DOMINGOS ANOS C

1º DOMINGO COMUM

VEJA, POR FAVOR, NO BATISMO DO SENHOR, FINAL DO TEMPO DE NATAL

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2º DOMINGO DO TEMPO COMUM-C

 

 Leia os textos neste link: 

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1ª leitura: Isaías 62,1-5

Salmo 95(96) R- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, manifestai os seus prodígios entre os povos!

2ª leitura: 1 Coríntios 12,4-11

Evangelho de João 2,1-11

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo o mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

Jesus vivia uma vida semelhante à nossa. Só não fazia pecados, como nós fazemos. Ele, sua mãe e seus primeiros discípulos foram convidados a uma festa de casamento. Ele se revelou aos poucos às pessoas de seu tempo. Neste domingo vamos ver seu primeiro milagre, segundo São João: não foi a cura de ninguém, não foi a ressurreição de ninguém. Seu milagre foi de cunho festivo, como que para dizer que as núpcias do povo com Deus havia começado. Jesus desposou a Igreja, que somos todos nós. E nessa festa não faltou vinho: Jesus fez de 600 litros de água, 600 litros de vinho. Mostrou, assim, que o Reino dos Céus, ou o Reino de Deus, é só alegria, felicidade, abundância. Mas para entrarmos nele é preciso estar preparados, pedir perdão dos pecados e dedicar nossa vida à comunhão com o próximo e vivermos como Igreja, como irmãos unidos em torno ao mesmo Pai misericordioso. E podemos dizer que esse grupo nascido em Caná, dos que creem em Jesus, se tornará a Igreja. 

Na segunda leitura vemos como a Igreja estava viva em Corinto, mas como em todas as comunidades estava com o problema de unidade, devido aos vários carismas que as pessoas não usavam como devem ser usados, ou seja, não como um privilégio pessoal, mas como serviço aos demais. Em nossas comunidades atuais vemos muito essa falta de unidade no emprego dos carismas, dos trabalhos feitos pelas pessoas que dela participam. Ninguém deve se ensoberbecer por possuir este ou aquele dom. Todos os dons provêm do Espírito Santo para que sirvam à comunidade. O Espírito Santo não concede esses dons para a desunião, para a promoção de um em detrimento ao outro e assim por diante. 

Na primeira leitura, Isaías compara o amor de Deus para com seu povo como um amor do esposo que ama a esposa: "Assim como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposam; e como a noiva é a alegria do noivo, assim também tu (o povo) és a alegria de teu Deus". 

Nossa missão no mundo é estar sempre em união com todos, a fim de que nos admoestemos mutuamente a cumprirmos plenamente a vontade de Deus e podermos, todos juntos, participar da festa celeste, onde viveremos felizes para sempre. Enquanto houver uma só pessoa que não tenha fé, que esteja precisando de um incentivo para aderir ao plano de Deus, nós não devemos ficar acomodados: devemos rezar por essas pessoas, nos aperfeiçoarmos cada vez mais no caminho da santidade, segundo as orientações de Jesus Cristo, ensinadas pela Igreja, iniciada por essas poucas pessoas que estavam com Jesus nessa festa de casamento de Canaã.

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3º DOMINGO COMUM-C

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

1ª leitura: Neemias 8,2-4a.5-6 

Salmo 18b(19) R- Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!

2ª leitura: 1 Coríntios 12,12-30

Evangelho de Marcos Lucas 1,1-4;4,14-21

"1.Muitos empreenderam compor uma história dos aconteci­mentos que se realizaram entre nós, 2.como no-los transmitiram aqueles que foram desde o princípio testemunhas oculares e que se tornaram ministros da palavra. 3.Também a mim me pareceu bem, depois de haver diligentemente investigado tudo desde o princípio, escrevê-los para ti segundo a ordem, excelentíssimo Teófilo,* 4.para que conheças a solidez daqueles ensinamentos que tens recebido.""14.Jesus, então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galileia. E a sua fama divulgou-se por toda a região. 15.Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos. (= Mt 13,53-58 = Mc 6,1-6) 16.Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. 17.Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, esco­lheu a passagem onde está escrito (61,1s):* 18.O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a Boa-Nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, 19.para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. 20.E, enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21.Ele começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir”."

 

Comentário:

A primeira leitura nos conta como o sacerdote Esdras promulga a lei baseado no livro encontrado no templo depois de muitos anos. É como uma liturgia da palavra: louvor a Deus, leitura do livro (que no caso era o Deuteronômio), e a homilia. O povo, nesse caso, chora, arrependido dos males que até então estava fazendo. Esdras termina o encontro retomando a alegria, à festividade e despedem o povo com a expectativa de continuarem o festejo em suas casas, com “carnes gordas, bebidas doces”, que também deveriam repartir com os que nada tivessem preparado. O motivo: “porque a alegria do Senhor será a vossa força”.

Devemos nos perguntar se nossos domingos são assim: encontro na igreja, com a comunidade, escuta com atenção da palavra de Deus, tocar-se profundamente com ela, ouvir com atenção a pregação do ministro que pregou a palavra e arrepender-se dos pecados, se propondo a uma vida nova. Depois, estar com a família, na alegria do domingo...

A segunda leitura nos mostra como somos membros independentes de um mesmo corpo, o corpo místico de Cristo. Mesmo independentes e únicos, devemos nos preocupar uns com os outros e nos mantermos unidos, mesmo conservando a diversidade. Essa união está baseada no ágape, ou seja, no amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor comunitário deve ir bem além da simples tolerância das posições aparentemente inconciliáveis.

Já no Evangelho, Lucas dá início à sua narração dos acontecimentos em torno de Jesus. Conta como ele anunciou sua missão na sinagoga de Nazaré ao ler um trecho do profeta Isaías, cujo tema principal é o anúncio da Boa Nova aos pobres. É justamente isso que Jesus estava começando a fazer: estava iniciando sua missão de levar aos pobres o anúncio da boa nova da salvação, que é estendida a todos.

A preocupação de Jesus pelos pobres, pelos cativos (em todos os sentidos, material e espiritual), pelos cegos (tanto fisicamente quanto espiritualmente), pelos oprimidos (tanto física como espiritualmente) é a mesma da preocupação de Jesus? 

 

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4º DOMINGO COMUM-C

 

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1ª Leitura: Jeremias 1, 4-5.17-19

 

Salmo 70 (71) R- Minha boca anunciará todos os dias vossas graças incontáveis, ó Senhor!

 

2ª leitura:- 1 Coríntios 12,31-13,13

 

Evangelho de Lucas 4,21-30



"21.Ele começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir”. 22.Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: “Não é este o filho de José?”. 23.Então, lhes disse: “Sem dúvi­da me citareis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; todas as maravilhas que fizeste em Cafar­naum, segundo ouvimos dizer, faze-as também aqui na tua pátria”. 24.E acrescentou: “Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceito na sua pátria. 25.Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome por toda a terra; 26.mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27.Igualmente havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu; mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã”. 28.A essas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga. 29.Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo. 30.Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se"

COMENTÁRIO

Na primeira leitura Jeremias comenta sua vocação direta de Deus para ser profeta: “Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações”.

Este texto solidifica categoricamente o fato de o aborto ser um crime, um assassinato. Deus está falando para Jeremias que o conhecia, e na bíblia essa é uma expressão forte, absoluta, que o conhecia desde antes de formá-lo no ventre materno. E Deus o chamou para profeta antes que ele nascesse.

Deus não promete sombra e água fresca para Jeremias, que iria sofrer muito para cumprir sua missão. Mas garante-lhe sua presença e sua força, garante-lhe que vai estar com ele em todas as dificuldades pelas quais ele passar. “Eles não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”. Nós às vezes temos medo de acolher a Palavra de Deus porque implica muita renúncia e sofrimento. Entretanto, devemos nos lembrar sempre de que Ele nunca nos abandonará, nunca nos deixará sozinho em nossos problemas e dificuldades.

Na segunda leitura S. Paulo ensina como é que devemos amar: com muita caridade, muita sinceridade. Se eu tenho muitos carismas, dons extraordinários, mas não tiver amor sincero e puro no coração, eu realmente não estarei agradando a Deus. “Eu seria nada”, diz S. Paulo.

Em seguida S. Paulo faz um “hino” à caridade, muito conhecido, cantado e proclamado, mas muitas vezes não praticado. E arremata o trecho falando que a Caridade é a única das três virtudes principais que vai continuar a existir no céu. A fé termina na hora de nossa morte, pois vamos ver a realidade que agora nos é escondida; a esperança idem, pois já estaremos entrando na vida eterna tão esperada durante esta vida. Só a caridade continua, pois no céu vamos continuar amando.

No evangelho é retomado o assunto do profetismo, da primeira leitura: ‘Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”. Jeremias, da primeira leitura quem o diga: foi perseguido o tempo todo. Jesus não foi aceito como filho de Deus na cidade onde cresceu, pois todos o conheciam como o “filho de José” e não conseguiam ver nada mais além disso em sua pessoa.

Jesus lembra que muitos profetas atenderam e conseguiram ser mais aceitos entre os povos pagãos do que entre o povo judeu, assim como estava acontecendo também com ele. Sem a fé Jesus não pode agir. Sem nosso consentimento, ele não entra em nossa vida.

O verdadeiro profeta é aquele que fala a verdade, mesmo se esta for fazer doer, for exigir renúncia e mudança radical de vida. Como Jeremias, devemos ter a confiança de que Deus nos dará a força e a coragem necessárias para recomeçarmos uma nova vida, a vida santa pregada e vivida  por Jesus.

 

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5º DOMINGO COMUM-C

 

 

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1ª Leitura: Isaías 6,1-2a.3-8 

Salmo 137 (138) R- Vou cantar-vos ante os anjos, ó Senhor, e ante o vosso templo vou prostrar-me. 

2ª leitura:- 1 Coríntios 15,1-11 

Evangelho de Lucas 5,1-11

 

"Estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a Palavra de Deus. 2.Vendo duas barcas estacionadas à beira do lago –, pois os pescadores haviam descido delas para consertar as redes –, 3.subiu a uma das barcas que era de Simão e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e sentado, ensinava da barca o povo. 4.Quando acabou de falar, disse a Simão: “Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar”. 5.Simão respondeu-lhe: “Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas, por causa de tua palavra, lançarei a rede”. 6.Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia. 7.Acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que vies­sem ajudar. Eles vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo. 8.Vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: “Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador”. 9.É que tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que haviam feito. 10.O mesmo acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então, Jesus disse a Simão: “Não temas; doravante serás pescador de homens”. 11.E, atracando as barcas à terra, dei­xaram tudo e o seguiram."

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos com muita admiração a vocação de Isaías. Para ser profeta, ou ainda qualquer vocação que nos leve a apresentar-se ao povo em nome de Deus, é preciso o chamado de Deus. Ninguém pode se tornar profeta se não for chamado por Deus. E o verdadeiro profeta não mente: aponta o erro onde quer que esteja. O falso profeta mostra que não foi chamado por Deus, principalmente quando promete bem-estar a quem pratica o mal e ele próprio não se preocupa em continuar praticando más ações.

 

Atualmente, no cristianismo, sabemos que todos nós somos chamados a ser profetas, e portanto, santos, pelo Batismo. Apenas as vocações especiais continuam atreladas ao chamamento específico de Deus para esse serviço, como o sacerdócio e a vida consagrada. Aliás, mesmo para o casamento é preciso ter vocação. Muitas pessoas não são chamadas para uma vida conjugal. Nesse caso, devem descobrir ao qual serviço eclesial Deus os está chamando.

Os versículos 3 e 4 da segunda leitura são um dos mais antigos atos de fé que se conhece no cristianismo. “Nele se afirma a morte, a sepultura, a ressurreição de Cristo e a aparição a Cefas”.

São Paulo garante aos seus ouvintes a veracidade de nossa fé, os fundamentos de nossa caminhada rumo ao céu. Nossa fé está baseada e construída na ressurreição de Jesus. Está fundamentada no testemunho dos Apóstolos, que viram Jesus ressuscitado. 

Infelizmente muitos não acreditam na pregação da palavra feita pela Igreja. Aliás, desacreditam de tudo. Mas, contraditoriamente, acreditam na falsidade dos argumentos de felicidade que o mundo lhes dá. 

Qualquer filme ou livro que fale contra a bíblia ou contra Jesus ou contra qualquer assunto da Igreja Católica logo vira best-seller. Qualquer bobo alegre que comece a falar coisas fantásticas caluniosas contra a divindade ou contra a pessoa de Jesus, fica famoso e é entrevistado tempestivamente. 

A melhor atitude a tomar é acreditar naquilo que a Igreja Católica prega e ensina. Ela tem a promessa da assistência de Jesus enquanto o mundo existir. E a Igreja Católica permanece sempre fiel aos ensinamentos de seu fundador Jesus Cristo, que colocou a Igreja sob o comando de Pedro e de seus continuadores como Papa.

 

No evangelho vemos o medo que Pedro teve de se aproximar do Senhor, porque era pecador e Jesus se mostrava poderoso no milagre que acabara de fazer.

Nós temos, muitas vezes, receio de nos aproximar de Jesus. O que é que tememos? Não sermos capazes de levar a cruz? De nos tornarmos infelizes? De fracassarmos?

Sempre seremos fracos. Não existem pessoas fortes. O que existe é gente que reza e gente que não reza. Os que rezam conseguem vencer tudo, pois contam com a graça e o poder de Deus.

Ser feliz é fazer a vontade de Deus, pois quando entramos em cheio no que ele quer de nós e fazemos tudo o que podemos para ir adiante, sentimos a força dele a nos envolver, sentimos muita alegria e percebemos, no meio da caminhada, que  “a vacina não era tão dolorida assim”.

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6 º DOMINGO COMUM-C

 

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1ª Leitura: Jeremias 17,5-8

Salmo 1 R- É feliz quem a Deus se confia! 

2ª leitura:- 1 Coríntios 15,12.16-20

Evangelho de Lucas 6,17.20-26

"17.Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judeia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e serem curadas de suas en­fermidades. 20.Então, ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse: “Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus!* 21.Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis! 22.Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infa­me por causa do Filho do Homem! 23.Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas. 24.Mas ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação! 25.Ai de vós, que estais fartos, porque vireis a ter fome! Ai de vós, que agora rides, porque gemereis e chorareis! 26.Ai de vós, quando vos louvarem os homens, porque assim faziam os pais deles aos falsos profetas!"

 

 

COMENTÁRIO:

Diz o profeta Jeremias, na primeira leitura, que é bendito o homem que confia no Senhor. É como uma árvore plantada à beira de um riacho, que sempre vai permanecer sempre verdejante e sempre vai dar frutos. 

Já os que confiam no poder do outro ser humano que seja contrário aos ensinamentos divinos e abandonam o Senhor, vão se frustrar: "são como os cardos do deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar na secura do ermo, em região salobra e desabitada".

Estou aqui me lembrando daqueles faroestes que eu assistia quando adolescente, em que aquelas bolas de capim seco eram levadas pelo vento em cidades abandonadas...

S. Paulo, na segunda leitura, fala sobre a ressurreição. Muitos coríntios não acreditavam que vamos ressuscitar um dia. São Paulo diz que se não acreditarmos na ressurreição, temos que admitir também que Cristo não ressuscitou. E se Jesus não ressuscitou, nossa fé é vã, é inútil. 

Jesus Cristo ressuscitou não apenas de forma pessoal, mas como primícias, ou seja, o primeiro de uma longa fila a ressuscitar, que só terminará quando o último ser humano ressuscitar. Cristo ressuscitou, e todos nós vamos ressuscitar. Vamos, pois, orar, lutar e vencer o inimigo, a fim de que ressuscitemos para uma vida eterna, para a felicidade do paraíso.

 

O Evangelho nos lembra que só seremos felizes na vida eterna se soubermos renunciar ao pecado aqui na terra. O pecado refere-se também ao mau uso que muitos fazem do dinheiro, das riquezas, dos bens materiais. Nesse mau uso entram também os bens espirituais, que muitas vezes são usados para enganar o povo em benefício do próprio bolso de quem está praticando esse pecado. Segundo consta, as pessoas que seguirem o falso profeta serão perdoadas por estarem fazendo isso de modo inocente. 

Quando somos perseguidos ou mal-entendidos por viver segundo o Evangelho, seremos perdoados de nossos pecados e recebidos no céu. Aí é que está a felicidade proferida por Jesus. Entretanto, quando estamos no caminho da santidade, tudo se torna mais fácil e aceitável e vivemos numa paz profunda, confiantes na presença de Deus em nossa vida.

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7º DOMINGO COMUM

ANO C

 

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1ª Leitura: 1Samuel 26,2.7-9.12-13.22-23

 

Salmo 102 (103) R- O Senhor é bondoso e compassivo.

 

2ª leitura:- 1 Coríntios 15,45-49

 

Evangelho de Lucas 6,27-38

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, falou Jesus aos seus discípulos: 27“A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. 30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo, porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”. – Palavra da salvação.

Comentário:

 

No Evangelho Jesus nos lembra de que a vida nesta terra é curta e não vale a pena negarmos o perdão a quem nos ofendeu e também a não nos apegarmos a nada deste mundo nem aos bens materiais.  Se quisermos que Deus nos perdoe, vamos também perdoar aos demais! Por pior que o irmão tenha feito a nós, nós fizemos muito mais a Deus, que desceu do céu para nos perdoar.

Quanto ao desapego aos bens, Jesus diz que se alguém pegar a sua camisa, dê a blusa também. Ou seja, se alguém lhe pedir algo, dê a essa pessoa esse algo e outras coisas de que ela precisa, sem reclamar. Deus nos dá muito mais do que damos aos outros. Desapegar-se dos bens é uma forma de ser feliz, de vivermos na tranquilidade do amor de Deus. Viver sem apegos significa estarmos à mercê de Deus em tudo e para tudo. A paz que sentimos quando estamos livres de qualquer tipo de desapego é impressionante! Quanto menos apegado somos às coisas, sejam elas quais forem, mais em paz nos sentiremos. 

 

Muitas vezes nós perdemos muito tempo com ninharias, chorando pelo leite derramado. Fazemos planos mirabolantes e às vezes nem chegamos vivos ao domingo. 

A primeira leitura mostra justamente esse perdão que Davi deu a Saul, não o matando quando podia matá-lo. Sabia que Deus é fiel para com os que fazem o bem. Nós também devemos seguir esse exemplo: perdoar sempre, pois diariamente pedimos a Deus o perdão na condição de que perdoemos a quem nos ofendeu: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Veja bem que colocamos uma condição a Deus: só me perdoe se eu perdoar. Isso é grave!

Na primeira leitura S. Paulo fala sobre a ressurreição final. Como vivemos aqui na terra solidários com o primeiro homem, terrestre, Adão, assim também ressuscitaremos como o segundo homem, que além de terrestre também é celeste, Jesus Cristo. Nós ressuscitaremos com um corpo espiritual, e não material como o atual. Mas seremos nós mesmos. Não perderemos nossa individualidade como pessoa.

Resumindo tudo, eu diria que precisamos nos converter a cada dia, amando e perdoando a todos, da mesma forma como Deus nos ama e nos perdoa. Sempre nos lembrando, é claro, que amar não é o mesmo que gostar. Não precisamos gostar da pessoa má: basta que a amemos, o que significa desejar sua conversão e seu crescimento no amor de Cristo. E se estiver necessitada, ajudarmos a que ela resolva suas necessidades.

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OITAVO DOMINGO DO TEMPO COMUM -C

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ªLeitura: Eclesiástico 27,5-8

Salmo91(92 )-R-Como é bom agradecermos ao Senhor!

2ª Leitura:1Cor 15,54-58

Evangelho de São Lucas 6,39-45

"39.Propôs-lhes também esta comparação: Pode acaso um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova? 40.O discípulo não é supe­rior ao mestre; mas todo discípulo perfeito será como o seu mestre. 41.Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão e não reparas na trave que está no teu olho? 42.Ou como podes dizer a teu irmão: Deixa-me, irmão, tirar de teu olho o argueiro, quando tu não vês a trave no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o argueiro do olho de teu irmão. 43.“Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto. 44.Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espi­nheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos. 45.O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio."

 

COMENTÁRIO:

O texto de hoje do livro do Eclesiástico nos diz algo muito comprovado: não elogie a ninguém antes de ouvi-lo falar. As pessoas falam daquilo de que está cheio os seus corações. “Os defeitos dos homens aparecem no seu falar (...) O homem é provado em sua conversa. O fruto revela como foi cultivada a árvore; assim, a palavra mostra o coração do homem”.

Isso nos leva a algumas atitudes práticas, como por exemplo, quando estivermos num grupo de pessoas, devemos ser muito humildes em nossa conversa, e bastante sinceros, na medida do possível. Quando não pudermos ou não soubermos falar sobre o assunto em questão, sejamos sinceros em admitir que não o conhecemos. Essa atitude é melhor e nos deixa mais aliviados, mais à vontade. Tentar falar algo de que não conhecemos só vai resultar em chacota dos que nos ouvem e conhecem o assunto.

A segunda leitura nos mostra que todos os problemas e sofrimentos desta vida acabarão um dia, pois este nosso corpo, no Juízo Final, será revestido de incorruptibilidade, de imortalidade. Devemos evitar o pecado e batalharmos para sermos santos, e isto inclui muita oração e penitência, sobretudo a penitência, de um lado negativo, de evitarmos o pecado; de um lado positivo, de exercermos a caridade.

São Paulo resume isso neste versículo 58: “(...) sede firmes e inabaláveis, empenhando-vos cada vez mais na obra do Senhor, certos de que vossas fadigas não são em vão, no Senhor.”

O evangelho volta ao assunto da primeira leitura: “a boca fala do que o coração está cheio”. Não podemos corrigir o outro se antes não nos policiarmos para estarmos de acordo com aquilo que exigimos do outro. A grande diferença entre o ensinamento de Jesus e o dos fariseus está no fato de que estes diziam que uma ação é boa se concorda com a lei. Jesus, pelo contrário, diz que uma ação é boa se procede de um interior bom. Se nós somos lutadores por uma vida pessoal de santidade, de caridade, de amor, vamos saber como ajudar o próximo que precisa de conversão. Nunca seremos arrogantes, petulantes, nunca o humilharemos. Saberemos esperar a ocasião propícia. Ou, em vez disso, podemos fazer como falavam São Carlos de Foucauld e São Francisco de Assis: devemos converter os outros pelo nosso testemunho de vida, antes de que pela palavra.

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9º DOMINGO DO TEMPO COMUM-C

GERALMENTE NESTE DOMINGO ENTRA A FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE. EM OUTROS ANOS A FESTA É COLOCADA NO 10º DOMINGO E O 9º NÃO ENTRA NO CALENDÁRIO. ENTRETANTO, POR ENQUANTO FICAM AQUI AS LEITURAS DO DIA:

1ª leitura: 1Reis 8,41-43

Salmo responsorial 116 (117) R- Ide, vós por este mundo afora e proclamai o Evangelho a todos!

2ª leitura: Gálatas 1,1-2.6-10

Evangelho: Lucas 7,1-10

1.Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum. 2.Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte. 3.Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar. 4.Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: “Ele bem merece que lhe faças este favor, 5 pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga”. 6.Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: “Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa; 7.por isso, nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado. 8.Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: Vai ali! E ele vai; e a outro: Vem cá! E ele vem; e ao meu servo: Faze isto! E ele o faz”. 9.Ouvindo essas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10.Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado."

COMENTÁRIO:

(só do evangelho)

No evangelho Jesus elogia a fé do oficial romano, pagão, que pedia a cura de um seu empregado a quem ele muito estimava. A fé do homem era sincera, isenta de ufanismo ou vaidade. O homem era, realmente, humilde, apesar de ser chefe de outros soldados.

Podemos refletir um pouco sobre a nossa fé, se é desse jeito. Será que cremos realmente no poder de Jesus nos dias de hoje?

O texto nos mostra, também, que o Reino de Deus é dado a todos, sem exceção. E se estivermos em pecado, a misericórdia de Deus supera tudo e Ele está sempre a fim de nos perdoar.

 

EM 2023 NESTE DOMINGO SERÁ CELEBRADA A SANTÍSSIMA TRINDADE.

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10º DOMINGO DO TEMPO COMUM

ESTE É OUTRO DOMINGO QUE QUASE NUNCA É COMEMORADO. EM SEU LUGAR ENTRA A SOLENIDADE DE PENTECOSTES. DEIXO AQUI AS LEITURAS PRÓPRIAS DO DIA.

1ª leitura: 1Reis 17,17-24

Salmo Responsorial: 29 (30) – R – Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e preservastes minha vida da morte!

2ª leitura: Gálatas 1,11-19

Evangelho: Lucas 7,11-17

 "11.No dia seguinte, dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo. 12.Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade. 13.Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores!”. 14.E, aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Moço, eu te ordeno, levanta-te”. 15.Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe. 16.Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo”. 17.A notícia desse fato correu por toda a Judeia e por toda a circunvizinhança"

COMENTÁRIO

(apenas do Evangelho)

No evangelho vemos como Jesus se condoeu da viúva, que iria ficar completamente desamparada, condições daqueles tempos. Percebemos que Jesus não pergunta à viúva se tem fé ou não. Simplesmente ressuscita o seu filho. A compaixão de Jesus foi além da angústia da mulher por ter perdido o filho: ele sabe que dali em diante ela iria passar fome, necessidade, iria ficar marginalizada da sociedade. Assim também é no dia de hoje: Jesus quer que todos sejam felizes, e sabe que o único caminho para isso é a santidade, a confiança ilimitada nele. Jesus está sempre pronto a nos tirar do pecado e da infelicidade, seja ela qual for. Esse texto, por exemplo, é usado na festa de Santa Mônica, e se aplica na “ressurreição” de Agostinho, seu filho, de uma vida de pecador a uma vida santa.

Jesus pode curar quem ele quiser e como quiser. Ele pode ressuscitar os mortos, se desejar. Mas é de se perguntar: ressuscitar para quê, se não houver uma conversão? S. Paulo diz que a graça e o dom de Deus nos são dados de modo que ele nunca se arrepende de ter-nos dado. Cabe a nós fazer com que esse dom, essa Graça divina se concretize numa vida de verdadeiro arrependimento e mudança de vida.

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11º DOMINGO DO TEMPO COMUM-C

OUTRO DOMINGO DIFERENTE. EM 2022 CAIU A FESTA DE PENTECOSTES. VOU DEIXAR AQUI AS LEITURAS. EM 2023 É ANO A, E ESTÁ NO ARQUIVO DOS ANOS “A”.

1ª Leitura: 2 Samuel 12,7-10.13

Salmo Responsorial 31(32) R – Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.

2ª Leitura: Gálatas 2,16.19-21

Evangelho Lucas 7,36-8,3

Naquele tempo: 36Um fariseu convidou Jesus para uma refeição em  sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37Certa   mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: "Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora". 40Jesus disse então ao fariseu: "Simão, tenho uma coisa para te dizer". Simão respondeu: "Fala, mestre!" 41"Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?" 43Simão respondeu: "Acho que é aquele ao qual perdoou mais". Jesus lhe disse: "Tu julgaste corretamente". 44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: "Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor". 48E Jesus disse à mulher: "Teus pecados estão perdoados". 49Então, os convidados começaram a pensar: "Quem é este que até perdoa pecados?" 50Mas Jesus disse à mulher: "Tua fé te salvou. Vai em paz!" 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a boa-nova do reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam. – Palavra da salvação.

COMENTÁRIO

(Só do evangelho)

No evangelho vemos como Jesus tem o poder de perdoar os pecados, e passou esse “poder” aos bispos e padres. Cabe aos ministros ordenados zelarem sobre si mesmos, “cuidarem de si mesmos”, além de cuidar e zelar pelo povo, a fim de que pratiquem o que falam. E se por desventura não praticarem, que se arrependam e se convertam, a fim de que o rebanho possa ser cuidado por pastores íntegros e amigos de Cristo. 

Jesus perdoou a mulher que o ungia, porque ela se arrependeu do que fizera. Qualquer pecado que tenhamos cometido é perdoado por Jesus, se nos propormos a mudar de vida e não mais cometê-los. Mas às vezes Deus permite rudes métodos para conseguir isso de nós, pelo que devemos não reclamar, mas agradecer, pois todos os sofrimentos e provações superados são uma bênção para nossa salvação.

Na última parte do trecho do evangelho, vemos como Jesus dava muita atenção não só aos homens, mas também às mulheres, que ajudavam a equipe dele com seus bens e suas presenças tão necessárias. 

Jesus não age sozinho: age em equipe, em comunidade, e aproveita os dons de cada um, sem nada desperdiçar. Ele pode fazer isso porque, além de misericordioso, é poderoso: pode completar com seus dons as qualidades que faltam aos seus seguidores. 

Não tenhamos medo de pedir a Deus aqueles dons, aquelas virtudes que nos faltam. Jesus prometeu que daria o Espírito Santo, e com ele as virtudes, a todos os que o pedissem.

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12º DOMINGO COMUM


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Primeira Leitura: Zacarias 12,10-11;13,1

 

Salmo Responsorial 62(63)- R- A minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!

 

Segunda Leitura: Gálatas 3,26-29

 

Evangelho de Lucas 9,18-24

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Certo dia, 18Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. 23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos uma profecia da morte do Messias, que sabemos ser Jesus Cristo. Seja qual fosse as consequências dessa morte, afirma que Deus estaria com ele sempre.

No evangelho Jesus anuncia sua morte e lembra aos discípulos que todos nós devemos pegar a nossa cruz e segui-lo. Quero sublinhar aqui a palavra SEGUIR. Jesus não mandou que pegássemos a nossa cruz simplesmente, mas que nós o seguíssemos. Ou seja, ele pegou a sua cruz antes de nós todos. Seguir Jesus implica em ter sua proteção, amparo e sua força, além de seu exemplo. Se ele pegou a cruz, nós também podemos e devemos pegar a nossa não com impropérios, palavrões, reclamações, mas com amor.

Ele não tinha pecados. Nós temos e nosso sofrimento é merecido. Fizemos muitas coisas desagradáveis a Deus em nosso passado. Nossa cruz nos redime, porque a de Jesus já antes nos redimiu.

Mas Jesus nos dá também uma indicação de como podemos pegar a nossa cruz para segui-lo: ORANDO. Ele se retira constantemente para orar. A oração é a única forma que temos para receber força, ânimo e energia para qualquer passo que queiramos dar no caminho do céu.

Reconheçamos como Pedro a divindade de Jesus, mas reconheçamos também que somos fracos e somente com a oração poderemos pegar nossa cruz e segui-lo.

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13º DOMINGO DO TEMPO COMUM-C

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Primeira Leitura: 1 Reis 19,16b.19-21

Salmo Responsorial 15(16)-R-Ó Senhor, sois minha herança para sempre!

Segunda Leitura: Gálatas 5,1.13-18

Evangelho: Lucas 9,51-62

"51.Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém. 52.Enviou diante de si mensa­geiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. 53.Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. 54.Vendo isso, Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?”. 55.Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente. [“Não sabeis de que espírito sois animados.* 56.O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.”] Foram então para outra povoação. 57.Enquanto caminhavam, um homem lhe disse: “Senhor, te seguirei para onde quer que vás”. 58.Jesus replicou-lhe: “As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 59.A outro disse: “Segue-me”. Mas ele pediu: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai”. 60.Mas Jesus disse-lhe: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus”. 61.Um outro ainda lhe falou: “Se­nhor, te seguirei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa”. 62.Mas Jesus disse-lhe: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus”. "

 

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos a vocação de Eliseu. Elias passou por ele e o chamou para segui-lo no profetismo. Eliseu deixou seu trabalho da lavoura e seguiu o profeta.

Sei que não é fácil assim descobrir nossa vocação. É preciso muita oração, muito silêncio para ouvir Deus, muita meditação, tomar aconselhamento com as pessoas que vivem a vocação à qual achamos que estamos sendo chamados.

Entretanto, a vocação primordial de toda a pessoa deste mundo é servir a Deus com todas as forças, com todo o coração, com todo o entendimento, e poder entrar no paraíso após a morte. A isso ninguém pode deixar de lado com a desculpa que não sabia o que devia fazer.

Na segunda leitura, São Paulo fala aos gálatas que Cristo nos libertou, mas devemos usar a nossa liberdade não para a libertinagem, mas para a santidade: amar a Deus, amar ao próximo como a nós mesmos, proceder segundo o Espírito e não segundo a carne. Viver conduzidos pelo Espírito faz com que superemos as leis. Se num momento de nossa vida nós não vivemos esse amor pleno a Deus, peçamos perdão e recomecemos nossa vida. 

No primeira parte do evangelho de hoje podemos dizer que Jesus é paciente para com todos, e aguarda pacientemente a nossa resolução de acolhê-lo. Ele não lança pragas, nem coisas ruins sobre os que não o aceitam. Espera pacientemente, até que nossa arrogância e imbecilidade em não aceitá-lo ou em não seguir o que ele nos pede, sejam superadas. 

 

Na segunda parte do evangelho Jesus mostra que quem estiver disposto a segui-lo, deve também estar disposto à pobreza, fome, frio, intempéries etc. Seguir Jesus implica em renunciar a si próprio, sabendo que ele não vai nos deixar faltar nada. Ou seja, passar a preocupar-se com a salvação dos outros, com a pregação da palavra, com a convicção de que, se estivermos a serviço do irmão necessitado e em busca de sua salvação, Deus cuidará de nós. 

Quando o homem deu por desculpa que ia antes de seguir Jesus enterrar o pai, na verdade queria dizer ficar com os pais até eles morrerem. Ou seja, não queria renunciar a uma vida cômoda e descompromissada. Em relação ao que disse que ia despedir-se dos de sua casa, isto significa que não conseguiremos seguir Jesus se começarmos a sentir saudades das nossas antigas mordomias. Aliás, é um pouco isso que o povo de Deus saindo do Egito fazia: sentia saudades das cebolas do Egito, das refeições que lá faziam, mesmo sob escravidão. 

Concluindo: Seguir Jesus implica renúncia e prontidão, uma confiança plena nele, estar pronto para qualquer dificuldade. Mas não se assustem! Quem se decide a seguir Jesus do jeito que ele quer, sente muito mais satisfação e alegria do que se vivesse à toa na vida. 

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14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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Primeira Leitura: Isaías 66,10-14c

Salmo Responsorial 65(66)R- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

Segunda Leitura - Gálatas 6,14-18

Evangelho: Lucas 10,1-12.17-20

Naquele tempo: 1O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os  enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: 'A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: `A paz esteja nesta casa!' 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa,   comei e bebei do que tiverem,  porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa.  8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo:'O Reino de Deus está próximo de vós.' 10Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11Até a poeira de vossa cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo! 12Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade. 17Os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: 'Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome.' 18Jesus respondeu: 'Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.' Palavra da Salvação.

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos a irradiação do amor de Deus por todos nós. Eis algumas das palavras: “Sereis amamentados, carregados ao colo e acariciados sobre os joelhos. Como uma mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei”.

Quanto amor Deus tem por nós! Seu amor por nós é infinito! Ele nos ama de verdade! E quer poder nos consolar, nos dar a felicidade eterna. Mas nós precisamos aceitá-la! O pecado é um grande NÃO que dizemos a Deus não aceitando o convite que ele nos faz. Se aceitarmos, ele nos dará a força necessária para caminharmos.

Na segunda leitura São Paulo dá a entender que às vezes nos perdemos em detalhes de nossa religião em vez de nos alicerçar-nos em    Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. Se estivermos imersos em Cristo, tudo o mais se tornará obsoleto e desnecessário. Ele se refere à circuncisão, que seria um retrocesso naquela altura dos acontecimentos. Quantos desvios da fé se apresentam hoje em dia! Algumas crendices estão tomando conta de muitas pessoas, para não dizer até de comunidades. Muitas pessoas estão pondo sua confiança em coisas que não levam a nada! A verdadeira fé não é baseada em sentimentalismo, mas em atitude concreta diante de Deus e da sociedade.

No evangelho temos as orientações que Jesus dá aos 72 discípulos, para irem pregar o evangelho. Quanta diferença do que realmente fazemos! A orientação de Jesus está baseada na Providência Divina. Entretanto, nós nos baseamos na eficácia, nos meios muitas vezes caros, e a pobreza nos meios e no modo de evangelizar fica longe disso tudo! A pobreza dos meios utilizados marcaria bastante o fato de que Deus é quem dá a força e a luz para o caminho. Se confiássemos mais em Deus e menos na máquina, os frutos seriam mais abundantes!

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15º DOMINGO COMUM

 

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1ª Leitura: Deuteronômio 30,10-14

Salmo Responsorial 68 (69) Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos; o vosso coração reviverá!

2ª Leitura: Colossenses 1,15-20

Evangelho Lucas 10, 25-37

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 25um mestre da lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “O que está escrito na lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’”. E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”. – Palavra da salvação.

                                                                          

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos como a prática dos mandamentos de Deus estão ao nosso alcance. Não temos desculpa alguma para não praticá-los.

Na segunda leitura, S.Paulo fala que Jesus é a cabeça do corpo que é a Igreja. E nele todos somos reconciliados, ou seja, não há mais motivo algum para a desavença, para a inimizade, para a falta de caridade. Não deve haver diferenciação entre  nós porque, se ele é a cabeça do corpo, nós somos o corpo, a Igreja. Somos todos de um mesmo corpo, em que nenhum membro é mais importante que o outro.

O evangelho mostra de modo claro e prático tudo isso: o samaritano, inimigo político daquele homem que está ali caído, machucado, seminu, mas nessa hora não há divergências: o homem deve ser socorrido, como de fato o foi.

Sabem por que o sacerdote e o levita não atenderam o homem?

PORQUE ESTAVAM INDO PARA O TEMPLO!

Sim! E se encostassem a mão naquele homem, pelas leis da época, ficariam impuros por vários dias e não poderiam frequentar, nesses dias, a igreja. Ainda teriam que oferecer algum sacrifício no templo (animais) para poder voltar a frequentá-lo.

Isso não quer dizer que devemos abandonar a igreja e ficar só atendendo pessoas feridas, mas mostra que o próximo está em primeiro lugar em tudo e sempre.

Se você estiver indo para a igreja e precisa deter-se para ajudar alguém, faça isso. Se não der tempo para ir à igreja naquele dia, vá em outro, mas ajude a pessoa que lhe pede auxílio, uma palavra, um desabafo.

Na minha primeira paróquia, em São Paulo, aos 28 anos de idade, anos 70, havia uma senhora vizinha à igreja (bairro da região leste, paupérrimo) que falava mal do dízimo e caçoava de quem o pagava.

Certo dia seu esposo ficou doente, naquele tempo estava dando uma praga de meningite. Era madrugada e ela não achou nenhum dos táxis que costumeiramente estavam estacionados na esquina. Não havia nenhum policial no postinho de plantão deles. Ela apelou para quem? Para o padrezinho novinho que    falava sempre do dízimo para esse pessoal “ bobo” da igreja.

Eu ouvi a batida na porta, era acho que uma hora da madrugada. Atendi e levei-os no meu carro, um fusca pé-de-boi azul, para o pronto socorro do Tatuapé.

Em resumo: o médico disse que se o cara chegasse meia hora mais tarde não teria escapado da morte. Essa mulher ficou sendo a melhor dizimista da paróquia! 

É, minha gente. Jesus hoje nos ensina que devemos sempre praticar a caridade, a misericórdia, seja lá para quem for.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

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16º DOMINGO COMUM

 

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1ª Leitura: Gênesis 18,1-10a

Salmo Responsorial 14-R- Senhor, quem morará em vossa casa?

2ª Leitura: Colossenses 1,24-28

Evangelho Lucas 10,38-42

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

Podemos perceber dois assuntos hoje: a hospitalidade e o modo de estarmos com Jesus.

Na primeira leitura Abraão hospeda o próprio Deus, representado ali por 3 pessoas. No evangelho, Marta e Maria hospedam Jesus.

A hospedagem vem geralmente do costume da família. Pais que recebem bem suas visitas terão filhos igualmente bons hospedeiros.

Minha casa primava por receber bem as visitas. Minha mãe sempre fazia um bolo para receber as visitas vespertinas. Lembro-me sempre disso. E a visita nunca saía sem comer um pedaço de bolo e beber café com leite.

Entre os judeus a hospedagem era coisa sagrada. Receber as visitas era receber o próprio Deus.

O outro assunto é sobre Marta e Maria. Marta, “batendo panelas”, pede para Jesus para falar a Maria que a ajudasse. Maria, aos pés de Jesus como uma discípula (coisa inconcebível naquele tempo. Os discípulos só podiam ser homens. Jesus que inovou esse costume e teve muitas discípulas). Ouvir Jesus é a melhor parte.

Mas o trabalho de Marta também é válido e necessário. A sugestão que dou é que sejamos um pouco de Marta (ação no mundo de hoje) e um pouco de Maria (contemplação, dedicação à oração). Só que a oração deve ser feita de momentos tais que se espalhem pelo dia todo, de modo que nunca deixemos de rezar.

Uma coisa depende da outra: sem a oração nunca seremos Marta, ou seja, nunca agiremos de acordo com a vontade de Deus. Sem a ação nunca seremos Maria, pois sem trabalhar pelo Reino a oração perde o sentido.

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17º DOMINGO COMUM-C

 

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1ª Leitura: Gênesis 18,20-32

Salmo Responsorial 137 (138) Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!

2ª Leitura: Colossenses 2,12-14

Evangelho Lucas 11,1-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. 2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”. 5E Jesus acrescentou: “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’, 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” – Palavra da salvação.

 

Comentário

Na primeira leitura vemos como Abraão insiste com Deus para que ele perdoe a cidade por causa de alguns justos que talvez ainda houvesse. Ele foi abaixando o número possível de justos até certo número e ali parou. Na cidade não se encontrava aquele número de justos. Pergunto sempre a mim mesmo: “Se Abraão tivesse insistido em abaixar o número de justos necessários para que Deus não destruísse a cidade, será que Deus atenderia ao seu apelo”?

Pelo sim, pelo não, nós não podemos fazer o mesmo erro. Devemos pedir incessantemente a Deus, sem desânimo. Ele é misericordioso e vai levar em conta o nosso esforço em praticar a sua palavra e em agradá-lo.

No Pai-nosso Jesus nos ensina a oração fácil e eficaz para a nossa vida. Em Lucas, lido neste domingo, o Pai-nosso consta de cinco pedidos. Em Mateus, sete. Segundo alguns estudiosos, talvez seja esta, de cinco, a mais original.

O Pai-nosso encerra todas as orações, diz Sto. Agostinho. Qualquer coisa que a gente quiser pedir a Deus, já está incluída no Pai-nosso.

Na segunda parte do trecho de hoje Jesus lembra que o Pai sempre nos atende. Só que às vezes não lhe pedimos um pão, mas uma pedra. Não lhe pedimos um peixe, mas um escorpião. E não tomamos conhecimento da bobeira que fizemos ao pedir algo que iria nos impedir, talvez, de ganharmos o céu. Nem tudo o que pedimos, mesmo parecendo bom, é bom. Só Deus nos conhece plenamente e sabe o que é bom ou não para nós. Vamos, pois, rezar confiantes em sua sabedoria divina. Não tenhamos medo! Deus sempre nos ouve, mas para conduzir-nos ao céu, onde teremos tudo o que desejarmos.

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18º DOMINGO COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

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1ª Leitura: Eclesiastes 1,2;2,21-23

Salmo Responsorial 89(90)- Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós

2ª Leitura: Colossenses 3,1-5.9-11

Evangelho de Lucas 12,13-21

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”. – Palavra da salvação

 

Comentário:

 

O assunto de hoje é a falsa segurança que colocamos nos bens materiais. Acredito que todos sabem disso, mas assim mesmo continuam a basear suas vidas em coisas materiais. As três leituras falam disso hoje.

 

Na primeira leitura vemos aquela famosa frase: “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.” O que pode fazer o homem com toda a riqueza que ele acumula? Ele vai morrer e deixar tudo na terra.

 

Na segunda leitura vemos o que S. Paulo disse: “se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres”.

 

No evangelho de hoje Jesus conta a parábola do lavrador ambicioso, que ia morrer naquele mesmo dia em que planejava aumentar seus celeiros para guardar mais trigo.

 

O que mais eu poderia lhes dizer? Cada um examine sua vida e veja como está lidando com o que tem. É muito importante viver de modo modesto e ajudar a quem necessita. A quem partilha nunca faltará nada, garante Jesus no Sermão da Montanha. E isso é pura verdade. Muitas pessoas o atestam e dão testemunho disso. O dinheiro e os bens são uma grande ilusão. Ajudam a vida, mas devem ser apenas isso: Ajudar-nos a viver melhor, mas sempre com o coração ligado em Deus e no seu Reino, a única coisa existente verdadeiramente real e que vale a pena

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19º DOMINGO COMUM-ANO C

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Sabedoria 18,6-9

Salmo Responsorial 32(33)-R- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

2ª Leitura: Hebreus 11,1-2.8-19

Evangelho de Lucas 12,32-48

"32.Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino. 33.Vendei o que possuís e dai esmolas; fazei para vós bolsas que não se gastam, um tesouro inesgotável nos céus, aonde não chega o ladrão e a traça não o destrói. 34.Pois onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração”. (= Mt 24,42-51 = Mc 13,33-37) 35.“Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas.* 36.Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. 37.Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando, quando vier! Em verdade vos digo: ele há de cingir-se, dar-lhes à mesa e os servirá. 38.Se vier na segunda ou se vier na terceira vigília e os achar vigilantes, felizes daqueles servos! 39.Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa. 40.Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem.” 41.Disse-lhe Pedro: “Senhor, propões esta parábola só a nós ou também a todos?”. 42.O Senhor replicou: “Qual é o administrador sábio e fiel que o senhor estabele­cerá sobre os seus operários para lhes dar a seu tempo a sua medida de trigo? 43.Feliz daquele servo que o senhor achar procedendo assim, quando vier! 44.Em verdade vos digo: lhe confiará todos os seus bens. 45.Mas, se o tal administrador imaginar consigo: Meu senhor tardará a vir, e começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, 46.o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar e na hora em que ele não pensar, e o despedirá e o mandará ao destino dos infiéis. 47.O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. 48.Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis, será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir”. "

 

COMENTÁRIO:

A primeira leitura é uma recordação da libertação do Egito. Começa lembrando as promessas feitas aos antepassados, e davam crédito a esse juramento. Por isso se conservavam intrépidos, ou seja, sem desanimar, com muita esperança da liberdade. Se Deus libertou os hebreus do Egito, também iria libertá-los da escravidão.

Durante essa espera da libertação, celebram secretamente o sacrifício, fazendo um pacto divino: que todos eles participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. A leitura é colocada aqui, de certo modo, para preparar o assunto do evangelho de hoje. Nós também fazemos isso: celebramos a Eucaristia, o sacrifício de Cristo, enquanto estamos a caminho para o reino eterno do Senhor.

Na segunda leitura há aquela frase tão bonita e verdadeira, que se tornou famosa: “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem”. E dá como exemplo Abraão, que obedeceu a Deus e deixou tudo em Ur para migrar para outra terra. Teve a experiência de desânimo quanto a ter um herdeiro, pois Sara era estéril. Quando conseguiu ter um filho, Deus lhe pede que o sacrifique a ele. Mas ele nunca desanimou. Confiou plenamente em Deus. Embora em vida não tivesse chegado ao que almejava, na morte Deus lhe concedeu viver para sempre na cidade celeste.

Nós também não podemos desanimar, por pior que esteja a nossa situação. Eu costumo aconselhar aos desanimados que comecem rezando apenas frases curtinhas a Deus, as famosas “jaculatórias”: “Meu Deus, eu vos amo”; “Meu Deus, me ajude”; “Jesus, Filho do Deus vivo, tende piedade de mim”. E outras parecidas com essas. Devem dizer isso o dia inteiro, de quando em quando. E Deus vai lhes dar ânimo e coragem para recomeçarem suas vidas. 

No evangelho Jesus começa dizendo que devemos viver de modo simples, sem ambições desmedidas, praticar a caridade de todas as formas, tanto de modo espiritual como material (“vendei o que possuís e dai esmolas”).

Onde estiver nosso tesouro, aí estará também o nosso coração. Se formos apegados ao dinheiro, aos bens, só amaremos isso e nos fecharemos para Deus e para o próximo. E serão felizes os que forem encontrados vigilantes quando o Senhor vier, ou seja, em nossa morte. Se formos encontrados sem pecado e trabalhadores da Messe do Senhor, se formos pessoas caridosas e cuidamos de não permanecer em pecado, seremos levados ao céu.

Ele diz para estarmos sempre vigilantes, sempre praticando o bem, porque a morte nos leva deste mundo a qualquer momento e, nesse instante, devemos estar praticando o bem. Praticar o bem, a caridade, a oração, são instrumentos que nos conduzem pelo caminho da salvação. O pecado é o trem que nos leva ao inferno. Simples assim. Vale a pena lutarmos contra o pecado, a fim de estarmos sempre prontos para a nossa última hora. 

Muitas pessoas chegam ao final da vida sem se arrependerem de seus pecados. Eu mesmo já atendi muitas pessoas assim. A tristeza que me invade nesses momentos é algo indescritível. Eu estou ali, mas não posso ajudar a pessoa a buscar a misericórdia de Deus por meio do perdão. Que coisa triste! Mas há casos em que a pessoa se converte no final da vida. Será que se fizermos isso, ou seja, deixarmos para o final da vida nossa conversão, será que teremos essa sorte de nos convertermos?

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MISSA DO 20º DOMINGO COMUM ANO C

20º DOMINGO DO TEMPO COMUM -C

18/08/2022

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Jeremias 38,4-6.8-10

Salmo Responsorial 39(40) R- Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

 2ª Leitura: Hebreus 12,1-4

Evangelho de Lucas 12,49-53

Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia. 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo e como estou ansioso até que isso se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. – Palavra da salvação

 

COMENTÁRIO: 

 

Na primeira leitura lançaram Jeremias num poço sem água por causa de sua pregação indesejada para eles. “O verdadeiro profeta paga com a vida o anúncio da verdade que fere, e se torna o homem da discórdia” (missal dominical).

Na segunda leitura a carta aos hebreus nos diz para deixarmos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve, e nos empenhemos, com perseverança, no combate que nos é proposto, sem tirarmos os olhos de Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Termina dizendo algo que nos preocupa muito: “Vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado”.

Já no evangelho, essa luta contra o pecado nos faz, muitas vezes, ir contra até certas pessoas de nossa família. Não podemos “deixar pra lá” quando alguém, mesmo sendo familiar ou amigo íntimo, nos impele ao pecado, seja ele qual for. Temos que ser sinceros e mostrar às pessoas que não somos mais aquelas pessoas pecadoras que talvez fôssemos no passado. Isso pode dividir pessoas que até então foram amigas, mas é um risco que temos que correr se quisermos entrar na vida eterna. É o que fez Jeremias na primeira leitura: falou o que tinha que falar, apesar de saber que isso poderia até lhe trazer a morte.

Hoje em dia há muitas pessoas compactuando com o pecado. Quantas famílias, por exemplo, vendo essas novelas pornográficas e destruidora da santidade da família da rede Globo, e tantos outros filmes de outras emissoras! E são pessoas que vão à igreja, mas não perdem a novela. São praticados muitos pecados ao vivo e a cores, e se nós estamos conscientemente assistindo a isso, estamos também pecando. A santidade nossa e de nossa família “vai para o ralo”.

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21º DOMINGO COMUM

 

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1ª Leitura: Isaías 66,18-21

 

Salmo Responsorial 116(117) – Proclamai o evangelho a toda criatura!

2ª Leitura: Hebreus 12,5-7.11-13

Evangelho de Lucas 13,22-30

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. 26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas, no reino de Deus e vós, porém, sendo lançados fora. 29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

O assunto de hoje é a porta estreita que Jesus veio inaugurar para entrarmos no céu. Isto é: se quisermos entrar no céu não basta pertencermos a alguma Igreja; é preciso aderir Cristo e seguir suas palavras. Em outras palavras: crer nele plenamente, não só na ideia, mas também de fato, no dia a dia.

 

Jesus, a princípio, falou essas palavras para lembrar aos judeus que eles não são os únicos a se salvarem, mas a salvação está aberta a todos os povos. A primeira leitura fala também sobre isso. Só que a salvação está ligada à oração, à vigilância, ao empenho para nunca ofendermos a Deus.

 

A segunda leitura completa o assunto de hoje, quando diz: “Portanto, “firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos; acertai os passos dos vossos pés”, para que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado”. E isso a gente faz pedindo essa graça ao Senhor.

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22º DOMINGO COMUM 

 

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1ª Leitura: Eclesiástico 3,19-21.30-31 

Salmo Responsorial 67(68) R- Com carinho preparastes uma mesa para o pobre

 2ª Leitura: Hebreus 12,18-19.22-24a 

Evangelho de Lucas 14,1.7-14

Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. 7  Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante, 9        e o dono da casa, que convidou os dois, venha a te dizer: ‘Cede o lugar a ele’. Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar. 10 Ao contrário, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Quando chegar então aquele que te convidou, ele te dirá: ‘Amigo, vem para um lugar melhor!’ Será uma honra para ti, à vista de todos os convidados. 11   Pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.12 e disse também ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isso já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”. – Palavra da salvação.



COMENTÁRIOS:

 

A primeira leitura nos mostra, no início, que devemos trabalhar sem reclamar, na mansidão e na humildade. Ofereçamos nossos trabalhos para que Deus use da maneira que ele quiser, sobretudo como reparação de nossos pecados. Em seguida diz que a humildade deve ser proporcional à nossa grandeza. Quanto maior fomos na sociedade, mais humildes devemos ser. Jesus Cristo ensinou isso com a própria vida. Diz também que o Senhor é grande, mas ele é glorificado pelos humildes. Deus não se revela aos orgulhosos e ilustres, mas aos humildes. Termina dizendo que o homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios e presta atenção nelas, porque deseja a sabedoria. Já o homem orgulhoso não ouve a ninguém, pois acha que não precisa de mais nada.

 

A segunda leitura, da carta aos hebreus, nos fala que nós podemos nos aproximar diretamente de Deus, participar da alegria dos anjos e santos e obter a salvação e a vida eterna. Tudo isso nos é concedido pelo único mediador, Jesus Cristo, que é a presença de Deus entre nós.

 

O evangelho nos fala sobre o assunto preparado pela primeira leitura: quem se eleva será humilhado, e quem se humilha, será exaltado.

O cerne do texto de hoje está no fato de que quem é orgulhoso e acha que tem direito aos primeiros lugares na sociedade, e coisas desse tipo, não tem a honestidade e a sinceridade de se colocar como alguém que precisa de Deus, que precisa sempre de auxílio para ser bom e caminhar no caminho verdadeiro. Quando somos humildes Deus pode agir em nossa vida. Ser humilde é a mesma coisa que se colocar nas mãos de Deus para que ele nos molde à sua maneira. Ele nos criou e sabe muito bem, infinitas vezes melhor do que nós, o que pode realmente nos fazer feliz e nos salvar. Nós temos muitas ideias aparentemente boas, mas que na verdade vão nos perder, vão nos levar a nenhum objetivo.

Ou seja: quando somos orgulhos e autossuficientes, agimos segundo nossas mirradas forças e Deus não interfere: deixa que quebremos a cabeça. Quando somos humildes, pedimos sua proteção e sua orientação, ou diretamente na oração ou por meio das palavras de pessoas sábias e experientes, que nos indicam o caminho. O orgulhoso não ouve a ninguém, pois acha que é dono da verdade. É isso aí.

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23º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Sabedoria 9,13-18

Salmo Responsorial 89(90)-R- Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós

2ª Leitura: Filêmon 9b-10.12-17

Evangelho Lucas 14,25-33

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim não pode ser meu discípulo. 28Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda, qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se, com dez mil homens, poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” – Palavra da salvação

 

COMENTÁRIO:

A primeira leitura lembra-nos que somos fracos e limitados e por isso não podemos conhecer os desígnios de Deus a nosso respeito. Nossos pensamentos são tímidos, nossas reflexões são incertas. Nossas condições materiais tornam pesada a alma e nosso pensamento é cheio de lacunas e imperfeições.

Se mal conhecemos o que há na terra, como poderemos conhecer o que há no céu? Mas tudo é possível para o Senhor. Ele pode nos dar sabedoria e nos enviar seu Santo Espírito. Isso tornará retos os nossos caminhos e aprenderemos o que pode agradar o Senhor e seremos salvos pela Sabedoria. Sabemos, entretanto, que todo o plano salvífico de Deus se realiza no Cristo crucificado.

 

A segunda leitura, de Filemon, é a carta mais breve de S. Paulo e esclarece sobre a ação social da Igreja. As transformações verdadeiras na ordem socioeconômicas não são as que se realizam na violência, mas nas profundas convicções. Nesse contexto, Paulo, prisioneiro, recebe Onésimo, escravo que fugira da casa de Filemon, e se sente na obrigação de devolvê-lo, após tê-lo batizado e, portanto, libertado em Cristo. Entretanto Paulo, mesmo podendo forçar a situação, prefere insistir para que o próprio Filemon liberte o escravo, em vista da fé. A lição que talvez possamos ter nesse texto é o fato de que conversando conseguimos mais resultados positivos do que usando a violência. Como dizia S. Francisco de Sales, a gente pega mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de vinagre.

Já no evangelho Jesus diz tudo o que disse para explicar que, na verdade, tudo o que fizermos deve ser feito com sua ajuda. Nós não temos chance de levar adiante qualquer coisa sem sua ajuda. “Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” Ou seja: agir sabendo que as próprias forças (no caso do evangelho o dinheiro para a construção) não são nunca suficientes para uma vida de santidade. No caminho da santidade, ou temos a ajuda de Deus, ou nunca seremos santos.

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24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Êxodo 32,7-11.13-14

 

Salmo Responsorial 50(51) R- Vou agora levantar-me, volto à casa do meu pai.

 

2ª Leitura: 1 Timóteo 1,12-17

 

Evangelho Lucas 15,1-32

 

(O texto de hoje é muito longo. Por favor, cliquem no link acima para lê-lo).

 

Comentário:

É deliciosa a maneira como Moisés e Deus conversam na primeira leitura. Deus joga na conta de Moisés a responsabilidade dos pecados do povo: “O teu povo que tu fizeste sair do Egito”...

Moisés, com astuciosa humildade corrige a Deus: “Não, Senhor. Este é o Teu povo que Tu tiraste do Egito”. Aí Deus desistiu de castigar o povo.  É claro que esse é apenas um modo de se contar a história, porque Deus perdoou o povo, realmente, porque é misericordioso e não quer que nos prejudiquemos.

Esse é também o tema do longo evangelho de hoje: o filho pródigo ou, o melhor, o Pai misericordioso. Tem também o irmão descontente, que não quer aceitar o próprio irmão de volta no convívio.

Na segunda leitura S. Paulo diz: “agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim ao designar-me para o seu serviço, a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia...” Ele confirma que era pecador, mas foi perdoado por Deus.

Amigos (as), pode-se ver que o assunto de hoje é o perdão do Pai misericordioso e o não perdão do filho invejoso. Um bom retrato dos dias de hoje, em que relutamos em confiar que uma pessoa se converteu, ou está em processo de conversão.

Nós nos colocamos, muitas vezes, num pedestal, e a todos os demais consideramos “pobres pecadores”.

Eu me lembro dos terços de quando eu era criança, nas casas. Não tínhamos televisão e íamos em peso, mesmo as crianças. Numa certa altura a pessoa que estava puxando o terço inclinava piedosamente a cabeça de lado e falava: “Rezemos também pelos pobres pecadores”. Quer dizer que nós também não somos “pobres pecadores”?

Como o Pai perdoa, aprendamos também nós a perdoar. É ridículo, se não fosse pecado, um cristão relutar em perdoar o irmão. Perdoar não significa deixar pra lá o erro cometido. Se tiver que ser preso, se tiver que ressarcir de alguma forma, que o faça, mas deve ser perdoado no coração. Se ele estiver com fome, temos que dar-lhe de comer etc.

Lembro uma senhora evangélica cuja filha foi estuprada e morta por um rapaz que não tinha família. Ela denunciou-o, mas depois ia vê-lo na prisão, atendia a alguma de suas necessidades materiais, aconselhava-o, pois era a única pessoa que se dignava fazer isso. O rapaz mudou de vida e foi morar na casa dela quando saiu da prisão, encontrou trabalho, casou-se e cuidou dela até que ela faleceu.

Como dizia Jesus, “ Vai tu e(mudadas as circunstâncias), faze o mesmo”!

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25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Amós 8,4-7

Salmo Responsorial 112(113)R- Louvai o Senhor, que eleva os pobres!

1 Timóteo 2,1-8

Evangelho Lucas 16, 1-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [Naquele tempo, 1Jesus dizia aos discípulos:] “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. 9E eu vos digo, usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas.

[10Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.] – Palavra da salvação.

Comentário:

O trecho do evangelho de hoje é chamado de “O administrador infiel”, mas seria melhor chamá-lo de “ O administrador hábil”, pois mostra a habilidade do administrador em administrar o dinheiro a que tinha acesso.

Na verdade, ele declinou de seu lucro para granjear amigos que o recebessem depois de sua demissão do cargo. Sem muitas delongas, acho que isso se aplica a nós todos em relação aos bens que possuímos ou podemos possuir: como o administrador fez, devemos fazer também não apenas com o dinheiro, mas com tudo o que temos: usar a capacidade que Deus nos deu não para nos enriquecer e levar uma vida boa, mas para preparar um lugarzinho no céu.

Amós, na primeira leitura, fala que é insensato o homem que busca lucros fáceis em detrimento de outros. A insensatez está em que os que só pensam em dinheiro e em bem estar à custa de outros, vão ficar frustrados porque a vida termina logo e a eternidade nos espera. Se chegarmos lá de mãos vazias, não gozaremos a eternidade feliz que tanto Deus quer nos dar.

São Paulo fala para rezarmos pelas autoridades a fim de que sejam justas e não explorem os pobres.

O tema principal, pois, é este: aproveitar o que temos para conseguir o que ainda não temos, que é um lugar no céu. A partilha de nossos bens e de nossas capacidades, de nossas virtudes, de nosso tempo, é uma escolha sábia, pois é disso que vai depender nossa felicidade eterna. Não adianta nada possuirmos tudo nesta vida se, fechados num egoísmo doentio, não partilharmos, pois teremos nada na vida eterna.

Como dizia já São Francisco de Assis, eu só vou levar para a eternidade o que partilhei aqui na terra. Tudo o que eu recebi, vou deixar aqui. Exemplo: se você ganhou uma camisa, ela vai ficar. Se você deu uma camisa, esse ato de doação vai acompanhar você à outra vida.

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26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Amós 6,1a.4-7

Salmo Responsorial 145-R- Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!

1Timóteo 6,11-16

Evangelho Lucas 16,19-31

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19“Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. 25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. 27O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem!’ 30O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés nem aos profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos’”. – Palavra da salvação.

Comentário:

 Na primeira leitura vemos como Amós transmite aos poderosos que vivem “despreocupadamente em Sião” usufruindo os bens que subtraem dos mais pobres a condenação que lhes está reservada.

No evangelho vemos o mesmo tema: Lázaro vai ser recebido no céu e o rico despreocupado vai ser jogado no inferno.

O que de verdade há nisso tudo?

Nós damos muitas voltas para contornar o problema, porque, lá no mais íntimo, todos gostaríamos de ser ricos. Procuramos aumentar o tamanho do buraco da agulha para que o camelo possa entrar, como nessa outra parábola de Jesus, ou então dizer que o camelo é uma corda ou uma linha, ou que o buraco da agulha é uma passagem num desfiladeiro etc.

A verdade é uma só: nós iremos ao céu ou ao inferno porque queremos ir para lá. Se nos deixarmos levar para o pecado e pela indiferença aos males dos pobres e necessitados (lembro que um rico muito doente também é um necessitado), estamos escolhendo já, aqui na terra, ir para o inferno. Se nos preocupamos com os outros, mesmo que tenhamos dinheiro, se escolhermos a caridade, a partilha, podemos continuar ricos, mas estamos escolhendo o caminho do paraíso. O problema é: como continuar ricos enquanto tantos estão até passando fome?

É diferente ser rico na Finlândia, onde praticamente não existe miséria, do que ser rico no Brasil, onde a miséria grassa por toda parte. Não temos direito de ficar nadando em dinheiro quando o pobre passa necessidade. E se formos falar desses políticos que roubam o dinheiro da merenda, das aplicações em projetos sociais etc?

Deus não manda ninguém para o inferno. Quem for para o inferno, é porque escolheu desde já ir para lá. Nossa opção aqui na terra é que determina qual caminho estamos escolhendo. A vida é passageira, e por mais que alguém seja rico, vai morrer. Não há outro jeito. E a pergunta final vai ser: “O que você fez com o dinheiro que possuía”?

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27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Habacuc 1,2-3; 2,2-4

 

Salmo Responsorial 94(95)-R- Não fecheis o coração; ouvi vosso Deus!

 

2ª Leitura: 2 Timóteo 1,6-8.13-14

 

Evangelho Lucas 17,5-10

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 5os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria. 7Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa’? 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso, tu poderás comer e beber’? 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”. – Palavra da salvação.

Comentário:

O assunto de hoje é a fé, que tem grande poder impulsor. A fé é como uma alavanca que move tudo o que encontrarmos de problemático pela frente. Mas temos que cuidar para que a nossa fé seja simples, ou seja, não tenha aquele ranço de ficarmos indagando o porquê de tudo, duvidando, querendo explicações.

Ter fé, sobretudo, implica uma confiança ilimitada naquele do qual a recebemos. Se confiarmos em Jesus, confiaremos em sua Igreja Santa Católica e nossa fé será o elo de ligação entre nós e a divindade.

Quando confiamos plenamente na graça de Deus, confiamos que ele está ao nosso lado sempre, em qualquer circunstância desejando nosso bem, aí então nossa vida vai ser feliz, pois navegaremos com segurança e sem atropelo no barco que nos levará ao paraíso de Deus, que será também o nosso.

A criança confia nos pais plenamente, porque são seus pais e sabe que nunca lhe desejariam mal. Por que muitas vezes duvidamos de Deus, que é Perfeitíssimo?

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28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: 2 Reis 5,14-17

Salmo Responsorial 97(98) - R-  O Senhor fez conhecer a salvação e às nações revelou sua justiça.

2ª Leitura: 2 Timóteo 2,8-13

Evangelho  Lucas 17,11-19

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a distância 13e gritaram: “Jesus, mestre, tem compaixão de nós!” 14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. 17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura, Naamã volta para agradecer Eliseu pela cura recebida. Naamã era sírio, ou seja, não praticava o judaísmo, não pertencia ao povo de Deus.

A gratidão é apreciada por todos, até mesmo por Jesus. Ele admira que apenas um dos curados voltarem para agradecê-lo.

Mas vejam um dos motivos pelos quais os outros 9 não voltaram: eles eram do povo judeu e tinham que se apresentar aos sacerdotes do templo antes de retornarem à vida normal. Os sacerdotes iriam dar-lhes a autorização para voltarem à comunidade. É certo que eles poderiam ter voltado mais tarde, após se apresentarem no templo, mas muito provavelmente foram às suas casas para se encontrarem com as famílias.

O que voltou para agradecer a Jesus não precisava se apresentar no templo porque não frequentava o judaísmo. Mas ele deixou para depois o encontro com sua família para voltar a fim de agradecer a Jesus. E recebeu aquele acolhimento magnífico de Jesus: ”Levanta-te e vai! Tua fé te salvou!”. Ou seja: além da cura física, ele recebeu também o perdão de todos os seus pecados, coisa que os outros nove não receberam.

A gratidão deve fazer parte de nossa vida diária, não só em relação a Deus, mas também em relação a todos os demais. 


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29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Êxodo 17,8-13

Salmo Responsorial120(121) - R- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra.

2ª Leitura: 2 Timóteo 3,14-4,2

Evangelho Lucas 18,1-8

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” – Palavra da salvação.

Comentário:

O pobre não tem recursos para defender-se das injustiças. Precisa apelar para Deus, que o socorre quanto possível. Deus é poderoso e pode fazer tudo, mas ele respeita a liberdade das pessoas, que muitas vezes não corresponde à sua vontade. Quando ele não pode conceder a graça pedida, por não querer impedir a ação do outro, ele dá a graça e a força necessárias para que o pobre vença o problema.

Na primeira leitura vemos como é importante nunca desistirmos de rezar, fato esse confirmado e ratificado pelo evangelho.

Diz S.Paulo que devemos orar sem cessar. Quando procuramos fazer a vontade de Deus e cumprimos sua palavra, estamos sempre em clima de oração. O problema é que isso vem diminuindo a cada dia e vemos cada vez mais pessoas descrentes ou em processo de desânimo. Nunca devemos desconfiar da graça divina e da certeza de que Deus quer todos nós no paraíso. Todos nós. Sem exceção. Cabe a nós deixarmos que ele nos conduza nesta vida a ponto de podermos entrar na sua glória após a morte.

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30º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Eclesiástico 35,15b-17.20-22a

Salmo Responsorial 33(34) - R- O pobre clama a Deus e ele escuta: o Senhor liberta a vida dos seus servos.

 

2ª Leitura: 2 Timóteo 4,6-8.16-18

Evangelho Lucas 18,9-14

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’ 13Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Jesus ouve a voz dos humildes, dos que reconhecem suas falhas, limites e faltas, dos que pedem perdão dos pecados. Reconhecer-se como somos, ou seja, pecadores fracos e inconstantes, é o caminho para sermos ouvidos por Deus.

É preciso que tenhamos um conhecimento profundo de nós próprios e aceitemos nossos limites, nossos problemas, ou seja, é preciso que sejamos o que realmente somos (e não como achamos que somos) para que nossa atitude diante de Deus seja de humildade. As críticas que nos fazem ajudam muito para que conheçamos nossas falhas.

São Paulo, quando menciona as próprias virtudes, sempre dá o crédito de suas vitórias a Deus. Ele nunca se gloria de nada. Sempre diz que o que o move no caminho da santidade é a força de Deus.

Para nós não seria diferente. Todos nós precisamos da força de Deus para sermos santos. Tudo o que fizermos de bom, creiam, vem da graça divina. De nós mesmos só temos o pecado. O restante, obteremos pela pura graça de Deus, se tivermos boa vontade de deixarmos nosso orgulho de lado e o buscarmos com muita humildade.

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31º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO C

 

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1ª Leitura: Sabedoria 11,22-12,2

Salmo 144(145) – R- Bendirei eternamente vosso nome; para sempre, ó Senhor, o louvarei!

2ª Leitura: 2ª Tessalonicenses 1,11-2,2

Evangelho: Lucas 19,1-10

Tendo entrado em Jericó, Jesus estava passando pela cidade. 2      Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e muito rico. 3  Ele procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causada multidão, pois era baixinho.4        Então ele correu à frente e subiu numa árvore para ver Jesus, que devia passar por ali. 5       Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6 Ele desceu depressa, e o recebeu com alegria. 7       Ao verem isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Foi hospedar-se na casa de um pecador!” 8      Zaqueu pôs-se de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. 9 Jesus lhe disse: “Hoje aconteceu a salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

 

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura o livro da Sabedoria nos diz que Deus ama tudo o que existe. Se houvesse algo que Deus não amasse, ele não o teria criado. Simples assim. Logo que Deus percebe um sinal de arrependimento em nós, volta a nos ajudar e a nos cumular de graças e de bênçãos. Se ele permite o mal é para nos corrigir e cheguemos ao arrependimento. Diz ainda: “A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida”.

 

Na segunda leitura S. Paulo diz que não cessa de rezar pela comunidade, para que Deus, que não é só dele, mas “nosso”, faça seus participantes dignos da sua vocação. Pede para que Deus, por seu poder, realize todo o bem que eles desejam e torne ativa a sua fé. A consequência disso é que o nome de Jesus será glorificado entre eles, e eles serão glorificados em Jesus. Termina dizendo que ninguém se preocupe quando é que Jesus irá voltar. 

 

No evangelho vemos a tão profunda conversão de Zaqueu. Era baixinho e subiu numa árvore para ver Jesus sem ser visto. Não deu certo a estratégia: Jesus viu-o e o chamou e, mais do que ele previa, disse (não pediu. Quase que ordenou) que ia tomar refeição com ele, em sua casa. Essa atitude de Jesus tocou-o profundamente e ele mudou de vida.

 

Nós nos encontramos com Jesus desde o nosso Batismo. Ele nos orienta e nos fala do que precisamos para continuarmos com ele após a morte. Entretanto nós estamos prestando atenção a tantas outras vozes cativantes, inclusive a do maligno, e acabamos não ouvindo a voz de Jesus.

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32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

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1ª Leitura: 2 Macabeus 7,1-2.9-14

Salmo Responsorial 16(17)-R- Ao despertar, me saciará vossa presença e verei a vossa face!

2ª Leitura: 2 Tessalonicenses 2,16-3,5

Evangelho de Lucas 20,27-38

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e o interrogaram]: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. [34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. – Palavra da salvação.

Comentário:

O assunto hoje é a ressurreição dos mortos. Na primeira leitura, os sete irmãos preferiram morrer que transgredir a lei de seu povo, a lei seguida pela sua religião. Quantos de nós aceitaríamos morrer para não ofender a Deus? Hoje em dia nós comemos carne de porco sem problemas, mas naquele tempo, para aquele povo, isso era proibido e significava, para eles, uma ofensa muito grande a Deus. O porco era considerado um animal impuro.

Na segunda leitura S. Paulo diz, entre outras coisas, que rezem para que ele seja livre dos homens maus. O pior homem mau é o que tenta tirar nossa fé. Quantas pessoas sucumbem ao mal por influência de seus amigos que o fazem sentir vergonha de praticar a própria religião! A maldade em relação ao corpo não é tão grave. O pior é a maldade em relação à alma, à nossa vida espiritual, que nos pode levar ao inferno.

No evangelho, Jesus diz que, apesar de ressuscitados, nós não viveremos a mesma vida que vivíamos aqui na terra. A manutenção de nosso corpo não será mais feito com alimentação, mas diretamente pelo próprio Deus. Seremos como os anjos, ou seja, seremos alimentados pela própria força divina. Nós seremos diferentes dos anjos quanto à constituição do nosso corpo espiritual. Nós seremos iguais a eles no que se refere à manutenção de vida.

Às vezes, quando provo algum doce gostoso, eu ofereço ao meu Anjo da Guarda (que se chama Ambrósio). Aí eu me lembro que ele não se alimenta como nós e digo: “que pena”! No livro de Tobias, o Arcanjo S. Rafael, que guiou o rapaz até ele casar-se, disse que quando parecia que estava comendo, só estava fazendo de conta que comia, pois ele não come comida como nós.

É bom lermos o livro de Tobias qualquer dia destes, para vermos como o Anjo agiu em sua vida e como age na nossa. Uma coisa é certa: se permanecermos fieis a Deus seremos muito felizes na vida eterna.

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33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

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1ª Leitura: Malaquias 3,19-20a

Salmo Responsorial 97(98)-R-O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará.

2ª Leitura: 2 Tessalonicenses 3,7-12

Evangelho de Lucas 21,5-19

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?” 8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. 12Antes, porém, que essas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Essa será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” – Palavra da salvação.

Comentário:

As leituras nos falam da iminência de fatos assustadores que ocorrerão neste mundo: terremotos, fomes, pestes, destruição... E, lendo isso, podemos ter a tentação de nos aterrorizarmos e nos preocuparmos em demasia.

Em primeiro lugar, Jesus não está falando de como será o fim do mundo, mas está comentando a destruição de Jerusalém, que deu-se no ano 70 de nossa era.  São Lucas escreveu algo do passado como se fosse acontecer no futuro. Esse era o costume da época para ensinar as pessoas a precaverem-se para não cometerem os mesmos erros.

Ninguém sabe quando será o fim do mundo, mas não nos preocupemos com isso.  Todos devem preocupar-se, isto sim, com o pobres, abandonados, doentes... São eles que vão nos levar a Deus. Diz Jesus no trecho de hoje: “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

Malaquias fala, na primeira leitura, que para os que respeitam o nome do Senhor “nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas”.

Já São Paulo, na segunda leitura, nos admoesta a trabalharmos para não sermos pesados para ninguém e possamos conseguir o pão do dia a dia pelo trabalho. Muitos não trabalhavam porque pensavam que o fim do mundo estava próximo.

Eu digo, a esse assunto, que nós devemos estar sempre preparados para nossa morte, que pode ocorrer a qualquer momento. É tempo perdido ficarmos preocupados com o fim do mundo e mesmo com terremotos, maremotos, tsunamis etc.

Diz o Beato Carlos de Foucauld: “Pode ser que eu morra hoje. Quando irei morrer? Ignoro totalmente. Mas o Senhor me indica o meio, o único meio de não ser pego desprevenido, surpreendido, sem ser avisado, surpreendido em mau estado de alma: devemos conduzir-nos sempre como se fôssemos morrer neste mesmo dia; devemos pensar, falar, agir a todo instante como se tivéssemos de morrer no instante seguinte”.

Pensemos neste instante: “Se eu fosse morrer agora, estaria preparado(a)”?

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34º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO C

JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

 

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1ª Leitura: 2 Samuel 5,1-3

 

Salmo Responsorial 121(122)-R-Quanta alegria e felicidade! Vamos à casa do Senhor!

 

2ª Leitura: Colossenses 1,12-20

 

Evangelho de Lucas 23,35-43

 

 

35      O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Eleito!”

36      Os soldados também zombavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre

37      e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”

38      Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”.

39      Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”

40      Mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena?

41      Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.

42      E acrescentou:“ Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar”.

43      Ele lhe respondeu: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”.

Jesus é rei, como ele mesmo disse a Pilatos, mas não é um rei como nós conhecemos. É um rei agregador, que reúne seus súditos como filhos e lhes dá todo o conforto possível de uma vida eterna feliz.

Para isso, quer que livremente escolhamos seu domínio sobre nós. Sua realeza é divina, e por isso plenamente santa. Sendo infinitamente santa, não vai nos fazer mal algum nem vai também nos humilhar ou fazer qualquer coisa que nos prejudique ou magoe.

Entretanto, muitas vezes permitimos outros tipos de reinado sobre nós, que nos escravizam, como os vícios, invejas, ambições, desejos iníquos.

Quando nos sentimos fracos para vencermos tudo isso, recorramos a ele pela oração. A oração é o único modo verdadeiro com que nos ligamos a Deus. Viver sem a oração é como estar numa ilha isolada, sem internet, sem alimento, sem nada. Mas muitos de nós nem percebem essa ausência, essa falta de Deus. As coisas às quais estamos apegados nos cega para a verdade.

Peçamos a Cristo Rei do Universo que reine sobre nós totalmente, sem restrições, e abandonemos o pecado, que é a corrente que nos liga aos falsos reis que nos levam não à eternidade feliz, mas ao abismo da infelicidade.