2ª FEIRA DA 11ª SEMANA COMUM

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB  

Primeira Leitura: 1 Reis 21,1-16

Salmo Responsorial 5 R- Atendei o meu gemido, ó Senhor!

Evangelho: Mateus 5,38-42

“Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39 Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda!  40 Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41 Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! 42 Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado.  

Comentário:

Na primeira leitura, o rei Acab quer a vinha de Nabot e como ele não quer vendê-la, Acab segue o plano pérfido de sua esposa Jezabel, que consegue duas testemunhas falsas contra Nabot e ele é apedrejado até morrer. Aí o rei Acab toma posse da vinha. 

Até podemos ficar chocados com essa atitude, mas há essa tentação de usar meios que estão em nossas mãos para conseguir o nosso intento. Começa às vezes na própria casa quando, por exemplo, os pais usam chantagem afetiva para conseguir coisas dos filhos. Ou o chefe, no trabalho, para conseguir coisas de seus empregados que de outro modo talvez não conseguiria. 

Cabe, pois, a nós, examinarmos nossa consciência e ver quanto de Acab e quanto de Nabot há em cada um de nós. 

No evangelho Jesus nos ensina a não sentir desejos de vingança no coração, mas perdoar sempre. Se tivermos confiança na providência divina não teremos nada a temer, nem a pobreza, nem o futuro, nem a doença, nada. Quem ama a Deus e trabalha para que seu Reino se estabeleça, sabe que aconteça o que acontecer, Deus estará sempre presente dando-nos força, coragem e um ombro para chorarmos nossas mágoas. Ele enxugará todas as nossas lágrimas. Quem ama a Deus e nele confia, não tem medo de nada do que lhe aconteça, pois sabe que Deus está no comando de sua vida. 

Quanto à frase: “se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda”, deve ser entendida no sentido de não desejarmos nos vingar das pessoas que nos feriram, mas tentar ganhá-las para Deus. Não pode ser entendida ao pé da letra, pois nem Jesus a cumpriu: quando o soldado lhe deu um tapa no rosto, ele não deu a outra face, mas perguntou: “Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates”? (João 18, 23).