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2ª FEIRA DA 18ª SEMANA COMUM

07/08/2023

São Sixto II e companheiros mártires e/ou São Caetano   

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Números 11,4b-15

Salmo Responsorial 80(81)R-Exultai no Senhor, nossa força.  

Evangelho Mateus 14, 13-21

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto, e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” 16Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” 17Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18Jesus disse: “Trazei-os aqui”. 19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida, partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

 

Na primeira leitura o povo reclama da comida que Deus lhe providenciara. No evangelho Jesus toma a iniciativa de multiplicar os pães e peixes e sobraram 12 cestos cheios. Uma curiosidade sempre me vem à cabeça: onde eles conseguiram doze cestos para colocar os pães e peixes que sobraram? Ninguém saberia explicar isso, e mostra como não podemos entender a Bíblia sempre ao pé da letra, como fazem os fundamentalistas. 

 

Podemos refletir sobre o fato da reclamação constante que muitas pessoas fazem sobre tudo e todos. Isso acaba também se refletindo em relação a Deus. Deus é gratuidade plena. Só Deus pode fazer alguma coisa sem receber nada em troca. Entretanto, se pensarmos bem, Deus só não pode ter a nossa pessoa sem o nosso consentimento, devido a um trato que ele fez consigo mesmo e conosco. Ele respeita a nossa liberdade e não nos força a querer estar com ele. É preciso que o queiramos, que o busquemos com sinceridade.

 

Mas não foi isso que Jesus viu naquelas pessoas que se saciaram de pão e peixe. Não foi isso que Deus viu naquele povo ingrato que ele acabara de alimentar. E não é isso que Deus vê em muitos de nós e mesmo em nós todos muitas vezes.

 

Fomos “inventados” e criados por Deus. Somos conduzidos por caminhos indicados por ele para chegarmos à felicidade, e isso desde que começamos a usar o mundo maravilhosos que ele criou para nós. Temos muito a agradecer. Aliás, temos tudo a agradecer.

 

Temos momentos de tristeza, de angústia, de desânimo, mas se recorrermos a ele seremos animados, alegrados, confortados e fortalecidos na caminhada. A esperança nos dá força para irmos à frente. A esperança é o “motor” do nosso carro. Muitos a perdem porque não confiam em Deus, não acreditam que ele possa nos ajudar.

 

Se o povo de Moisés confiasse em Deus, saberia que aquele alimento os sustentaria na caminhada. Se o povo que Jesus alimentou confiasse nele, teriam acreditado em suas palavras e Jesus não teria sido crucificado. Se nós todos confiássemos em Jesus, o mundo não estaria nesse caos em que está.

 

Não podemos mudar o que os outros fazem, mas nós podemos mudar o que NÓS fazemos.


3ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

08/08/2023 

São Domingos


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Números 12,1-13

Salmo Responsorial 50 (51)R-Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

Evangelho Mateus 14,22-36

Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões.  23 Depois de despedi-las, subiu à montanha, a sós, para orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho. 24 O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27 Mas Jesus logo lhes falou: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29 Ele respondeu: “Vem!” Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” 32 Assim que subiram no barco, o vento cessou. 33  Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” 34 Após a travessia, aportaram em Genesaré. 35 Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36 suplicavam que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto. E todos os que tocaram ficaram curados.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Moisés está desanimado pela reclamação do povo e o aparente desinteresse de Deus em resolver o problema, e chega até a pedir que Deus tire sua vida. Acho que podemos aprender, nessa leitura, a recorrer a Deus em tudo o que fizermos. Às vezes parece que Deus está longe do problema, mas é engano nosso: ele está atento a tudo o que se passa, e talvez esteja apenas esperando a hora certa de agir. Deus não deixa ninguém desamparado. Se ele permite alguma coisa desagradável para nós, é para nosso próprio bem, e nunca nos desampara durante a nossa luta, durante as nossas dificuldades. Mas para isso é preciso que lhe peçamos ajuda. Deus não entra na vida de ninguém sem ser convidado, segundo Jesus diz em Apocalipse 3,20.

No evangelho Jesus pede que os discípulos do barco sob a tempestade se acalmassem, que não tivessem medo. Jesus diz o mesmo a nós, neste barco sacolejante da Igreja dos tempos atuais. Aparentemente Jesus parece estar distante de nós. Engano! Ele está mais perto do que nunca, torcendo para que façamos a coisa certa e o acolhamos em nossa vida, na vida do mundo. 

 

Pedro saiu do barco para ir ao encontro de Jesus que caminhava sobre a água, mas sua fé foi fraca demais e ele começou a afundar. Queira Deus que nossa fé não seja fraca como a de Pedro nessas horas terríveis de nossa vida em que tudo parece estar ruindo, mas que confiemos em sua proteção, em sua presença, em sua força. Se Deus está conosco, quem estará contra nós?

 

4ª feira da 18ª semana comum

09/08/2023

Santa Teresa B. da Cruz (Edirth Stein)

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Números 13.1-2.25-14,1.26-30.34-35

Salmo Responsorial 105(106) Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!

Evangelho Mateus 15,21-28

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então, seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E, desde aquele momento, sua filha ficou curada. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

Na primeira leitura os hebreus tiveram medo de entrar na terra prometida por Deus, recuaram e tiveram que passar 40 anos no deserto, um ano para cada um dos 40 dias que eles demoraram para vistoriar as terras.

 

Confiar sempre em Deus é o princípio da vida de santidade. Se não confiarmos na palavra de Deus, como fez o povo, em quem confiaremos?

 

Quem não confia em Deus só sai perdendo, como ocorreu com eles. E os sofrimentos pelos quais tiveram que passar não foram provocados por Deus, como os relatores do episódio relataram na bíblia, mas foram consequência de sua falta de confiança.

 

Em nossa vida ocorre o mesmo! Muitas coisas pelas quais passamos não são enviadas por Deus, mas frutos das bobeiras que às vezes fazemos e, mais grave ainda, por não termos confiado em Deus na hora em que isso nos foi pedido.

 

O Evangelho mostra justamente o oposto: a cananeia, mesmo rejeitada socialmente, confiou na misericórdia de Jesus e foi atendida em seu pedido feito com muita humildade. Humildade essa que deve primar em nossas orações diárias. Não merecemos nada de Deus. Tudo o que recebemos dele é gratuito, é de graça, e talvez por isso essa palavra tenha esse sentido de gratuidade. A cananeia sabia bem disso.

 

Confiemos sempre em Deus, por pior que esteja nossa situação. Ele nunca nos faltará, se formos pessoas de oração constante e perseverante e se estivermos lutando contra nossos vícios, pecados e más tendências.


5ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

/2021


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Números 20,1-13 

Salmo Responsorial 94 (95) Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba 

Evangelho Mateus 16, 13-23

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da lei e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” – Palavra da salvação

 

Comentário:

 

Na primeira leitura há uma desconfiança geral, tanto do povo como de Moisés. 

Quanto ao povo, começou a acusar Moisés pelas desventuras pelas quais estava passando: fome, sede... e tinha saudade das cebolas do Egito, mesmo como escravos. 

É fácil pôr a culpa nos outros por aquilo que passamos. É mais difícil assumir a própria culpa. Entretanto, quando conseguirmos fazer isso, ou seja, assumir que somos culpados por muitas coisas erradas que acontecem em nossa vida, começamos a ser felizes. O céu se torna claro, sentimos mais a presença de Deus e tudo se torna mais fácil para se enfrentar e vencer.

 Quanto a Moisés, duvidou da palavra de Deus e deu duas batidas com a vara na rocha da qual ia brotar água. Se ele tivesse tido confiança no que Deus dissera, teria batido apenas uma vez.

 Quantas vezes fazemos o mesmo com nossas orações: achamos que a fizemos mal e a repetimos. Às vezes até eu faço isso, quando me distraio muito. É preciso, tanto eu quanto vocês, aprendermos a confiar que, se estamos ali rezando, é porque estamos querendo estar em contato com Deus. Ele sabe disso. Quantas vezes a criança dorme no colo da mãe que conversa com ela! Mas a mãe não fica irritada: pega o filho ou a filha e a coloca na cama.

 Lembro-me de que quando ia descansar na casa da minha mãe, às segundas feiras, depois de um final de semana estafado por causa do trabalho, estávamos conversando após o almoço e eu dormia no sofá onde estava recostado. Minha mãe gentilmente me colocava um cobertor nos pés, costume de nós dois, e me deixava dormitando. Que saudade! Às vezes eu durmo com um cobertor nos pés só para me lembrar dela.

 Pois bem! Se nós fazemos isso com nossos filhos, quanto mais Deus, que tanto nos ama? É preciso confiar mais em sua misericórdia, em seu amor por nós, mesmo quando nos distraímos e damos alguma “mancada”. 

No evangelho Jesus revela aos discípulos que ele ia sofrer, passar pela dor e pela morte, e Pedro se escandaliza. Jesus o chama de “satanás”. Um pouco antes (só no texto, porque na realidade as duas coisas foram em datas diferentes) Jesus elogiara Pedro por ter dito que ele era o Messias, o Filho de Deus Vivo, e lhe dera o primado da Igreja, o nomeia o primeiro papa. Todo Messias tem que ter o seu povo, e Jesus deixava Pedro com a tarefa de dirigir esse seu novo povo.

 A pergunta de Jesus ao povo pode ser também para nós: Quem dizemos ser Jesus Cristo: O que ele realmente representa em nossa vida?


6ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

 11/08/2023

 Santa Clara


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

1ª Leitura: Deuteronômio 4,32-40 

Salmo Responsorial 76 (77) Penso em vossas maravilhas, ó Senhor! 

Evangelho Mateus 16,24-28 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo, alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do homem vindo com o seu reino”. – Palavra da salvação

 

Comentário:

 

A primeira leitura termina com estas palavras: “Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.

 

Guardar os mandamentos, seguir as orientações da Igreja, esse é o caminho da felicidade e da paz. Muitos se preocupam com tantas coisas e são muito infelizes, sempre estão dando “murros no ar”.

 

O evangelho completa esse assunto. Jesus lembra que “que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida”? Por isso, ele nos aconselha a pegarmos nossa cruz do dia a dia e segui-lo. Veja bem: se vamos segui-lo, é porque ele está indo na frente, abrindo caminho. Nós não vamos nos aventurar em lugares desconhecidos: vamos caminhar passo a passo nos passos de Jesus. Não estaremos sozinhos. Não estaremos abandonados. A alegria de estarmos fazendo a vontade de Deus é impagável: “O que poderá alguém dar em troca de sua vida”?

 

Não é preciso procurar a cruz. Ela vem pelo nosso trabalho, pelas nossas escolhas. Se escolhermos o bem, a cruz virá, na certa. Cabe-nos não desanimar e não abandonar o caminho, pois, como diz São Tomás de Aquino, é melhor mancar no caminho certo do que correr no caminho errado. A recompensa é inimaginável pelo ser humano.

 

As pessoas que não buscam Deus nem o seu reino podem até viver no luxo, viver bem, mas dificilmente vão descobrir essa felicidade simples e partilhada que temos quando seguimos Jesus. Eu conheço pessoas pobres muito mais tranquilas, alegres e felizes do que tantas outras ricas, bem alimentadas, mas sem religião alguma, divorciadas de Deus.

 

Além dessa felicidade e paz já nesta terra, temos ainda o Céu à nossa espera. Quer mais do que isso?


SÁBADO DA 18 ª SEMANA COMUM

12/08/2023

Sta. Joana F. de Chantal

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


 1ª Leitura: Deuteronômio 6, 4-13

Salmo Responsorial 17(18)R- Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação!

Evangelho: Mateus 17,14-20

Quando voltaram para junto da multidão, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: 15 “Senhor, tem compaixão do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. 16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” 17 Jesus tomou a palavra: “Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 18 Então Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, que ficou curado a partir dessa hora. 19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” 20 Ele respondeu: “Por causa da fraqueza de vossa fé! Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. Nada vos será impossível.


COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Moisés lê o primeiro mandamento ao povo e diz que o Senhor dará todo o necessário para bem viver, se o praticarem: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”. 

Para nós também isso é verdadeiro: se obedecermos a Deus, se praticarmos os ensinamentos de Jesus, seremos sempre abençoados, mesmo nas contrariedades e sofrimentos. Teremos sempre a presença de Deus em nossa vida. Ele é o Deus de Misericórdia e é misericordioso porque é Todo-Poderoso. 

No evangelho Jesus cura um epiléptico que os discípulos não tinham conseguido curar. Faltou-lhes a fé. Muitas coisas ruins acontecem em nossa sociedade. E nós, cristãos, não estamos conseguindo exterminá-las. Falta-nos a fé? Acho que sim. Só que não estamos entendendo o alcance dessa nossa fé. Fé implica ação concreta, implica um colocar-se a serviço de Deus e de sua Igreja. 

A verdadeira fé implica uma vida santa, sem compromissos com o pecado e com a materialidade. Será que podemos encontrar isso em nossa Igreja Católica e nos católicos?