz, que foi iluminada pela Ressurreição, ele nos salvou. Simples assim, sem muita discussão, sem muitos pontos de vista, sem delongas, sem estudos intermináveis. Simplesmente morreu e ressuscitou. Humilhação pessoal e exaltação divina. Enquanto isso, os sábios daquele tempo ainda continuam discutindo até hoje, por meio dos seus seguidores, sobre o que fazer para salvar o mundo. Basta apenas deixar o orgulho de lado e humilhar-se diante de um Deus que se fez homem e morreu numa cruz. Ele nos fará felizes e nos erguerá do lodo em que nos metemos.

No evangelho vemos que a castidade não é a única coisa necessária para a salvação. No evangelho, as cinco que não entraram no banquete eram virgens! Mesmo não pecando nessa linha, não estavam preparadas para a vinda do Senhor. Talvez a falta de humildade? Talvez sim, pois não perceberam que lhes faltava a vigilância para a espera do senhor. Se os fariseus e doutores do templo fossem humildes, saberiam reconhecer a divindade de Jesus ou, no mínimo, perceber que o que ele lhes ensinava traria a salvação.

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SÁBADO DA 21ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª leitura: 1Coríntios1,26-31

Salmo 32(33)R- Felliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Evangelho: Mateus 25,14-30

“O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: 15 a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um – a cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. 16 O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. 17 Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18 Mas aquele que havia recebido um só, foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. 19 Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos. 20 Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21 O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ 22 Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23 O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ 24 Por fim, chegou aquele que havia recebido um só talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ajuntas onde não semeaste. 25 Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26 O senhor lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu colho onde não plantei e que ajunto onde não semeei. 27 Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28 Em seguida, o senhor ordenou: ‘Tirai dele o talento e daí àquele que tem dez! 29Pois a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 E quanto a este servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!’

 

COMENTÁRIO:

Hoje comemoramos Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, que rezou a vida toda pela conversão dele, e conseguiu. Nunca devemos desanimar de rezarmos por nossos irmãos que precisam de conversão ou de alguma cura.

 

Na primeira leitura S. Paulo nos diz que Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido para confundir os sábios. Ele escolheu o que o mundo considera fraco para confundir o que é forte. Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele.

Isto quer dizer que Deus não escolhe as pessoas pela cultura, ou pela inteligência, ou por meio de qualquer outro meio material. Ele as escolhe pela transparência tanto interior como humilde do espírito. Portanto, se quisermos ser escolhidos por Deus, devemos deixar de lado nossa arrogância, autossuficiência, manias de grandeza, e considerar-se nada de nada diante dele. Aí seremos preenchidos com sua sabedoria, com sua Graça e com o seu perdão. Isso, que o mundo considera fraqueza e imperfeição, Deus considera muito importante e a condição para que ele nos ajude. Quem é humilde, vive a simplicidade e sinceridade do coração, terá sempre a ajuda divina.

No evangelho Jesus fala a parábola dos talentos: devemos fazer frutificar, devemos trabalhar os dons recebidos por Deus. Todos nós temos nossos dons, que, aliás, chamamos também de “talentos”, até talvez por causa dessa parábola. Alguns têm o dom de ensinar, outros de fazer obras artísticas, outros de cozinhar, outros de aprenderem, outros de conseguirem trabalhar com coisas minúsculas e delicadas, outros com coisas maiores e mais brutas, como na construção etc.

Jesus, de certo modo, quis também pregar aos fariseus, sacerdotes, escribas e demais judeus que não queriam arriscar o talento acreditando nele, Jesus, como o Messias e Salvador. Eles tinham medo de acreditar em Jesus, e por isso acabariam perdendo até o pouco que tinham, ou seja, o status de povo de Deus.

Cabe a nós, portanto, fazer com que nossos dons estejam sempre a serviço da comunidade. Devemos arriscar, e não fazer como os judeus da época que quiseram preservar suas leis e práticas e não aderiram ao cristianismo. Os dons que reservamos apenas para nós são os tais talentos enterrados da parábola. Ao arriscarmos, sempre tenhamos na frente Jesus Cristo, que não nos vai desamparar nem desprezar. Ele vai estar conosco e dar-nos toda a força de que precisamos. Basta estarmos sempre ligados a ele, por meio do amor a Deus e ao próximo. E se fizermos algum pecado, peçamos logo perdão, confessemo-nos e recomecemos nossa vida cristã.

 

 

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2ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: 1 Coríntios 2,1-5

Salmo Responsorial 118(119)- R- Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!

Evangelho Lucas 4, 16-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo, no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. – Palavra da salvação

Comentário

Na primeira leitura São Paulo diz aos coríntios que ele fala não baseado na sabedoria humana, mas sua pregação é “uma demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens”. E a pregação dele era baseada em Jesus Crucificado. Jesus Crucificado pode parecer uma loucura para a sabedoria humana, mas na verdade provém da sabedoria divina, que quer nos salvar, quer nos dar a vida eterna na felicidade do paraíso.

No evangelho vemos Jesus rejeitado, desacreditado pelo pessoal de sua terra natal. Ele tenta explicar aos seus conterrâneos que a salvação é dada a todos, e os pagãos, que não pertencem ao povo de Deus, têm maior disposição para ouvir o que ele tem a dizer do que pertencem ao povo de Deus. Ele dá exemplo de Elias e Eliseu, que foram portadores dos benefícios de Deus para estrangeiros, pagãos que não pertenciam ao povo de Deus. 

Atualmente o problema continua: precisamos acreditar que qualquer pessoa que seguir a palavra de Deus com sinceridade, vai salvar-se, mesmo não sendo de nossa Igreja. Se continuarmos na Igreja Católica, mas não seguirmos o que Jesus nos pediu para seguir, não vamos nos salvar. Só pertencer à Igreja é um quesito que não basta para a salvação. É preciso também o amor a Deus e ao próximo e não ofendermos a Deus. E se por acaso o ofendermos, pedir imediatamente o perdão para sermos readmitidos no rebanho. 


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3ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: 1 Coríntios 2,10b-16

Salmo Responsorial 144(145)-R- É justo o Senhor em seus caminhos. 

Evangelho Lucas 4,31-37

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus!” 35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos, e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza. – Palavra da salvação

Comentário:

Na primeira leitura vemos como a sabedoria de Deus não pode ser penetrada pelo homem. É necessário que o Espírito Santo a revele a nós. O “homem espiritual” de que São Paulo fala é justamente a pessoa que é guiada e animada pelo Espírito Santo para compreender o sábio e misterioso desígnio de salvação de Deus. O homem “psíquico”, ou seja, que é entregue às simples forças naturais, nunca vai poder captar a revelação do Espírito (Missal Cotidiano).

Em outras palavras, o homem espiritual é aquele que confia em Deus e recebe dele suas forças. O homem psíquico é aquele que se fundamenta apenas e unicamente em suas próprias forças.

A fé é o elemento principal no entendimento da salvação. Quem tem fé vê o mundo do alto, percebe todas as artimanhas usadas pelo mal para frustrar os planos de Deus para nós todos. O homem psíquico de que fala São Paulo confia em suas próprias forças e vê o mundo a partir apenas das coisas materiais, de modo limitado e frustrante. Eu compararia o homem psíquico como uma ave de terreiro, que não voa, a galinha, por exemplo, e o homem espiritual como a águia. Como é que poderia a águia explicar para a galinha o que é ver o mundo de modo mais global, lá de cima?  O importante é que a águia participa dos dois mundos: o de cima e o de baixo. Sabe que o mundo não se limita apenas ao de baixo. A galinha não faz nem ideia do que existe fora do seu cercado. Aí está a semelhança conosco.

No evangelho Jesus vai para Cafarnaum e lá expulsa o demônio de um homem. O demônio reconhece em Jesus o próprio Deus, mas os que ouviram não prestaram atenção a isso: preferiram apenas ver o milagre em si, e poucos se converteram.

A conversão de alguém que não tem fé não depende de nossas palavras, diz N. Senhora em Medjugorje, mas de nossas orações, jejuns e bom exemplo

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4ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: 1 Coríntios 3,1-9

Salmo Responsorial 32 (33)R- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 

Evangelho Lucas 4,38-44

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de que os deixasse. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia. – Palavra da salvação

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como S. Paulo nos mostra que as rivalidades, rixas, divisões na comunidade, nos fazem permanecer homens carnais.

Na comunidade a que Paulo envia a carta o problema era a divisão entre os que preferiam Paulo e os que preferiam Apolo. Ora, tanto Paulo como Apolo são meros servidores da Palavra, pela qual os coríntios chegaram à fé. Não são importantes os que plantam, os que regam, mas sim Deus, que faz tudo crescer e conservar a vida.

Paulo termina dizendo que ele e Apolo eram cooperadores de Deus, e os coríntios (podemos dizer nós) eram, lavoura e construção de Deus. Na comunidade deve haver, portanto, muita concórdia, humildade, desapego e amizade verdadeira entre os que pregam e entre os paroquianos.

No evangelho vemos o dia a dia de Jesus: pregar, abençoar, curar. Entretanto, os de Cafarnaum queriam como que se apossar dele, impedindo que ele fosse para outros locais.  Muitas pessoas também fazem o mesmo hoje em dia: querem se apossar de Jesus e teimam em não partilhá-lo com ninguém.

A salvação é uma porta estreita, sim, como vimos num dos domingos passados, mas aberta a todos, indistintamente. Não está restrita aos judeus nem aos cristãos. Todos os que cumprirem as orientações que Jesus deu, creiam ou não nele, serão salvos.

Crer em Jesus é mais do que crer na pessoa de Jesus. Crer em Jesus é, primeiramente, dedicar-se a amar a Deus e ao próximo, mesmo não se sabendo que esse Deus é um só, mas em três Pessoas, e a que se fez carne é a segunda Pessoa, Jesus Cristo.

Em Mateus 25 vemos isso: muitos lhe perguntarão: “Mas quando e onde te vimos”? Ele responderá que o viram cada vez em que cuidaram de um só pobre, doente ou necessitado.

 

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3ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

1ª Leitura: 1 Coríntios 2,10b-16

Salmo Responsorial 144(145)-R- É justo o Senhor em seus caminhos. 

Evangelho Lucas 4,31-37

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus!” 35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos, e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza. – Palavra da salvação

Comentário:

Na primeira leitura vemos como a sabedoria de Deus não pode ser penetrada pelo homem. É necessário que o Espírito Santo a revele a nós. O “homem espiritual” de que São Paulo fala é justamente a pessoa que é guiada e animada pelo Espírito Santo para compreender o sábio e misterioso desígnio de salvação de Deus. O homem “psíquico”, ou seja, que é entregue às simples forças naturais, nunca vai poder captar a revelação do Espírito (Missal Cotidiano).

Em outras palavras, o homem espiritual é aquele que confia em Deus e recebe dele suas forças. O homem psíquico é aquele que se fundamenta apenas e unicamente em suas próprias forças. 

A fé é o elemento principal no entendimento da salvação. Quem tem fé vê o mundo do alto, percebe todas as artimanhas usadas pelo mal para frustrar os planos de Deus para nós todos. O homem psíquico de que fala São Paulo confia em suas próprias forças e vê o mundo a partir apenas das coisas materiais, de modo limitado e frustrante. Eu compararia o homem psíquico como uma ave de terreiro, que não voa, a galinha, por exemplo, e o homem espiritual como a águia. Como é que poderia a águia explicar para a galinha o que é ver o mundo de modo mais global, lá de cima?  O importante é que a águia participa dos dois mundos: o de cima e o de baixo. Sabe que o mundo não se limita apenas ao de baixo. A galinha não faz nem ideia do que existe fora do seu cercado. Aí está a semelhança conosco. 

No evangelho Jesus vai para Cafarnaum e lá expulsa o demônio de um homem. O demônio reconhece em Jesus o próprio Deus, mas os que ouviram não prestaram atenção a isso: preferiram apenas ver o milagre em si, e poucos se converteram. 

A conversão de alguém que não tem fé não depende de nossas palavras, diz N. Senhora em Medjugorje, mas de nossas orações, jejuns e bom exemplo

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4ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

1ª Leitura: 1 Coríntios 3,1-9

Salmo Responsorial 32 (33)R- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 

Evangelho Lucas 4,38-44

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de que os deixasse. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia. – Palavra da salvação

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como S. Paulo nos mostra que as rivalidades, rixas, divisões na comunidade, nos fazem permanecer homens carnais. 

Na comunidade a que Paulo envia a carta o problema era a divisão entre os que preferiam Paulo e os que preferiam Apolo. Ora, tanto Paulo como Apolo são meros servidores da Palavra, pela qual os coríntios chegaram à fé. Não são importantes os que plantam, os que regam, mas sim Deus, que faz tudo crescer e conservar a vida.

Paulo termina dizendo que ele e Apolo eram cooperadores de Deus, e os coríntios (podemos dizer nós) eram, lavoura e construção de Deus. Na comunidade deve haver, portanto, muita concórdia, humildade, desapego e amizade verdadeira entre os que pregam e entre os paroquianos. 

No evangelho vemos o dia a dia de Jesus: pregar, abençoar, curar. Entretanto, os de Cafarnaum queriam como que se apossar dele, impedindo que ele fosse para outros locais.  Muitas pessoas também fazem o mesmo hoje em dia: querem se apossar de Jesus e teimam em não partilhá-lo com ninguém. 

A salvação é uma porta estreita, sim, como vimos num dos domingos passados, mas aberta a todos, indistintamente. Não está restrita aos judeus nem aos cristãos. Todos os que cumprirem as orientações que Jesus deu, creiam ou não nele, serão salvos. 

Crer em Jesus é mais do que crer na pessoa de Jesus. Crer em Jesus é, primeiramente, dedicar-se a amar a Deus e ao próximo, mesmo não se sabendo que esse Deus é um só, mas em três Pessoas, e a que se fez carne é a segunda Pessoa, Jesus Cristo. 

Em Mateus 25 vemos isso: muitos lhe perguntarão: “Mas quando e onde te vimos”? Ele responderá que o viram cada vez em que cuidaram de um só pobre, doente ou necessitado. 

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5ª FEIRA DA 22ª SEMANA COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

1ª Leitura: 1 Coríntios 3,18-23

Salmo Responsorial 23(24)-R- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra. 

Evangelho Lucas 5,1-11

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois, sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 4Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as redes se rompiam. 7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 8Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante, tu serás pescador de homens”. 11Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus. – Palavra da salvação.

 Comentário:

Na primeira leitura, São Paulo exorta os coríntios a não se orgulharem de sua própria sabedoria. Tudo vem de Deus, e quando nos afastamos dele nossa sabedoria se torna burrice. Nem tudo o que parece sábio, neste mundo, na verdade o é. Quantas coisas são apregoadas como boas e, na verdade, nos levam ao abismo! 

O critério para sabermos se estamos no caminho certo é caminharmos com Deus, e não apesar de Deus. Só exerceremos a verdadeira sabedoria se esta caminhar submissa à sabedoria divina. Querer impor aos demais regras pessoais que não batem com a de Deus é uma grande presunção e gera muita soberba, coisa essa abominada por Deus. Na humildade está nossa força. E na oração contínua é que está nossa vitória. 

No evangelho vemos o medo que Pedro teve de se aproximar do Senhor, porque era pecador e Jesus se mostrava poderoso no milagre que acabara de fazer. 

Nós temos, muitas vezes, receio de nos aproximar de Jesus. O que é que tememos? Não sermos capazes de levar a cruz? De nos tornarmos infelizes? De fracassarmos?

Sempre seremos fracos. Não existem pessoas fortes. O que existe é gente que reza e gente que não reza. Os que rezam conseguem vencer tudo, pois contam com a graça e o poder de Deus. 

Ser feliz é fazer a vontade de Deus, pois quando entramos em cheio no que ele quer de nós e fazemos tudo o que podemos para ir adiante, sentimos a força dele a nos envolver, sentimos muita alegria e percebemos, no meio da caminhada, que “a vacina não era tão dolorida assim”.

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6ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: 1 Coríntios 4,1-5

Salmo Responsorial 36(37)R-A salvação de quem é justo vem de Deus. 

Evangelho Lucas 5,33-39

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama, e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser colocado em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor”. – Palavra da salvação.

Comentário:

N a primeira leitura S. Paulo fala aos coríntios que o pregador não é dono da verdade que prega, e um dia vai também ser julgado por Deus se cumpriu ou não a missão que Ele lhe dera. 

Se nós ouvirmos e praticarmos os ensinamentos de Jesus proclamado pelos pregadores, seremos salvos, e os pregadores também, por terem sido fiéis à Palavra. Em suma: depois de nossa morte, tanto pregadores como nós, ouvintes, receberemos “De Deus o louvor que tiver(mos) merecido”. 

Jesus quer mostrar aos judeus que devem trocar de vasilhame para que o vinho novo de sua pregação não se estrague se for colocado nos odres velhos da pregação feita até então. 

Jesus veio renovar a mente de todos para a Boa Nova que o evangelho nos traz. Uma dessas boas novas é a misericórdia divina para conosco. O perdão é o prato da casa, a graça e a presença de Jesus em nossas vidas é o pão de cada dia. Todos somos convidados a desvestirmo-nos do velho homem e nos vestirmos do novo homem,   “criado na justiça e na verdade”. Aliás, essa é a oração que todos os padres rezam (ou deviam rezar) quando vestem a túnica ou a batina: “Revista-me o Senhor do novo homem, criado, segundo Deus, em justiça e verdade”. 

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SÁBADO DA 22ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura:1 Coríntios 4,6b-15

Salmo Responsorial 144(145)R- O Senhor está perto de quem o invoca!

Evangelho: Lucas 6,1-5

Num sábado, Jesus estava passando pelas plantações de trigo, e os discípulos arrancavam as espigas, debulhavam e comiam. 2 Alguns fariseus disseram: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” 3          Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome, e seus companheiros também? 4          Ele entrou na casa de Deus, pegou os pães da oferenda, comeu e ainda deu aos seus companheiros esses pães, que só aos sacerdotes era permitido comer”. 5E acrescentou: “O Filho do Homem é Senhor também do sábado”.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura S. Paulo mostra o contraste que existe entre os apóstolos e os cristãos soberbos de Corinto. Os coríntios se enchem de vaidade, achando-se melhores que todos os demais por todos os dons que haviam recebido. Os apóstolos, pelo contrário, viviam perseguidos e humilhados, frágeis até à morte, mas sempre fiéis aos ensinamentos de Jesus. 

S. Paulo quer mostrar a verdade aos coríntios. Não quer condená-los. Ele lhes mostra que estão pegando o caminho errado, que os levará ao isolamento em relação a Deus e aí tudo virá abaixo.  

Infelizmente vemos em nossa sociedade de hoje muitos pregadores soberbos e vaidosos, como S. Paulo aponta. Chamam para si o louvor que seria dado a Deus. Como diz Jesus e depois um documento da Igreja: "Sem mim, nada podeis fazer". "Sem Deus, a criatura se reduz a nada" (Gaudium et Spes, 36).

É o próprio Jesus quem diz que depois de termos feito tudo de bom nesta vida, devemos assim mesmo concluir que somos criaturas inúteis (Lucas 17,10). 

No evangelho Jesus mostra que o legalismo judeu havia sufocado o espírito do sábado, que deveria ser um dia de encontro, de alegria, de liberdade, de louvor puro e sincero a Deus. 

Ao mesmo tempo, Jesus se proclama senhor do sábado, que significa também ser senhor do plano de salvação de Deus, senhor da história, ou simplesmente “Senhor” (Missal Cotidiano). Ele se mostra em toda a sua majestade.

O sábado, que no nosso caso é o domingo, é o dia privilegiado do nosso encontro com Deus, através de Jesus, na alegria da comunhão fraterna. Não deveria ser um dia de escravidão, um dia pesado e cheio de leis sem fundamento para serem seguidas, mas sim um dia de encontro amoroso com Deus e com os irmãos.

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2ª FEIRA DA 23 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: 1 Coríntios5,1-8

Salmo Responsorial 5-R- Na vossa justiça guiai-me, Senhor!

Evangelho Lucas 6,6-11

Aconteceu num dia de sábado que  Jesus entrou na sinagoga, e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para verem se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio“. Ele se levantou, e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: ”Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca”? Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem assim o fez e sua mão ficou curada. Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus. 

Comentário:

Na primeira leitura S. Paulo mostra aos coríntios que não podem admitir tranquilamente que um pecador público, no caso um homem que convive maritalmente com a própria madrasta, participe da comunidade como se nada estivesse acontecendo. 

Precisamos, sim, acolher os pecadores arrependidos, que buscam a conversão, buscam o recomeço de uma nova vida, mas não podemos compactuar com o pecado, conviver com ele como se não fosse pecado. Amar o pecador, sim, mas abominar o pecado. Essa deve ser a nossa atitude. 

No evangelho o que me chama a atenção é o olhar de indignação que Jesus lançou sobre os que ali estavam. É um olhar majestoso, próprio de quem sente compaixão pela cegueira de quem deveria acolher suas palavras.

Que nós não imitemos a cegueira espiritual deles, mas nos envolvamos com o que Jesus nos ensinou, a fim de que possamos participar eternamente das maravilhas a nós prometidas por Jesus se o obedecêssemos. 

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3ª FEIRA DA 23 ª SEMANA COMUM

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

 1ª Leitura: 1 Coríntios 6,1-11

Salmo Responsorial 149-R- O Senhor ama  seu povo de verdade.

 Evangelho Lucas 6,12-19

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus.13      Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos:14         Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;15  Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote;16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor.17 Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia.18  Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados.19 A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos.

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura, S. Paulo fala que devemos evitar resolver nossas querelas em público, e mais ainda quando somos irmãos na fé. Nossas inevitáveis contendas devem ser resolvidas entre nós mesmos, com muita caridade. É preferível ser prejudicado, quando isso não causa grandes danos, do que escandalizar a comunidade e até as pessoas fora da comunidade com nossas brigas. Nossos relacionamentos, também econômicos, devem ser definidos segundo a caridade e não segundo a vingança, o ódio, a falta de perdão.

O evangelho nos mostra que, antes de escolher os 12 apóstolos, Jesus passou a noite toda em oração. Essa foi a decisão mais importante de Jesus. Eles seriam a garantia do futuro da Igreja. São enviados como missionários para levar a Boa Nova da Salvação a todas as pessoas do mundo todo e de todos os tempos.

Além do fato em si, o que nos ensina também este texto é a necessidade de orarmos em todo o tempo e lugar, e principalmente quando temos que tomar alguma decisão. Mesmo Jesus, sendo Deus, precisou dessa oração enquanto homem. E isso cabe a todos nós. Decidir coisas sem a oração é arriscado e caímos num individualismo perigoso. Quando unimos nossas forças entre nós e pedimos também a graça de Deus, ela nos será dada e tudo vai correr como o desejado. Nem sempre como o desejado por nós, mas às vezes muito melhor, ou seja, como o desejado por Deus.

 

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4ª FEIRA DA 23ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: 1 Coríntios 7,25-31

Salmo Responsorial 44(45)-R- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!

Evangelho de Lucas 6,20-26

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar.  E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos. Palavra da Salvação.

Comentário:

A primeira leitura trata da vida consagrada pela virgindade. São Paulo faz um elogio muito bonito sobre os que são chamados a essa vida consagrada. Entretanto, é preciso salientar aqui essa palavra: são chamados. Sim. Só por vocação divina a pessoa deve se consagrar a Deus no estado da virgindade consagrada ou no celibato, pois se não houver vocação a vida se torna pesada e “aguentada, suportada”, ou seja, não há a alegria da doação. 

É preciso, porém, que os casados encontrem tempo diariamente para as suas orações e compromissos com a comunidade eclesial a que pertence. Isso é muito importante para o crescimento pessoal e comunitário. Não encontrar tempo para Deus e para a comunidade é a pior coisa que uma pessoa pode fazer para si mesma. 

No Evangelho Jesus reza antes de escolher os apóstolos. Nós devemos rezar em todas as ocasiões de nossa vida, pois sem a ajuda de Deus somos fracos e limitados. 

Jesus escolheu os apóstolos para continuarem sua missão de estar a serviço das pessoas. Essa é uma vocação que todos nós recebemos de Deus: ajudar as pessoas. Diz o ditado que quem não vive para servir não serve para viver. 

Resumindo: somos batizados, renovados pelo Espírito Santo, mas isso de nada serve se continuarmos a pecar ou/e não vivermos para servir. 

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5ª FEIRA DA 23 ª SEMANA COMUM

 

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1ª Leitura: 1 Coríntios 8,1b-7.11-13

Salmo Responsorial 138(139)-R- Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

Evangelho Lucas 6,27-38

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, falou Jesus aos seus discípulos: 27“A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. 30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo, porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”. – Palavra da salvação.

Comentário:

A primeira leitura nos fala sobre o perigo de escandalizarmos os irmãos na fé quando fazemos algo que, mesmo lícito, vai contra o costume deles. Nem sempre podemos fazer aquilo que nos é permitido fazer.

Vou dar um exemplo: se você estiver com algum amigo escrupuloso, tome cuidado com o que faz. Certa vez dois amigos caminhavam pela praia e encontraram dois bombons que acabavam de ser ofertados a Iemanjá por uma moça que eles viram deixar ali a oferta, portanto coisa recente e boa para comer. 

Um deles comeu, o outro não comeu por ter sido aquilo ofertado a Iemanjá. E se escandalizou pelo outro ter comido o tal bombom. Em si, o que comeu o bombom não fez pecado algum, pois Iemanjá não existe, segundo a crença católica. Mas foi um ato que escandalizou um deles, e poderia bem ter sido evitado. 

É isso que fala S. Paulo na primeira leitura: alguns cristãos de Corinto comiam carne sacrificada aos ídolos porque eram mais fáceis de se conseguir e achavam não fazerem nada de errado, pois os ídolos não existem. Mas os cristãos que haviam vindo do paganismo se escandalizavam, pois haviam deixado esse hábito de adoração aos falsos deuses e isso poderia fazer com que muitos voltassem à idolatria...

A fé, diz o missal cotidiano, “não é só um relacionamento pessoal com Cristo, mas um relacionamento comunitário. Se escandalizo o irmão, ofendo a Cristo A fé é vida de amor”! 

No evangelho de hoje Jesus nos ensina que nós precisamos nos lembrar que a vida nesta terra é curta e não vale a pena nos apegarmos a nada deste mundo. Se alguém pegar a sua camisa, diz o evangelho, dê a blusa também. Se obrigar você a limpar a cozinha, lave a roupa também... etc.

Muitas vezes nós perdemos muito tempo com ninharias, chorando pelo leite derramado. Fazemos planos mirabolantes e às vezes nem chegamos vivos ao domingo. 

A paz que sentimos quando estamos livres de qualquer tipo de desapego é impressionante! Quanto menos apegado somos às coisas, sejam elas quais forem, mais em paz nos sentiremos. 

no evangelho ouvimos também falar de perdão, de não julgarmos as pessoas. Se quisermos que Deus nos perdoe, vamos também perdoar aos demais! Por pior que sejam as faltas que o irmão tenha feito a nós, nós pecamos muito mais a Deus, que desceu do céu para nos perdoar.

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SEXTA FEIRA DA 23ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

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1ª. Leitura: 1 Coríntios 9,16-19.22b-27

Salmo responsorial 83(84)R- Quão amável, ó Senhor, é a vossa casa!

Evangelho: Lucas 6,39-42

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. – Palavra da salvação

Comentário: 

Na primeira leitura vemos como a evangelização deve ser feita gratuitamente, sem a busca de nenhuma recompensa. Paulo diz não ter nenhum salário para pregar: seu salário consiste em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, e sem usar os direitos que o evangelho lhe dava.

Assim, ele se sente livre diante de todos, para prega o verdadeiro evangelho, sendo tudo para todos. Termina dizendo que trata duramente o seu corpo e o subjuga, para que possa praticar sempre o que prega. 

Na verdade, o cuidado dos pregadores ou mesmo dos pais, que educam os filhos, é sempre praticarem o que pregam, o que ensinam. O exemplo que os pais ou os pregadores dão aos filhos ou às pessoas faz parte integrante da pregação. Quanto mais um pregador ou um casal de pais pratica o que prega, maior sucesso terá na evangelização. 

No Evangelho Jesus nos lembra praticamente a mesma coisa: a necessidade de nos convertermos para podermos pregar o evangelho com convicção e com testemunho da própria vida. Se quisermos guiar no caminho da santidade outra pessoa, mas nós mesmos não mudarmos nossa vida, nada se realizará. É como o pai fumante que exige do filho que não fume.

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SÁBADO DA 23ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

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Primeira Leitura: 1 Coríntios 10,14-22

Salmo Responsorial: 115(116)R-Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor. 

Evangelho: Lucas 6, 43-49

 

“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44          Cada árvore se reconhece pelo seu fruto. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de urtigas. 45       Quem é bom tira coisas boas do tesouro do seu coração, que é bom; mas quem é mau tira coisas más do seu tesouro, que é mau. Pois a boca fala daquilo de que o coração está cheio. 46“Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? 47       Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48 É semelhante a alguém que, para construir uma casa, cavou fundo e firmou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a correnteza atingiu a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. 49          Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a alguém que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A correnteza atingiu a casa, e ela, imediatamente, desabou e ficou totalmente destruída”.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura São Paulo admoesta os coríntios a fugirem da idolatria, da recaída à adoração aos ídolos, perigo constante entre eles. Entre nós não é muito diferente. As “idolatrias” atuais estão por toda a parte. Adoram-se atualmente ídolos diferentes dos que os coríntios tinham em seu meio. 

Quem participa do Corpo e do Sangue de Cristo, diz S. Paulo, estão em comunhão íntima e plena com Jesus. Se se entregam à idolatria de vícios, pecados, injustiças, roubos, perversões, estão também em comunhão com o demônio e isso não vai acabar bem. “Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”. Se fizermos isso, vamos ter que enfrentar a justiça divina. E termina dizendo: “Somos nós mais fortes do que Ele”?

No evangelho Jesus nos diz que quem reza, ouve suas palavras, mas não se preocupa em deixar o pecado, não se preocupa em pôr em prática a palavra ouvida, é como alguém que constrói uma casa sobre a areia. Vem uma tempestade e a casa cai. Quem ouve as palavras de Jesus e as põe em prática, sobretudo deixando a vida de pecado, é como alguém que construiu a casa sobre a rocha. Podem vir quaisquer tipos de tempestade, que a casa não cai. 

Na vida somos submetidos a vários tipos de tempestades. Se formos fieis ao que Jesus nos diz, nos ensinamentos que recebemos da Igreja e da Bíblia, conseguiremos chegar até ao fim da vida juntos a ele, seremos muito felizes, já aqui na terra, em saber que conseguimos passar por todas as tempestades sem cairmos, sem desanimarmos, sem desistirmos. 

Só é forte quem busca sua força em Jesus, sobretudo pela oração, pela meditação, pela caridade.