TC-ÍMPAR-1ª-5ª

SEGUNDA FEIRA DA 1ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

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Leitura: Hebreus 1,1-6

Salmo 96(97)R- Adorai o Senhor Deus, vós anjos todos!

 

Evangelho de Marcos 1,14-20

Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15'O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!' 16E, passando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: 'Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens'. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura a epístola aos hebreus procura confirmar na fé os cristãos provenientes do judaísmo, que devem superar as concepções religiosas que seguiram até o Batismo e devem seguir aquilo que o Apóstolo lhes ensinou, juntamente com os outros pregadores da época que auxiliavam S. Paulo e os apóstolos. S. Paulo procura mostrar-lhes que devem seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, e argumenta sobre a divindade de Jesus. 

No evangelho, homens corajosos e cheio de fé, aceitaram o convite de Jesus, largaram tudo e o seguiram. Talvez esta seja, também, a opção de nós, católicos: deixarmos tudo o que possa ofender a Deus e seguirmos Jesus. 

Reflitamos um pouco sobre o que ainda nos está amarrando numa vida fútil e sem esperança, uma vida cheia de... nada! E comecemos nossa conversão, aumentando nosso tempo de oração e meditação. Com a oração sincera e abundante, sustentada pela meditação, tudo o mais se torna realidade, principalmente nossa participação na vida eterna. E veja bem, isso é acessível a todos. 

3ª FEIRA DA 1ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 2,5-12

Salmo 8-R- Destes domínio ao vosso Filho sobre tudo o que criastes.

Evangelho de Marcos 1,21b-28

21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. 23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24'Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus.' 25Jesus o intimou: 'Cala-te e sai dele!' 26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: 'O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!' 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura a carta aos hebreus continua o assunto de ontem, da superioridade de Jesus, o Filho de Deus, em relação aos anjos e da suposta salvação que eles trariam, na crença dos judeus. Jesus nos salva mediante a solidariedade de natureza conosco (v. 11: Jesus e nós descendemos do mesmo ancestral). Ele se insere na mesma experiência de nossa vida e as sublima, tendo em vista o nosso encontro com Deus. A aceitação do sofrimento como que aperfeiçoa Jesus na sua missão de salvador, porque, através desta, ele pode compreender melhor as nossas deficiências (Missal cotidiano). Pelo batismo tudo isso se realiza em nossa vida, se levarmos adiante a prática de nossa filiação divina e nossa consagração feita no batismo. 

O evangelho mostra que Jesus tem autoridade no que ensina, e mostra isso por meio de seus milagres. O de hoje é a expulsão de um demônio que perturbava uma pessoa. Jesus nos quer pertos dele na vida eterna e, como diz um outro trecho do evangelho, ele não vai desprezar ninguém que se aproxime dele. Por meio da oração e da renúncia ao que não agrada a Deus nós teremos a graça de Deus de vencermos o demônio e qualquer mal que ameace nossa salvação eterna. 

4ª FEIRA DA 1ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 2, 14-18

Salmo 104(105)R- O Senhor se lembra sempre da Aliança.

Evangelho de Marcos 1,29-39

Naquele tempo:  29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32É tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: 'Todos estão te procurando'. 38Jesus respondeu: 'Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim'. 39E andava por toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos como Jesus devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sacerdote misericordioso, “digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação”. A única realidade humana não assumida por Jesus foi o pecado. Ao contrário de Adão e Eva, Jesus obedeceu ao Pai em tudo, até mesmo aceitando a morte de cruz. Como Deus, ele poderia ter-se livrado facilmente desse fim. 

Isso talvez nos anime a sofrer os percalços da vida em oferecimento pelos nossos pecados e pelos pecados alheios, oferecimento esse muito agradável a Deus, que fazemos pela oração. Esses sofrimentos se juntam ao de Cristo, e a salvação será concretizada para nós e para todos os que aderirem a ele. A oração nos fortalecerá para realizarmos a vontade divina. 

No evangelho vemos um dia todo da vida de Jesus. Ele tinha um dia atarefado no atendimento das pessoas, mas nunca deixava a oração: tirava a madrugada para rezar e se reabastecer para a azáfama do dia seguinte. 

Dá para perceber também a conotação missionária da ação de Jesus: ele não fica apenas num determinado lugar, mas vai à procura das pessoas para anunciar-lhes a boa nova da salvação. 

Só essas duas proposições já davam para alimentar nossa reflexão por vários dias: a oração contínua e profunda e a necessidade de nosso testemunho como pregação do evangelho às demais pessoas.

5ªFEIRA DA 1ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 3,7-14

Salmo 94(95)R- Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os vossos corações.

Evangelho de Marcos 1,40-45

Naquele tempo: 40Um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: 'Se queres tens o poder de curar-me'. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero: fica curado!' 42No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: 'Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!' 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura o autor nos anima a cremos na palavra de Deus e a praticarmos, não nos igualando com aqueles que desconhecem os caminhos do Senhor e se enganam no coração. Esses não entrarão no repouso prometido por Jesus. E insiste: “Cuidai, irmãos, que não se ache em algum de vós um coração transviado pela incredulidade, levando-o a afastar-se do Deus vivo”. E nos pede para nos animarmos mutuamente, em cada dia, enquanto temos tempo e ainda estamos nesta terra. Em vez de nos criticarmos e nos “mordermos”, devemos nos ajudar, nos incentivarmos a seguir Jesus de modo verdadeiro. Muitos fazem coisas erradas sem terem muito conhecimento do que mal que estão praticando. Por isso é tão necessário que nos auxiliemos no conhecimento da verdade, do que é necessário para a salvação. E com a oração, perseveraremos “até o fim” em “nossa confiança inicial”.

No evangelho Jesus tocou no leproso, o que, segundo a lei, contaminava Jesus e o deixava impuro, sem poder entrar no templo. Entretanto, não foi Jesus que ficou impuro, mas foi o leproso que se purificou. Assim também nós; se estivermos em pecado, aproximemo-nos de Jesus e peçamos perdão. Ele não vai se contaminar com o nosso pecado, mas nós, sim, vamos nos purificar. 

Jesus não queria que o leproso divulgasse o fato para não apressar a sua hora de ser crucificado. Jesus tentava, então, isolar-se em lugares desertos. Mas sabemos que isso não adiantou muito. 

6ª FEIRA DA 1ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 4,1-5.11

Salmo 77(78)R- Não vos esqueçais das obras do Senhor!

Evangelho de Marcos 2,1-12

Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a  notícia de que ele estava em casa. 2E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra. 3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: 'Filho, os teus pecados estão perdoados'. 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7'Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus'. 8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: 'Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega a tua cama e anda'? 10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, - disse ele ao paralítico: - 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!' 12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: 'Nunca vimos uma coisa assim'. 

Comentário:

Na primeira leitura o autor nos pede para termos cuidado e aproveitemos essa oportunidade que ainda temos, por estarmos vivos, de entrarmos no repouso de Deus e não ficarmos para trás. 

Entretanto, só a proclamação da palavra de nada nos adiantará se não for acompanhada pela fé. Só quem acredita entrará no “repouso de Deus”, ou seja, na vida eterna. Na verdade, para entrarmos nesse referido repouso, é preciso trabalhar muito nesta vida, principalmente na luta contra os pecados, a fim de permanecermos na obediência à Palavra de Deus. 

No evangelho Jesus, ao curar o paralítico, mostrou aos de sua época duas coisas: 

1- Ele é Deus e pode tanto curar como perdoar os pecados. 

2- As doenças de uma pessoa não são provenientes de seus pecados. Mesmo pessoas que não são pecadoras podem ficar doentes. 

A vantagem de Jesus é que eles acreditavam ser a doença castigo pelos pecados. Quando curou o doente, mostrou que também havia perdoado seus pecados, pois eliminara a “causa” da doença do doente.

Entretanto, ao perdoar primeiro os pecados e só depois fazer a cura, mostrou que as doenças não são castigos pelos pecados (Deus muitas vezes as permite porque quer que as pessoas se convertam, mudem de vida e reparem os pecados cometidos). 

Se ouvirmos e praticarmos a vontade de Deus, todos os nossos sofrimentos vão ser utilizados para nos purificar e para purificar a outros pecadores que se arrependeram, assim como levar à conversão muitos deles. 

 

SÁBADO DA 1ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 4,12-16

Salmo 18(18B)R- Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna. 

Evangelho de Marcos 2,13-17

Naquele tempo: 13Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: 'Segue-me!' Levi se levantou e o seguiu. 15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: 'Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?' 17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: 'Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores.' Palavra da Salvação.

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos como a Palavra de Deus é viva, eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Ou seja, ela penetra totalmente em nossa vida. Não há criatura alguma que possa ocultar-se dela. Pratiquemos, portanto, a palavra de Deus, a fim de que possamos nos aproximar do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de u m auxílio no momento oportuno. Isso é possível porque temos um sumo sacerdote, Jesus, que entrou no céu, é o Filho de Deus, é Deus e homem verdadeiro. E conclui: por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 

No evangelho vemos a vocação de Mateus, publicano, ou seja, considerado pecador pelas autoridades da época. Jesus mostra que veio tirar os pecadores de suas condições de pecado, e não os prejudicar ou não os condenar. Mateus talvez tenha visto Jesus anteriormente, tenha pensado um pouco nesse assunto. A vocação muitas vezes requer muita reflexão. Quando Jesus convidou-o, isso foi a “gota d’água” que apressou sua decisão de segui-lo. 

Meus irmãos, minhas irmãs, todos nós somos chamados por Deus a exercer alguma atividade neste mundo. Você já descobriu a sua? Se ainda não descobriu, reze sinceramente e Deus lhe mostrará e lhe dará condições para segui-la. E quem já descobriu sua vocação, lembre-se de que somos como vasos de barro que podem quebrar em qualquer momento. Se quebrarmos, juntemos os pedaços, com uma boa e sincera confissão, que Deus vai colá-los. 

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2ª FEIRA DA 2ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 5,1-10

Salmo 109(110)R- Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

Evangelho de Marcos 2, 18-22

 

Naquele tempo: 18Os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: 'Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?' 19Jesus respondeu: 'Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar. 21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos'. Palavra da Salvação.

Comentário:    

Na primeira leitura vemos como todo sacerdote deve ser chamado por Deus para cumprir essa função. Não somos nós que escolhermos, é Deus quem nos chama. Foi o que ocorreu com Jesus, que foi chamado pelo Pai a nos salvar: ”Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei” . O sacerdote deve ser plenamente homem. Jesus é plenamente homem, além de ser também plenamente Deus. O sumo- sacerdote da época devia oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios pecados. Jesus, sumo-sacerdote, não tinha pecados, mas ofereceu-se em sacrifício para resgatar-nos de nossos pecados. Mesmo sendo Filho de Deus, aprendeu, com sua vida terrena, o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreu. Mas, consumindo sua vida por nós, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Nós participamos disso tudo quando também obedecemos a Deus naquilo que ele nos pede. No silêncio de uma vida de oração, de humildade e de caridade, aprendemos a ouvir sua voz. 

No evangelho, os odres velhos a que Jesus se referia era o sistema religioso ultrapassado dos judeus, com 613 leis em que a maioria não levava a nada. Jesus ensina um novo estilo de vida, um novo modo de agradar a Deus e viver numa vida orientada para a salvação eterna. Infelizmente eles não estavam aderindo às suas ideias, porque as consideravam uma heresia contra Deus. Ora, Jesus é o próprio Deus em pessoa, em carne e osso. Isso implica que, para ouvirmos e praticarmos suas palavras, é necessário que acreditemos em sua divindade. 

Há muitas religiões atuais que não acreditam na divindade de Jesus e se dizem cristãs. Só para citar duas: os testemunhas de Jeová e os Mórmons. Eles não são cristãos, mas falam de Cristo. Só tem sentido ser cristão se se acreditar na divindade de Jesus e em sua plena humanidade. Caso contrário, o cristianismo fica sem sentido. 

3ª FEIRA DA 2ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 6,10-20

Salmo 110(111)R- O Senhor se lembra sempre da Aliança.

Evangelho de Marcos 2,23-28

 

Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: 'Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?' 25Jesus lhes disse: 'Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães.' 27E acrescentou: 'O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado.' Palavra da Salvação.

Comentário: 

Na primeira leitura vemos como Deus não é injusto. Ele nunca esquece a caridade que fazemos em seu nome, quando servimos as pessoas necessitadas e nos preocupamos com todos os demais. Entretanto, o texto anima a perseveramos nessa caridade, nesse amor. Se perseverarmos, seremos herdeiros das promessas divinas feitas já desde Abraão. Na esperança de participarmos depois da morte da felicidade do Reino de Deus, perseveremos no seguimento do seu Caminho, lembrando-nos sempre de que Jesus é o próprio Caminho, ele é a Verdade e a Vida. Tudo o mais é puro desvio. 

No Evangelho vemos como o dia de descanso, que para nós é o domingo, deve ser um dia “light”, sem imposições severas e inoportunas como acontecia no tempo de Jesus, em que não se podia fazer absolutamente nada no sábado, que era o “domingo” deles. 

Tudo que é exagerado não agrada a Deus. Tudo deve ser feito de modo moderado, sem desesperos e fanatismos. No domingo, desde que você louve a Deus de modo especial, dedique um bom tempo a Deus e à família, esteja livre para fazer aquilo de que você gosta, desde que seja algo permitido pela Igreja. 

 

4ª FEIRA DA 2ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 7,1-3.15-17

Salmo 109(110)R- Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisidec!

Evangelho de Marcos 3,1-6 

Naquele tempo: 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: 'Levanta-te e fica aqui no meio!' 4E perguntou-lhes: 'É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?' Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: 'Estende a mão.' Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos como o sacerdócio de Jesus não veio pela descendência carnal, mas vem de sua própria pessoa divina. Ele o possui desde toda a eternidade. O sacerdócio de Cristo é eterno, é intransmissível. Os sacerdotes atuais, a começar pelos bispos, não são seus sucessores. São apenas aqueles que atualizam e tornam visível e eficaz nos dias de hoje o único sacerdócio de Cristo. (Missal cotidiano). 

Mesmo sendo intransmissível, o sacerdócio de Cristo é “participado” por todo o povo de Deus, por toda a Igreja, porque toda a Igreja é o corpo de Cristo (missal cotidiano). Isso nos é dado pelo Batismo. Portanto, devemos nos conscientizar da importância do nosso batismo em nossa vida e procurar vivê-lo cada vez com maior profundidade e santidade. 

No evangelho, a continuação do assunto de ontem: o fanatismo em seguir o dia de sábado, que nós fazemos no domingo, sem fazer absolutamente nada, nem mesmo a caridade, a ajuda ao próximo, como foi a cura feita por Jesus. Só que eles faziam coisas que, se não fossem feitas, lhes trariam prejuízo, como tirar algum animal de um buraco, por exemplo. Isso também seria proibido, mas eles faziam para não perderem dinheiro.

Jesus olhou ao seu redor, cheio de ira e ao mesmo tempo de tristeza por ver quão duros eram os seus corações. Sabia que estava sendo jurado de morte por causa dessas investidas contra os costumes fanáticos deles. Só que eram fanáticos apenas quando seus bolsos não eram prejudicados... Quanta semelhança com coisas que acontecem atualmente!

 

5ª FEIRA DA 2ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus  7, 25-8,6

Salmo 39(40)R- Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

Evangelho de Marcos 3,7-12

 

Naquele tempo: 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: 'Tu és o Filho de Deus!' 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos como o sacerdócio comum do Antigo Testamento precisava oferecer sacrifícios todos os dias, primeiro pelos próprios pecados, em seguida pelos pecados do povo. Com Jesus Cristo isso é diferente: Ele se ofereceu a si mesmo uma vez por todas por nossos pecados. Esse sacrifício dele mesmo é um sacrifício eterno, que não precisa repetições. Quando o sacerdote celebra a Santa Missa, por exemplo, não está repetindo o sacrifício de Cristo, mas sim, está atualizando-o no momento presente. A Santa Missa não é uma memória do que Jesus fez, mas é uma “presentificação” do que Jesus fez. Quando participamos da Missa, estamos, na verdade, participando de tudo aquilo que Jesus fez para nos salvar. Jesus “vive para sempre a interceder por nós” (7,25).

Quanto ao Evangelho, ainda hoje é grande o número de pessoas que procuram os centros irradiantes de fé e de aparições de Maria, em busca de milagres. Mas, infelizmente, não é assim tão grande o número de pessoas que buscam uma conversão sincera de vida. 

Muitos buscam, muitas vezes com avidez, os lugares em que Jesus viveu, na Palestina, mas nunca o buscam no Sacrário, nunca fazem uma visita ao Santíssimo. O Beato Carlo Acútis, de 15 anos, falava sempre isso. Ele mesmo tinha condições financeiras para essas viagens à Terra Santa, mas preferia buscar Jesus no sacrário. 

Não há problema algum em se buscar as curas, mas nunca se deve esquecer de que a conversão a uma vida mais santa é o único ato que nos abre as portas da salvação, se fomos sinceros com Deus. Também que de nada vale uma cura se não estivermos preparados para entrar no céu. É o que Jesus diz: é melhor entrar no céu sem um dos braços do que, com os dois, ir para o inferno. 

 

6ª FEIRA DA 2ª SEMANA COMUM

 

 

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Leitura: Hebreus 8,6-13

Salmo responsorial 84(85)R- A verdade e o amor se encontrarão. 

Evangelho de Marcos 3,13-19

 

Naquele tempo: 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer 'filhos do trovão'; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos que Jesus é mediador de uma aliança bem melhor que a do Antigo Testamento, baseada em promessas melhores. Aliás, o estabelecimento da segunda aliança deu-se, de fato, por ser a primeira defeituosa. A característica desta nova aliança está no versículo 10: colocarei minhas leis na sua mente e as gravarei no seu coração, e serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Todos conhecerão o Senhor. Ele terá misericórdia de nossas faltas e não se lembrará mais dos nossos pecados (v. 12). Esse poder de perdoar os pecados, Jesus o deu aos Apóstolos, que o transmitiram aos bispos e aos sacerdotes que os sucederam. É com alegria que devemos aceitar esse presente que Jesus nos deixou. 

No evangelho, Jesus chamou “os que ele quis”. A vocação, como o nome já diz, é um chamado. Não somos nós que escolhemos o que vamos fazer, mas é Deus que nos chama, nos dá uma vocação. Cabe a nós aceitarmos ou não esse chamamento de Deus. Os apóstolos aceitaram o chamado de Jesus. Cabe lembrar se nós estamos aceitando o chamado que Deus nos faz à santidade. 

Dentro do chamamento à santidade, existe um segundo chamado, que é mais específico ao que cada um vai fazer aqui na terra. É preciso vigiar e orar para não deixarmos de atender a esse chamado. Se por forças outras que não as nossas nós nos desviarmos da vocação, estou certo de que Deus nos dará uma segunda chance, Deus achará uma maneira de o servirmos com alegria e com santidade. Cabe a nós sermos humildes e aceitarmos tanto o convite divino como as circunstâncias que nos envolvem, e nunca deixarmos de ser-lhe fiéis. 

 

SÁBADO DA 2ª SEMANA COMUM

 

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Leitura:Hebreus 9,2-3.11-14

Salmo responsorial 46(47)R- Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.

Evangelho de Marcos 3,20-21

Naquele tempo, Jesus voltou para casa, e outra vez se ajuntou tanta gente que eles nem mesmo podiam se alimentar. 21 Quando seus familiares souberam disso, vieram para detê-lo, pois diziam: “Está ficando louco”.

COMENTÁRIO: 

Na primeira leitura vemos como Jesus realiza o seu sacrifício não num lugar geográfico, como por exemplo, o templo de Jerusalém, mas em sua própria pessoa. “nele, a humanidade e a divindade se encontram extra-espacialmente, em perfeita compenetração”. Pelo seu sacrifício, Jesus nos conduz em contato objetivo e interior com Deus, diferentemente da “pureza legal” do Antigo Testamento. Jesus se ofereceu a si mesmo como vítima imaculada, portanto, um sacrifício perfeito, mediante o próprio espírito divino. “Por conseguinte, ele nos envolve a todos no seu relacionamento sacerdotal com o Pai”(v. 14, 13, 15).

Para nossa meditação, convido a refletirmos sobre como estamos vivendo nossa vida, em conformidade ao que Jesus nos ensinou, a fim de estarmos verdadeiramente num relacionamento santo com o nosso Pai . 

No evangelho vemos um Jesus incompreendido até pelos seus familiares, que temiam pela sua saúde e pela sua vida. Muitas vezes não precisamos buscar lá fora os nossos inimigos, mas os temos entre os nossos próprios familiares. A vida do dia a dia aqui na terra não tem sentido sem nos referirmos à vida eterna a que Jesus nos convida a aceitar e a entrarmos nela. Para entrarmos nela, há certas condições, e ele no-las ensinou. Sua palavra é luz, é vida, é caminho para entrarmos no céu e sermos felizes com ele. Mesmo que tenhamos, para isso, que ir contra nossos familiares, que tanto se preocupam com nossa saúde física, mas muitas vezes pouco se preocupam com a nossa felicidade eterna.  

                                                                  

2ª FEIRA DA 3ª SEMANA COMUM-

 

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Leitura: Hebreus 9, 15.24-28

Salmo 97(98) R-Cantai ao Senhor um canto novo, porque ele fez prodígios!

Evangelho de Marcos 3,22-30

 

Naquele tempo: 22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Beelzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: 'Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno.' 30Jesus falou isso, porque diziam: 'Ele está possuído por um espírito mau.' Palavra da Salvação.

Comentário:

 A primeira leitura nos diz que Jesus, pela sua morte, reparou as transgressões cometidas por nós todos, que por isso somos chamados a receber a herança eterna. Ele não precisa se oferecer muitas vezes, como o sumo-sacerdote da Antiga Aliança que tinha de oferecer o sacrifício anual com sangue que não era o dele próprio. Jesus, na verdade, ele se manifestou agora, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E termina dizendo: “Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam”. Essa “segunda vez” trará a salvação apenas a quem o ouviu e praticou o que ele pediu que praticasse em sua primeira vinda a este mundo.

No evangelho Jesus fala sobre o tão comentado pecado contra o Espírito Santo, que não tem perdão nem aqui nem no outro mundo. O tal pecado contra o Espírito Santo não é mais do que recusar a ajuda e o perdão de Deus. Achar, por exemplo, que nosso pecado é tão pesado que não poderia ser perdoado por Deus, ou que Deus não tem o poder de perdoar os nossos pecados, ou mesmo por orgulho e vaidade não pedir perdão a Deus. 

Eu já tentei confessar pessoas que estavam à beira da morte que não quiseram pedir perdão porque achavam que não tinham nenhum pecado. Quando acontece isso o padre só pode pedir a Deus que as ilumine e lhes dê o arrependimento. Infelizmente, não pode dar a absolvição.

 

3ª FEIRA DA 3ª SEMANA COMUM

 

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leitura: Hebreus 10,1-10

Salmo 39(40) R- Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

Evangelho: Marcos 3,31-35

Marcos 3,31-35 

Naquele tempo: 31Chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: 'Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.' 33Ele respondeu: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: 'Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.' Palavra da Salvação.

Comentário:

Jesus é Filho de Maria justamente porque ela aceitou plenamente fazer a vontade de Deus. Jesus não está desprezando sua mãe. Antes, a está elogiando, porque ela é uma das que fazem a vontade de Deus. E ela fez isso de modo total e especial.

Quanto aos “irmãos” de Jesus, eram na verdade parentes. Na língua de Jesus não havia uma palavra para primo. Eram simplesmente chamados de irmãos. Jesus não teve irmãos filhos de Maria. Ele é o único Filho que Maria teve. Há várias provas disso na bíblia, mas a principal é João 19, quando Jesus pede que João tome conta de Maria e Maria o receba como filho. Se Jesus tivesse irmãos, estes teriam a obrigação, pela lei, de cuidar da mãe.

A primeira leitura nos lembra que Jesus se encarnou, viveu e morreu na cruz, para fazer a vontade de seu Pai. É graças a essa vontade, diz o texto, que somos santificados ela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizado uma vez por todas.

Diz o missal cotidiano, com muita maestria, que “a vontade do Pai jamais foi a morte do seu Filho. Tal atitude seria própria de um Deus sanguinário, que só se aplacaria com o sangue de um ente querido. Nem se trata da obediência à lei, porque esta já caducou. Na realidade, o desígnio de Deus foi tornar seu próprio Filho participante da condição humana, com todo aquele amor necessário para que tal condição fosse transfigurada. Ora, a existência humana supõe a morte, e o Pai não a excluiu da sorte de seu Filho”.

Se quisermos fazer parte da vida celeste com Jesus, temos que segui-lo em sua vida terrestre, e isso implica, antes de tudo, em fazer a vontade de Deus, que nos é transmitida pela Bíblia e pela Igreja.

 

4ª FEIRA DA 3ª SEMANA COMUM

 

 

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Leitura: Hebreus 10,11-18

Salmo 109(110)R- Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

Evangelho de Marcos 4,1-20

 

Naquele tempo: 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galiléia.  Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia. 2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3'Escutai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto. 8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um.' 9E Jesus dizia: 'Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.' 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: 'A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados.' 13E lhes disse: 'Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão à beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem. 18Outros recebem a semente entre os  espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom, são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.' Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos como o sacrifício feito por Cristo é infinito, porque consegue atingir o íntimo do homem, aí operando de dois modos: negativamente, pela destruição radical do pecado. Positivamente, porque a santificação que realiza em nós aproxima-nos realmente de Deus (missal cotidiano). Essa santificação é efetiva e verdadeira: “Não me lembrarei mais dos seus pecados, nem das suas iniquidades”, diz o Senhor. 

No Evangelho, temos a famosa parábola da semente, muito conhecida. Basta lembrar aqui que precisamos ouvir a Palavra de Deus com muita humildade, desejando sinceramente praticar aquilo que estamos ouvindo ou lendo. 

Todos somos fracos e limitados. Só conseguimos realizar aquilo que Deus nos pede pedindo a ele a força e a coragem necessárias. Se dermos à Palavra essa acolhida, nossa terra será fértil e promissora nos frutos desse compromisso de seriedade a que nos comprometemos. 

Os espinhos e as pedras nos atrapalham muito. Podem ser retratadas de diversos modos, mas resumido nos pecados, principalmente a falta de caridade, o individualismo, o descompromisso com os pobres e necessitados, nos vícios perniciosos etc. 

 

5ª FEIRA DA 3ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreu 10,19-25

Salmo 23(24)R- É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

Evangelho de Marcos 4,21-25

 

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21'Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a coloca num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.' 24Jesus dizia ainda: 'Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem.' Palavra da Salvação.

Comentário:

A primeira leitura pode ser resumida assim: Cheios de fé afirmemos a nossa esperança. Sejamos atentos uns aos outros, para nos incentivar à caridade. 

Jesus nos abriu um caminho novo e vivo, através de sua humanidade, para entrarmos no céu. Aconselha-nos a nos aproximar dele de coração sincero e cheios de fé, com corações purificados de toda a má consciência e o corpo lavado com a água pura do Batismo. Pede que não desanimemos e continuemos a afirmar a nossa esperança, porque Deus, que nos fez a promessa, é fiel. Termina o trecho de hoje pedindo que sejamos atentos uns aos outros, para nos mantermos em caridade e nas boas obras. E, principalmente, não abandonarmos a celebração de nossa fé, no nosso caso, a Santa Missa: “não abandonemos as assembleias”.

Quanto ao Evangelho, eis suas mensagens de hoje: 

1- Se você é uma pessoa que segue o evangelho, pratica a palavra de Deus, evita o pecado, é caridoso e prestativo, vai pregar o evangelho com a sua própria vida, quase não necessitando de palavras para anunciar o evangelho. Essa ideia já era de São Francisco de Assis, mas foi incorporada por vários santos, inclusive o Beato Carlos de Foucauld. 

2- Quando julgamos alguém, estamos admitindo que conhecemos a Palavra e a praticamos. Se nós pecarmos, o julgamento será mais severo para nós, porque nos ufanamos que conhecíamos a Palavra de Deus e demonstramos isso ao julgarmos as pessoas. 

3- Ao que tem alguma coisa, ou seja, a quem procura conhecer o evangelho e luta para praticá-lo, esse esforço será abençoado por Deus com sua força e sua bênção para melhorarmos ainda mais. Nossa ação é como um ato catalizador da força divina. É como aquela cola vendida em dois bastões: um só cola quando unido ao outro. Assim somos nós e Deus: ele só age em nosso favor quando nós procuramos fazer a sua vontade, quando nos empenhamos para sermos santos. 

 

6ªFEIRA DA 3ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreu 10,32-39

Salmo 36(37)R- A Salvação de quem é justo vem de Deus!

Evangelho de Marcos 4,26-34 

Naquele tempo: 26Jesus disse à multidão: 'O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou'. 30E Jesus continuou: 'Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra'. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura o autor da carta aos hebreus anima os seus destinatários a não abandonarem a coragem nem a luta, pois até então haviam suportado longas e dolorosas lutas na vivência de sua fé: “Com efeito, participastes dos sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza melhor e mais durável. Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa. De fato, precisais de perseverança para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu”. Termina o texto dizendo que somos homens da fé, para a salvação da alma. Possamos nós também nunca desanimarmos em nossa luta por nossa santificação, tendo em vista que ela se dá no relacionamento santo com todos. 

O evangelho comenta o mistério com que as coisas acontecem aqui na terra. Não entendemos direito como é que as sementes germinam, as plantas crescem. Em que parte da planta está o “comando” para que ela “saiba” em que época deve dar as flores e depois os frutos? Que mecanismo existe entre as plantas da mesma espécie para florirem e darem seus frutos na mesma época? Onde, na planta, está a sede(é) de comando? 

Assim também não sabemos como é que o Reino de Deus está crescendo. Só temos que ter a fé para sabermos que ele está crescendo, que nós também podemos crescer na fé, no amor a Deus e ao próximo. Nós plantamos, mas quem faz crescer é Deus. Ou seja, devemos proclamar a Palavra por nosso bom exemplo e por nossas palavras, tendo a confiança de que Deus está orientando o processo do crescimento e da evolução de sua Palavra e de seu Reino entre nós e na eternidade. 

Não seja muito curioso para saber como as coisas espirituais acontecem. Basta ter fé e confiança na misericórdia e no poder de Deus. 

  

SÁBADO DA 3ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

Acesse as leituras de hoje neste link: 

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Primeira Leitura: Hebreus 11,1-2.8-10

Salmo Responsorial: Lucas 1-R-Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

Evangelho: Marcos 4,35-41

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte, e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte detrás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo, e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura há aquela frase tão bonita e verdadeira, que se tornou famosa: “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem”. E dá como exemplo Abraão, que obedeceu a Deus e deixou tudo em Ur para migrar para outra terra. Teve a experiência de desânimo quanto a ter um herdeiro, pois Sara era estéril. Quando conseguiu ter um filho, Deus lhe pede que o sacrifique a ele. Mas ele nunca desanimou. Confiou plenamente em Deus. Embora em vida não tivesse chegado ao que almejava, na morte Deus lhe concedeu viver para sempre na cidade celeste. 

Nós também não podemos desanimar, por pior que esteja a nossa situação. Eu costumo aconselhar aos desanimados que comecem rezando apenas frases curtinhas a Deus, as famosas “jaculatórias”: “Meu Deus, eu vos amo”; “Meu Deus, me ajude”; “Jesus, Filho do Deus vivo, tende piedade de mim”. E outras parecidas com essas. Devem dizer isso o dia inteiro, de quando em quando. E Deus vai lhes dar ânimo e coragem para recomeçarem suas vidas. (Veja mais jaculatórias aqui: 

https://tudoajesuspormaria.blogspot.com/2019/03/jaculatorias.html

No evangelho é mostrada uma situação muito atual: parece que Jesus não está “nem aí” com a Igreja e conosco. Parece que ele está dormindo, não está olhando nossos problemas.

Como os Apóstolos, no texto de hoje, nós também estamos nessa “barca” da Igreja, e, segundo o próprio Jesus, esta continuará em mares revoltos até o Juízo Final.

A nossa melhor atitude é confiar na presença de Jesus em sua Igreja e nos dedicarmos à oração, ao jejum pelo menos uma vez por semana, na sexta-feira (Nossa Senhora fala, em Medjugorje, para jejuarmos a pão e água nas quartas e nas sextas), frequentarmos se possível diariamente a Santa Missa, com comunhão, confessarmo-nos uma vez por mês ou sempre que cometemos pecado grave, também rezarmos o rosário diariamente, lermos um trecho da bíblia todos os dias e procurar vivenciar esse texto durante o dia. São as famosas “cinco pedrinhas”, comparadas com as de Davi, que venceu o gigante Golias.

 

2ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 11,32-40

Salmo  30(31)-R- Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

Evangelho de Marcos 5,1-20

Jesus e os discípulos chegaram à outra margem do lago, na região dos gerasenos. 2         Logo que Jesus desceu do barco, um homem que tinha um espírito impuro saiu do meio dos túmulos e foi a seu encontro. 3      Ele morava nos túmulos, e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4 Muitas vezes tinha sido preso com grilhões e com correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava os grilhões, e ninguém conseguia dominá-lo. 5   Dia e noite andava entre os túmulos e pelos morros, gritando e ferindo-se com pedras. 6        Ao ver Jesus, de longe, o homem correu, caiu de joelhos diante dele 7          e gritou bem alto: “Que queres de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Por Deus, não me atormentes!” 8      Jesus, porém, disse-lhe: “Espírito impuro, sai deste homem!” 9       E perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Ele respondeu: “Legião é meu nome, pois somos muitos”. 10 E suplicava-lhe para que não o expulsasse daquela região. 11 Entretanto estava pastando, no morro, uma grande manada de porcos. 12    Os espíritos impuros suplicaram então: “Manda-nos entrar nos porcos”. 13 Jesus permitiu. Eles saíram do homem e entraram nos porcos. E os porcos, uns dois mil, se precipitaram pelo despenhadeiro no lago e foram se afogando. 14      Os que cuidavam deles fugiram e espalharam a notícia na cidade e no campo. As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido. 15      Chegaram onde estava Jesus e viram o possesso sentado, vestido e no seu perfeito juízo – aquele que tivera o Legião. E ficaram com medo. 16      Os que tinham presenciado o fato explicavam-lhes o que havia acontecido com o possesso e com os porcos. 17    Então, suplicaram Jesus para que fosse embora do território deles. 18      Enquanto Jesus entrava no barco, o homem que tinha sido possesso pediu para que o deixasse ir com ele. 19         Jesus, porém, não permitiu, mas disse-lhe: “Vai para casa, para junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20     O homem foi embora e começou a anunciar, na Decápole, tudo quanto Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura o autor está tentando convencer os seus leitores de que não devem voltar ao judaísmo. Em 11,1-31 mostrou os exemplos de fé dos antepassados e, no texto de hoje, conclui com uma síntese de tudo o que eles fizeram pelo Senhor. Mas, no versículo 39, atesta que : “No entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não obtiveram a realização da promessa”. E conclui com o objetivo do texto de convencê-los a não abandonarem o cristianismo para voltarem ao judaísmo: “Pois Deus estava prevendo, para nós, algo melhor. Por isso não convinha que eles chegassem à plena realização sem nós”. Os cristãos judeus sentiam maior segurança na religião dos pais, uma vez que “só lhes eram oferecidas a palavra e a vida de Jesus, homem controvertido e politicamente fracassado” (missal cotidiano). 

Quando temos essa tentação de voltarmos a uma vida mais segura, mas menos santa, confiemos na palavra de Jesus transmitida pela Santa Igreja. Tenhamos fé e confiança. O que parece agora obscuro se tornará mais claro à medida em que formos adentrando no caminho da santidade. 

No evangelho, diz o missal cotidiano: “Com tal milagre, o evangelista, de um lado, apresenta Jesus como o mensageiro de Deus que traz ao mundo as divinas energias da salvação espiritual, e, de outro, a título de estímulo para os seus leitores recém-vindos do paganismo, sublinha a admiração demonstrada também pelos pagãos por Jesus e mostra como um deles, logo depois de curado e convertido, se tornou, por vontade de Jesus, missionário em sua própria terra pagã”. 

Eu costumo comentar, quando há esse trecho do evangelho, que as pessoas preferiam deixar o homem possuído, ou seja, doente, a terem seus porcos mortos. Ou seja; o prejuízo econômico, para eles, é pior do que a doença ou outros problemas humanísticos. 

Outra coisa interessante é que essa é a única vez que Jesus pede para alguém que ele tenha curado, falar para todos o que ele lhe fez. Nas outras vezes, Jesus manda que se cale e que não diga nada a ninguém. Os entendidos no assunto dizem que isso foi porque Jesus não precisava se preocupar com os pagãos. Quem queria matá-lo era o povo judeu, que acreditava no Deus verdadeiro. Os que acreditavam em outros deuses não lhe ofereciam nenhum perigo de morte. Isso não parece uma incoerência? Pois é isso que vemos hoje em dia. Às vezes os que não seguem a Igreja têm maior misericórdia dos que a seguem. 

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3ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 12, 1-4

Salmo 21(22) R- Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor!

Evangelho de Marcos 5,21-43 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” 24Jesus então o acompanhou. Uma numerosa multidão o seguia e o comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com uma hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. 27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou?’” 32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. 35Ele estava ainda falando quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. 39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” – que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina. – Palavra da salvação

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos como devemos nos empenhar com perseverança no combate que nos é proposto, a exemplo de Jesus Cristo, que suportou a cruz, a infâmia, e está agora em toda a sua glória. Temos muitas pessoas que também foram perseverantes e se santificaram. Portanto, devemos deixar de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Não nos devemos deixar levar pelo desânimo, pois ainda não chegamos ao fim das lutas. Como diz o texto, “vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado”.

No evangelho, Jesus cura a filha do chefe da sinagoga, Sinagoga essa que queria tirar-lhe a vida. No caminho para a casa de Jairo, o chefe da sinagoga, para curar-lhe a filha, ele é tocado por uma mulher que, segundo a lei, não podia tocar nem ser tocada por ninguém, e, segundo a mesma lei, também ficou impuro. Mas ele, em vez de ficar impuro, purificou a mulher de sua doença e, consequentemente, segundo a lei, de sua impureza, e, “por tabela”, ele também ficou puro, já que a mulher não estava mais doente.

Chegando à casa, ressuscitou a filha de Jairo e, coisa que às vezes passa desapercebida, após a ressurreição não ordenou que todos rezassem salmos e agradecessem a Deus, mas simplesmente “mandou dar de comer à menina”. Sempre penso, em tom de brincadeira, que morrer deve dar uma fome danada!

Concluindo: nunca desanimemos de nossa luta contra o pecado. Sejamos perseverantes! Com a ajuda de Deus, pela oração constante e farta, conseguiremos tudo. E sempre façamos o bem, mesmo que a pessoa necessitada seja de outro partido, de outra realidade que não a nossa, como no evangelho de hoje.

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4ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 12,4-7.11-15

Salmo 102 (103) R- O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre. 

Evangelho de Marcos 6,1-6

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isso? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando. – Palavra da salvação.

Comentário:

O texto de hoje da carta aos hebreus pretende encorajar os leitores a suportarem com paciência os percalços permitidos por Deus em nossa vida. Deus usa de todos os recursos disponíveis a cada pessoa para mostrar a ela que não vale a pena servir ao mundo, mas a ele, que está nos dando uma vida imortal junto a ele no paraíso. 

Eu me impressiono sobretudo com o versículo 4: “não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado”. Muitas vezes nós sucumbimos ao pecado no primeiro ataque da tentação. Precisamos rezar e fazer algum tipo de penitência para nos fortalecermos contra as tentações. E nos admoesta: “Firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos; acertai os passos dos vossos pés, para que não se extravie o que é manco, mas antes, seja curado”. Vale a pena vencermos as tentações. Deus aguarda que as vençamos para poder nos receber. 

No evangelho Jesus é rejeitado em sua terra. A falta de fé resultou em muito poucas curas. Não basta ser católico ou cristão para receber a graça de Deus. É preciso crer. A fé é a porta que nos comunica com Deus. Sem uma fé profunda e sincera, pouco conseguiremos de Deus, mesmo sendo ele poderoso. Ele só age na proporção em que confiamos nele.

Quanto aos irmãos e irmãs de Jesus, já comentei várias vezes: eles eram primos, parentes, e eram chamados por esse povo de irmãos. Jesus é filho único de Maria, e a maior prova é João 19, em que ele pede a João que tomasse conta de sua mãe. Se ele tivesse outros irmãos, eles é que teriam a obrigação, pela lei, de cuidar de Maria.

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5ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 12,18-19.21-24

Salmo 47(48)R- Recordamos, ó Senhor, vossa bondade, em meio ao vosso templo!

Evangelho de Marcos 6,7-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. 9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura, o autor, que por vários dias está mostrando aos leitores a superioridade do Novo Testamento sobre o Antigo, mostra o último motivo para exortar as pessoas à fidelidade ao cristianismo: “Vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos primogênitos(...); dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; de Jesus, mediador da nova aliança e da aspersão do sangue mais eloquente do que o de Abel”. Ou seja: vale a pena seguir Jesus e deixar de lado tantas outras supostas realidades que não passam de ilusões. 

No evangelho Jesus envia os Apóstolos, orientando-os que não levassem nada consigo, a não ser a Palavra que iam anunciar. Instruiu-os que vivessem daquilo que se lhe oferecessem e, portanto, não perdessem tempo se preocupando com as coisas materiais. 

Essa pobreza exigida por Jesus tem o objetivo de despojar-nos das falsas ilusões. Não são os bens materiais que nos vão fazer felizes. Só devemos tê-los para usá-los conforme dele precisarmos, mas não adquirirmos falsas necessidades. Quem se despoja de tudo percebe melhor o quanto Deus nos ama e nos ajuda. Quanto mais usarmos nossos recursos, menos perceberemos a presença de Deus naquilo que estamos fazendo. Quando usamos muita parafernália para a evangelização, achamos que é isso que está fazendo surtir efeito. Na verdade, “Sem Deus a criatura se reduz a nada”. (Gaudium et Spes 36).

 

 No evangelho, Jesus dá orientação para os que pregam o evangelho: devem pregar primeiramente pelo testemunho de vida, pelo bom exemplo, pela simplicidade, confiando plenamente na Providência Divina, que não deixa faltar o necessário para os que confiam plenamente em Deus.

A preocupação exagerada com os bens terrenos e com a própria subsistência nos afasta de Deus e de sua Providência Divina. O salmo 126 lembra que Deus dá o alimento aos seus amados até enquanto dormem. Isso quer dizer que se observarmos os mandamentos, como Davi aconselhou o seu filho Salomão, se praticarmos a caridade em todos os seus níveis, seremos alimentados em todos os sentidos por Deus.

 

6ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 13,1-8

Salmo 26 (27) R- O Senhor é minha luz e salvação!

Evangelho de Marcos 6,14-29

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”. 16Ouvindo isso, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou, dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura o autor começa falando sobre o amor fraterno, incluindo principalmente a hospitalidade, os prisioneiros, dos que são maltratados. Depois fala sobre o matrimônio e termina a lista lembrando que o amor ao dinheiro não deve inspirar a nossa conduta. Devemos nos contentar com o que temos, pois o próprio Deus nos disse que nunca nos deixaria nem nos abandonaria. Confirma o fato de que “O Senhor é meu auxílio, jamais temerei; que poderá fazer-me o homem”? Termina o texto dizendo que Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade. Isso implica que mesmo que tenhamos que fazer mudanças em nossas vidas, há coisas, como os ensinamentos de Jesus, que nunca vão mudar porque encontram o seu fundamento último é Jesus Cristo, que é sempre o mesmo e, assim sendo, sempre vai honrar sua promessa de nos fazer felizes se praticarmos aquilo que ele nos ensinou, que é, aliás, o caminho para nossa felicidade. 

No evangelho vemos a bem conhecida história da morte de João Batista. Herodes gostava de João Batista, mas não teve coragem de quebrar um juramento e, assim, salvar a sua vida. Um juramento não pode valer mais do que uma vida.

Ademais, ele quis calar a voz de João, que condenava o seu relacionamento com Herodíades, sua cunhada. O problema é que o esposo dela ainda estava vivo, de modo que tanto Herodes quanto Herodíades cometiam adultério.

Pergunto como aplicar esse fato aos dias de hoje! As pessoas vivem em adultério normalmente, como se Deus não fosse cobrar isso delas. São João Batista morreu pelo fato de ter condenado um adultério, e Jesus não discordou de sua atitude; antes, elogiou-o. Isso quer dizer que ainda hoje Jesus continua a desagradar-se diante dos adultérios. Não podemos simplesmente aceitar como novidade e ficarmos em pecado.

O problema é grave e difícil de resolver. A Igreja tem feito sínodos sobre o assunto, mas na prática a coisa se torna quase insolúvel. O que se faz comumente é apelar para a misericórdia de Deus e estudar caso a caso para ver se o casamento anterior não teria sido nulo, a fim de que se possa casar na Igreja no segundo casamento. Se você quiser saber mais sobre isso, clique aqui: A Segunda União: 

https://sites.google.com/site/evangelhocatequese/doutrina-cat%C3%B3lica/matrim%C3%B4nio-a-2%C2%AA-uni%C3%A3o

 

SÁBADO DA 4ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Hebreus 13,15-17.20-21

Salmo 22(23) R- O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

Evangelho de Marcos 6,30-34

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. – Palavra da salvação.

Comentário:

A primeira leitura começa lembrando que é por meio de Jesus, Sumo e eterno Sacerdote, que ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor. E para fazer isso precisamos agir de acordo com os ensinamentos de Jesus, como fazer boas ações, não quebrar a comunhão com as pessoas, pois “estes são os sacrifícios que agradam a Deus”. E pede que obedeçamos aos nossos líderes e sigamos as suas orientações. A Igreja nos aponta o caminho para a santidade e, portanto, desse sacrifício. E isso devemos fazer com alegria, e não com queixas. É o próprio Jesus quem nos torna aptos para todo o bem e para fazermos a sua vontade. Termina pedindo que Jesus realize em nós o que lhe é agradável. 

Isso tudo nos leva a saber que nós podemos nos santificar sem tanto esforço nosso, se apelarmos para Jesus, que nos dará toda a força necessária. Muitos desistem de lutar porque acham que dispõem apenas das próprias forças. Engano! É Deus quem nos sustenta e nos fortalece em nossas lutas, se rezarmos, fazermos algum tipo de penitência, como certas renúncias, se evitarmos o pecado.

No evangelho Jesus convida os apóstolos a descansarem um pouco. O descanso é necessário em todas as esferas, em todas as camadas sociais. Descansar não é tanto ficar sem fazer nada, mas fazer algo que nos seja prazeroso e nos tire da engrenagem diária.

Entretanto, as pessoas os procuraram e Jesus teve pena delas, pois pareciam ovelhas sem pastor. Ainda hoje ele nos olha desse modo. Sabe das nossas dificuldades e nos trata tanto como ovelhas de seu pasto como filhos de seu Pai Celeste, nós somos seus irmãos.

Jesus é o irmão rico, que já está no céu e possui o universo todo e toda a felicidade possível e inimaginável. Ele nos convida sinceramente a obedecermos às suas palavras, a sermos obedientes, humildes, conhecendo nossa própria fraqueza, pedindo perdão sempre que for necessário, a fim de que possamos todos estarmos com ele no céu.

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2ª FEIRA DA 5ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Gênesis 1,1-19 

Salmo 103 (104) R- Alegre-se o Senhor em suas obras! 

Evangelho de Marcos 6, 53-56 

Naquele tempo: 53Tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. 56E, nos povoados, cidades e campos aonde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados. Palavra da Salvação.

Comentário:

A primeira leitura diz que “tudo o que foi criado provém de Deus, de sua atividade sábia e onipotente”. (Missal cotidiano). Não devemos levar ao pé da letra o que narra essa leitura, pois foi feita a partir da ideia de mundo que eles tinham naquele tempo. Deus viu que tudo era bom. De onde vieram, então, as coisas más? De duas fontes: do maligno e de nós mesmos, quando não cumprimos nossa missão aqui na terra. Leibnitz disse que o único mundo possível de ser criado é este, com todas as suas falhas. Mas é importante dizer que Deus sabia disso, quando o criou, e pensava ver o homem recorrendo a ele quando precisasse de algum reparo nas coisas que não davam certo. O homem, porém, desligou-se de Deus, encheu-se de vaidade e autossuficiência e achou que poderia fazer tudo sozinho. 

Ainda hoje isso ocorre. Nós, cristãos, devemos nos aproximar sempre de Deus e, com muita humildade, pedi-lhe que nos ajude em nossas tarefas, em nossos propósitos, em nossa realização pessoal. 

. No Evangelho vemos uma coisa bem atual: as pessoas procuravam as curas, mas não se importavam com a própria conversão. Apesar disso, Jesus as tratava com carinho e misericórdia.

Penso que a busca a lugares sagrados para se curar deve sempre estar ligada à nossa conversão, pois caso contrário não cumpre os objetivos a que nos propusemos.

 

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3ª FEIRA DA 5ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Gênesis 1,20-2,4a 

Salmo 8 R- Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! 

Evangelho de Marcos 7,1-13

Naquele tempo: 1Os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: 'Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?' 6Jesus respondeu: 'Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens.'9E dizia-lhes: 'Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: 'Honra teu pai e tua mãe'. E ainda: 'Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer'. 11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: 'O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, Consagrado a Deus'. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a Palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas.' Palavra da Salvação.

Comentário:

A primeira leitura continua a narrativa de ontem. Hoje trata da criação dos seres vivos, culminando com a criação do homem, feito à imagem e semelhança de Deus. Como eu já disse ontem, essas páginas bíblicas não devem ser lidas ao pé da letra. São simbólicas. Na verdade, ninguém sabe como realmente Deus criou o mundo. A ciência, quando evoca a evolução, pode até ter razão. Mas, como disse o Papa João Paulo II, a Igreja até aceita a teoria da evolução, se nela for incluído Deus, como autor de tudo, inclusive mantenedor da evolução. 

Há também a instituição do sábado, após o último dia da criação, como dia de descanso. Nós sabemos que Deus nunca descansou. Ele sempre está agindo. Quando é concebida uma criança, por exemplo, ele está agindo, ao infundir naquela união do sêmen humano com o óvulo, a alma humana.  Nós, católicos, e os cristãos em geral, salvo apenas algumas instituições religiosas, observamos o domingo como o dia do descanso e de louvor a Deus, por três motivos: 1- É o primeiro dia da Criação, ou seja, um dia que realmente existiu; 2- É o dia da ressurreição de Jesus; 3- É o dia em que os romanos antigos comemoravam o dia do deus Sol (daí a palavra em inglês Sunday=dia do sol), motivo pelo qual foi marcado o domingo como o dia do descanso e do louvor especial a Deus (especial porque todos os dias são dias de se louvar a Deus). 

No evangelho Jesus se vê às voltas com a hipocrisia dos fariseus e mestres da lei, e lhes dizia: “(está escrito:) ‘De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. Jesus muda a ética sobre os conceitos de pureza e impureza. Os judeus abandonavam os mandamentos de Deus referentes à caridade e à misericórdia para “seguir a tradição dos homens”, com leis que nada tinham a ver com a pureza ou com a impureza verdadeira. 

É triste ver como muitas pessoas ainda seguem essas superstições que acham ser leis divinas, e procuram seguir coisas secundárias como se fossem primárias. Um exemplo: o ladrão, que faz o Sinal da Cruz, ensinado por sua mãe, antes de cometer um assalto. O agiota, que de manhã pede a Deus que abençoe o seu dia, em que vai emprestar dinheiro a juros exorbitantes. Etc. É preciso ater-se a uma religião verdadeira, aos ensinamentos reais de Jesus, sobretudo lembrando-se sempre que qualquer lei deve seguir sempre a lei do amor divino e da misericórdia. 

 

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4ª FEIRA DA 5ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Gênesis 2, 4b-9.15-17 

Salmo 103(104) R- Bendize, ó minha alma, ao Senhor! 

Evangelho de Marcos 7,14-23

Naquele tempo: 14Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: 'Escutai todos e compreendei: 15o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 16Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.' 17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. 18Jesus lhes disse: 'Será que nem vós compreendeis? Não entendeis que nada do que vem de fora e entra numa pessoa, pode torná-la impura, 19porque não entra em seu coração, mas em seu estômago e vai para o fossa?' Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros. 20Ele disse: 'O que sai do homem, isso é que o torna impuro. 21Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem.' Palavra da Salvação.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos a continuação da criação do mundo e de tudo o que há nele. Hoje vemos como Deus colocou o homem e depois a mulher, que nesta tradição foi criada depois do homem, no jardim do Éden, onde viveriam felizes, se não fosse o pecado deles. Na verdade, o paraíso terrestre é o sonho de Deus para o homem. Deus quer que o mundo seja dessa forma. Diz o Frei Carlos Mesters (em 2021 completará 90 anos) que o paraíso terrestre não é algo para dele termos saudade, coisa que já passou, mas é um projeto para algo que ainda pode vir, se os homens se unirem e deixarem o pecado. (Livro: “Paraíso Terrestre: Saudade ou Esperança?” Editora Vozes).

No Evangelho, Jesus explica o trecho de ontem, ou seja, por que ele não concordava na ideia de puro e impuro segundo os fariseus. Lembra que as leis têm por objetivo nos orientar, mas não nos escravizar. Se elas estão escravizando ou impedindo que façamos o bem, então perderam sua razão de ser. Ele explica que é o que sai do homem (más intenções, imoralidades, roubos, assassinatos, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo) é que o deixa impuro, e não como os judeus acreditavam, que o que deixava impuro era, por exemplo, comer sem lavar as mãos, ou ter tocado algum doente etc. 

Será que muitos de nós ainda não estamos com essas ideias malucas na cabeça, de que coisas externas e mesmo o pecado nos impedem de nos aproximar de Deus, e acabamos desistindo de buscar o perdão e, consequentemente, encontrar a paz em nossa vida?

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5ªFEIRA DA 5ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Gênesis 2,18-25 

Salmo 127 (128) R- Felizes todos os que respeitam o Senhor. 

Evangelho de Marcos 7,24-30

Naquele tempo: 24Jesus saiu dali e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido. 25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era paga, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse: 'Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos.' 28A mulher respondeu: 'É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair.' 29Então Jesus disse: 'Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha.' 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela. Palavra da Salvação.

Comentário:

Hoje comemoramos a aparição de Maria em Lourdes. Maria sempre pede oração e penitência nos lugares em que aparece. Atualmente tem aparecido há 39 anos em Medjugorje, e pede a mesma coisa que pediu em Lourdes e em Fátima. Sem oração e penitência não teremos um futuro feliz. 

Na primeira leitura vemos a criação da mulher, continuando a narrativa de ontem. No primeiro capítulo há uma outra tradição, em que o homem e a mulher foram criados num mesmo ato criador. Veja Gênesis 1,27: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-os à imagem de Deus, criou o homem e a mulher”.

Como eu já disse nos dias anteriores, essas páginas bíblicas não podem ser lidas ao pé da letra. São simbólicas, e possuem duas tradições unidas. No primeiro capítulo, por exemplo, Deus criou tudo antes do ser humano, e os criou no mesmo ato. No segundo capítulo Deus criou primeiro o homem, depois tudo o mais, e por último a mulher. Devemos entender tudo isso como o fato, verdadeiro, de que Deus é o Criador de tudo o que existe, mas não sabemos exatamente como isso foi feito. Amanhã veremos como o ser humano pecou: não quis ficar submisso a Deus. Como os Anjos que pecaram, também o ser humano quis ser deus. Hoje em dia parece que se está repetindo a mesma coisa. O homem está brincando de deus. Mas só conseguirá ser feliz se submeter-se plenamente a Deus, na pessoa de Jesus. 

No evangelho temos outro exemplo de humildade: a da mulher pagã, que pediu a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio, mas manteve-se em sua humildade, assumiu o fato de que era pagã e considerada inferior ao Salomão faltou com a humildade ao deixar de pedir a Deus a proteção de que precisava. povo a que Jesus pertencia. A mulher sírio- fenícia admitiu sua insignificância, sua fraqueza e impotência, e teve seu pedido aceito. Sua filha ficou curada.

E nós? Que atitude temos diante de Deus? Somos suficientemente humildes para reconhecer nossos pecados, nossas fraquezas, e nos submeter plenamente à graça e ao poder de Deus, que nos ama infinitamente e nos quer sempre perto dele?

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6ªFEIRA DA 5ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Gênesis 3,1-8 

Salmo 31(32) R- Feliz aquele cuja falta é perdoada! 

Evangelho de Marcos 7,31-37

Naquele tempo: 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade,  e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: 'Efatá!', que quer dizer: 'Abre-te!' 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: 'Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar'. Palavra da Salvação.

Comentário:

Hoje vamos ver como deu-se o primeiro pecado feito pelo ser humano. O fruto da tal árvore do bem e do mal não é realmente uma fruta, mas um símbolo. Essa árvore está à nossa frente todos os dias. Quando agimos de própria cabeça, sem consultar o que Deus quer a nosso respeito, o que Deus nos mostra que é bom ou mau, estamos comendo o fruto dessa árvore fatídica: estamos promovendo a nossa autossuficiência, a nossa independência em relação às leis divinas. Ninguém pode dizer o que é certo ou o que é errado, só Deus pode. E temos que ouvi-lo e obedecê-lo. Afinal, foi ele quem nos criou e sabe como somos feitos, sabe como nos fazer felizes. Sempre que pecamos, na verdade estamos dizendo a Deus que somos “donos do nosso nariz”, estamos dizendo a ele para ficar um pouco longe de nós, para pecarmos mais à vontade. 

No evangelho Jesus curou o surdo-mudo que, podendo começar a falar, foi proibido por Jesus de contar a todos o que Ele lhe fez, Mas ele desobedeceu e falava a todos quanto encontrava que tinha sido curado. Nós também precisamos pregar a palavra, começando na própria casa. Mas como dizia S. Francisco de Assis e o Beato Carlos de Foucauld, precisamos, antes de pregar com a palavra, pregar com o nosso bom exemplo. Se não conseguirmos dar bom exemplo, peçamos essa graça a Deus. Qualquer esforço pessoal será atendido se for acompanhado da humildade, caridade e oração sincera. O esforço desacompanhado dessas três coisas sempre dá em nada. Como diz Gaudium et Spes 36, e eu não me canso de repetir, a criatura, sem o Criador, se reduz a nada. 

 

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SÁBADO DA 5ª SEMANA COMUM

 

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Leitura: Gênesis 3,9-24 

Salmo 89 (90) R- Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós. 

Evangelho de Marcos 8,1-10

Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2'Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe.' 4Os discípulos disseram: 'Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?' 5Jesus perguntou-lhes: 'Quantos pães tendes?' Eles responderam: 'Sete.' 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. 7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta. Palavra da Salvação.

Comentário:

Primeira leitura: “A relação do homem com Deus é o ponto fundamental para a harmonia de todo o resto”, diz o Frei Carlos Mesters. No texto de hoje, o ser humano é castigado por ter desobedecido a Deus e expulso do paraíso terrestre e aí começou nossa epopeia. Mas um Salvador lhe foi prometido, profecia essa que sabemos ter-se realizado na pessoa de Jesus Cristo. 

O autor desse texto quer nos dizer que o ser humano está nestas condições por própria culpa, não pela vontade de Deus. Nem tudo o que Deus permite é sua vontade. Deus permite que pequemos, por exemplo, mas essa não é sua vontade. Como diz acima o Frei Carlos Mesters, se o ser humano confiar em Deus, tudo será possível e realizado. O mundo será muito melhor, e chegará a ser esse paraíso terrestre narrado pela bíblia. 

Nossa condição no pecado e no infortúnio não é definitiva. Se ouvirmos a palavra de Deus e a praticarmos, entraremos na “Nova Jerusalém Celeste”, como diz o Apocalipse 21, onde não haverá mais lágrimas, nem tristeza. 

No evangelho está bem claro que eles só possuíam sete pães e alguns peixinhos. O milagre aconteceu mesmo, não apenas na partilha, mas por força de Jesus. Mas não podemos descartar a partilha. Ela foi importante para que todos pudessem receber o necessário. Não é o que acontece diante dos caminhões que levam doações: se não houver policiamento, muita gente pode ser pisoteada. 

Fica aqui um convite para aderirmos a Cristo com todas as nossas forças, a fim de que possamos nos santificar e sermos sempre felizes, deixando de lado os falsos deuses atuais. Só o verdadeiro Deus pode nos fazer feliz.

 

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