T.PASCAL-SEMANAS

2ª FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 2,14.22-32

Salmo Responsorial: 15(16) R-Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Evangelho: Mateus 28,8-15 

Naquele tempo: 8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: 'Alegrai-vos!' As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: 'Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.' 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: 'Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis.' 15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até ao dia de hoje. Palavra da Salvação.

Comentário:

Para que ninguém seguisse Jesus, as autoridades religiosas conseguiram assassiná-lo. Para desacreditar a ressurreição, neste texto mais do que comprovada, pagaram os soldados para mentirem.

Não seria mais fácil e racional aderir à verdade? Por que simplesmente não acreditaram e não assumiram as consequências dessa aceitação?

Essa história parece daquele tempo, mas se repete hoje: é mais fácil negar a veracidade do que dizem do que segui-la. É mais fácil dizer que Deus não existe do que seguir os ensinamentos de Jesus. É mais fácil acreditar na misericórdia de Deus do que em sua justiça.

Muitos sacerdotes mudaram a palavra: “Deus Todo Poderoso”, em certas partes da Missa, para “Deus Todo Misericordioso”. Ora, para ser Todo Misericordioso, Deus precisa ser ao mesmo tempo Todo Poderoso. Só quem tem todo o poder pode também ter toda a misericórdia. Mencionar o poder divino pode ser incômodo para quem não quer deixar o pecado, por exemplo. E aí, no final de nossa vida, se praticamos o que desagrada a Deus, sua justiça vai se mostrar e então estaremos perdidos...

É preciso, sim, acreditar que Deus seja misericordioso, como de fato o é. Mas é preciso também saber que ele é Todo Poderoso e que dele ninguém zomba, como diz S. Paulo em Gálatas 6,7.

Na primeira leitura vamos sempre ler os Atos dos Apóstolos durante o Tempo Pascal. No trecho de hoje, Pedro testemunha a ressurreição de Jesus para seus ouvintes. Nós também devemos testemunhar a Ressurreição de Jesus antes de tudo com nosso modo de agir correto e de acordo com a vontade divina.

 

3ª FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 2,36-41

Salmo Responsorial: 32(33)-R= Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.

Evangelho: João 20,11-18

 

Naquele tempo: 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: 'Mulher, por que choras?' Ela respondeu: 'Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram'. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: 'Mulher, por que choras? A quem procuras?' Pensando que era o jardineiro, Maria disse: 'Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar'. 16Então Jesus disse: 'Maria!' Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: 'Rabuni' (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: 'Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus'. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: 'Eu vi o Senhor!', e contou o que Jesus lhe tinha dito. Palavra da Salvação.

Comentário:

Uma das frases de Jesus que me dão muita paz é o versículo 17: “...subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”.

Quem tinha alguma dúvida de que somos filhos de Deus, esclarece-a com essa frase. O próprio Jesus e não um outro escritor, afirma que Deus é nosso Pai. Não há como retrucar ou negar.

Outra coisa é o fato como Maria Madalena conheceu Jesus: quando ele a chamou pelo nome. Geralmente nós guardamos os nomes dos que conosco vivem, dos que partilham suas vidas conosco. Jesus partilhou sua vida com os discípulos, com essas mulheres que o seguiam, com um punhado de gente. Eles se conheciam pelo nome. Tinham dormido, juntos, muitas noites, ao relento, nas longas caminhadas, haviam feito inúmeras refeições juntos. Podemos dizer que Jesus e os Apóstolos eram entre si amigos íntimos. O nome, nesse caso, significa muito. É como a “marca registrada” da amizade que os une.

A pergunta de Jesus: “Por que choras?”, pode também ser feita a cada um de nós: Por que choras? Eu ressuscitei! Eu te livrei do pecado, do castigo eterno! Eu trouxe a vida para todos vocês! Não há motivo para chorar.

No entanto, muitos continuam chorando e se lamentando... e eu me pergunto o porquê. Talvez seja falta de fé numa vida eterna. Talvez seja o apego demasiado às coisas terrenas. Talvez seja a desconfiança de que “estou sendo enganado e nada do que aprendi sobre a religião é verdadeiro”...

Há um santo que vivia num convento e percebeu que sua morte estava chegando. Colocou a túnica como que para a Missa e deitou-se ao chão, aguardando o momento, que demorava. Despediu-se dos irmãos da comunidade, distribuiu as poucas coisas que tinha (um pouco de pimenta numa caixinha e outras pequenas coisinhas). Morreu sorrindo para a vida eterna que o acolhia, rodeado pelos irmãos de congregação, que choravam. Era muito querido na comunidade.

Quantos de nós vamos manter a paz diante da morte? Para falar a verdade, nem eu lhes garanto que vou proceder dessa maneira. O Pe. Inácio Kriguer, de Sorocaba, foi um que morreu desse jeito, placidamente. Pediu aos dois padres que estavam ao seu lado que rezassem com ele o Pai-nosso. Ele rezou com muita dificuldade, por causa da falta de ar nos pulmões, e devagar. No final do Pai-nosso, disse “Amém” e exalou o último suspiro. Para falar a verdade, eu até fiquei com uma “santa” inveja da morte desse meu amigo.

A primeira leitura nos mostra, por meio de Pedro, que reconhecer que Jesus é Deus verdadeiro e o Messias que nos salvou pela sua morte na cruz e Ressurreição, isso é conseguido pela conversão e pelo Batismo. De nada vale um sem o outro. E Pedro garantiu aos seus ouvintes (e consequentemente a nós) que nós receberemos, pelo Batismo, o dom do Espírito Santo.

A mensagem principal que vejo nas leituras de hoje é a necessidade de sermos amigos uns dos outros, amarmo-nos como Deus nos ama, e confiar na palavra de Jesus quando ele diz que nós somos filhos do Pai Eterno e ressuscitaremos. Nós demonstramos que estamos dispostos a fazer isso na vida toda ao aceitarmos nosso Batismo e aprimorarmos cada vez mais nossa conversão.

 

4ª FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 3,1-10

Salmo Responsorial: 104(105)-R= Exulte o coração dos que buscam o Senhor..

Evangelho: Lucas 24,13-35

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: 'O que ides conversando pelo caminho?' Eles pararam, com o rosto triste,18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse:'Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?' 19Ele perguntou: 'O que foi?' Os discípulos responderam: 'O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.' 25Então Jesus lhes disse: 'Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?' 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.28Quando chegaram perto do povoado para onde iam,Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: 'Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!' Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: 'Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?' 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: 'Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!' 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Palavra da Salvação.

Comentário:

Uma das coisas que aprecio muito nessa narrativa é que, antes de comungar, os discípulos foram instruídos por Jesus.

Acho muito importante a evangelização dos que se aproximam da mesa do Senhor na comunhão. Vejo muito descaso (pra não falar pouco caso) de muitas pessoas que frequentam a igreja mas não dão o valor que a Eucaristia merece.

Alguns entram e vão beijar a imagem de um santo, nem ligando para o Santíssimo ali no sacrário. Santa Teresa de Jesus já alertava contra isso, lembrando que fazer isso é a mesma coisa que ir visitar um amigo. Ao chegar à casa dele, não cumprimentá-lo: entrar diretamente e ir até a estante, pegar a foto do amigo e começar a conversar com a foto estando ele ali presente.

Quando não há o Santíssimo, como por exemplo em nossa casa, é compreensível usar as imagens para rezar. Mas com Jesus ali presente, primeiramente devemos saudá-lo, fazer uma oração voltado para o Sacrário, e só depois ir ver a imagem do santo de nossa devoção.

No exemplo que eu dei, seria como chegar, cumprimentar os da casa, conversar um pouco com eles e só depois ir, talvez com ele, ver as fotos.

Temo que muitos não estejam conscientes que ao comungarem estão recebendo o próprio Jesus, no seu Corpo, Sangue, Alma e divindade dentro de si.

Quando Maria apareceu a Santa Catarina Labouré, pedindo-lhe que mandasse cunhar a medalha milagrosa (N. Sra. das Graças), ela, ao atravessar a igreja onde a santa já a esperava, conduzida que fora por um anjo, fez uma inclinação profunda diante do Sacrário e só depois foi falar com Santa Catarina, que, como eu disse, estava no outro lado da igreja.

Vemos, também o milagre de Lanciano, em que a hóstia se tornou carne (uma fatia do miocárdio, do coração) e o vinho tornou-se sangue (5 cubinhos atualmente), e até hoje está conservado como o de uma pessoa viva. Veja mais neste link: https://bloguinhocatequetico.blogspot.com/2011/09/milagre-de-lanciano.html

Na primeira leitura Pedro não tinha dinheiro e em vez de ajudar com uma ajuda paliativa, cura o aleijado em nome de Jesus Ressuscitado e isso se propaga de modo admirável naquele tempo.

Nós precisamos nos encaminhar para essa solução hoje em dia: eliminar as causas da pobreza, da infelicidade, das doenças. Enquanto só usarmos medidas paliativas, como esmolas, não vamos resolver os problemas.

Aliás, é como na parte espiritual: se não formos firmes nos nossos propósitos, sucumbimos e não caminhamos na estrada da santidade. Por exemplo, há certos vícios que só são vencidos se largamos deles de uma vez, se não vamos ficar escravos pra sempre.

 

5ª FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 3,11-26 

Salmo Responsorial: 8-R= Ó Senhor, nosso Deus, como é grande / vosso nome por todo o universo! 

Evangelho: Lucas 24,35-48 

Naquele tempo: 35 Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36 Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: 'A paz esteja convosco!' 37 Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38 Mas Jesus disse: 'Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração? 39 Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho'. 40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: 'Tendes aqui alguma coisa para comer?' 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: 'São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos'. 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: 'Assim está escrito: O Cristo sofrerá e   ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso'. Palavra da Salvação.

Comentário:

Jesus apareceu aos Apóstolos que estavam reunidos com outros discípulos e se mostrou de modo tocável, palpável, para mostrar que não era apenas seu espírito que estava ali, mas ele completo, com seu corpo, só que um corpo ressuscitado, que não está mais limitado pela materialidade deste mundo.

A ressurreição só é possível de ser conhecida se for proclamada, pregada. E é essa a missão que Jesus dá aos Apóstolos e demais discípulos, nós incluídos.

Jesus está vivo, ressuscitado, e todos nós também um dia estaremos. Mas para que isso aconteça, é preciso que anunciemos a misericórdia divina para aqueles que se arrependerem de seus pecados e quiserem recomeçar a viver uma vida nova.

Por mais na lama que alguém esteja, sempre é possível a recuperação e a salvação. O desânimo e o derrotismo não existem para quem crê em Jesus Ressuscitado.

Como proclamarmos essa realidade aos outros?

Eu diria que em primeiro lugar precisamos praticar essa verdade por uma vida de amor, misericórdia, paciência, santidade. Se vivermos uma vida santa, nossa própria vida será um meio de comunicação da ressurreição de Jesus e da vida eterna.

Se quisermos proclamar uma verdade que não vivemos, aí nada conseguiremos.

Na primeira leitura de hoje Pedro insiste em dizer que o paralítico curado por ele, na verdade tinha sido curado por Jesus Ressuscitado, que eles, judeus, mataram, pregando-o numa cruz. E mostra como Jesus foi profetizado nas escrituras que eles tinham até então.

Pedro admoesta todos a se converterem, a pedirem perdão de seus pecados para iniciarem uma nova vida de cristãos. Aí Cristo os abençoará e eles terão a vida eterna no paraíso. O mesmo é dito para nós: pratiquemos os ensinamentos de Jesus, peçamos perdão sinceramente (ou seja, nos comprometendo a não pecar mais), a fim de obtermos a paz nesta vida e a salvação eterna.

 

6ª FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 4,1-12

Salmo Responsorial: 117(118)R- A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular.

Evangelho: João 21,1-14 

Naquele tempo: 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: 'Eu vou pescar'. Eles disseram: 'Também vamos contigo'. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: 'Moços, tendes alguma coisa para comer?' Responderam: 'Não'. 6Jesus disse-lhes: 'Lançai a rede à ireita da barca, e achareis.' Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: 'É o Senhor!' Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: 'Trazei alguns dos peixes que apanhastes'. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: 'Vinde comer'. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Palavra da Salvação.

Comentário:

Acho muito oportuno este texto de hoje. Jesus, de certo modo, faz um “piquenique” com os Apóstolos, com peixe assado e pão.

O interessante notar que aí há um milagre, pois pegaram muitos peixes onde até então não haviam pegado nada, há uma atitude de tomada de consciência de Pedro, simbolizada pelo fato dele “estar nu” e colocar logo a roupa, e o fato de que Jesus estava assando peixe e pão.

1-O milagre

Jesus fez ali o mesmo milagre da pesca milagrosa. Onde se encontra Jesus não há problemas que não possam ser resolvidos. Onde Jesus está, a abundância e a alegria estão juntas.

2-A nudez de Pedro.

Sendo São João o escritor, pode contar que há simbologia. São João aproveita todos os fatos para proclamar a Palavra, para fazer-nos refletir. O que nos interessaria saber aí se Pedro estava nu ou vestido? O interesse de S. João em narrar isso é um interesse simbólico: Pedro havia negado Jesus três vezes e estava nu, ou seja, despido da graça de Deus. Mais adiante ele vai dizer a Jesus por três vezes que o amava, como que para compensar as três negações. Pedro estava nu, mas se arrependeu e foi revestido do perdão e da Graça inefável de Deus.

3- O peixe e o pão de Jesus.

Jesus, embora tivesse feito aparecer ali peixe e pão, pede que eles tragam alguns dos que pescaram. Isto mostra várias coisas: a)- é uma alusão à Eucaristia. b)- Jesus se mostra no cotidiano, no dia a dia, e não nas grandes apoteoses. Podemos nos encontrar com Jesus nos nossos afazeres diários. c)- Deus nos dá a graça para vencermos o pecado, o mal, os problemas (o peixe e o pão que Jesus estava assando), mas não dispensa a nossa luta, o nosso empenho, o nosso sim (os peixes que ele pede aos apóstolos). d)- Jesus não é reconhecido de imediato, mas apenas através de seus gestos. Isso mostra que seu corpo estava aparentemente diferente, pois era um corpo ressuscitado.

Ensinamentos:

Na minha opinião, temos aí vários ensinamentos, como eu até já demonstrei durante o comentário: sozinhos não somos nada.

Precisamos uns dos outros e, principalmente, de Deus em nossa vida.

Deus nos dá o alimento necessário e a graça para vencermos os problemas e os pecados, mas temos que fazer a nossa parte.

Jesus é misericordioso, isso é certo, mas para quem pede perdão e o aceita em sua vida. Quem não pede perdão não dá entrada à ação de Jesus e morre sem sua graça, por mais misericordioso que ele seja, pois Jesus não força ninguém: ele bate à porta e só entra se lhe abrirmos as portas (Apocalipse 3,20).

Conforme a atitude de Pedro, que se arrependeu, percebeu sua “nudez” espiritual e aceitou revestir-se de Cristo, para nós também sempre há “remédio” para nossa fraqueza e, se quisermos obter o perdão, Deus nô-lo dá abundantemente.

A primeira leitura de hoje mostra como Pedro e João foram presos por causa ainda da cura do aleijado. As autoridades baseavam a salvação na lei, e não suportavam que houvesse outra doutrina além dessa que pregavam. Não quiseram acreditar na Ressurreição de Jesus. É a antiga verdade: se não podemos apanhar as uvas, dizemos que elas estão verdes, como naquela famosa fábula da raposa e as uvas. As autoridades do Templo preferiam mandar matar quem falasse de Jesus a se curvarem diante da verdade de sua ressurreição. Se os milagres acompanhavam os Apóstolos, a perseguição também, tal e qual ocorreu com Jesus.

Em nossa vida, estar com Cristo, estar se preparando para entrar no céu, não quer dizer que se está livre das perseguições e dos problemas. Jesus nunca prometeu que ficaríamos livres dos problemas e sofrimentos. Ele prometeu que seríamos felizes no paraíso, se o ouvíssemos, e que nos daria toda a ajuda de que precisamos para vencer o maligno.

 

 SÁBADO DA OITAVA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 4,13-21

Salmo Responsorial: 117(118)-R=Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

Evangelho: Marcos 16,9-15 

Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando.11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: 'Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Palavra da Salvação.

Comentário:

Jesus chama a atenção dos discípulos por não terem acreditado nos testemunhos de Maria Madalena e no dos discípulos de Emaús.

É, também, certo que ele chama nossa atenção por muitas vezes duvidarmos de suas palavras ou não a aceitarmos.

Nossa vida toda é baseada na fé e na confiança. Quem garante a você que aquele casal que o(a) criou são realmente seus pais? Você fez um ato de fé e acreditou no testemunho deles de que eram seus pais.

Quem lhe garante que aquela linguiça que você comeu ontem é realmente feita de carne de porco ou de boi e não, por exemplo, de carne de cavalo(ou pior, de cachorro, como vimos meses atrás numa reportagem)? Quem lhe garante que aquele remédio que você toma não é puro placebo (que tem substâncias neutras, que nem fazem mal nem fazem bem)?

Como vocês Veem, nossa vida é baseada na confiança, em acreditar no que dizem que aquilo é. O mesmo ocorre em relação a Jesus: seu (sua) catequista lhe falou sobre ele e você acreditou (ou não) no seu testemunho de fé.

Só que em relação a Jesus ocorre um fenômeno admirável, já constatado pelos habitantes de Samaria, quando a mulher que falou com Jesus junto ao poço lhes deu testemunho de que ele era o Messias. Eles disseram à mulher que passaram a acreditar em Jesus não pelo que ela falara, mas porque eles mesmos comprovaram que Jesus era, mesmo, o Messias.

O mesmo ocorre conosco: acreditamos porque nossos pais, nossos catequistas nos falaram sobre Jesus, mas agora, com a comunhão íntima com ele, sabemos por própria experiência que ele existe e está conosco. Nós sentimos a presença dele quando o ouvimos, rezamos, fazemos nossas pequenas penitências e o acolhemos. Não é mais necessário que outros falem dele para nós, a não ser para nos instruirmos mais nessa fé que recebemos.

Na primeira leitura, os chefes dos sacerdotes, os anciões e os escribas reconheciam que os Apóstolos presos tinham estado com Jesus. Ao mesmo tempo, viam o homem curado ali ao lado deles. Não tinham como negar. Mas, movidos pelos seus interesses mesquinhos, proibiram-nos de falar sobre Jesus. Pedro e João lhes responderam que não era justo, diante de Deus, que obedecessem a eles e não a Deus. E continuaram a pregar a Palavra de Jesus até à morte.

Fica aqui o pedido de que não abandonemos nossas lutas, não nos desviemos de nossa caminhada rumo ao céu. Não imitemos as pessoas sem fé, que não conseguem encontrar Jesus em suas vidas. Obedeçamos à Palavra de Jesus, que nos conclama a uma vida santa, partilhada com os necessitados, e de oração.

 

 2ª FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

12/04/2021

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Leitura: Atos 4,23-31

Salmo Responsorial 2 - R-Felizes hão de ser todos aqueles que põem sua esperança no Senhor.

Evangelho:  João 3,1-8

 Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: 'Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele'. 3Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus'. 4Nicodemos disse: 'Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?' 5Jesus respondeu:'Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.' 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espirito. 7Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'. Palavra da Salvação.

Comentário:

Nicodemos era mestre em Israel, mas se curva ante a sabedoria de Jesus. Ele achava que para pertencer ao Reino de Deus bastava ser descendente de Abraão. É como certos católicos que acham bastar ser católico e ir à Missa para entrar no Céu.

Nicodemos aprende, de Jesus, que a compreensão dos mistérios divinos que nos levam à salvação vem do Espírito Santo e não do conhecimento do dia a dia. Para salvar-se a pessoa tem que nascer de novo, nascer do Espírito, no sentido de mudar completamente a própria vida .

Para fazer isso, Nicodemos teria que deixar muitas coisas, inclusive sua alta posição na comunidade judaica. Nascer de novo, nesse sentido em que Jesus fala, implica nessa atitude de desprendimento e mudança de vida. Há muita coisa que talvez seja necessário deixar, se quisermos recomeçar uma nova vida, uma vida verdadeira de amor a Deus e ao próximo, uma vida verdadeira de serviço pleno no Reino de Deus.

Essa renúncia é que impede muitos de mudarem suas vidas. Temem o sofrimento, o desânimo, a solidão... Mas não sabem, ou não acreditam que, ao renunciarmos às coisas materiais e às coisas fantasiosas que parecem preencher a nossa vida, e abraçarmos aquilo que nos aproxima de Deus, começamos a ser felizes, a viver em paz, sem angústias, sem medo, sem apreensões infundadas.

Jesus nos pede que recomecemos sempre a nossa vida segundo sua Palavra, e seremos felizes, não só na vida eterna, mas já, aqui. Não é uma felicidade sem problemas, sem sofrimentos. Eles não terminam quando seguimos a Cristo, mas nos tornamos mais fortes para vencê-los, nos tornamos mais tranquilos sabendo que Deus está conosco e a vida eterna nos espera. Nós não nos importaremos mais muito com eles.

Na primeira leitura vemos justamente isso: o Espírito Santo desce sobre os apóstolos e discípulos que haviam acabado de receber Pedro e João que tinham saído da prisão. Eles haviam sido presos porque se recusaram a deixar de proclamar que Jesus havia ressuscitado e é Deus, além de homem verdadeiro. Com a força do Espírito Santo eles tiveram coragem de vencer todos os problemas que a pregação do Evangelho lhes causavam.

Não seria diferente para nós. Se nascermos de novo pela força do Espírito Santo, teremos coragem de enfrentar o maligno e todos os males que nos sobrevierem. É preciso que nos coloquemos à mercê da vontade de Deus e lhe peçamos a força e a coragem para deixarmos os pecados, os vícios, as manias perniciosas. E Ele nos dará a inspiração e a força necessárias.

 

3ª FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 4,32-37

Salmo Responsorial: 92(93)-R- Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

Evangelho: João 3,7-15 

Naquele tempo disse Jesus a Nicodemos: 7bVós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'. 7Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'. 9Nicodemos perguntou: 'Como é que isso pode acontecer?' 10Respondeu-lhe Jesus: 'Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acreditais, quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? 13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Palavra da Salvação.

Comentário:

Eu sempre achei oportuna essa referência de Jesus à serpente de bronze porque, de certa maneira, está permitindo as imagens. Ou seja: se o povo do deserto pôde olhar para a serpente de bronze e pedir a Deus a salvação em relação às serpentes que os estavam mordendo, assim também nós podemos ter, nas imagens, uma lembrança daquele santo a quem pedimos a intercessão, ou mesmo a Jesus e Maria.

A serpente de bronze foi, como diz Jesus, uma profecia do que aconteceria a ele: seria levantado numa cruz. Quem olhasse para a serpente de bronze era curado; quem olhar para Jesus crucificado tendo em vista sua ressurreição e crerem nele, terá a vida eterna.

Nicodemos e os demais judeus esperavam uma salvação material, cujo alcance seria a tomada do governo das mãos de Roma ou coisa desse tipo. Por mais que ele e os demais entendidos da época soubessem as profecias, elas não se realizaram conforme o previsto. Pelo contrário, se realizaram de modo tão superior e sublime que nenhuma mente da época poderia sequer imaginar, a não ser por meio de um ato muito simples mas difícil de fazer: a fé.

Na primeira leitura temos uma “recapitulação” da vida dos primeiros cristãos, já mencionada no domingo passado, ano A, do capítulo 2 dos Atos. Viver como cristão não é apenas ir à Missa e viver uma religião individualista, mas é partilha, é viver preocupados com os demais. Uma religião muito intimista que descarta a caridade, o amor fraterno, a partilha, é uma religião falsa. A oração, a Santa Missa, o terço, os atos de piedade, são, na verdade, meios que usamos para nos tornar pacientes para com os outros, caridosos, cheios de misericórdia.

Ontem, no Ofício das Leituras, chamou-me a atenção o versículo 15 do capítulo 4 da 1 carta de S. Pedro: “mas nenhum de vós queira sofrer como assassino, ladrão ou malfeitor ou por intrometer-se na vida dos outros!”.

 

QUARTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 5,17-26

Salmo Responsorial: 33(34) R- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Evangelho: João 3,16-21 

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19 Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus. Palavra da Salvação.

Comentário:

Quem crer que Jesus é Deus além de ser homem, terá a vida eterna. A pergunta que se faz é: O que significa crer em Jesus? 

Muitos respondem a essa pergunta de forma errada. Dizem que creem, mas praticam o mal e o que desagrada a Deus. Vão à confissão já pensando no próximo pecado, ou seja, não se arrependem verdadeiramente e não mudam de vida.

Comungam sacrilegamente... e ainda acham que está tudo bem, que Deus é misericordioso e perdoa tudo. Deus perdoa, sim, ele é misericordioso, mas para aqueles que estão resolvidos a não mais pecarem!

Nos versículos 20e 21 Jesus lembra-nos de que os que praticam o mal fogem da luz. Os que agem conforme a verdade não sentem medo de se aproximarem da luz. Entretanto, Jesus diz em outro lugar que os que confessam seus pecados, os que põem diante de Deus suas iniquidades, elas também se tornam luz!

O julgamento, diz Jesus, é baseado na aceitação ou não de Jesus e suas palavras. Que o aceita e procura com toda a sinceridade praticá-las, vive na luz e terá a vida eterna.

Na primeira leitura vemos como novamente os apóstolos foram presos, mas o Anjo do Senhor os libertou e eles voltaram a pregar no Templo. Eles nunca desistiram!

Deus nos ajuda sempre a cumprirmos sua palavra. Em tempos difíceis, ele age direta       mente, como é o caso da leitura, mandando seu Anjo para ajudar. Hoje em dia não vemos os anjos, mas sabemos que eles estão a nosso serviço e está pronto para nos ajudar, se quisermos e lhe pedirmos.

A ressurreição de Jesus é uma realidade maravilhosa, que nos anima a seguir adiante, esperando termos o mesmo fim. Um dia ressuscitaremos, mas só se já estivermos na luz aqui na terra. Salvar-se, de certa maneira, é viver na luz desde agora, e continuar a viver nela, só que de modo muito mais extenso, depois da morte.

 

5ª FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 5,27-33 

Salmo Responsorial: 33(34) R- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido. 

Evangelho: João 3,31-36  

31- 'Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o espírito sem medida. 35O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. 36Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele'. Palavra da Salvação.

Comentário:

Você já percebeu a profundidade das palavras de Jesus no evangelho? “Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”.

Fica a dúvida: o que é, realmente, acreditar no Filho”?

Tenho um grande amigo 8 anos mais velho que eu que é Testemunha de Jeová. Vocês sabem que eles não acreditam na divindade de Jesus, e portanto, não podem ser considerados cristãos.

Entretanto, não sei se existe outra pessoa que eu conheça tão íntegro, tão caridoso, tão virtuoso, tão humilde, tão santo como ele. Ou seja: ele não acredita na divindade de Jesus, mas age como um cristão, e um cristão santo. Ele é ancião na sua igreja, o que corresponde quase a um bispo na nossa. E é muito querido por todos os que o conhecem.

Não vejo nenhuma chance dele ser desprezado por Deus. Ele vai diretamente para o céu quando morrer. Ele não acredita na divindade do Filho, mas cumpre tudo o que o Filho disse e mandou fazer.

Vejo isso na bíblia no capítulo 25 de S. Mateus, quando Jesus disser aos que estão sendo recebidos no céu, que eles lhe deram de comer, de beber, o visitaram na prisão (o meu amigo está todas as semanas na prisão fazendo sua pregação para os presos). Os beneficiados lhe perguntarão: quando eles fizeram isso, se nunca o viram? Jesus lhes responderá que todas as vezes que eles fizeram isso a um dos pequeninos, ou seja, dos pobres e necessitados, a ele o estavam fazendo.

Certa Sexta-feira Santa eu ia com mais quatro amigos numa caminhada para o asilo quando encontrei esse meu amigo com três acompanhantes na Vila Helena. Nós nos abraçamos com tanta sinceridade que depois dois dos que estavam comigo disseram: “O abraço que vocês deram nos ensinou mais do que toda a via sacra que fizemos”. Isso é o cristianismo. Isso é aceitar Jesus em nossa vida. Pelo menos na minha opinião.

Na primeira leitura Pedro e os outros apóstolos, que após a prisão estavam sendo interrogados pelo Sinédrio, disseram claramente  às autoridades que deveriam obedecer a Deus e não aos homens.

Em nossa vida, quando temos alguma dúvida a resolver, precisamos nos perguntar o que Deus tem a dizer sobre aquilo que estamos resolvendo, se é ou não de sua vontade. E muitas vezes precisamos até contrariar algumas  autoridades. Por exemplo, a mãe do cantor Andrea Bocelli foi contra os médicos e contra todas as “autoridades” que lhe diziam que era preciso abortá-lo caso quisesse continuar viva. Ela enfrentou o perigo da morte e não o abortou e nem morreu. Ele ficou cego mais tarde, quando caiu de um cavalo, mas nasceu perfeito.

Que neste tempo de Páscoa, em que não sabemos se vamos terminar vivos por causa do coronavírus, possamos nos entregar plenamente ao Senhor e cumprir tudo o que Jesus nos mandou cumprir, para que ele possa nos salvar quando chegar a nossa hora.

 

SEXTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 5,34-42

Salmo Responsorial: 26(27) R- Ao Senhor eu peço apenas uma coisa: / habitar no santuário do Senhor.

Evangelho João 6,1-15 

Naquele tempo: 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: 'Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?' 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: 'Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um'. 8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9'Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?' 10Jesus disse: 'Fazei sentar as pessoas'. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: 'Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!' 13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: 'Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo'. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. Palavra da Salvação.

Comentário:

Muitas vezes somos levados a pensar que não houve propriamente um milagre, mas apenas partilha de pães e peixes que muitos haviam levado consigo.

Vendo mais de perto, entretanto, vemos que o que houve foi, mesmo, um milagre. No início está bem claro que: 'Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?'

Muitos começaram ou continuaram a seguir Jesus por causa desse milagre, talvez por um certo interesse de não passar fome. Jesus, entretanto, foi bem claro, em suas atitudes, que não veio para matar a fome do povo ou curar todo mundo. Ele curou muitas pessoas, mas nem todos. Ele saciou a fome nesse dia, mas nem sempre.

Isso nos ensina que devemos, sim, sempre pedir a ajuda de Deus para o mundo e nossos problemas, mas ao mesmo tempo devemos agir, arregaçar as mangas e saciar por nós mesmos a fome do povo: “Dai-lhes vós mesmos de comer”, disse Jesus aos discípulos, numa outra citação desse milagre. Esse milagre, como vamos ver nos dias seguintes, também evoca muito a Eucaristia. Jesus faz os mesmos gestos que fez depois na última ceia. E não podemos nos esquecer que esse texto só foi publicado uns 60 anos depois da morte de Jesus.

Na primeira leitura Gamaliel vai em defesa dos apóstolos que estavam sendo interrogados e se coloca à mercê da iluminação divina quanto ao assunto. Mostrou-lhes que deveriam estar abertos à revelação de Deus e que os apóstolos poderiam estar certos. Se estivessem errados, não teriam a proteção divina e logo o grupo se desfaria.

Nós vemos muitos grupos conclamados e dirigidos por falsos pastores, mas que continuam a enganar o povo. Isso  contraria, de certo modo, o que Gamaliel falou e percebemos que não é um critério válido hoje em dia para sabermos quem está falando a verdade ou não.

O mais certeiro é confiarmos na eleição divina da Igreja Católica e seguirmos suas orientações. Seguindo-as não estaremos errando. E quanto a nossa ação, é preciso que não pequemos por omissão. Façamos tudo o que nos é possível, e quando nada podemos fazer, rezemos.

Como dizia um amigo meu, o Pe. Celso: “Você não tem o que fazer? Reze! Não sabe o que rezar? Reze o Pai-nosso”!

 

SÁBADO DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 6,1-7 

Salmo Responsorial: 32(33)R- Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos! 

Evangelho: João 6,16-21 

Ao anoitecer, os discípulos desceram para a beira-mar.17         Entraram no barco e foram na direção de Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo a eles. 18      Soprava um vento forte, e o mar estava agitado. 19  Os discípulos tinham remado uns cinco quilômetros, quando avistaram Jesus andando sobre as águas e aproximando-se do barco. E ficaram com medo. 20          Jesus, porém, lhes disse: “Sou eu. Não tenhais medo!” 21          Eles queriam receber Jesus no barco, mas logo o barco atingiu a terra para onde estavam indo.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos a criação do diaconato: os Apóstolos, após consultarem a comunidade e pedirem a inspiração divina, nomearam sete homens de boa reputação, “repletos do Espírito e de sabedoria”. A função deles era servir as comunidades no atendimento dos pobres, enquanto os Apóstolos se dedicavam à pregação da Palavra, além, é claro, da oração. 

Os Apóstolos impuseram as mãos sobre os sete homens, que se tornaram diáconos. Essa imposição das mãos veio desde Jesus, e por meio dela se dá a sucessão apostólica: todos os bispos, padres e diáconos atuais passaram por ela, que lhes deu o caráter próprio de sua vocação. No caso dos bispos, eles podem passar para frente esse múnus sacerdotal que, portanto, vem de Jesus Cristo numa transmissão ininterrupta. É por isso que um sacerdote pode consagrar o pão e o vinho, transubstanciando-os no Corpo e no Sangue de Cristo. Isso não ocorre, por exemplo, entre os nossos irmãos separados, pois não há, neles, a sucessão apostólica. A chamada “Santa Ceia” que celebram não é a Eucaristia: é apenas uma representação do que Jesus fez. Entre nós, católicos, é diferente: a Consagração da S. Missa é feita por um sacerdote ou por um bispo que está dentro da sucessão apostólica. A imposição das mãos que ele recebeu vem de Jesus Cristo, passando pelos bispos que estão entre Cristo e o sacerdote que está celebrando. 

No evangelho os discípulos ficaram com medo ao ver Jesus andando sobre as águas. Nós temos medo do desconhecido. Jesus mostrou, com isso, sua divindade, seu poder. Ele podia fazer o que bem quisesse em qualquer hora. Se se mantinha dentro da limitação humana, era por pura obediência ao Pai, de viver aqui na terra como um ser humano. Ele mesmo disse: “Ninguém tira a minha vida de mim. Eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de dá-la, como tenho o poder de reassumi-la” (João 10,18). Portanto, tenhamos confiança da veracidade de tudo o que Jesus nos ensinou e pediu que praticássemos. 

 

 

2ª FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 6,8-15 

Salmo Responsorial: 118(119) R-Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo. 

Evangelho: João 6,22-29 

 

Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. 23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: 'Rabi, quando chegaste aqui?' 26Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo.' 28Então perguntaram: 'Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?' 29Jesus respondeu: 'A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou'. Palavra da Salvação.

Prezados(as) leitores(as):

No evangelho de hoje Jesus recrimina os que o procuravam com interesse em comer pão, como ocorrera no milagre da multiplicação dos pães. Penso um pouco em nós quando procuramos Jesus por puro interesse pessoal. Quantos o procuram para curar isto, para curar aquilo, mas não o procuram para converter-se, para recomeçar uma vida nova!

A pergunta a Jesus talvez não seja “o que o Senhor pode fazer para mim”, mas sim, “o que eu posso fazer pelo vosso reino”. E Jesus nos dá a resposta: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Nossa salvação depende de nossa “opção definitiva e total adesão à pessoa de Jesus”. Essa fé vai nos inspirar e fortalecer naquilo que for necessário à salvação.

Entretanto, isso pode ter um preço: Na primeira leitura vemos como Estêvão, no texto de hoje, foi julgado e condenado por mostrar a todos o poder e a divindade de Jesus. Ele contrariou muito os judeus, que acreditavam que as obras é que salvam. Será que nós também não confiamos muito no poder salvífico dos sacramentos, sem levarmos em conta a disposição sincera que devemos ter ao recebê-los?

 

3ª FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 7,51-8,1

Salmo Responsorial: 30(31) R- Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito. 

Evangelho: João 6,30-35  

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30'Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?' Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer'. 32Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.' 34Então pediram: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'. 35Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Palavra da Salvação.

Prezados(as) leitores(as):

A primeira leitura narra a morte de Estêvão, assemelhada à de Jesus, perdoando os seus apedrejadores, vendo Jesus ao lado do Pai, ou seja, confirmando a sua divindade.

Peçamos para os que ainda não creem na divindade de Jesus, como os Testemunhas de Jeová, os Mórmons, Maçons, Islamitas, Judeus, Budistas etc. Eles estão perdendo muito em não acreditarem que Jesus é Deus como o Pai e o Espírito Santo.

No Evangelho, Jesus se oferece a todos como o Pão da Vida, que mata definitivamente a nossa fome e nossa sede: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. E alguns pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”!

Muitas pessoas comungam sempre, mas não se saciam de Jesus: ficam à busca de outras fontes onde matar a sede de felicidade. Não há. Não vão encontrar. Só encontrarão angústias e decepções. Só Jesus mata a nossa fome e a nossa sede de amor, de felicidade. Só ele nos pode dar a paz verdadeira, que não é baseada na tranquilidade, mas na luta por um mundo melhor, por um “eu” melhor, mais santo.

 

4ª FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 8,1-8

Salmo Responsorial: 65(66) R- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira

Evangelho: João 6,35-40

 

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia.' Palavra da Salvação.

Prezados irmãos e irmãs!

Na primeira leitura, vemos como a perseguição aos discípulos em Jerusalém, coisa aparentemente negativa, tornou-se depois providencial, pois a Igreja nascente se espalhou por toda a parte.

No Evangelho Jesus diz, entre outras coisas: “Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei”. Isso deve nos dar muita esperança e alegria. Jesus prometeu que nunca nos afastaria se dele nos aproximássemos.

E no versículo 35 garante que, quem dele se aproximar, quem procurá-lo, nunca mais terá fome ou sede, pois ele é o único que pode saciar nosso desejo de felicidade.

E tem mais: muitos não o buscam porque se acham fracos e pecadores. Que pena! Jesus não impôs condições para receber-nos. Ele tomava refeição com os pecadores em vida! Por que não iria fazer isso agora que está ressuscitado e exerce plenamente seu poder divino, nunca ter deixado de ser humano? No livro do Apocalipse 3, 20, vemos claramente: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo”.

Na verdade, quem ainda está apegado ao pecado e às próprias tendências, peça a Jesus para livrar-se disso! Ele pode nos livrar de qualquer coisa, mas depende de nós “abrirmos as portas”. Nunca interfere em nossa vida se não o deixarmos interferir. Se formos humildes e lhe pedirmos, ele nos dará força para que nos livremos de nossos pecados e más tendências. É o que entendo no salmo 127, vers. 2, em que lemos que Deus concede o pão aos seus bem-amados até enquanto dormem. Não há problema nosso que Jesus não possa resolver, SE LHE DERMOS A CHAVE DE NOSSAS DECISÕES.

“Eu sou o Pão da Vida”: Jesus está presente na Eucaristia. Confiemos nele e lhe peçamos diariamente nossa conversão!

 

5ª FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 8,26-40

Salmo Responsorial 65(66) R- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

Evangelho: João 6,44-51

 

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: `Todos serão discípulos de Deus.' Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo'. Palavra da Salvação.

Na primeira leitura vemos o batismo do eunuco que Filipe encontrou no caminho. Esse encontro foi direcionado por Deus. No Batismo do eunuco percebemos três etapas: a pregação, a aceitação e o batismo. São as três etapas para a salvação.

 

Há muitos encontros nossos que também são direcionados por Deus, mas às vezes deixamos passar em branco.

 

Quantas coisas acontecem que achamos serem coincidências e na verdade foram planejadas por Deus para a nossa salvação ou a salvação das pessoas com quem nos encontramos. Procuremos prestar mais atenção nisso e aproveitemos todos os momentos que temos para ajudarmos os que aparecem em nossa vida.

No Evangelho de hoje Jesus dá mais um passo para a revelação da Eucaristia. Os passos são estes: crer, receber Jesus, receber suas orientações, receber sua força, receber sua luz.

 

Fico triste quando vejo que muitas pessoas, até de boa vontade, não entendem que a presença de Jesus na Eucaristia é real, não é simbólica. Vejo isso, entre outras coisas, pela maneira como se comportam na igreja. Entram diretamente em direção a um banco e sentam-se, sem saudar ou fazer uma oração ao Santíssimo, que é Jesus realmente presente. Nem na sociedade fazemos isso: não entramos nas casas dos outros sem antes saudá-los.

 

Maria, quando apareceu a Santa Catarina Labouré, atravessou a igreja do convento. Ao passar diante do sacrário, inclinou-se profundamente em reverência à presença real de Jesus ali. Ler isso me impressionou muito.

São Pio de Pietrelcina conta que certa vez viu um frade já falecido que lhe disse estar no Purgatório porque em seu trabalho de sacristão nunca saudava Jesus presente no sacrário.

 

Temos também vários milagres incontestáveis sobre a presença real de Jesus na Eucaristia, como é o caso de Lanciano, em que a hóstia se transformou em carne e o vinho em sangue, reais, várias vezes comprovados por cientistas. Estão ali desde o século 8º (confira aqui: https://bloguinhocatequetico.blogspot.com/2011/09/milagre-de-lanciano.html).

“E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”, Jesus diz no evangelho. Você acredita de verdade nessa afirmativa?

 

6ª FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA  

 

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Primeira Leitura: Atos 9,1-20  

Salmo Responsorial 116(117)R- Ide por todo o mundo, / a todos pregai o evangelho. 

 Evangelho: João 6,52-59

 Naquele tempo: 

52Os judeus discutiam entre si, dizendo: 'Como é que ele pode dar a sua carne a comer?' 53Então Jesus disse: 'Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre.' 59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum. Palavra da Salvação. 

 

COMENTÁRIO: 

 

A primeira leitura de hoje, a conversão de S. Paulo, nos deve encher de esperança. De perseguidor da Igreja ele tornou-se seu propagador. Ele, pecador, foi totalmente perdoado e assumido por Jesus, a quem ele perseguia. Vejo aí toda a misericórdia desse Deus que nos ama tanto! 

 

E a intervenção de Ananias nesse processo de conversão de Paulo nos mostra a ação da Igreja que estava começando. Jesus usou a intermediação da Igreja no acolhimento a Paulo. Nós não vemos Jesus, como Paulo viu, mas a Igreja ainda está aí, com muitos percalços, mas em pé, instrumento divino de perdão e de paz para todos os que creem em sua mediação. O perdão que recebemos no Sacramento da Confissão é real! Deus assina em baixo quando o padre dá a absolvição. 

 

No evangelho chegamos ao cerne da Eucaristia. Jesus é o único alimento que pode nos levar ao céu. A Eucaristia é o próprio Jesus. Muitos parecem não entender isso, pois, como já disse ontem, não saúdam Jesus quando entram na Igreja. 

 

Dom José Lambert, que foi bispo de Sorocaba SP,  acreditava plenamente na frase de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”. Quando estava em questão se alguém tinha ou não se salvado, ele perguntava: “Ele comungava”? Se a resposta fosse positiva, ele dizia: “Então, ele está no céu”!

 

SÁBADO DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 9,31-42 

Salmo Responsorial 115(116B)R- Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? 

Evangelho: João 6,60-69 

 

Naquele tempo: 60muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: 'Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?' 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: 'Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem'. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65E acrescentou: 'É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai'. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: 'Vós também vos quereis ir embora?' 68Simão Pedro respondeu:

'A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus'. Palavra da Salvação.

 

Comentário

Na primeira leitura vemos como a fé permitiu a Pedro intermediar várias curas, inclusive a ressurreição de Tabita, e essas curas proporcionaram a fé de outras pessoas. Isso alavancou o crescimento da Igreja em seus começos. Sem a fé a Igreja seria inviável. Pregar o evangelho é como tentar vender um produto invisível e por alto preço. A fé exige de nós dedicação total a Deus e ao seu Reino. O milagre, as curas, são como um lembrete visível desse algo invisível que estamos vendendo. É assim que funcionou naquele tempo e ainda funciona.

Por que Medjugorje recebe tantas pessoas? Será que é apenas porque falam que lá aparece Nossa Senhora ou por causa dos milagres? Quando forem revelados os 10 segredos haverá um sinal visível, permanente, que mostrará serem verdadeiras as aparições invisíveis. 

Muitos milagres e graças que lá ocorrem atraem as pessoas. É assim que funciona, Deus sabe disso e as coisas acontecem. Quando crescem na fé, começam a procurar Deus de maneira mais sincera e ele pode lhes trazer a salvação. Entretanto, muitos não acreditam nem com esses sinais. 

Isso é mencionado no evangelho. Muitos abandonaram Jesus depois que ele lhes falou que seria necessário alimentar-se de sua carne e de seu sangue para poderem ser recebidos no céu. Para que isso acontecesse, era preciso que Jesus morresse, fosse para o céu pela Ascensão para depois voltar em forma de alimento na Eucaristia. Na verdade, de certa maneira é mais fácil falar isso agora do que quando Jesus ainda estava vivo. Aliás, ele mesmo disse: “Felizes os que acreditam sem ter visto”. 

Procuremos acreditar sem pedir a Deus sinais. Simplesmente acreditemos! A Igreja é um instrumento fiel da vontade divina e podemos confiar nela no caminho da fé. Vejo muitas pessoas procurando sinais em tudo: nos acontecimentos, nas nuvens, nas imagens...

Sobretudo peçamos a Deus, ou peçamos a ele pela intercessão de Maria, que nós tenhamos fé, e não exijamos muitas coisas, muitas explicações. Simplesmente acreditemos. E, ao comungarmos, tenhamos confiança de que estamos recebendo verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Cristo. 

 

SEGUNDA-FEIRA DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA

26/04/2021

 

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Primeira Leitura: Atos 11,1-18

Salmo Responsorial 41(42) R- Minha alma suspira por vós, ó meu Deus.

Evangelho: João 10,1-10

Naquele tempo, disse Jesus: 1'Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele,  porque não conhecem a voz dos estranhos.' 6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: 'Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10 -O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Pedro tem uma visão que justificava os pagãos diante dos seus olhos, quanto ao que Jesus havia dito que todos os alimentos são puros. O que nos torna impuros são nossas más ações.

O cristianismo é levado aos pagãos na pessoa de Cornélio. A conversão dos pagãos foi surpreendente até para os Apóstolos, pela ação do Espírito Santo, como já comentamos ontem.

Jesus é o Bom Pastor, diz o evangelho de hoje, que não veio como os ladrões, para matar e destruir, mas para salvar e dar-nos a vida em abundância (v. 10). Jesus, habituado aos costumes do tempo, fala sobre o fato de que o pastor, chegando ao redil, chamava as ovelhas líderes pelos nomes, e as demais do rebanho as seguiam. Ali no redil havia vários rebanhos, mas cada um deles seguia suas ovelhas líderes.

Jesus é o nosso líder, o nosso guia, o nosso Pastor, o nosso Deus misericordioso e acolhedor. Ele diz: “Quem entrar por mim será salvo”. Já é hora de deixarmos de lado a desconfiança, o medo, para aderirmos a Jesus plenamente, mudando radicalmente o nosso modo de viver tíbio, tipo água-morna (Apoc. 3, 18), para um modo de viver pleno do Espírito Santo e da Graça santificante de Deus. 

Nós somos fracos para tomar tal atitude, mas Jesus é forte para nos sustentar e nos fortalecer. 

3ª FEIRA DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 11,19-26 

Salmo Responsorial -86(87)R-Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

Evangelho: João 10,22-30 

 

Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se és o Messias, dize-nos abertamente”. Jesus respondeu: “ Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”. Palavra da Salvação.

 

Comentário:

Pela primeira vez os discípulos são chamados de “cristãos” em Antioquia. Isso equivale a admitir que eles seguem a Jesus Cristo na qualidade de Messias, daquele Messias que os judeus esperavam.

O missal comenta o fato de que muitas vezes Deus inspira pessoas que não são da hierarquia da Igreja a caminharem passos largos no caminho da fé. Entretanto, embora tenham sido instruídos por Deus fora da hierarquia, acrescenta: “À hierarquia, porém, pertence a tarefa de reconhecer, experimentar, verificar e aprovar, tarefa que não é só fiscalizadora e jurídica, mas sobretudo criadora de caridade e comunhão eclesial, sinal visível da comunhão com Cristo”.

No evangelho de hoje Jesus mostra aos seus ouvintes que ele era o Messias, mas eles não acreditavam em suas obras. O messianismo esperado por eles era bem diferente do messianismo que Jesus veio inaugurar. Eles pensavam apenas na parte material e política. Jesus pensava numa libertação total do ser humano.

Termina dizendo que se nós nos deixarmos conduzir por ele, o Pai não deixará que o deixemos. Nenhuma força material ou espiritual poderá tirar-nos do rebanho de Jesus, se nos entregarmos plenamente ao seu Reino. E isso fazemos confiando nele, também pela oração, pela aceitação dos sofrimentos que não podemos evitar, e sobretudo, nos deixando amar por ele.

4ª FEIRA DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 12, 24-13,5a 

Salmo Responsorial: 66(67)-R- Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem. 

Evangelho: João 12,44-50 

 

Naquele tempo: 44Jesus exclamou em alta voz: 'Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. 45Quem me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. 47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei  o julgará no último dia. 49Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou,  ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. 50E eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou.' Palavra da Salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos como o trabalho missionário é feito em harmonia com o Espírito Santo. Ele inspira, dá forças, mas nós temos que agir de acordo com o que nos é pedido. Seria algo insano querer trabalhar no apostolado sozinho, desligado da vontade divina e de uma comunidade. Muitos trabalhos e iniciativas, até boas, muitas vezes não dão certo justamente por isso. 

“Eles jejuaram e rezaram”: sem a oração nossa e da comunidade o nosso trabalho vai ser infrutífero. Como diz São Tomás de Aquino, é melhor andar mancando no caminho certo do que correr no caminho errado. Mancar no caminho certo vai nos levar ao objetivo, embora demore, mas correr no caminho errado vai nos levar ao nada. 

Fazer obras por motivos egoístas e por vaidade é correr no caminho errado: não vão dar em nada. Temos que agir com os pés na terra, ou seja, amparados por uma comunidade de amor e vida. A gente vai mais devagar, mancando, mas chegaremos no objetivo.

O Evangelho mostra também um pouco disso: O mandamento do Pai é vida eterna. Quem o observa, vai viver com ele na eternidade. Jesus é a luz que nos ilumina e não nos deixa caminhar nas trevas. Somos nós mesmos que escolhemos o caminho a seguir. Se seguirmos o caminho escuro, vamos chegar num lugar escuro, sem a luz divina. Não é Deus que manda para o inferno: é a própria pessoa que escolhe ir para lá, quando não pede a luz divina enquanto caminha aqui na terra. 

Vamos nos perguntar seriamente: o caminho que estou seguindo é um caminho em que Deus está? 

 5ª FEIRA DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 13,13-25

Salmo Responsorial 88(89) R- Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

Evangelho: João 13,16-20

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 16Em verdade, em verdade vos   digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes. 18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: 'Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar.' 19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou. 20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.' Palavra da Salvação.

 Comentário:

Na primeira leitura vemos como a história do povo judeu é uma preparação para o nascimento de Jesus e para a salvação. Paulo discorre sobre os pontos principais da história até chegar à revelação de que Jesus é o Messias tão esperado por aquele povo. Percebemos aí um crescimento gradual na profundidade da fé até chegar em Jesus, que é o máximo da revelação, é o Deus feito homem. 

Nossa história atual também tem muito a ver com nossas atitudes. Ficar alheio ao que se passa ao nosso redor não é uma atitude cristã. Isso vem afirmado justamente no evangelho de hoje: “Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (v.20). Ou seja: quem receber a Palavra de Deus e se empenha em pô-la em prática, está recebendo o próprio Jesus. E quem está recebendo Jesus, está recebendo o Pai, que o enviou. Com o Espírito Santo, que já está em nós desde o nosso Batismo, ficamos repletos da presença da Santíssima Trindade. 

E isso se deu numa ação concreta, ou seja, depois que Jesus lavou os pés dos discípulos. Nosso cristianismo, se for feito apenas de palavras ao vento, sem uma prática concreta cristã de comunhão fraterna, de partilha, é apenas a participação numa sociedade bem organizada e nada mais. Não vai ajudar em nada a nossa salvação. 

 

6ª FEIRA DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 13,26-33 

Salmo Responsorial 2 R-Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei! 

Evangelho: João 14,1-6 

 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1'Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho.' 5Tomé disse a Jesus: 'Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?' 6Jesus respondeu: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura, Paulo fala sobre a ressurreição a todos os que o ouviam. A fé na Ressurreição de Jesus é a base de nossa vida. Sem a ressurreição nada teria sentido. É sabendo que vamos ter uma vida eterna que vamos ter coragem e ânimo para continuarmos no caminho da santidade, ou o começarmos, se ainda estamos em pecado. O caminho da santidade só pode ser trilhado com a graça de Deus. É ele quem nos dá força e coragem. Para obtê-las, é necessário pedir incessantemente a Deus que nos fortaleça. Quem reza fica forte. Quem não reza continua fraco. Todos somos fracos. Todos, inclusive os santos, só nos salvaremos se pedirmos a Deus que nos fortaleça e nos ajude nesse caminho. 

 

A segunda leitura nos fala justamente das moradas que já estão preparadas para nós no paraíso. Cabe a nós vivermos de tal modo que possamos tomar posse delas. E não há outro jeito senão reconhecermos humildemente que não podemos fazer isso sem que Deus nos ajude. 

 

Se você não está acostumado a rezar, peça isso a Deus durante todo o dia, lançando-lhe pedidos breves, rápidos: “Jesus, Filho de Deus Vivo, tende piedade de mim”.  “Senhor, que eu seja santo(a)”. “Senhor, me ajude a tomar posse de minha morada no céu após a minha morte”.

 

SÁBADO DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 13,44-52 

Salmo Responsorial 97(98) R= Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus 

Evangelho: João 14,7-14 

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me, eu estou no Pai, e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa dessas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

“Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território”. Atos 13,50. Vejam bem os que estavam perseguindo os Apóstolos: Os homens influentes e as mulheres ricas e religiosas.

Os pobres, representados aqui pelos pagãos, se regozijaram pela pregação dos apóstolos. Eles estavam tendo uma oportunidade maravilhosa de entrarem na Igreja Cristã nascente. “Os pagãos ficaram muito contentes quando ouviram isso e glorificavam a Palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna abraçaram a fé”. (v 48). 

Muitas vezes vemos em nossas paróquias que os maiores problemas não vêm das pessoas pobres. Esses simplesmente escutam a palavra e fazem o que podem para segui-la, sem muitas perguntas, sem imporem condições. A humildade é a característica dos que querem realmente ser discípulos do Senhor. 

No evangelho Jesus diz que quem o viu, viu o Pai. O Pai se mostra em Jesus, que além de Deus é também homem e pode ser visto e tocado. Na Eucaristia ele pode também ser nosso alimento. Jesus diz que vai para o Pai e tudo o que pedirmos ao Pai em seu nome, ele nos dará. 

O que você pede a Deus? 

Muitas pessoas só pedem coisas materiais ou referentes à sua saúde. Precisamos também aprender a pedir a força e a coragem para nos santificarmos, para estarmos no caminho para o céu, e inspirações para sabermos o que fazer no dia a dia em benefício às pessoas. Deus não nos dará coisas que possam nos afastar dele ou da vida celestial. 

Lembremo-nos de que esta vida é passageira, ilusória e fugaz. Só a outra vida é que é eterna, verdadeira, e nos pode dar a verdadeira felicidade. 

 

 2ª FEIRA DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 14,5-18 

Salmo Responsorial 113B(115) R= Não a nós, ó Senhor, não a nós, / ao vosso nome, porém, seja glória.. 

Evangelho: João 14,21-26 

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura, os habitantes da cidade de Listra, vendo o milagre que Paulo e Barnabé haviam feito, da cura do paralítico, começaram a adorá-los como deuses. Percebo que atualmente há muitos deuses que fabricamos: televisão, internet, artistas, jogadores... Um dos endeusamentos que afligem as pessoas são os vícios.

É preciso adorar o verdadeiro Deus, que não admite esses “deuses” em nossa vida. A escolha deve ser exclusiva para Deus e sempre usar as demais coisas permitidas com muito critério e sempre dando preferência para Deus. Não é digno de um  cristão, por exemplo, deixar a missa dominical por causa de um jogo ou outra coisa. No evangelho Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”. Qual é essa “palavra” que precisamos guardar? 

Acredito que seja o que ele falou no trecho de ontem: “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (João 13, 34). No Antigo Testamento já se falava em amar aos outros, mas o que deixa diferente o que Jesus falou é que devemos amar “como ele nos amou”. 

E como Jesus nos amou? Plenamente, totalmente. Deu sua vida por nosso amor. Sofreu de modo incrível. Pilatos foi destituído do governo alguns meses depois da morte de Jesus, por exagero na sentença. 

Jesus poderia ter-se deixado matar ali mesmo, antes da Via Sacra, em vez de ir até o Calvário. Ele suportou toda a caminhada e tantos sofrimentos a mais porque queria dar-nos o exemplo: nunca desanimar, nunca desistir, confiar na ação e na graça de Deus em nós. Se ele permite o sofrimento, é por nosso amor, para poder dar-nos a vida eterna. Só ele nos conhece perfeitamente e sabe do quê precisamos 

 

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3ª FEIRA DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 14,19-28  

Salmo Responsorial -144(145)R-Ó Senhor, vossos amigos anunciem / vosso reino glorioso.

 Evangelho: João 14,27-31a  

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31mas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura, entre outras coisas, podemos perceber o valor da hierarquia na Igreja Católica e a “Sucessão Apostólica”: “Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade” (Atos 14, 23). Ou seja: Jesus deixou seu poder aos Apóstolos, que ordenaram os bispos e presbíteros, que foram ordenando outros, até chegarem aos nossos dias. É uma corrente que nunca foi interrompida. É por isso que o sacerdote, quando celebra a Santa Missa, por exemplo, torna-se o próprio Cristo na hora da Consagração. 

No evangelho Jesus nos garante que a paz verdadeira só ele a pode dar. A “paz” que o mundo promete dar é uma piada, não existe. Nós nos enjoamos de tudo. Vemos na política brasileira, por exemplo, quantos roubos e quanta ambição! Para que tanto dinheiro? O que fazer com ele? Será que um ricaço no Hotel Copacabana Palace pode estar mais feliz do que uma família pobre comendo um saboroso arroz com frango? 

Um amigo rico escreveu, certa vez, para o seu amigo pobre: “Tenho inveja da paz que você tem nessa vida simples que leva. Eu sou perturbado por tantos problemas profissionais e sociais, que às vezes tenho vontade de largar tudo e ir morar num local mais pobre e mais simples. Acho que eu teria maior paz”! 

V. 27: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração”! Buscar a paz autêntica, a que vem de Cristo, é a coisa mais sábia que podemos fazer enquanto vivemos. E essa paz não nos livra de problemas e sofrimentos, mas nos dá força e coragem para vivermos em paz até nos problemas e sofrimentos. Vamos resolvê-los com maior tranquilidade. 

Aprender a viver sem pecar é o primeiro passo para entrarmos nesse clima de paz que Jesus nos oferece. Pela oração ganhamos a força suficiente para vencermos qualquer tentação ou superarmos qualquer problema. 

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4ª FEIRA DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 15,1-6 

Salmo Responsorial: 121(122)R-Que alegria quando ouvi que me disseram: / “Vamos à casa do Senhor!”

 Evangelho: João 15,1-8 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto, ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. 5Eu sou a videira, e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

 

Hoje é dia em que lembramos as aparições de Maria na cidade de Fátima, Portugal. Uma das coisas que Nossa Senhora falou para os pastorinhos é a necessidade de orar e fazer penitência. E na oração, ela insistiu na reza do Santo Rosário. A oração do Rosário torna tudo mais fácil para nós: o encaminhar-se para a santidade e a vida do dia a dia.

Na primeira leitura vemos como estava difícil para os Apóstolos convencerem os judeus que o que salva é a fé em Jesus Ressuscitado e não a prática dos preceitos judaicos. 

Para resolver a questão, ou seja, se os pagãos teriam que tornarem-se judeus antes de tornarem-se cristãos, convocou-se o primeiro Concílio da Igreja, o de Jerusalém. Mostra-se, então, a autoridade dos apóstolos e a unidade da Igreja nascente. Houve muitos outros Concílios na Igreja, o que nos dá muita segurança para professarmos a fé católica, enraizada na pregação dos Apóstolos. Diz o comentário do Missal Cotidiano: “A descoberta da  Verdade nasce do diálogo”.

No Evangelho, Jesus se compara a uma videira em que somos os ramos. “Todo ramo que em mim não dá fruto, ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda”. Jesus pede que permaneçamos nele para que ele possa também permanecer em nós, para darmos frutos. “Sem mim, nada podeis fazer”, diz Jesus. Se não permanecermos nele, ele respeitará nossa liberdade e permanecerá afastado de nós. Esse é o problema. 

Deus nos ama com um amor infinito, mas só pode nos ajudar se lhe abrirmos o nosso coração e lhe pedirmos insistentemente que não pequemos. Mas não basta apenas não pecar. É preciso que demos frutos. E esses frutos incluem a salvação também de outras pessoas que também se abrirão a Jesus, movidas pelo nosso bom exemplo.

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5ª FEIRA DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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 Primeira Leitura: Atos 15,7-21 

Salmo Responsorial 95(96) R- Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações. 

 Evangelho: João 15,9-11

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”. – Palavra da salvação

 

Comentário:

 

Na primeira leitura podemos meditar o fato de que em nossas comunidades muitas vezes nos atemos a regrinhas mesquinhas e deixamos para trás coisas mais importantes, como a caridade. 

Meu tio, depois de muita insistência nossa, nos anos 60, foi à Missa. Ele só possuía uma perna. Sentou-se na frente, à esquerda da igreja. Um senhor, muito gentilmente, pediu-lhe que saísse dali e fosse para o outro lado. Ali era reservado aos congregados marianos. Já no outro lado, uma moça gentilmente convidou-o a mudar-se para os fundos, porque ali era o lugar das Pia União das Filhas de Maria. Meu tio, aborrecido, saiu dali e foi embora, para nunca mais voltar. 

Precisamos maior atenção com os que chegam às nossas Missas. Muitas igrejas evangélicas estão prosperando porque tratam seus adeptos com mais caridade e cortesia. Tenho um amigo que diz concordar com muitas afirmações da nossa Igreja, mas prefere a Igreja Evangélica de Belém, por “sentir-se melhor lá”. 

O Evangelho segue falando do amor a Jesus, aos irmãos, e à necessidade de estarmos unidos a ele. Hoje Jesus fala que permaneceremos nele se cumprirmos os  mandamentos, e que isso nos dará muita alegria. 

A alegria do mundo passa como as nuvens. A alegria que Cristo nos dá é eterna!

 

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SEXTA-FEIRA DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 15,22-31  

Salmo Responsorial 56(57) R- Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos. 

 Evangelho: João 15,12-17 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura lemos o resultado do Concílio de Jerusalém: os pagãos, para serem cristãos, não precisariam tornar-se judeus. Apenas observar quatro itens: abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne dos animais sufocados e das uniões ilegítimas. 

Esses quatro itens deveriam ser observados principalmente para não escandalizarem os judeus cristãos. 

Nos nossos dias, às vezes, complicamos demais a nossa pregação e os nossos métodos de trabalho. Quando Deus age, ele age de maneira simples e direta, sem muitos  mequetrefes. Precisamos aprender a simplificar mais nossas ações e procedimentos. Amar a Deus e ao próximo. Quer mais do que isso?

No evangelho, Jesus diz que foi ele quem escolheu os apóstolos. É Deus, portanto, quem nos dá a missão a cumprir. “Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto, e o vosso fruto permaneça”. 

Seria bom nos perguntarmos sempre: que missão Deus deu para mim? 

Se falharmos numa missão, peçamos a ele que nos indique outra para cumprirmos. E desta vez, não falhemos! Deus espera nossos frutos. 

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SÁBADO DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 16,1-10  

Salmo Responsorial 99(100) R- Aclamai o Senhor, ó terra inteira. 

 Evangelho: João 15,18-21  

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. 19Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia. 20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21Tudo isso eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:   

 

Na primeira leitura vemos como foi difícil para os Apóstolos implantarem as decisões do Concílio de Jerusalém. Assim também atualmente: muitos não aceitam nenhuma mudança, mesmo que essas mudanças sejam necessárias para adaptar a Igreja a cada época, sem perder a fidelidade à palavra de Jesus. O Concílio Vaticano II, dos anos 60, ainda tem sido motivo de controvérsias entre vários grupos católicos. Muitos insistem em conservar tradições ultrapassadas de antes do Concílio. Quer um exemplo? A missa em Latim, rezada ainda por vários desses grupos. 

No evangelho, Jesus é bem realista: se o perseguiram, vão também perseguir os que o seguirem.  Quem tiver boa vontade, desejo de Deus verdadeiro, vai ouvir a palavra dos pregadores. Quem não tiver essa boa vontade e acha que é dono da verdade, vai persegui-los. 

É necessário muita fé e amor a Cristo para enfrentar o erro e proclamar a verdade, o amor, a fidelidade a esse Deus misericordioso. É necessário muita oração e meditação da Palavra. Sem a força de Deus é impossível vivermos uma vida de pregação do verdadeiro evangelho. Quem ama o mundo vai perseguir quem pregar qualquer coisa que possa contrariá-lo. 

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SEGUNDA-FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 16,11-15 

Salmo Responsorial 149 R- O Senhor ama seu povo de verdade.

 Evangelho: João 15,26-16,4

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Quando vier o defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim porque não conheceram o Pai nem a mim. 4Eu vos digo isso para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”. – Palavra da salvação

Comentário: 

Na primeira leitura, vemos como Lídia acolheu Paulo e Timóteo em sua casa, foi batizada e toda a sua família. Podemos meditar aqui o fato de os cristãos leigos serem peças principais nessa tarefa da pregação da palavra. Sem o acolhimento dos leigos, os pregadores têm pouca chance.

Por outro lado, podemos refletir sobre o desprendimento dos apóstolos, que dependem dos favores dos outros para terem onde dormir e mesmo para sua alimentação. 

No evangelho, Jesus prepara o espírito dos discípulos para a perseguição e até a morte, mas também lhes garante a vinda do Espírito Santo, que os fortalecerá.

Não podemos desanimar nas lutas diárias. Deus está sempre conosco, torcendo para que nós não desanimemos e não paremos de lutar por um mundo melhor e por uma vida de santidade. Sobretudo, cuidemos para que, como diz Jesus, nossa fé não seja abalada. 

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3ª FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 16,22-34

Salmo Responsorial -137(138) R- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

 Evangelho: João 16,5-11

5“Agora, parto para aquele que me enviou e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ 6Mas, porque vos disse isso, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: é bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”. – Palavra da salvação.

 Comentário 

Na primeira leitura vemos como o carcereiro foi atingido pelos acontecimentos, mas talvez o que mais lhe impressionou não foi o tal terremoto, mas o comportamento de Paulo e Silas. A fé é ao mesmo tempo tranquilizadora e inquietante.

Uma outra consideração é que o Batismo do carcereiro mostra as etapas do catecumenato daquele tempo: 

1- A pergunta: “Que devo fazer”?

2- A exposição do evangelho

3- O rito do batismo

4- A refeição, que poderia ter sido eucarística, que faz tudo terminar na alegria. 

O evangelho nos mostra a necessidade de Jesus voltar para o Pai para que o Espírito Santo pudesse descer sobre todos os que haviam aceitado a fé cristã. E o dom principal do Espírito Santo é o conhecimento do plano do Pai para a salvação do mundo. Quem aceitar Jesus estará de posse do conhecimento desse plano de salvação, de amor. Quem não aceitar terá sua decisão respeitada, ou seja, não verá a Deus, a quem ofende e evita. Deus só se mostrará para os que o amam e o aceitam. 

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4ª FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 17,15.22-18,1 

Salmo Responsorial: 148 R- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

 

Evangelho: João 16,12-15 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso disse que o que ele receberá e vos anunciará é meu”. – Palavra da salvação.

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos como Paulo não conseguiu um bom resultado de sua pregação. Ele, mais tarde, atribuiu isso justamente por ter usado a sabedoria humana em detrimento à divina. Em 1ª Coríntios 2,4-5 ele disse que não iria mais pregar baseado na sabedoria dele, mas na divina. 

Acho isso muito bom para nós, que às vezes queremos mostrar toda a nossa sabedoria. A de Deus é mais eficaz. Mantendo-nos humildes em nosso trabalho, seja ele qual for, sempre atribuindo o sucesso à graça de Deus e não unicamente em nossas forças, seremos mais felizes e os resultados serão bem melhores. 

 

No evangelho tenho um comentário muito bom feito pelo Pe. Fernando Cardoso sobre a vinda do Espírito Santo: 

 

1ª etapa: os ensinamentos de Jesus

2ª etapa: a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos

3ª etapa: a vinda do Espírito Santo sobre nós

4ª etapa: a compreensão que o Espírito Santo dá a todos os que leem com amor e sinceridade a palavra de Deus, depois da explicação que a Igreja dá. 

 

Em cada época, a cada um de nós, o Espírito Santo age de modo inefável. É preciso acolher sua inspiração e a condução que ele faz de nossa vida, se o permitirmos. 

É o que ocorreu com Paulo. Somente depois que ele deixou que o Espírito Santo agisse é que as coisas começaram a deslanchar. 

 

Sei de um caso em que dois bancários trabalhavam num mesmo setor, como chefes, um de manhã e outro à tarde. O da tarde tinha seu trabalho mais deslanchado que o da manhã. O segredo era que o da tarde todos os dias oferecia seu trabalho a Deus, e pedia sua proteção no Mosteiro de São Bento, que ficava ao lado do Banco em que trabalhavam. Inclusive ele saía tomar o café da tarde e aproveitava para participar por um pouco de tempo das vésperas que os monges cantavam. 

 

Peçamos sempre a inspiração do Espírito Santo em todas as nossas atividades, sempre nos colocando humildemente em nosso lugar, que é zero à esquerda, se Deus não nos ajudar. 

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5ª FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 18,1-8 

Salmo Responsorial 97(98) R- O Senhor fez conhecer seu poder salvador / perante as nações. 

 

Evangelho: João 16,16-20 

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: ‘Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo’. Alguns dos seus discípulos disseram entre si: ‘O que significa isso que ele nos está dizendo: pouco tempo e não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis de novo, e Eu vou para junto do Pai’? Diziam, pois: ‘O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer’. Jesus compreendeu que eles queriam interroga-lo; então disse-lhes: ‘Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis’? Em verdade, em verdade vos digo: vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. Palavra da Salvação

 

COMENTÁRIO:

Hoje comemoramos a aparição de Maria em Fátima, a 13 de maio de 1917. Vamos procurar seguir os conselhos de Maria: oração e penitência, oração do rosário!

Na primeira leitura vemos como Paulo desistiu de pregar aos judeus porque não aceitavam o que ele lhes pregava sobre Jesus ser o Messias. Até hoje eles estão esperando o Messias. Eles, como várias outras denominações religiosas que se dizem cristãs, não o são de fato, pois não acreditam na divindade de Jesus Cristo. Entre elas, posso indicar os Mórmons e as Testemunhas de Jeová. 

 

Ao contrário, muitos pagãos aceitaram a divindade de Jesus e seu messianismo e se tornaram cristãos. O trecho dá alguns exemplos de conversão. 

 

No evangelho Jesus alerta os discípulos sobre sua partida, sua ausência física do meio deles. Nós não vemos Jesus, mas podemos senti-lo presente entre nós. Se não sentimos isso, temos assim mesmo que ter fé em sua presença. Ele nunca nos abandona. E garante aos discípulos: “vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”. Neste mundo há muita tristeza. Talvez porque haja também poucas pessoas que tenham fé autêntica, de verdade. 

 

Quem tem fé, mesmo não sentindo nenhum arroubo místico, terá sua tristeza transformada por Deus em alegria, após sua morte. A convivência no céu com Jesus e todos os santos será maravilhosa, indescritível, e não mais haverá choro nem lágrimas. Jesus está garantindo isso nas leituras não só de hoje, mas nas de todos esses últimos dias. 

 

É muito válido como testemunho o fato de Paulo ter trabalhado para ganhar a vida. Será que isso não seria também um grande testemunho dos sacerdotes no mundo de hoje?

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6ª FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA

 

TEXTOS DA MISSA:

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Primeira Leitura: Atos 18,9-18

Salmo Responsorial 46(47) R- O Senhor é o grande rei de toda a terra.

Evangelho: João 16,20-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora, mas depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa de um homem ter vindo ao mundo. Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Naquele dia, não me perguntareis mais nada".

Comentário:

Para chegarmos à alegria do novo reino inaugurado por Jesus, será necessário passar por muitas tribulações, por muitas coisas tristes. Penso que a principal causa disto está no fato de que teremos que tirar muitas coisas más de nossa vida, e isso custa. Por exemplo, acabar com os vícios. Não há como deixar um vício sem sofrer. Tratar bem os outros: não há como perdoar a uma ofensa recebida sem sofrer com isso. Viver uma vida simples: não é fácil para uma pessoa rica viver modestamente. Manter-se casto: não é fácil para um jovem com saúde manter sua castidade, nem para uma pessoa casada manter-se fiel à esposa ou ao esposo, com tanta facilidade que o mundo oferece para o adultério.

Entretanto, se conseguirmos, com a graça de Deus superar tudo isso, a alegria nossa será muito grande, e não será preciso esperar a outra vida: já nesta sentiremos uma paz interior muito grande de estarmos fazendo a vontade de Deus. A santidade é uma atitude de vida que nos dá muita alegria interna, muita paz interior.

Na primeira leitura Jesus garante a Paulo que o estava acompanhando e protegendo e que ele não devia ficar calado: "Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo". Jesus está conosco, também, quando nos dispomos a deixar o pecado e o comodismo para pregar a sua palavra, senão com palavras, pelo menos com o testemunho de uma vida cristã autêntica. A luta não é fácil. Mas compensa. A alegria que sentimos quando sabemos que Deus está se alegrando conosco é indescritível. Só mesmo os santos a conhecem. E nós todos somos convidados a ser santos!

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SÁBADO DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA

 

15/05/2021

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Primeira Leitura: Atos 18,23-28 

Salmo Responsorial 46(47) R- O Senhor é o grande rei de toda a terra.

 Evangelho: João 16,23b-28

28 Naquele tempo, disse Jesus aso seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja completa. Disse-vos estas coisas em linguagem figurativa. Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras, mas claramente vos falarei do Pai. Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, pois o próprio Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus. Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai". 

Comentário: 

O missal cotidiano comenta a primeira leitura num foco interessante: Priscila e Áquila perceberam que Apolo só conhecia e pregava o batismo de João Batista. Em vez de combatê-lo e oporem-se a ele, resolveram instruí-lo sobre as lacunas de sua doutrina.

O interessante aqui, e isto digo eu, é ver aqui a humildade de Apolo. Enquanto eu lia o comentário do missal, perguntava-me qual teria sido a minha atitude se alguém viesse me corrigir no que eu estaria pregando. Qual será minha reação se algum de vocês contradizer tudo o que estou aqui afirmando? Não sei. E aqui fica o testemunho dessa leitura: atitude de acolhida por parte de Priscila e Áquila e atitude de humildade por parte de Apolo, que depois tornou-se incansável pregador. Presume-se que tenha evangelizado Creta. (Tito 3,13).

Quanto ao evangelho de hoje, vemos que o amor do Pai é consolidado pelo amor que temos ao Filho, Jesus Cristo.

Todos os pais e mães gostam dos amigos que gostam e tratam bem os seus filhos e filhas. Com Deus é a mesma coisa: “o próprio Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus”. A recíproca também é verdadeira: Deus se retira dos que maltratam os filhos dele. Basta que Deus se retire para que aconteça todo tipo de coisa. Deus não precisa mandar nenhuma praga: basta retirar-se. 

O que significa amar e acreditar em Jesus? 

Primeiramente, ouvir sua palavra e pô-la em prática. O que muitos não sabem ou preferem não saber é que Jesus nos ensina os caminhos da felicidade e da alegria verdadeiras. Quem ama e acredita nele, faz o que ele mandou que fizesse porque confia nele. Sabe que Jesus nunca iria pedir para que fizéssemos uma coisa que nos prejudicasse. 

Jesus estava presente, não ainda com um corpo humano, na criação do mundo e do homem, e até participou dela, como lemos no primeiro capítulo do evangelho de João. Quando ele nos indica o caminho da felicidade, ele sabe do que está falando. Aliás, ele deu-nos o exemplo. 

Que nós possamos tratar bem o próximo, pois todos nós somos amados por Deus enquanto amamos o próximo, que ele também ama.   

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2ª FEIRA DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

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Primeira Leitura: Atos 19,1-8 

Salmo Responsorial 67(68) R- Reinos da terra, cantai ao Senhor! 

Evangelho: João 16,29-33

Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas  claramente e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isso cremos que vieste da parte de Deus”. Jesus respondeu: “Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só porque o Pai está comigo. Disse-vos estas coisas para  que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo”! 

 

Comentário:

 

Havia muitas pessoas que ainda não conheciam o batismo cristão, mas apenas o de João. O de João era o batismo de água para a penitência. O batismo cristão é o batismo do Espírito Santo para a remissão dos pecados. Paulo logo agiu para que eles fossem batizados e lhes impôs as mãos. O Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar em línguas e a profetizar. 

Atualmente não se vê mais essas manifestações exteriores de modo real (a maioria das que se vê são puras manifestação de euforia e/ou efeito psicológico), mas a gente deveria se ater mais à ação que o Espírito Santo exerce em nós no que se refere a uma vida de santidade. 

Se o Espírito Santo está agindo em nós, mesmo sem essas manifestações exteriores, nós iremos perceber um aumento de santidade em nós próprios. Vamos percebendo que ficamos mais fortes nas tentações, mais convictos em nossa fé e em nosso desejo por uma vida santa. Essas atitudes são frutos da presença em nós do Espírito Santo. 

No evangelho vemos que Jesus nunca está só, mesmo se todos o abandonarem: o Pai está com ele. Conosco isso também é verdadeiro. Se crermos em Deus e procurarmos fazer a sua vontade, sentiremos sempre a sua presença. Nunca estaremos sozinhos, por mais abandonados que  estejamos. É santamente absurda a intensidade com que Deus nos ama!

A mãe sempre ama o filho, esteja ele em qual situação estiver, mesmo se estiver moralmente decaído. Ela sempre o vai receber e ouvi-lo, mesmo que não concorde com a vida que ele está vivendo. Deus é infinitamente mais perfeito do que qualquer mãe, nos adverte Isaías. 

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3ª FEIRA DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 20,17-27

 

Salmo Responsorial -67(68) R- Reinos da terra, cantai ao Senhor

  

Evangelho: João 17,1-11a

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste. Eu te rogo por eles, Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Já não estou no mundo mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”. 

Comentário:

Após ter montado meu guarda-roupa, o montador me advertiu: “Veja se está tudo bem”. Eu lhe respondi que confiava nele, e que dá muito trabalho desconfiar do trabalho de alguém. Mas fiquei pensando nisso. Se nos colocarmos nas mãos de Deus, não vamos ter o trabalho de ficar conjecturando sobre nosso futuro e sobre nossas ações. Quando nos colocamos sob a Graça de Deus e fazemos sua vontade, não temos mais desejos, não temos mais o trabalho de ficar decidindo o que fazer ou não fazer: simplesmente confiamos na direção que Deus está dando à nossa vida e agimos segundo os dons que ele nos deu. 

Isso é o que fez São Paulo na primeira leitura de hoje: continuou o seu trabalho sabendo que iria sofrer. Sua única preocupação era levar a termo o que Deus queria dele. Ele sentia que estava cumprindo sua vocação e sentia também a força divina para as consequentes renúncias que tinha que fazer. 

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4ª FEIRA DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 20,28-38 

Salmo Responsorial: 67(68) R-Reinos da terra, cantai ao Senhor.

 Evangelho: João 17,11b-19 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura me chama a atenção, logo no início do trecho, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso que cuidassem deles mesmos e do rebanho que o Espírito Santo lhes dera para que guardassem. Isso é muito importante, pois quando pregamos aos outros, nós devemos ser os primeiros a ouvir e atender à palavra do Senhor. Muitas vezes parece-nos que a Palavra não é para nós, mas apenas para os (as) que nos ouvem. Paulo menciona todo o trabalho e os imensos sacrifícios que ele fizera para lhes comunicar essa palavra. Não deviam tornar vão seu trabalho. O que dizer hoje em dia de tudo o que já ouvimos acerca de Jesus e seu Reino? 

No evangelho Jesus mostra uma certa preocupação pelos que ele estava deixando aqui para que espalhassem pelo mundo e por todas as épocas terrestres a Boa Nova do evangelho. Qual boa nova é essa? É a nossa libertação para que possamos participar da eternidade de Deus. Jesus adquiriu essa nossa liberdade com sua própria vida. 

Ele nos ama infinitamente como Deus e humanamente como homem perfeito e zela pelo nosso triunfo sobre o mal. “Eles não são do mundo como eu não sou do mundo”. O que significa “ser do mundo”?

Significa apegar-se às coisas do mundo como se fossem nossa real morada. É preciso nos conscientizarmos que estamos aqui de passagem e não vale a pena vivermos estes poucos anos em lutas, invejas, ódios, maldades etc. Não ser do mundo significa viver aqui e usar as coisas que passam com sabedoria, como Jesus usou, mirando as que não passam, ou seja, o que vamos viver no céu. 

Para que vivamos aqui santamente, precisamos pedir a Deus. Sem a oração incessante não conseguiremos. 

  

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5ª FEIRA DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA

 

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Primeira Leitura: Atos 22,30; 23,6-11

 Salmo Responsorial 15(16) R- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 Evangelho: João 17,20-26 

Naquele tempo, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: Pai Santo, 20eu não te rogo  somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra, 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. 22Eu dei-lhes glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim,

para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles'.  Palavra da Salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura Paulo é avisado por Jesus que daria testemunho dele em Roma. Paulo pensou que fosse uma coisa, mas Jesus se referia ao seu martírio. O Missal Cotidiano comenta esse fato: “O Espírito é sempre imprevisível e soberanamente livre. Subverte os planos humanos, inclusive os de Paulo, que deu tudo a serviço do evangelho”.

Quando pensamos e até sugerimos a Deus um certo caminho, vemos, lá adiante, que ele quer nos conduzir ao paraíso por outro caminho, talvez mais dolorido, mas mais eficaz. Isso ocorreu comigo e agradeço muito a Deus por ter feito do jeito dele e não do meu. 

No evangelho temos afirmações riquíssimas! Uma delas é que Jesus diz estar rezando também por aqueles que viriam no futuro, ou seja, nós!

Depois ele diz em que medida quer que amemos: que sejamos um entre nós como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são UM. Já pensaram um pouco na magnitude desse amor qu devemos ter uns para com os outros? Quer dizer que enquanto não formos um entre nós da mesma forma que o Pai e o Filho e o Espírito Santo são Um, não chegamos à perfeição e ainda temos que pedir perdão por não conseguirmos essa unidade. 

Em seguida ele diz que é mediante esse amor que o mundo vai acreditar nas palavras de Jesus. 

Depois, diz que, se nos amarmos nessa intensidade podemos dizer “divina”, ele vai morar dentro de nós. 

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 6ª FEIRA DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA 

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

 

Primeira Leitura: Atos 25,13-21 

Salmo Responsorial 102(103)R- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

 Evangelho: João 21,15-19 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo, quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

Jesus perguntou a Pedro por três vezes se ele o amava talvez para compensar as três vezes em que Pedro o negou. Para nós não vai ser diferente! Se negamos a Jesus pelo pecado, teremos que recompensar o tempo perdido ofensa a ele com atos de misericórdia e, sobretudo, lutando para não pecar mais. 

A oração é o alimento de nossa vida espiritual. Sem ela nada conseguiremos. Como tem sido a sua oração? 

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SÁBADO DA 7ª SEMANA DA PÁSCOA

 

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria 

 

Primeira Leitura: Atos 28,16-20.30-31 

Salmo Responsorial 10(11)R- Ó Senhor, quem tem reto coração / há de ver a vossa face

 Evangelho: João 21,20-25 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

No evangelho há uma controvérsia sobre o que Jesus teria dito ou não. Até hoje há esse problema de interpretação das palavras de Jesus. Muitas delas não foram ditas por Jesus do modo como estão na bíblia, mas apanhadas pelos redatores em seu sentido original e adaptada à época em que foram publicadas. 

Dou um exemplo: Jesus nunca poderia ter dito: “Quem quer ser meu discípulo tome a sua cruz e me siga”, porque essa frase não teria sentido algum antes de sua morte. Ele disse outras palavras, mas com o mesmo sentido dessas. Talvez ele teria dito: Quem quiser ser meu discípulo, aceite seus problemas do dia a dia, suas angústias, seus sofrimentos, as contrariedades do dia, e me siga. Isso tudo (ou mais conceitos ainda) foi resumido nessa frase: “tome sua cruz e me siga”. 

Quando ouvimos alguma palavra do Senhor ou mesmo do restante da bíblia, temos que ter o espírito pronto para entendê-la, e fazer isso com imparcialidade, com reta intenção. Se ouvirmos a palavra com arrogância, com desejo de mostrar que ela não é verdadeira, torcendo-a para que ela se adapte às nossas ideias, seria melhor nem ler a bíblia. Vai ser pior para nosso posicionamento diante de Deus. 

Como diz a primeira leitura, todos temos o dever, o direito e a graça de seguir o caminho pelo qual Deus nos chamou, cada um de modo diferente, mas todos nós com o mesmo objetivo: participar eternamente da glória de Deus.